04 novembro, 2006

Ísis, a Deusa Universal




A histórico do culto à Ísis é longa e complexa: esta rápida visão geral fornecerá uma indicação de seu alcance até os últimos séculos.

Antiga e amada, Ísis nutriu sua terra natal – o Egito – como Deusa do Trono, do Amor e da Magia, A Grande Feiticeira que Cura. Sempre presente, Seu culto sob o nome de Ísis é documentado nos textos da Pirâmide da Quarta Dinastia (por volta de 2600 a.C.) e provavelmente remonta a um tempo anterior às dinastias. Venerada sozinha, com Seu marido Osíris ou com outros supostos consortes, os ritos de Ísis foram mantidos por todo o Egito, desde pequenos santuários em casas de fazenda até os templos com sacerdotes e sacerdotisas.

Quanto os navegadores egípcios cruzaram o Mediterrâneo, e estrangeiros chegaram ao Egito, o custo à Deusa se expandiu pelo mundo ocidental. Por ser uma deusa de natureza complexa e complicada, muitos paradoxos – alguns os chamariam de mistérios – surgiram dentro de Sua fé. Por um lado, Seu clero era admirado pela sabedoria e pureza; por outro, alguns adoradores de Ísis a recebiam como uma deusa do amor erótico e romântico.
Seus seguidores no passado foram imperadores e pessoas comuns, mulheres livres e escravas, mercadores e navegantes. No passado, como agora, todas as raças eram admitidas em Seus templos e na hierarquia de sacerdotes e sacerdotisas. Jamais recusando qualquer pessoa, Ísis foi reverenciada desde as eras clássicas como a deusa que está acima do destino, aquela que pode reescrever o que está previsto pelos astros.

Artistas e artesãos A invocavam como a musa definitiva, e os antigos cientistas sentiram Sua presença entre os alambiques e cadinhos. Textos de alquimia foram escritos em Seu nome.
Junto com Serápis, um aspecto dinâmico de Seu marido morto e ressuscitado – Osíris -, Ísis presidia sobre a magnífica Biblioteca de Alexandria e sua Escola de Medicina, que estabeleceu os padrões para a educação dos antigos médicos. Ao mesmo tempo, muitos de Seus seguidores foram curados de doenças apenas passando uma noite no templo, na esperança de receber um sonho de cura ou uma visão da Deusa.
Conforme as legiões romanas viajavam pelo mundo, também o fez o culto à Ísis. Ela foi venerada na antiga Londres e em muitos lugares na França e na Alemanha. Através do Oriente Médio e nas ilhas do Mar Egeu, é comum encontrar Seus templos, embora a maioria esteja, atualmente, reduzida a ruínas.
Quando os templos de outros deuses e deusas foram incendiados e destruídos durante o turbulento nascimento de uma outra fé, os sacerdotes e sacerdotisas pagãos de refugiaram nos santuários de Ísis, e permitiu-se que eles venerassem suas divindades caídas, dentro do santuário da Deusa, algumas vezes em conjunto com hereges cristãos que procuravam refúgio semelhante.
O templo de Ísis foi o último templo pagão a receber devotos na ilha sagrada de Philae, no alto Egito. Mas por volta do ano 595, séculos depois do banimento oficial da fé pagã pelo imperador romano Theodosio, em 392, esse último santuário foi fechado e seus sacerdotes destruídos ou dispersados.

Ísis, então, tornou-se Ísis Amenti, a Deusa Escondida, e seu culto foi disfarçado. Muitos de seus títulos foram atribuídos à Virgem Maria, cuja popularidade crescia muito, e estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus receberam outro nome e foram colocadas em igrejas – muitas das quais construídas sobre as ruínas dos antigos templos.
Mesmo depois da queda de Philae, o culto à Ísis persistiu. Por volta do ano 756, na França, um clérigo cristão lamentou o fato de que ainda havia pessoas que subiam ao monte Anzino para adorar Ísis e outras divindades. Uma parte de Seus ritos pode ter persistido até o século X, em Harran, na Arábia, e também pode ter sido praticada no oeste da China, durante a dinastia T´ang. Um manuscrito medieval preserva o nome de Ísis, mencionando-o como “Ysis, Senhora das Ervas”, mostrando que as consumadas habilidades de cura de Ísis não haviam sido esquecidas após o início da Idade das Trevas.
Em tempos mais modernos, Ísis fez sentir Sua presença nas filosofias maçônicas e teosóficas, nos ritos cerimoniais de magia, como uma Deusa de algumas tradicionais celebrações de Wicca, e como resposta às orações de uma incontável quantidade de indivíduos que se voltaram para Ela.
Há tantos caminhos para Ísis quanto há pessoas a Ela devotadas. O caminho será diferente para cada um, já que Ísis tem interesse ativo e pessoal por todos os aspectos da existência de Seus seguidores. 



Ísis no Egito

Khemi, a Terra Negra. Tamera, a Terra do Sol. Esses eram os nomes dados pelos habitantes do Egito ao país. Em um deserto embalando uma estreita faixa de solo rico nasceu o Egito, um milagre do sagrado rio Nilo.

Dramática e poderosa, onde cada ano era anunciado pelo nascimento da resplandecente estrela Sothis, essa terra antiga foi abençoada pelo resoluto ritmo do fluxo das águas e pela abundância que se seguiu a seu despertar. Submetidos à benevolente tirania do rio, parece que foi fácil para os egípcios se submeterem aos deuses, também, e a um caminho religioso que permaneceu surpreendentemente imutável por quase três mil anos.
O povo egípcio, embora unido pelo Nilo, tinha diversas crenças religiosas. Diferentes deuses e deusas, embora às vezes reconhecidos como emanações de uma única fonte de poderes divinos eram adorados em lugares distintos. Os ritos geralmente seguiam os mesmos padrões, independente da divindade que presidia o templo ou santuário. Apenas algumas dessas entidades alcançaram reverência universal por todo o Egito. Tanto Ísis quanto seu marido Osíris foram adorados por todo o país.
Ao que parece, Ísis e Osíris foram venerados separadamente antes de se tornarem um casal no panteão egípcio. São poucos os traços de Ísis ou Osíris antes da quarta dinastia. Qualquer indicação remanescente de seus cultos antes dessa época é ambígua e controversa. Em tempos remotos, o símbolo do trono de Ísis era, aparentemente, supremo e único a Ela. Ísis era a possuidora do trono, ou o próprio trono, que determinava qual faraó seria digno de sentar junto a Ela.
As origens de Osíris são ainda mais obscuras. Alguns antigos escritores acreditavam que Ísis e Osíris foram seres humanos, um rei e uma rainha do Egito que, através de seus atos de bondade e da tragédia pessoal, foram deificados pelos seguidores. O relato dos benefícios que, acreditam-se, eles trouxeram a seu povo seria razão suficiente para torná-los deuses: agricultura, literatura, medicina, o fim do canibalismo, a fundação de uma religião, a arte de tecer, de embalsamar... 
A lista inclui todos os aspectos das conquistas do ser humano.
Embora a história de Ísis e Osíris seja muito conhecida pelos estudantes de egiptologia e mitologia atuais, os próprios egípcios não lhe deram muita ênfase. A única versão ainda existente e quase completa da história é aquela que foi compilada pelo escritor grego Plutarco e apresentada a uma sacerdotisa de Ísis e Osíris, Klea. Há, também, muitas variações em fragmentos de escritos egípcios.
Deixando de lado as profundas associações religiosas e mitológicas, a história básica de Ísis e Osíris revela um casal real benevolente que foi além da origem da civilização. Enquanto Osíris viaja pelo mundo levando a cultura egípcia às nações adjacentes, Ísis reina sozinha.
Contudo, o sucesso do casal, e o amor que nutrem um pelo outro, incita o ciúme em Seth, irmão deles, que consegue assassinar Osíris e planeja a forçar Ísis a lhe conferir direito ao trono (conferido àquele que Ela tomar por esposo). Ísis descobre que está grávida de Osíris e, com a ajuda de seu conselheiro Thoth, foge para as terras pantanosas para dar à luz e criar Seu filho sozinha. Usando o conhecimento que obteve nos anos em que governou, Ela instrui Hórus nas artes da política e da guerra, de modo que ele possa vingar a morte do pai e reclamar seu direito ao trono.

Mesmo enfrentando muitos conflitos que se complicaram por causa da traição de Set e suas manobras astutas, Hórus triunfa repetidas vezes com Ísis lutando a seu lado e negociando em seu nome. Finalmente, a questão sobre a sucessão é resolvida a Seu favor, e Hórus torna-se faraó, devolvendo a harmonia e a ordem ao país. Agora, é a vez de Ísis viajar para além das fronteiras do Egito.

A histórico do culto à Ísis é longa e complexa: esta rápida visão geral fornecerá uma indicação de seu alcance até os últimos séculos.
Antiga e amada, Ísis nutriu sua terra natal – o Egito – como Deusa do Trono, do Amor e da Magia, A Grande Feiticeira que Cura. Sempre presente, Seu culto sob o nome de Ísis é documentado nos textos da Pirâmide da Quarta Dinastia (por volta de 2600 a.C.) e provavelmente remonta a um tempo anterior às dinastias. Venerada sozinha, com Seu marido Osíris ou com outros supostos consortes, os ritos de Ísis foram mantidos por todo o Egito, desde pequenos santuários em casas de fazenda até os templos com sacerdotes e sacerdotisas.

Quanto os navegadores egípcios cruzaram o Mediterrâneo, e estrangeiros chegaram ao Egito, o custo à Deusa se expandiu pelo mundo ocidental. Por ser uma deusa de natureza complexa e complicada, muitos paradoxos – alguns os chamariam de mistérios – surgiram dentro de Sua fé. Por um lado, Seu clero era admirado pela sabedoria e pureza; por outro, alguns adoradores de Ísis a recebiam como uma deusa do amor erótico e romântico.
Seus seguidores no passado foram imperadores e pessoas comuns, mulheres livres e escravas, mercadores e navegantes. No passado, como agora, todas as raças eram admitidas em Seus templos e na hierarquia de sacerdotes e sacerdotisas. Jamais recusando qualquer pessoa, Ísis foi reverenciada desde as eras clássicas como a deusa que está acima do destino, aquela que pode reescrever o que está previsto pelos astros.

Artistas e artesãos A invocavam como a musa definitiva, e os antigos cientistas sentiram Sua presença entre os alambiques e cadinhos. Textos de alquimia foram escritos em Seu nome.
Junto com Serápis, um aspecto dinâmico de Seu marido morto e ressuscitado – Osíris -, Ísis presidia sobre a magnífica Biblioteca de Alexandria e sua Escola de Medicina, que estabeleceu os padrões para a educação dos antigos médicos. Ao mesmo tempo, muitos de Seus seguidores foram curados de doenças apenas passando uma noite no templo, na esperança de receber um sonho de cura ou uma visão da Deusa.

Conforme as legiões romanas viajavam pelo mundo, também o fez o culto à Ísis. Ela foi venerada na antiga Londres e em muitos lugares na França e na Alemanha. Através do Oriente Médio e nas ilhas do Mar Egeu, é comum encontrar Seus templos, embora a maioria esteja, atualmente, reduzida a ruínas.
Quando os templos de outros deuses e deusas foram incendiados e destruídos durante o turbulento nascimento de uma outra fé, os sacerdotes e sacerdotisas pagãos de refugiaram nos santuários de Ísis, e permitiu-se que eles venerassem suas divindades caídas, dentro do santuário da Deusa, algumas vezes em conjunto com hereges cristãos que procuravam refúgio semelhante.
O templo de Ísis foi o último templo pagão a receber devotos na ilha sagrada de Philae, no alto Egito. Mas por volta do ano 595, séculos depois do banimento oficial da fé pagã pelo imperador romano Theodosio, em 392, esse último santuário foi fechado e seus sacerdotes destruídos ou dispersados.
Ísis, então, tornou-se Ísis Amenti, a Deusa Escondida, e seu culto foi disfarçado. Muitos de seus títulos foram atribuídos à Virgem Maria, cuja popularidade crescia muito, e estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus receberam outro nome e foram colocadas em igrejas – muitas das quais construídas sobre as ruínas dos antigos templos.
Mesmo depois da queda de Philae, o culto à Ísis persistiu. Por volta do ano 756, na França, um clérigo cristão lamentou o fato de que ainda havia pessoas que subiam ao monte Anzino para adorar Ísis e outras divindades. Uma parte de Seus ritos pode ter persistido até o século X, em Harran, na Arábia, e também pode ter sido praticada no oeste da China, durante a dinastia T´ang. Um manuscrito medieval preserva o nome de Ísis, mencionando-o como “Ysis, Senhora das Ervas”, mostrando que as consumadas habilidades de cura de Ísis não haviam sido esquecidas após o início da Idade das Trevas.
Em tempos mais modernos, Ísis fez sentir Sua presença nas filosofias maçônicas e teosóficas, nos ritos cerimoniais de magia, como uma Deusa de algumas tradicionais celebrações de Wicca, e como resposta às orações de uma incontável quantidade de indivíduos que se voltaram para Ela.

Há tantos caminhos para Ísis quanto há pessoas a Ela devotadas. O caminho será diferente para cada um, já que Ísis tem interesse ativo e pessoal por todos os aspectos da existência de Seus seguidores.


3 comentários:

Anônimo disse...

adoro os posts sobre Egito e mitologia egipcia,muito obrigado,por esta grande contribuicao.
continue assim,que seu blog vai longe.

Namasté.

Weshlley

Anônimo disse...

HERA- DEMÉTER - AFRODITE

ISIS - CLEÓPATRA -GUINEVERE

6 DEUSAS DE TIRAR O FOLEGO E MUITO MAIS

UMA OBRA PRIMA DO ABSOLUTO

Guinevere disse...

Boa tarde!

Obrigado pela sua visita e comentário!