18 novembro, 2006

Meditação da Anciã: Lua Minguante


Escolha um local tranqüilo para realizar esta meditação. Tente se concentrar. Pode acender algum incenso de sua preferência e uma vela vermelha, se assim desejar. Tenha à sua frente um copo com água e sal.
Visualize uma Lua Minguante, com o seu escuro ao redor.
A Lua Minguante representa a Anciã, a velha que já ultrapassou a menopausa e está se dirigindo à morte, ao seu fim.


Assim como ela indica o término, todas as coisas devem terminar a fim de suprir novos inícios.
A morte simbólica é necessária, pois só assim podemos recomeçar.
O grão que foi cortado na Lua Nova agora é cortado e sacrificado.


A página que antes era em branco e agora está escrita é totalmente destruída, para que uma nova página em branco possa se apresentar.
A vida se alimenta da morte, a morte conduz à vida e esta é uma grande sabedoria das Bruxas.
A Anciã é a mulher sábia, cheia de conhecimento e sabedoria aprendidos pela vida.


Ela é infinitamente velha.


E você?


Sente também o poder da idade?


Sinta em seu corpo a evolução adquirida em cada célula.
Você tem poder para terminar, assim como para começar.


Você pode destruir aquilo que está estagnado e decadente.


Veja-se em seu próprio manto negro azulado que brilha sob a Lua Minguante.
Medite acerca desses aspectos até achar que já aprendeu bastante com a Anciã.


No final, agradeça pelo ritual bebendo o copo com água e sal e sentindo-se purificada fisicamente e espiritualmente.

Meditação da Mãe: Lua Cheia


Escolha um local tranqüilo para realizar esta meditação. Tente se concentrar. Pode acender algum incenso de sua preferência e uma vela vermelha, se assim desejar. Tenha à sua frente um copo com água e sal.
Visualize a Lua Cheia.


Contemple o seu esplendor.


Ela é a Mãe, o poder da realização e de todos os aspectos criativos de nossa mente.
Na Lua Cheia, nutrimos tudo o que foi começado na Lua Nova.


É como se a Deusa abrisse seus braços e nutrisse nossas vidas.
Seja abraçada por ela.


Sinta seus seios, seu ventre, seu calor.


De seu útero desabrocha vida.


Sinta que, como Ela, você também tem esse poder de nutrir, abençoar, dar, receber e tornar manifesto o que é possível.
A Deusa Mãe a mulher sexual, cujo prazer é a força que sustenta toda a vida.


Sinta o poder em seu próprio prazer, no orgasmo, na grande força que move o mundo.
A cor da Deusa Mãe é o vermelho sangue, que é vida.
Medite acerca desses aspectos até achar que já aprendeu bastante com a Mãe.


No final, agradeça pelo ritual bebendo o copo com água e sal e sentindo-se purificada fisicamente e espiritualmente.

Meditação da Donzela: Lua Nova e Crescente


Escolha um local tranqüilo para realizar esta meditação. Tente se concentrar. Pode acender algum incenso de sua preferência e uma vela branca, se assim desejar. Tenha à sua frente um copo com água e sal.
Visualize uma Lua Crescente prateada. A Deusa é a jovem, o poder daquilo que se inicia, que cresce e gera.
Ela é a caçadora indomada, assim como nos planos e idéias antes de serem equilibrados pela nossa própria realidade.
Pense em uma página em branco; pense em como são infinitas as possibilidades de escrita nessa página. Essa é a Deusa jovem.
Você tem poder para iniciar e crescer; sinta esse poder. Pense nas suas possibilidades e em seus potenciais.
A Deusa corre livre pela floresta... Ou seria você mesma?
A Donzela não pertence a ninguém, exceto a si mesma.
Veja a luz da Lua refletindo em seus cabelos.
Onde Ela está indo?
Quais são seus planos?
Como pode chegar lá?
Medite acerca desses aspectos até achar que já aprendeu bastante com a Donzela. No final, agradeça pelo ritual bebendo o copo com água e sal e sentindo-se purificada fisicamente e espiritualmente.




Meditação para conexão com a Donzela


Esta meditação pode ser executada por mulheres e homens.

Itens para a meditação:- 1 vela branca
- flores brancas ou folhagens
- 1 cálice com água
- 1 incenso de alecrim



Itens que você dispor no seu altar:
- folhas de diversos tipos
- crescente de prata
- desenho ou representação da Deusa como Virgem
- representações de animais silvestres
- música com sons de florestas
- flauta (se você souber tocar)

Pode lançar o círculo se assim desejar. Acenda a vela e o incenso.Concentre-se e centre-se. Realize um exercício para relaxamento (veja link correspondente neste site) para relaxar completamente. Quando sentir que estiver pronta, invoque a Deusa jovem com palavras como as seguintes:
Deusa, você que é a jovem caçadora,
Venha a mim.

Misture as flores e folhagens ao seu cabelo, deixando-as cair pelo corpo.

Segure o cálice em seu colo, com as duas mãos, e medite sobre os atributos da Deusa como Virgem: os inícios, a luta, a criança interior, o amor, o companheirismo, a audácia e a força de vontade.
O que esses atributos significam para você? Com qual deles você mais se identifica no momento?
Sinta o cheiro das plantas e do incenso. Deixe-se levar a um lugar distante. Uma floresta, da maneira como você imaginar.
Preste atenção no lugar onde você está. Que cheiros você sente? Quais são as cores que você vê? Que sons você escuta?
Sinta-se em paz, caminhando pelo bosque.
Em determinado momento, veja uma jovem vestida de branco vindo em sua direção. Ela está carregando um cálice como o seu, cheio de uma água brilhante e que parece mágica. Ela é a Donzela que veio lhe abençoar.
Em determinado momento, ela lhe oferece o cálice, dizendo que você pode beber o líquido que há nele.
Você então pega o cálice nas mãos, bebe todo o líquido e sente-se completamente revigorada ao ingerir seu conteúdo.
Você lhe devolve o cálice e agradece. Ela toca a sua testa e você sente-se energizada pelo toque da Deusa. Ela está lhe abençoando com toda a sua juventude e força.
Perceba como a Deusa está se afastando lentamente, mas continua olhando em seus olhos e lhe transmitindo paz. Deixe essa sensação tomar conta de você.
Aos poucos, retorne ao lugar onde tudo começou, e vá se distanciando para que possa abrir os olhos lentamente e voltar ao local de sua meditação.
Observe o cálice com água sobre o seu altar, reluzindo com a chama da vela branca. Pegue-o e beba todo o seu conteúdo, oferecendo um pouco a Terra.
Agradeça à Deusa por sua presença e finalize sua meditação, com um novo exercício de relaxamento.
A Donzela lhe abençoou.

17 novembro, 2006

Meditação dos Elementos


Essa meditação é para ser usada nos itens que você escolher para representar os elementos em seu altar. Exemplo para o Norte, mas o procedimento deverá ser repetido a cada direção.
Encontre uma hora em local em que você não seja perturbado. Ache o Norte magnético com uma bússola e posicione sua cadeira de modo a ficar voltada para essa direção. Feche seus olhos e receba impressões sobre a direção. Se Entregue a isso por alguns minutos. Anote as sensações que você receber.
Agora, segure o item que você escolheu para representar a terra e feche seus olhos. Abra sua mente e sinta as impressões desse elemento e como ele se relaciona com a direção. Pense sobre como ele corresponde a você e ao Universo. Quando você terminar, anote suas impressões.
Crie uma entidade positiva em sua mente que represente o elemento da Terra. Anote a descrição dessa representação e como você se sente sobre ela.
Continue através de cada item, encarando a direção que corresponde ao elemento e terminando por anotar seus sentimentos e pensamentos sobre cada um. Sinta como cada elemento é em termos de cor, calor, umidade, contato e força.


Exercício de conexão com os elementos


Conexão com o elemento Ar


Fique de frente para o leste. Concentre-se e centre-se. Respire profundamente e torne-se consciente do ar enquanto ele flui para dentro e para fora de seus pulmões. Sinta-o como o sopro da Deusa e absorva a força vital, a inspiração, do universo. Deixe que a sua própria respiração incorpore-se ao vento, às nuvens, às grandes correntes que varrem o campo e o oceano com o movimento da terra. Diga: "Salve, Arida, iluminada senhora do Ar!".


Conexão com o elemento Água

Fique de frente para o oeste.
Concentre-se e centre-se. Sinta o sangue fluindo através dos rios de suas veias, as marés líquidas dentro de cada célula do seu corpo. Você é líquido, uma gota congelada do oceano original que é o útero da Grande Mãe. Descubra os calmos lagos de tranqüilidade dentro de você, os rios de sentimentos, as correntes de poder. Afunde profundamente no poço de sua mente interior, abaixo do nível de sua consciência. Diga "Salve, Tiamat, serpente das profundezas do mar!".


Conexão com o elemento Fogo


Fique de frente para o sul. Concentre-se e centre-se. Torne-se consciente da fagulha elétrica dentro de cada nervo enquanto impulsos pulam de sinapse para sinapse. Conscientize-se da combustão dentro de cada célula, enquanto o alimento é queimado para liberar energia. Deixe o seu fogo unir-se à chama da vela, à fogueira, ao fogo da lareira, ao raio, à luz das estrelas e do sol, unido ao espírito resplandecente da Deusa. Diga "Salve, Tana, deusa do fogo!".


Conexão com o elemento Terra


Fique de frente para o Norte. Concentre-se e centre-se. Sinta seus ossos, seu esqueleto, a solidez de seu corpo. Conscientize-se de seu corpo, de tudo o que possa ser tocado e sentido. Sinta a força da gravidade, seu próprio peso, sua atração para a terra, que é o corpo da Deusa. Você é um traço natural, uma montanha em movimento. Una-se a tudo que vem da terra: grama, árvores, grãos, frutas, flores, animais, metais e pedras preciosas. Retorne ao pó, à matéria orgânica, à lama. Diga "Salve, Belili, mãe das montanhas!".




"A Dança Cósmica das Feiticeiras", de Starhawk.

Exercícios com Mantra


Os mantras são sons considerados sagrados e com poderes vibratórios extraordinários. Para os indianos, o mantra mais sagrado é AUM, cujo som guarda ligação com os aspectos divinos da criação, conservação e destruição. Uma variação deste mantra é o OM, muito usado no Ocidente.
A meditação com um mantra consiste em fazer deste som o foco que direciona a atenção da mente. Da mesma maneira que se cria um foco visual, pode-se criar um foco sonoro, com a mesma função de auxiliar na concentração. O som vibra mais que uma imagem e por isso é muito fácil chegar à meditação através de mantras.
Algumas pessoas substituem o mantra indiano por palavras com qualidade que desejam despertar na sua natureza: paz, amor, alegria. Outras usam como mantra seu nome ou a primeira vogal de seu nome.
A entonação de um mantra é importante. A voz deve fluir solta, emitindo o som com prolongamento no final, deixando que o mantra escolhido flutue no espaço. Depois que tiver repetido o mantra algumas vezes, passe à sua repetição mental ou em voz baixa, fazendo com que ele ocupe a sua mente por completo, evitando outras produções mentais.


Exercício de meditação com mandala


As mandalas são desenhos circulares, considerados sagrados em muitas culturas antigas e atuais.


Para este exercício, você vai precisar do desenho de uma mandala. Ela pode ser de origem ocidental ou oriental, porém deve ter seu ponto central bem definido, pois nas mandalas este ponto está associado às forças divinas.
Sente-se e coloque a mandala à sua frente, numa posição em que você possa observá-la confortavelmente. Analise por algum instante o desenho todo, depois fixe seu olhar no ponto central da mandala. Enquanto olha para este ponto, não permita que os pensamentos percam o rumo. Sempre que vier à mente outro assunto, deixe que ele vá adiante, não o retenha.
É possível que, se você tiver alcançado boa capacidade de concentração nos exercícios anteriores, consiga meditar já a partir do primeiro contato com as mandalas, pois elas têm uma estrutura que conduz à meditação.


Exercício de meditação visual


É semelhante ao exercício de concentração, mas nesta meditação o objeto é substituído por uma imagem mental, criada para ser o foco de atenção da mente. No princípio estas imagens são simples, como uma árvore, por exemplo, para não se perder o sentido global da figura mental.


Mais tarde, podem-se criar focos mentais mais complexos, como uma paisagem com diversas árvores.
Na meditação, a imagem mental é o menos importante; dedique atenção às sensações que tal figura desperta, mas esteja sempre atento para não sair do foco mental.
Sugestões para focos visuais de meditação: um campo de trigo, uma montanha com neve, a chama de uma vela, a luz da Lua iluminando um canto do jardim, a luz do Sol refletida nas águas do mar, a imagem de um personagem mitológico, a figura de uma carta de Tarô, o desenho de um símbolo.


Exercício de concentração com foco visual


Separe um objeto simples, como um prato, por exemplo. Deve ser algo com uma forma simples para não ter que ser visto em partes. Sente-se numa cadeira com apoio para as costas, colocando este objeto a mais ou menos um metro de distância, numa altura em que você não force os olhos para enxergá-lo.
Fique olhando para o prato, o objeto escolhido no nosso exemplo, com a intenção de dirigir seus pensamentos apenas para a sua observação. Qualquer pensamento que surja deve ser afastado; volte então a dedicar atenção plena ao prato, pensando nos seus aspectos em detalhes. De início, é impossível conseguir ficar muitos segundos sem desviar o pensamento. Isto só vai acontecer com o treino. À medida que você insiste, sua mente vai adquirindo a capacidade de se concentrar cada vez por mais tempo na observação do objeto. Repita por vários dias.
Você vai notar que em alguns dias é muito mais fácil se concentrar do que em outros. Também poderá observar em quais horários sua mente é mais facilmente controlada, para futuro benefício dos seus exercícios de concentração ou meditação. As primeiras horas da manhã são boas para quem aprecia levantar cedo, o final do dia serve para quem acorda em cima da hora de trabalhar.

O silêncio da mente



A meditação, que chamamos de silêncio da mente, é um conjunto de técnicas mentais que permite ao praticante limpar sua mente, tranqüilizando sua produção mental a ponto de detê-la completamente.
Quem pratica a meditação sente muita harmonia, experimenta relaxamento, melhora seus processos mentais, evita o stress, afasta más energias, cria espaços mentais para mais criatividade.


O aprendizado da meditação é um pouco longo, pois passa por várias etapas.
A meditação pode ser aprendida m livros e em cursos. O mais importante, ao escolher o processo de aprendizado, é buscar algo que não crie limites, pois quem deseja trabalhar sua mente no sentido de melhorá-la jamais conseguirá progredir se estiver ligado a seitas ou movimentos limitadores.


Em nenhum assunto deste mundo existe uma verdade absoluta ou uma autoridade suprema; desconfie sempre daqueles que dizem que seu caminho é o único que tem valor.
Antes de meditar, o praticante treina a concentração, que é o trampolim que lhe permite chegar à meditação.


A concentração ensina a mente a ficar direcionada a apenas um foco de atenção. Este treino leva tempo, pois nossa mente, mesmo que não pareça, é muito indisciplinada.
Concentrar-se é fixar a mente num determinado ponto, afastando todos os outros assuntos que a distraiam. Você pode escolher um foco visual ou criar um foco mental para direcionar sua concentração.


Geralmente este foco é uma forma, um objeto. Olhando para o foco e fazendo esforço para desviar qualquer pensamento que surja fora daqueles que são gerados a partir da observação do objeto, consegue-se dar início à primeira forma de domínio dos processos mentais, que é a concentração. Só quem sabe se concentrar plenamente pode meditar.
Experimente pegar um objeto qualquer e colocá-lo na sua frente. Olhe para ele, tentando fixar seu pensamento na observação da sua forma, cor, tamanho, posição. Você vai ver que logo outros pensamentos surgem e, sem querer, quando percebe, sua mente já está longe. Não faz mal, volte a olhar para o objeto, novamente atento a seus detalhes, fazendo força para não pensar em mais nada. Bem rápido sua mente vai fugir de novo e você volta a dirigi-la para seu foco visual. É cansativo, mas vale a pena insistir até dominar a distração.


Pode levar alguns meses até conseguir vencer a dispersão mental.


No entanto, ao se tornar dono dos seus pensamentos, você terá vencido e controlado sua mente e poderá aprender a meditar.
Para os indianos, que conhecem a meditação há séculos, existem duas espécies de meditação. Numa delas ocupa-se a mente com a força das divindades e na outra, com a individualidade. Para nós, seria melhor entender a meditação como um estado mental de limpeza, no qual a mente não se esvazia, mas fica silenciosa, sem realizar nenhuma atividade.


Assim, para cada início, é preciso colocar algo na mente, de tal forma que ela seja ocupada apenas por este elemento.
Há técnicas de meditações visuais, com mandalas, com sons, com um tema, entre outras. Cada pessoa poderá ter mais facilidade com um tipo de meditação, assim, é bom experimentar várias técnicas até chegar àquela que a conduz mais rapidamente, e também mais prazerosamente, à meditação.
A meditação ocorre com mais facilidade quando é precedida por exercícios respiratórios e um pequeno relaxamento.

Meditação


Vamos analisar algumas questões que podem dar amparo qualquer pessoa, mas que são essenciais para uma Bruxa.


Não se deve ver uma Bruxa como alguém totalmente poderosa, completamente defendida, absolutamente inatingível.


Na verdade, ela é vulnerável, pois lida com muitas e variadas energias.


Como trabalha para melhorar a si mesma e a Humanidade, geralmente ela é vítima de muita energia negativa.
Faz parte de sua formação, aprender a enfrentar esse inimigo.


As defesas mais efetivas são uma vida reta, na qual não há espaço para atitudes, pensamentos ou palavras negativas.


Mas elas residem também na fé.
O apoio da oração e da meditação é um fator importante no reforço espiritual.


Por viver muito ligado às forças da natureza, geralmente o equilíbrio energético físico da Bruxa é bom e, mesmo quando fica num nível abaixo do que lhe convém, este pode ser facilmente reposto.


Mas nas horas em que se sente uma diminuição da luz que o envolve, precisa estar apoiado em outras fontes de energia.

09 novembro, 2006

Ritual dos cinco ventos


O Ritual dos Cinco Ventos deve ser realizado após o término da seqüência de meditação dos cinco ventos. Ele foi designado para aprofundar ainda mais a sua conexão com os elementos.

Suprimentos necessários:



*1 vela de cada cor, azul, verde, amarela, vermelha e branca ou prata.
*Glitter nas mesmas cores acima.
*Uma pedra que fará papel de altar.


Procedimento:

Leve a pedra altar para um local onde você não será interrompida e onde não se importe de ver glitter pelo chão. Disponha as velas na pedra de forma que, ao ficar de frente para a vela, você também fique de frente para a direção correspondente (amarela ao Oeste, vermelha ao Norte, azul).
(Ao Leste e verde ao Sul). Coloque a vela branca no centro. Deixe os potinhos de glitter ao alcance da mão. Sente-se de frente para o Leste, acenda a vela amarela e apanhe um pouco do glitter amarelo em sua mão. Medite por alguns instantes sobre as propriedades do Vento Leste, o Vento do Ar. Peça ao elemento Ar que envie a você as qualidades dele que você necessita e que leve de você aquelas das quais você deseja se livrar. Quando terminar sopre o glitter de sua mão e observe as partículas caindo à sua frente. Sinta-as como sendo o Vento Leste vindo para realizar o seu desejo. Permaneça algum instante em comunhão com o Leste e o Ar. Repita o procedimento acima para cada direção e depois se sente de frente para a direção que mais te atrai e repita o procedimento para o espírito, soprando o glitter mais para cima. Quando terminar, agradeça aos Elementos e aos respectivos Ventos por seu auxilio e apague as velas na mesma ordem em que você as acendeu. Guarde as velas para uma necessidade em que você precise se sintonizar com um elemento específico, então acenda a vela daquele Elemento e relembre o ritual. O ritual sempre deverá ser feito para os cinco ventos juntos para manter o equilíbrio em sua energia.

Meditação dos cinco ventos




Prepare-se para a meditação com sua forma costumeira, não esquecendo de criar um círculo de proteção ao seu redor. Relaxe seu corpo e respire profundamente. Quando estiver pronta, visualize-se no alto de uma montanha, um local no qual você se sente bem, em comunhão com a Natureza. Curta a paisagem ao seu redor por alguns instantes. Depois de algum tempo, alguém irá se aproximar de você, esta pessoa é seu guia nesta jornada, é ele quem vai te trazer os cinco ventos e explicar o significado de cada um. Pode ser quem você quiser, ter a forma que você quiser, mas deve ser alguém em quem você possa confiar. Quando seu guia chegar, cumprimente-o, converse com ele. Depois de algum tempo ele dirá que tem um presente para você, você estenderá a mão e ele colocará nela um pequeno vento, como um minúsculo tornado, que se espirala em sua mão. O primeiro vento é o Vento do Leste, que é amarelo. Seu guia irá explicar o que este vento significa, o que ele pode te trazer. Sinta-o em sua mão, concentre-se nele, pense sobre o que o guia te disse e imagine formas de utilizar este vento. Quando se sentir pronta, deixe que o vento parta e seja reabsorvido pelo Universo e agradeça ao seu guia pelo presente. Despeça-se dele e volte da meditação. Ao terminar, anote o que o guia te disse e as formas pelas quais você acha que este vento vai te ajudar. No dia seguinte, vá à meditação para o mesmo lugar e solicite a presença de seu guia, pode ser o mesmo de antes ou um novo. Ele vai te trazer o segundo vento, o Vento vermelho do Sul, repita todo o procedimento realizado acima. O terceiro vento, a ser trabalhado no terceiro dia, é o Vento azul do Oeste. No quarto dia trabalhe com o Vento verde do Norte e no último dia,
Com o Vento prateado do Espírito. Não se esqueça de anotar sempre as explicações de seu guia (ou guias) e as formas pelas quais este vento poderá ser útil a você. Pense sobre as características negativas de sua personalidade que um dos elementos pode ajudar a minimizar e sobre as características positivas que podem ser ampliadas, também com a ajuda de um dos elementos.

Repita todas as meditações sempre que julgar necessário.

E como os Elementos podem nos ajudar?


Devemos aprender a nos conectar com o vento e seu respectivo elemento quando necessitarmos de suas propriedades, tanto físicas, quanto associadas. Por exemplo:



O Vento do Ar é o vento do intelecto, ele pode ser convocado para nos ajudar na hora de estudar para uma prova, ou nos preparar para uma reunião de trabalho, ou na construção das palavras para um ritual. Se você estiver se sentindo cansada, tensa, sem energia, apele para as propriedades físicas do Ar e ele vai te trazer leveza e relaxamento.
Quando estiver ventando, exponha-se ao vento e peça a ele que limpe e purifique suas energias.



O Vento do Fogo pode ser convocado para te trazer paixão no caso de um primeiro encontro, ou criatividade no desenvolvimento de um projeto, ou mesmo coragem no caso de um confronto ou situação complicada. Estando próxima a uma fogueira, queime, mentalmente, as coisas que estão te perturbando. Nos dias frios, este vento pode nos trazer calor.



O Vento da Água pode nos trazer a intuição e nos ajudar no caso de uma leitura de cartas de Tarô, ou bola de cristal, ou até mesmo para decidir se fechamos ou não um negócio. Pode nos trazer a energia curativa para amenizar uma cólica, ou dor de cabeça. Em dias quentes, este vento pode nos trazer frescor e até mesmo abaixar uma febre.

O Vento da Terra pode nos ajudar a manter a paciência com certos colegas de trabalho, ou numa casa cheia de crianças, pode nos trazer estabilidade e ajudar em nossa busca por sabedoria. A nível físico, pode ajudar a combater tonturas e enjôos ao nos conectar com a terra.
O Vento do Centro nos traz a espiritualidade e nos conecta com a divindade. Apele para ele quando se sentir deprimida, solitária ou até mesmo ameaçada.

Mas, lembre-se, a cada elemento são associadas características positivas e negativas, portanto dois avisos devem ser levados em consideração.
1 - Ao apelar para um elemento seja bem específica em relação à característica que você necessita naquele momento. Num primeiro encontro, você pode apelar para a paixão do Fogo, mas não vai querer o impulso de briga. Você pode pedir a leveza do Ar para assistir a uma reunião cansativa, mas não vai querer a distração que ele também pode trazer.

2 - Jamais trabalhe repetidas vezes com as características de um determinado elemento sem convocar também o elemento oposto para contrabalançar, ou você pode acabar com excesso da energia daquele elemento. Batalhar por estabilidade com o auxílio da Terra é muito bom, mas sem equilibrar isso com a leveza do Ar, você pode acabar muito rígida e inflexível. Pedir o auxílio do fogo para te trazer coragem, mas sem a suavidade que a água traz, pode te deixar briguenta e intolerante. Vale também o oposto, se você está pedindo a ajuda da água para suavizar suas emoções, equilibre isso com um pouco de Fogo, ou pode se tornar uma "manteiga derretida".

Para começar a se conectar com as energias de cada Elemento ou Vento existe um bom ritual de meditação chamado a Meditação dos Cinco Ventos. Pratique essa meditação durante cinco dias seguidos, trabalhando um vento por dia, para conhecer as características de cada Elemento. Ao final da meditação, lembre-se de anotar tudo o que sentiu no que diz respeito ao elemento e as formas pelas quais você acha que este Vento pode te auxiliar.

Comunhão com os Elementos


Existe pessoas que acreditam que os Elementos servem apenas para serem convocados na hora do fechamento do círculo para dar proteção aos trabalhos mágicos. Não é verdade, a energia dos Elementos, tanto no nível de propriedades físicas, quanto no nível de propriedades associadas deve ser utilizada para nos auxiliar nos trabalhos mágicos e também na vida prática.
Cada Elemento é associado a uma direção, a uma cor, a um grupo de propriedades e características e recebe a denominação de um Vento. Podemos dizer que existem cinco ventos:

O Vento Leste é associado ao Ar, ao intelecto, à força da mente, ao bom senso, e no aspecto negativo à distração, ao excesso de imaginação. Sua cor é o amarelo e este vento é quente e úmido. Fisicamente ele pode nos trazer a leveza, o relaxamento.

O Vento Sul é associado ao Fogo, à paixão, à criatividade e à coragem, mas também à guerra, à disposição de lutar e ao orgulho e prepotência. Ele é vermelho, quente e seco. A nível físico pode nos trazer o calor.

O Vento Oeste é associado à Água, à intuição, às habilidades psíquicas de modo geral, às emoções, à cura. No aspecto negativo ele é associado ao descontrole emocional, à melancolia, à timidez. Ele é azul, frio e úmido. A nível físico, pode nos trazer a
Frescura da água e a umidade.

O Vento Norte é associado a Terra, à estabilidade, à solidez, à paciência, mas também à rigidez, à inflexibilidade, à incapacidade de mudar. Ele é verde, frio e seco. A nível físico pode nos trazer de volta a terra, ajudar no equilíbrio e na estabilidade.

Finalmente, o Vento do Centro, o Vento do Espírito, que pode nos conectar com a Divindade, ele não tem propriedades físicas, mas é associado à fé, à proteção, à espiritualidade. Pode ser visualizado prateado e brilhante, mas não é nem frio, nem quente, nem seco, nem úmido. Ele apenas é.

O corpo humano e os quatro elementos



Temos em nosso corpo os quatro elementos:


Terra - estrutura do corpo físico e as sensações
Água - bioquímica, emoções e sentimentos.
Fogo - energia e intuição
Ar – mente

De acordo com Andy Baggot, as terapias também podem ser consideradas em termos dos quatro elementos:

Terra - terapias físicas como massagem, reflexologia, ajuste de ossos.
Ar - aconselhamento e outras terapias da mente
Fogo - terapias energéticas como curas por cristais e a acupuntura
Água - terapias que agem diretamente na bioquímica do corpo, como nutrição e ervas.

Entre os povos antigos, as terapias que provavelmente eram usadas eram massagens, nutrição, ervas, cura, aconselhamento e até ajustamento de ossos. Os celtas eram povos guerreiros e técnicas de sobrevivência e exercícios físicos melhoram a qualidade de nossa saúde e fortificam nossos quatro elementos.
Cada elemento está relacionado a um órgão específico do corpo humano:

Terra: rins
Ar: pulmões e intestino grosso
Fogo: fígado e vesícula
Água: coração e intestino delgado
Éter: baço pâncreas e estômago

Éter é o quinto elemento, o equilíbrio. Este ponto deve ser encontrado em todos os níveis para que possamos alcançar a verdadeira paz e felicidade.

Esses níveis são:

Terra: físico
Água: emocional
Fogo: destino
Ar: mental
Éter: espiritual

Apenas atingindo o equilíbrio em cada um dos elementos chegaremos ao equilíbrio total, que é representado pelo Éter. É por isso que encontrar o equilíbrio é uma parte fundamental da Magia.
É impossível praticar Magia se não estamos verdadeiramente equilibrados.
As doenças se manifestam em nosso corpo quando há o desequilíbrio de algum elemento dentro de nós.
Por exemplo: pessoas muito distraídas (excesso de elemento Ar) ou pessoas com problemas mentais (fraqueza do elemento Ar).
Pessoas que não se expressam e usam drogas e bebidas para tentar se esconder de sua própria dor geralmente têm problemas de fígado (fraqueza do elemento Fogo).

Os elementos também estão relacionados aos orifícios do corpo humano:

Ar: nariz
Fogo: olhos
Água: ouvidos
Terra: ouvido interno
Éter: boca

Da mesma forma, também há relações entre os elementos e os tecidos internos do corpo:

Terra: ossos
Ar: pele
Fogo: músculos e tendões
Água: sistema circulatório e vasos sangüíneos
Éter: carne e sangue

08 novembro, 2006

Os Elementos e seus Mistérios

Temos que nos aproximar dos elementos com calma e equilíbrio, isso se queremos de fato entrar na essência dos mesmos e não apenas brincar de fazer "contato”.
Em muitas mitologias os seres nascem da lama (água e terra) tem a vida soprada em si (ar) e o fogo é lhes dado via de regra por seres que revolucionam a ordem estabelecida para isso (Prometeu, A serpente que dá o fruto da árvore do conhecimento). Há um porque na localização dos elementos nas quatro direções. A água a oeste está ligado ao fato que o poente é a morte, a grande imersão no inconsciente e tudo que isto simboliza. A água tem esse papel primordial como símbolo do grande inconsciente.
AR a leste, onde o sol nasce, onde a vida se renova, onde o prana é fortalecido toda manhã.
O FOGO, para nós do hemisfério sul, vem do norte, de onde vem o calor.
A TERRA, símbolo do frio e do recolhimento ao sul, onde temos o frio do gelo e do coagula.
Os animais simbólicos de cada direção variam de povo para povo, de tradição para tradição, de acordo com o símbolo que cada povo dava a cada animal.
Pois é como se diz, Elementais são legais, mas antes devemos saber MUITO, mas muito bem com o que estamos lidando. Elementais são forças plenas dos elementos da natureza, entrar em contato com eles sem entender bem o que está fazendo é se expor a muitos riscos e perigos desnecessários.
Temos que entender uma coisa antes de qualquer coisa.
Nenhum ser elemental ou ente da natureza leva a sério um ser humano, no princípio. Um judeu confiaria em alguém de uniforme nazista?
Pois a "forma humana" está associada aos que entram nas matas para destruir, poluir e matar. Aos que prometem algo de manhã para fazer o contrário à noite. Aos que prometem um ano "novo" a cada dia 31, para caírem na mesmice logo que fevereiro chega. Portanto a espécie humana está em guerra com a natureza e nós temos que aprender a sair da "estupidez" humana predominante e recuperar o elo com a magia. Aí vamos entender outro papel da iniciação.
Uma iniciação numa linhagem tradicional, como a Wicca, por exemplo, te coloca em outra freqüência vibracional. É como tirar o uniforme nazista e colocar algum símbolo da resistência em nós. Assim, para os elementais e outros entes que vêem a energia, fica claro que embora da espécie humana não partilhamos da grande deturpação de nossa época e, ao contrário, estamos em sintonia, com aqueles homens e mulheres que através das eras tem trabalhado em harmonia com a vida em todas suas formas. Mas não adianta só "iniciar-se” formalmente, temos que trabalhar nossa forma de viver. Não importa se você come alface ou um bife, importa o uso que faz dessas duas vidas que cederam para você continuar.
Ambas são sagradas, em ambos os casos uma vida deixou de existir em benefício da sua.
A harmonia com a qual você usa esta energia determina sua freqüência. Cada ato deve ser onisciente e trabalhado.
Se você passa por uma árvore e a sente como ser vivo, se começa a conversar com as plantas a ficar atento aos sinais é claro que sua percepção do mundo vai se modificando.
Como conectar com eles em exercícios do cotidiano mesmo que durem décadas, um dia estará conectado com eles?
Recomendo a todos que queiram mesmo estudar sobre os elementais plantarem algo. Num vaso simples se não tiverem quintal, plantem uns grãos de milho ou feijão. Vejam nascer, a necessidade de regar. No seu tempo no seu ciclo. Andar descalço, andar em matas, mesmo que seja num bosque ou parque no caso de uma capital, isso vai te ajudar a recuperar a harmonia com o elemento. 
Terra: Este é o primeiro passo.

O grande problema de nossa era é o que chamo de "esoterismo fast food". As pessoas são levadas a crer que podem se tornar adeptas da ARTE em algumas semanas, ou mesmo em "um ano e um dia".
Esse símbolo de um ano e um dia é forte, mas no sentido que para alguém dizer que está no caminho Wicca tem que primeiro sentir, observar e meditar sobre todo um ciclo da roda, daí um ano e um dia.
Mas isso é só o começo. Isso não torna ninguém um iniciado. Iniciar-se é mudar de vibração, é mudar a forma de ver o mundo. É sair da egrégora do senso comum humano, dos produtores e consumidores de produtos em sua maioria inúteis que só poluem e degradam o ambiente e se tornar uno com a Vida e seus ciclos.
Quer dizer que por quatro estações você começou a recuperar seu elo com a vida e seus ciclos, e observar a Terra e sentir sua força é o primeiro passo. Assim antes de parar no meio do círculo mágico, voltar-se para o sul e conclamar os poderes da Terra é necessário sentir o que é a Terra. Essa questão de chamar a Terra ao sul é muita, muito séria. Os poderes "cavalgam” o vento. Assim é nos ventos que as forças mágicas vem. E basta assistir qualquer informe meteorológico para saber que quanto sopra o vento sul, vem o frio, nunca o calor, portanto só no hemisfério norte o sul traz o fogo.
Inverter isso não é como o caso de seguir a roda do norte e do sul par festejar datas, onde se pode ligar a egrégora das forças, compensando a não ligação com a estação efetiva que se apresenta.
Os elementos estão ligados os quatro ventos e é importante sentir isso antes de pretender manipulá-los.
Já perceberam como tem gente que lida com magia e a vida é totalmente complicada confusa? A vida emocional é um caos, cheia de problemas e crises? São sérios candidatos a estar daqui a algum tempo num programa destes fundamentalistas dizendo que "Jesus me salvou da bruxaria".
Estes desequilíbrios são acentuados quando fazemos uso fantasioso dos elementos.
Os elementos precisam ser trabalhados com muita atenção e foco.
Vamos usar um exemplo simples.
Você conhece uma garota. Se você não procura primeiro entender o que ela gosta e não gosta, sentir o jeito dela vai dar “trocentos” furos em tudo que fizer para atraí-la e conquistá-la. Pode até mesmo conseguir afastá-la irremediavelmente, irritá-la quando pretendia agradá-la, dar um buquê de rosas de perfume e só depois descobrir que ela, embora te contasse que acha as rosas lindas, é profundamente alérgica às mesmas.
Vale o mesmo para os elementais.
Elementais não falam a língua humana, entendem sentimentos.
Se você nunca sentiu a Terra como pretende chamar os seres que representam o espírito desse elemento? Ou será que ainda tem gente que pensa que os gnomos são algum tipo de Smurfs?
Vamos lembrar que as antigas iniciações não eram feitas por livros ou textos. O aprendiz encontrava com quem ia ensinar, às vezes ia mesmo morar com quem lhe ensinava.
Hoje estamos perdidos em abstrações mentais, as pessoas decoram conhecimento na escola, depois não sabem aplicar na realidade cotidiana e pensam que podem fazer o mesmo na magia.
Decorar fórmulas prontas e acreditar que repetir um rito "padrão" vai por alguém em contato com forças de outras realidades.
Com relação às tendências dos elementos...Bem, eles não são nem bons nem maus, são forças essenciais dos elementos. Possuem um tipo de consciência totalmente diferente da nossa. Eles vivem na esfera deles, ao lado, mas à parte da nossa. Nós é que propomos o contato, nós é que fazemos a ponte. Nós é que o atraímos. Se não sabemos controlá-los é como acender uma fogueira numa casa de madeira. Quando o incêndio destruir tudo quem vamos culpar? O fogo?
Temos que perder essa imagem que elementais são meio Smurfs ou fadinhas do Peter Pan.
Elementais são uma coisa: Gnomos, sílfides, ondinas e salamandras.
Forças conscientes da essência dos elementos. Duendes, sacis, sereias, elfos são outra coisa. Elementais obedecem à força de vontade de quem os evoca e direciona, se não souber fazer isso com clareza vai criar problemas.
E não é "dominar”, "subjugar" é encantar.
Portanto antes de entrar na idéia de trabalhar com os elementais vamos trabalhar com os elementos.


OS ELEMENTAIS
ONDINAS (Elementais da água)
Esta classificação aplica-se a todos os seres associados ao elemento água e à sua força.
Estão presentes nos lugares onde há uma fonte natural de água. A atividade das ondinas se manifesta em todas as águas do planeta, quer provenham de chuvas, rios, mares, oceanos, etc. Da mesma forma que os gnomos, estão sujeitas à mortalidade, mas sua longevidade e resistência são bem maiores.
A água é a fonte da vida e estes seres são essenciais para nos auxiliar a encontrar a nascente interior. Despertam em nós os dons da empatia, da cura e da purificação.
Muitas lendas sobre sereias, damas dos lagos e demais espíritos aquáticos sobreviveram até os nossos dias. Na realidade, trata-se de uma categoria mais evoluída de fadas que operam no interior do elemento, já que a natureza das ondinas é bem mais primária e menos desenvolvida. Os espíritos da água aparecem com maior freqüência sob forma feminina, mas formas masculinas como os tritões também estão presentes entre os espíritos mais evoluídos do elemento. As ondinas colaboram para a manutenção de nossos corpos astrais. Despertam e estimulam a natureza emotiva. Realçam nossas intuições psíquicas e respostas emocionais. As energias da criação e do nascimento, assim como a premonição e imaginação criativa, pertencem a seu domínio.
Também nos ajudam a absorver, digerir e assimilar as experiências da vida para que façamos pleno uso delas. Além disso, é graças a elas que sentimos o profundo êxtase presente nos atos vitais criativos, seja de natureza sexual, artística ou até no cumprimento dos deveres com o toque emocional adequado.
As ondinas freqüentemente fazem sentir sua presença no plano onírico. Sonhos em ambientes aquáticos ou que transbordam sensualidade espelham a sua atividade permitindo um aumento da criatividade em nossas vidas. O trabalho com elas nos ajuda a controlar e direcionar a atividade onírica, bem como a fortalecer o corpo astral, possibilitando vivências mais nítidas e conscientes durante viagens aos planos astrais.
Uma ondina em particular nos acompanha ao longo de toda a vida. A sintonia com ela possibilita o contato com outros seres de seu elemento. Esse nosso elemental pessoal da água desempenha funções importantes no tocante à circulação dos fluidos corporais, tais como o sangue e a linfa. As enfermidades sangüíneas contaminam as ondinas, e atam-nas, contra sua vontade, ao carma e aos efeitos indesejáveis da enfermidade.
Sempre que abusamos de nossos corpos, abusamos também das ondinas, pois, uma vez designadas para acompanhar um ser humano, são obrigadas a sentir esses efeitos negativos, inclusive porque dependem de nós para o seu crescimento e só evoluem à medida que também o fazemos. A conexão insatisfatória com nossa ondina pessoal e demais seres do reino das águas gera distúrbios psicológicos, emocionais e até psíquicos. A compaixão faz-se ausente. Deixamos de confiar em nossa intuição e desenvolvemos um medo desenfreado da dor. Pode não acarretar a total perda da sensibilidade, mas no fará parecer frios aos olhos alheios. A falta de simpatia, de empatia e de amor à vida invariavelmente refletem falta de entrosamento com as ondinas e demais espíritos desse elemento, os quais dirigem nossa atividade emocional. A ruptura com esse equilíbrio harmônico aumenta a presença de toxinas no organismo, pois o elemento água já não flui livremente para desempenhar sua função purificadora.
Por outro lado, uma ligação exagerada com tais elementais pode nos afogar emocionalmente, tornando-nos contraditórios nos sentimentos. A retenção de água no organismo é um bom indício físico de que isto está acontecendo. Quando tal ocorre, passamos a maior parte do tempo concentrados em nossos pensamentos. A imaginação torna-se pronunciadíssima e evidencia-se nas ações uma tendência ao extremismo. O excesso do elemento água nos torna compulsivamente passionais, além de gerar exagerada sensualidade, medo e isolamento. Passamos a dedicar grande parte do tempo a anseios e delírios emocionais, em detrimento de ações concretas. Disso resulta uma acentuada sensação de vulnerabilidade.
Por intermédio de nossa ondina pessoal, entramos em contato com os sentimentos e emoções mais profundas do nosso ser e despertamos para a unicidade da criação. Elas nutrem nossa capacidade de sustento e suprimento, e descortinam diante de nós um vasto oceano emocional onde podemos encontrar compaixão curativa e intuição. Em razão de sua natureza fluídica, a melhor maneira de controlar as ondinas é por meio da firmeza.

SALAMANDRAS (Elementais do FOGO)

As salamandras se encontram por toda parte. Nenhum fogo é aceso sem o seu auxílio. Sua atividade é intensa no subsolo e no interior do organismo e da mente.
São responsáveis pela iluminação, pelo calor, pelas explosões e pelo funcionamento dos vulcões.
Não se devem confundi-las com os homônimos anfíbios, tipo lagartos do plano físico. Foram os movimentos serpenteantes desses elementais no interior das labaredas de fogo, semelhantes aos movimentos sinuosos das caudas dos lagartos e lagartixas, que lhes valeram esse curioso nome. Porém, essa é a única relação entre eles e o animal.
As salamandras despertam poderosas correntes emocionais no homem. Alimentam os fogos do idealismo espiritual e da percepção. Sua energia auxiliar a demolição do que é velho e a edificação do novo. Isto porque o fogo tanto pode ser destrutivo quanto criativo em suas formas de expressão.
Os elementais do fogo trabalham com o homem e com o mundo por intermédio do calor, do fogo e das chamas, quer se trate da chama de uma vela, das chamas etéreas ou da própria luz solar. São incrivelmente eficientes nos trabalhos de cura, pois ajudam a desintoxicar o organismo, sobretudo nas situações críticas. Mas devem ser empregadas com muita cautela, pois suas energias radiantes são dificílimas de controlar. De modo geral, encontram-se sempre presentes quando a cura está para se manifestar.
Os elementais do fogo colaboram imensamente para a preservação de nosso corpo espiritual. A energia irradiada pelas salamandras ao nosso corpo espiritual perpassa todos os planos até atingir o corpo físico. Elas intensificam a espiritualidade elevada, a fé e o entusiasmo. Colorem nossa percepção e ampliam o discernimento espiritual para que ele sobrepuje o psiquismo inferior.
Uma salamandra foi designada para acompanhar cada um de nós ao longo dessa existência. Ela contribui para o bom funcionamento do corpo físico, a manutenção da temperatura corporal adequada, estimula o metabolismo orgânico para a continuidade da boa saúde e auxiliar a circulação. O metabolismo lento é indício de uma atividade relaxada das salamandras. Já o metabolismo acelerado pressupõe uma atividade exacerbada dos seres e espíritos do fogo.
Uma boa conexão e relacionamento com nossa salamandra pessoal estimulam a vitalidade e a franqueza. Elas nos ajudam a desenvolver vontade própria e firmeza, além de impulsionar fortes correntes espirituais positivas e bem-determinadas. Fomentam o sentido de auto-estima, mantêm as aspirações em alta e nos impulsionam a uma atuação marcante no cenário da vida.
A fraca ligação com nosso elemental pessoal e demais espíritos do fogo configura-se como falta de ânimo, esmorecimento em relação à vida, falta de fé e crescente senso de pessimismo. Por outro lado, a proximidade demasiado intensa com estes elementais e outros do reino pode acarretar falta de autocontrole e de sensibilidade. Haverá tendência à inquietude e a um excesso de atividade que pode levar a um desgaste do ser. A falta de paciência também é reflexo da influência excessiva desse elemento.
De todos os elementais, as salamandras são os mais difíceis de compreender e aqueles com os quais a harmonização é mais complexa. A melhor forma de controlá-los é agir serenamente. Podemos controlar nosso fogo interior por meio da calma e de uma postura tranqüila e satisfeita em relação à vida. Em outros termos, significa aceitar a existência como ela é, aqui e agora.
Além de serem agentes primordiais da natureza, as salamandras adoram a música e sentem-se fortemente atraídas por ela, sobretudo quando está sendo composta. Suas energias são vibrantes. Controlá-las e direcioná-las de modo a produzir resultados positivos requer tamanha habilidade. Recomenda-se a todo compositor, poeta ou qualquer um que exerça atividade criativa, que procure cultivar uma melhor sintonia com as salamandras.
Nossas salamandras pessoais nos auxiliam a compreender os mistérios do fogo. Ajudam a despertar os níveis mais elevados de nossa espiritualidade e a elevar o patamar de nossas aspirações. De forma geral, estimulam e fortalecem o campo áurico a tal ponto que facilitam o reconhecimento das forças espirituais atuantes em nossas vidas e o contato com elas.

SILFOS (Elementais do AR)

Os silfos são, dentre os elementais, os que mais se aproximam da concepção que geralmente fazemos dos anjos e fadas, e freqüentemente trabalham lado a lado com esses mesmos anjos. Eles correspondem à força criadora do ar. A mais suave das brisas, assim como o mais violento dos furacões são resultados de seu trabalho.
O ar é a fonte de toda energia vital. Tem recebido nomes variados em diversas partes do globo como prana, chi, ki etc., mas é sempre essencial à vida. Podemos passar sem comida ou água por períodos mais ou menos longos, entretanto é impossível viver sem ar por um período prolongado de tempo, pois respirar é necessidade básica à manutenção da existência.
Nem todos os silfos trabalham e vivem obrigatoriamente na atmosfera. Muitos possuem elevada inteligência e trabalham para criar o ar e correntes atmosféricas adequadas à vida na Terra.
Quando respiramos profundamente e sentimos um doce frescor no ar, estamos nos familiarizando com o fruto do trabalho deles. Vários silfos desempenham funções específicas ligadas à atividade humana. Alguns trabalham para aliviar a dor e o sofrimento. Outros para estimular a inspiração e criatividade. Uma de suas tarefas mais específicas consiste em prestar auxilio as almas de crianças que acabam de fazer a transição. Também atuam temporariamente como anjos da guarda até estarmos mais receptivos e preparados.
Um silfo é designado para acompanhar cada ser humano ao longo de sua existência. Este silfo nos ajuda a conservar e desenvolver o corpo e aperfeiçoar os processos mentais. Assim, nossos pensamentos, bons ou maus, afetam-nos intensamente. Eles encorajam a assimilação de novos conhecimentos e fomentam a inspiração. Trabalham para purificar e elevar nossos pensamentos e inteligência, e também nos auxiliam a equilibrar o uso conjunto das faculdades racionais e intuitivas. No plano físico, nosso silfo pessoal trabalha para que assimilemos melhor o oxigênio presente no ar que respiramos, bem como para manter adequadamente todas as outras funções que o ar desempenha no corpo e no meio ambiente. A exposição à poluição, fumaça, etc. afeta a aparência do silfo e compromete severamente a eficiência de seu trabalho no âmbito de nossas vidas.
Eles freqüentemente se apresentam sob forma humana, mas são assexuados e chegam a inspirar este tipo de comportamento em alguns seres humanos. Tenho observado que as pessoas nas quais predomina a atividade dos silfos geralmente não colocam a sexualidade no topo de sua lista de prioridades, e freqüentemente não conseguem compreender por que isso ocorre com tanta gente. Embora pareça indicar uma certa ruptura com o plano sentimental (elementais da água), devemos ser bastante cautelosos ao fazer tais presunções. O que acontece é que os silfos direcionam este ímpeto sexual e criativo para outros canais de expressão, a saber, o próprio trabalho. Contudo, é preciso muito cuidado para não incorrer em extremos; afinal, nenhum de nós pode prescindir de um equilíbrio entre os quatro elementos.
Uma conexão muito forte com os espíritos e elementais do ar tornam nossa mente tão ativa que ela passa a requerer constante controle e direção. Pode gerar excesso de curiosidade e intrometimento, paralisar a vontade em virtude da exagerada análise mental e hiperestimular o sistema nervoso, fazendo com que necessitemos de freqüentes mudanças. Além disso, pode ocasionar diversas formas de excentricidade, ou ainda induzir a um fanatismo acompanhado de falta de emoção e de sensibilidade. Também costuma gerar um desprendimento em relação ao que é físico e total desinteresse pelas atividades terrenas.
Já a falta de afinidade com os seres deste reino, incluindo o nosso silfo pessoa, pode distorcer nossa capacidade de percepção a ponto de eliminar o bom senso. É possível que fiquemos tão envolvidos com atividades e emoções que não sobre tempo para refletir sobre a própria vida. A tremenda falta de visão perspectiva que resulta disso pode debilitar gravemente o sistema nervoso e, sob essas condições, a curiosidade e imaginação tornam-se escassas ou mesmo inexistentes.
Os silfos provocam inspiração e afetam as faculdades mentais. A conexão com nosso silfo pessoa facilita a assimilação de novos conhecimentos, pois ele trabalha conosco para expandir a sabedoria.
Também são úteis na proteção do lar e propriedades em geral, porque suas abundante energia confunde as mentes de possíveis intrusos, preocupando-os e fazendo com que pensem duas vezes antes de invadir o espaço alheio.
A sintonia com o silfo pessoal confere acesso ao reino dos arquétipos. Ajuda a coordenar e verbalizar nossas percepções. Estimula a liberdade, o equilíbrio mental e uma saudável curiosidade.
A maneira mais eficaz de controlar nosso silfo pessoal é por meio da constância. Uma abordagem consistente e determinada da vida é indubitavelmente a melhor de todas, pois só ela assegura o pleno cumprimento de nossas resoluções.

GNOMOS (Elementais da TERRA)


Esta denominação genérica abrange diversos seres desse plano elemental no reino das fadas. Não deve ser confundida com a concepção geral de gnomo que aparece em alguns livros, a qual representa apenas uma modalidade deles. Suas formas variam, mas em geral apresentam consistência e aparência "terrosas". Não são capazes de voar e o fogo os queima. Crescem e envelhecem da mesma maneira que o homem.
Diversos entes se agrupam nesta categoria e seu nível de consciência varia. São responsáveis pela manutenção da estrutura física da Terra. Ajudam-nos a perceber as cores, a sentir as energias da Terra e ensinam a utilização das forças ocultas.
Os gnomos são essenciais ao desenvolvimento de plantas, flores e árvores. Fornecer o colorido para as plantas, criar minerais e cristais e conservar o planeta Terra propício ao crescimento e evolução constituem algumas de suas tarefas. São dotados de grande destreza.
Os gnomos são os guardiões dos tesouros da Terra e, quando entramos em sintonia com eles, podem nos auxiliar a localizar riquezas subterrâneas e outros tipos de tesouros onde quer que estejam. Estes tesouros podem ser uma fonte energética oculta de um cristal ou mesmo o próprio ouro alquímico interior.
Operam com o homem por meio da natureza. Conferem a cada pedra a sua própria individualidade e energia característica. É por esse motivo que cada tipo de árvore, rocha ou flor possui algo diferente a nos ensinar.
Os gnomos também trabalham para preservar o corpo físico do homem, sua composição, assimilação de minerais, etc. Sem o seu auxílio não seríamos capazes de funcionar adequadamente no plano físico.
Um elemental da terra é designado para nos acompanhar ao longo de nossa vida - desde o nascimento - com o intuito de nos auxiliar a conservar o aparelho físico. É graças a essa conexão íntima que eles evoluem e adquirem alma. Nossos atos os influenciam e afetam grandemente. Ao abusar de nossos corpos, automaticamente abusamos do elemental que é responsável por ele.
Este elemental que nos auxiliar a desenvolver a percepção por meio dos sentidos físicos com consciência e confiabilidade é que nos ensina a cautela e prudência.
Uma conexão enfraquecida com o nosso gnomo pessoal e elementais da terra em geral nos tornam um pouco "lunáticos" e com tendência a desconsiderar os pré-requisitos básicos da sobrevivência.
Provavelmente nos sentiremos deslocados e à deriva num universo fantasioso. Quase sempre se manifesta forte tendência a negligenciar os cuidados com o corpo físico e a andar sem olhar para onde vamos.
Todas essas características indicam que precisamos nos aproximar mais de nosso gnomo pessoal.
Já a ligação excessiva com os elementais e espíritos da terra acarretam uma visão tacanha do mundo. Tornamo-nos excessivamente práticos, cépticos e cínicos. Sua energia pode nos transformar em pessoas demasiado cautelosas e conservadoras, desconfiadas e sem imaginação.
A sintonia equilibrada com o gnomo pessoal e suas energias nos faz desenvolver autodeterminação e estima. Ao permitir sua influência, tornamo-nos espontaneamente prestativos e humildes. A maneira mais fácil de controlar e direcionar os gnomos são por meio de uma generosidade espontânea.


04 novembro, 2006

Tarô Egípcio

Em egípcio antigo, TARÔ significa TAR = estrada e RO = nobreza, realeza, sabedoria. As origens do Tarô são incertas e existem uma infinidade de hipóteses. O certo é que o jogo se difundiu na Europa através dos ciganos. A tradição esotérica assegura que estas cartas datam do tempo do Egito Antigo e que elas expressam conceitos da Ciência Hermética, importantes nos rituais de iniciação de Osíris. Um antigo manuscrito revela o ritual de iniciação de um sacerdote egípcio que desejava ser doutrinado nos mistérios de Osíris: "O neófito é vendado e levado até a Grande Esfinge de Giza. Ele atravessa uma porta secreta, situada entre as patas da Esfinge, e entra num labirinto subterrâneo que conduz ao Templo Secreto de Osíris. Nestas passagens, ele tem que suportar testes que visam determinar sua intuição, inteligência e força moral. Se sobreviver, o neófito emergirá em uma longa galeria adornada com 22 afrescos simbólicos. Lá o Magi cumprimentará o neófito e o instruirá sobre o significado dos afrescos. Se o noviço revelar estes segredos, sua pena será a morte." Estes 22 afrescos são os arcanos maiores do Tarô, livro sagrado egípcio que, hermeticamente, mantém seus segredos guardados até hoje. Dentro da mitologia egípcia, conta-se que o deus da sabedoria (Thoth) resolveu dividir seus conhecimentos com os humanos e escolheu o Egito como sua morada. Acompanhado de seus discípulos, ele colocou toda sua sabedoria divina em um livro feito de ouro que continha 78 imagens, assim divididas: 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Este livro foi chamado de TARÔ. Para que estes segredos não fossem usados de forma errada, Thoth lançou o Tarô no Rio Nilo, ficando perdido por séculos. Segundo crenças esotéricas, este livro foi encontrado pelos Hebreus que criaram, a partir dele, a CABALA.

Íbis
O Tarô é a chave para todos os nossos mistérios e dúvidas, atuando sempre num nível inconsciente. Devido ao seu simbolismo, nem sempre suas respostas são prontamente entendidas. Medite sobre as respostas que o Tarô lhe dá. Você compreenderá a mensagem na proporção direta de sua evolução. Somente os merecedores terão acesso aos segredos de Thoth. O destino pessoal não é inevitável e tão pouco as cartas do Tarô servem para predizer o futuro. Elas mostram como o seu futuro, uma situação, um problema, etc., se desenvolverá se você continuar agindo como vem fazendo. O Tarô é uma indicação de caminho e um sábio conselheiro que, se seguido, poderá modificar o transcorrer dos acontecimentos.

O Louco - Arcano 0
O Louco, ou o Bobo é imprevisível e cheio de surpresas. Ele nos faz lembrar do potencial ilimitado de espontaneidade inerente a nós em todos os momentos. O Louco traz o inesperado e o pouco conhecido a uma situação. Ele também representa a fé completa de que a vida é boa e merecedora de confiança. Alguns poderiam chamar o Louco de inocente, mas a sua inocência sustenta-o e o faz feliz. O arcano 0 pode sinalizar um novo começo ou uma mudança de direção - que o guiará para um caminho de aventuras e de crescimento pessoal. Ele também lembra que precisamos manter a fé e confiar em nossa intuição. Se você estiver enfrentando uma decisão ou momento de dúvida, o Louco lhe diz para acreditar em seu potencial e seguir seu coração, não importando quão louco ou tolo seus impulsos possam parecer.

O Mago - Arcano I
Este arcano simboliza o domínio humano tanto no espírito quanto na matéria. Sou o que sou. A lâmina dá indicações sobre o futuro. O Mago é o mestre da realidade e senhor de seu destino. O Mágico é o arquétipo do princípio ativo masculino. O que faz o Mágico tão poderoso? Primeiro, ele não tem nenhum medo de agir; ele acredita em si e está disposto a lutar por suas convicções. Esta carta é um sinal para a ação, desde que você saiba o que deseja.

A Sacerdotisa - Arcano II
Sentada entre duas colunas que simbolizam as forças positivas e negativas, ela é a eterna deusa do mundo remoto. Ela aceita seu destino com compreensão e sabedoria, bem como, possibilita a ligação entre o consciente e o inconsciente. Está vestida com uma túnica longa e bela, da cor do Céu e segura sobre o colo um livro, símbolo de toda a sua sabedoria. Logo, a Sacerdotisa é a protetora do conhecimento eterno. É capaz de transmitir mensagens ou revelações em silêncio, sem abrir os lábios. A Sacerdotisa lhe desafia a se aprofundar mais - olhar além o óbvio e da superficialidade. Ela também lhe pede para recordar o imenso potencial que possui dentro de si.

A Rainha - Arcano III
Sentada em seu trono, ostenta uma coroa com gemas estreladas, seu rosto expressa austeridade e, às vezes, parece que exprime dor, porém cheia de felicidade, como acontece com a mulher que está dando à luz. Na mão empunha o cetro do poder e da glória. A Rainha é determinação e firmeza. A geração, o princípio da vida cósmica e telúrica. Energia presente na alma e no corpo da humanidade. A águia estampada em seu escudo representa a força do espírito e do conhecimento intuitivo. Tem ambição porque não aceita as privações nem o que é parco ou exíguo. A pobreza é vista como uma doença.

O Faraó - Arcano IV
Um homem poderoso e magnífico, sentado num trono, sustentando na mão direita a cruz ansata egípcia, a cruz da vida e dos faraós. É aquele que triunfou sobre as limitações físicas empregando inteligentemente os seus próprios recursos. O Faraó representa a estrutura, a ordem e o regulamento - forças necessárias para equilibrar a abundância pródiga da Rainha. Em situações caóticas, este arcano pode indicar a necessidade de organização.

O Sacerdote - Arcano V
O Sacerdote está sentado num trono onde há dois pilares às suas costas que representam a Lei e a Liberdade. As chaves simbólicas do reino de Amon-Rá estão sob seus pés e ele abençoa dois discípulos. Representa os ensinamentos hierárquicos das religiões antigas, o amor convencional e a aprovação de seus atos. Ele representa o poder espiritual aqui na terra. Convida a que se ouça a voz do Céu, a voz interior, em local silencioso e recolhido.

Os Enamorados - Arcano VI
Simboliza o Amor Universal, sob todos os aspectos. A eterna dúvida, a escolha entre o bem e o mal, bem como, a consciência de que uma escolha representa, necessariamente, um ganho e uma perda são estampados neste arcano. Esta carta mostra que não existem problemas em sua vida, mas sim, indecisões. Suas decisões são corretas na medida em que você as mantém. Os Enamorados podem representar a força atraente que reúne duas entidades em uma relação - pessoas, idéias, eventos, movimentos ou grupos. Os Enamorados podem indicar uma encruzilhada moral ou ética - um ponto de decisão onde você tem que escolher entre a estrada certa ou a errada. Este arcano também representa suas convicções pessoais, porque, para tomar uma decisão você tem que saber as suas condições presentes.

O Carro - Arcano VII
O homem dominador está dirigindo uma biga. Atrás dele há quatro colunas, que correspondem aos quatros elementos: ar, terra, água e fogo. As esfinges, dominadas pelo homem, representam as paixões e as ambições pessoais. Ao controlar seus defeitos, ele adquire o direito de escolher a estrada que quer seguir. As esfinges não correm, elas caminham, passo a passo, na mesma direção, revelando que conhecem o caminho escolhido. A carta 7, portanto, representa as vitórias que são possíveis pela força de vontade e do domínio do ego. Pode significar autocontrole ou controle do ambiente.

A Justiça - Arcano VIII
Todos nós teremos que ser pesados na balança da Justiça. No prato chamado de Luz prevalece o peso das grandes e boas obras, e no outro chamado Trevas se pesam as más ações. A Justiça Divina não possui vendas nem é cega, ao contrário da Justiça dos homens. Ela representa o equilíbrio e a lei (espada) universal. A imagem sóbria e nobre da figura da carta mostra que, apesar dos fatos, nunca escapamos da Justiça.

O Eremita - Arcano IX
O eremita carrega a lanterna contendo a luz indicadora do caminho; a chama da vida, da sabedoria. Simboliza a sabedoria conseguida através do sacrifício, solidão, prudência e moderação. Auxilia no encontro da chama interior que existe em cada um de nós. É o revelador de segredos. Ele busca respostas dentro de si e sabe que elas só virão com quietude e solidão. O Ermitão nos faz lembrar de Diógenes, o asceta grego que saiu pelo mundo com uma lanterna na mão para procurar um homem honesto. Diógenes é o símbolo da procura pela verdade que o Ermitão espera descobrir eliminando todas as futilidades da vida mundana.

A Roda da Fortuna - Arcano X
A roda da vida, que faz com que depois da chuva saia o sol e depois do verão venha o inverno. Quanto mais exterior a posição do homem nos contornos da roda, tanto mais violento é o movimento. Observa-se na roda Anúbis, o deus egípcio com cabeça de chacal e que pesa a alma dos mortos e Tífon, a criatura semelhante ao macaco, o deus da perturbação, da confusão. É a mudança, o movimento perpétuo do Universo e da própria vida. É à roda do destino e da fatalidade, que roda e roda sem parar, como as inúmeras facetas da vida com os altos e baixos, dependendo do carma de cada um. É o ciclo das reencarnações.

A Força - Arcano XI
Normalmente nós pensamos em força como sendo uma condição física; , mas também há a força interna. A força interna vem de um exercitar contínuo do coração. É perseverança, coragem, resolução e compostura - qualidade que nos ajudam a suportar os momentos difíceis. Considera-se comumente que uma pessoa com força interior tenha tido um caráter forte no passado. O arcano 11 representa esta determinação que repousa quieta em nosso ser. Nós precisamos dessa determinação para moldar as situações adversas suavemente. Enquanto o arcano 7, o Carro, domina uma situação com autoridade, a Força exerce seu poder de forma mais sutil e branda. Note como o leão (símbolo da força) está sendo guiado e domesticado pelas mãos suaves de uma mulher e não, pela força bruta de um homem. A carta 11 aparece em uma consulta de tarô quando suas qualidades são necessárias. Ela é um lembrete para lutarmos sempre e nunca deixar-nos dominar pelo desespero. Você tem a força interna para suportar e triunfar. Se você estiver passando por uma situação muito difícil, seja paciente e espere melhores momentos.

O Enforcado - Arcano XII
O Enforcado é um dos arcanos mais misteriosos do tarô. Ele simboliza a ação dos paradoxos em nossas vidas. Um paradoxo é algo que, apesar de aparentemente contraditório, é uma verdade muito importante. O Enforcado mostra para nós certas verdades, mas elas estão escondidas, ocultas de nosso consciente. O Enforcado nos lembra que a melhor solução para um problema nem sempre é a mais óbvia. "Quando você quiser forçar seu ponto de vista a alguém, saiba que este é o momento de amenizar; quando você quiser colocar o individualismo acima de tudo, saiba que esta é a hora do sacrifício; quando você achar que é hora de agir, saiba que esta é a hora de esperar”. Enfim, o Enforcado nos mostra as contradições que nem sempre "queremos ver".

A Morte - Arcano XIII
Morte! Uma energia poderosa. Aqui nos vemos face a face com o nosso maior medo. Nós recusamos a Morte porque pensamos nela como uma aniquilação e não como uma transformação necessária. A Morte não é um fim permanente, mas uma transição para um estado novo; a vida é eterna em sua essência, apesar de não o ser em sua forma. Para crescer, desenvolver e viver, nós temos que morrer. A Morte representa freqüentemente um fim importante que desencadeará o início de uma grande mudança. Sinaliza o fim de uma era; o momento em que uma porta está se fechando. Nestas ocasiões, pode haver tristeza e relutância, mas também alívio e um senso de conclusão.

A Temperança - Arcano XIV
A energia da Temperança pode aparentar uma quietude superficial, mas é a calma do olho de um furacão. Ao seu redor o vento está em um turbilhão, mas no centro, está um ponto imóvel e em equilíbrio. A Temperança pode representar uma necessidade de moderação e equilíbrio. Em situações de conflito, a Temperança sugere que se chegue a um acordo e a cooperação. Temperança é uma carta que representa uma boa saúde em todas as áreas - físico, mental e emocional. Quando uma doença ou uma dificuldade torna-se preocupante, a Temperança oferece a promessa de vitalidade e bem-estar.

O Diabo - Arcano XV
Seth, Lúcifer, Mefistófeles, Satanás ou O Príncipe de Escuridão. Não importa como o chamamos, o Diabo é o nosso símbolo para tudo que é de ruim e indesejável. De nossa perspectiva humana, nós vemos o mundo como uma luta entre a luz (bem) e a escuridão (mal). Nós queremos derrotar o ruim para que o bem possa prevalecer. Na realidade, o bem e o mal não indicam a ausência de luz simplesmente, mas sim uma dualidade causada por erros que escondem a verdade. O arcano 15 nos mostra estes erros. A ignorância é um destes erros - não sabemos a verdade e não percebemos que nós a desconhecemos. O segundo erro é o materialismo - a convicção de que nada mais existe além do plano físico. Tradicionalmente o Diabo representa o mal, e ele mostra que você está apegado a uma situação improdutiva ou pode estar cego e ignorante para a verdade dos fatos. Portanto, você pode estar obcecado por uma pessoa, idéia, substância ou padrão que sabe ser ruim para você e nada faz para sair desta situação. Nós somos propensos a muitos erros na vida. O arcano 15 nos mostra quando esses erros são sérios o bastante para requererem nossa atenção.

A Torre - Arcano XVI
A Torre é uma carta que indica instabilização e dificuldades. O arcano 16 não dá boas-vindas para aqueles que rejeitam as mudanças. Normalmente as mudanças são graduais, dando tempo para adaptação, mas às vezes são rápidas e explosivas; esta é a ação da Torre. Crises súbitas são a forma da vida lhe dizer que você necessita mudar. Algo de errado está acontecendo, e você não está respondendo. A maneira como você responde às mudanças previstas pela Torre mostra quão incômoda a experiência será; você deve reconhecer que as mudanças que acontecerem são necessárias - tente achar o lado positivo de qualquer situação. Na realidade, você pode sentir uma grande liberdade ao ser forçado em uma nova direção.

A Estrela - Arcano XVII
As estrelas sempre foram uma fonte de inspiração e esperança para as pessoas. Há algo místico em sua luz brilhante que nos transporta para o alto, para mais perto de Deus; quando olhamos para o céu, nós já não sentimos a angústia terrestre. Há algo de sobrenatural nas estrelas. Em leituras, a Estrela é muito bem-vinda quando a aflição e o desespero nos subjugou. Nos momentos mais densos e escuros, precisamos saber que há esperança, que há uma luz no final do túnel. A Estrela é o oposto do Diabo que nos tira a fé no futuro. A Estrela também lembra para abrirmos nosso coração e libertar todos os medos e dúvidas que temos em relação ao mundo. É importante lembrarmos que a Estrela é uma carta de inspiração e não de soluções práticas e respostas concretas para nossos problemas. Verdadeiramente, sem esperança nós não podemos realizar nada, mas a esperança é só um começo. Use a luz das Estrelas para guiá-lo em suas buscas.

A Lua - Arcano XVIII
Se você der uma olhada agora mesmo ao seu redor, vai, provavelmente, ver pessoas e objetos que lhes são familiares. Tudo é exatamente como você espera ser. Você sabe que se fechar os olhos e os abrir, o seu mundo será o mesmo. Mas, ao ficar preso ao seu mundo familiar, um mundo cheio de experiências extraordinárias está sendo perdido! Esta é a experiência da Lua. A maioria do tempo nós vivemos em um minúsculo quarto, onde as coisas acontecem de forma rotineira e dentro de uma normalidade tal, que dão uma segurança muito grande para nós. Devemos sair e procurar a vastidão de experiências que nos aguardam além da porta deste quarto. Entretanto, não podemos ser pegos desprevenidos nesta viagem, pois podemos ser presas fáceis para as drogas, intensas loucuras ou batalhas existenciais. A Lua é a luz deste mundo - o reino da sombra e da noite. Embora este novo lugar seja temerário, você não pode ficar amedrontando. A Lua guia-o ao desconhecido, permitindo o incomum em sua vida. Infelizmente, temos medo da Lua; esta carta representa medos, ansiedades e ilusões. A luz fraca e tênue da Lua, em oposição à luz forte e revigorante do Sol, pode enganá-lo e fazer com que você se perca nas estradas de sua vida. Tenha cuidado para não deixar decepções e falsas idéias te desviarem de teu rumo. Às vezes, a Lua é um sinal de que você é um viajante desinteressado e perdido neste mundo. Procure encontrar um propósito maior para a sua vida, senão, você pode não enxergar a luz do Sol ao alvorecer.

O Sol - Arcano XIX
Quando ligarmos uma luz em um quarto, iluminaremos todos os cantos escuros, de tal forma que, tudo passa a ser visível. Quando nos aproximarmos da luz divina, todos os nossos problemas e ignorância serão visíveis. Eis a mensagem do Sol. Ao longo de história, pessoas honraram o Sol como uma fonte de luz e calor. Nos mitos de muitas culturas antigas, o Sol é um deus proeminente - cheio de vigor e coragem. Ele é um centro de energia vital que faz a vida na terra possível. No tarô o Sol simboliza também vitalidade e o esplendor. O Sol, definitivamente, não é uma carta submissa e apática. Em leituras, o Sol representa um profundo poder pessoal. Você tem energia ilimitada e cheia de saúde. Quando esta carta aparecer, saiba que terás êxito em todos os seus empreendimentos. É o tempo de deixar seu Sol interior brilhar.

O Julgamento - Arcano XX
No arcano 20, nós vemos pessoas sendo chamada por um anjo. O Julgamento pode ser uma lembrança que julgamos necessária ou uma tomada de decisão. Em tais momentos, é melhor considerar o assunto cuidadosamente e então agir sem medo. Se você está sendo se julgado, aprenda com o processo. A carta 20 também representa os sentimentos que vêm junto com a salvação. Quando o anjo te chamar, você é renascido - limpou todas as suas culpas e fardos. O passado e seus enganos estão atrás de você, e agora está pronto para começar novamente.

O Mundo - Arcano XXI
O principal elemento da felicidade é a totalidade - o senso de que tudo está trabalhando em harmonia; não de uma forma estática, mas com um equilíbrio dinâmico. Para estarmos contentes, nós temos que sentir conectado - comprometido com o que está ao redor de nós. O Mundo representa este momento e é um sinal muito positivo de que você deve seguir o desejo de seu coração. Lembre-se, entretanto, que a carta 21 é um símbolo de contribuição ativa e serviços. Para segurar o Mundo nas mãos, nós temos que dar a nossa contribuição. Eis a fonte de verdadeira felicidade.