23 novembro, 2007

O tempo das fogueiras




A caça às Bruxas 1450 - 1750... 
Milhares mortos em nome de deus. 
Nunca será esquecido... 
Não pode ser esquecido... 
Nunca mais...


Após a Igreja Católica ter sido formada e haver adquirido poder, os costumes dos Pagãos foram vistos como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido e a adoração dos Deuses da religião Antiga, foi banida.
Os antigos festivais foram superados pelos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos Deuses da Natureza e da Fertilidade, transformados em terríveis e maléficos demônios e diabos.
A igreja patriarcal chegou até a transformar várias Deusas pagãs em diabos masculinos e maus, não somente para corromper deidades da Religião Antiga, como, também para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido objeto de adoração.
No ano de 1233, o Papa Gregório IX, instituiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como Inquisição, numa tentativa de terminar com a heresia. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXIII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos Pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo. Os bruxos tornaram-se heréticos e a perseguição contra todos os Pagãos, espalhou-se como fogo selvagem por toda a Europa.
É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos.

Eles sempre foram Pagãos.


Os Bruxos (junto com um número incalculável de homens, mulheres e crianças inocentes, que não eram Bruxos), foram perseguidos, brutalmente torturados, por vezes violados sexualmente ou molestados, e, então, executados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que seu Deus era um Deus de amor e compaixão.
A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541, e, em 1604, foi adotada uma Lei que decretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos.
Quarenta anos mais tarde, as 13 colônias na América do Norte, decretaram também a pena de morte para o "crime de bruxaria".
No final do século XVII, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga, viviam escondidos, e a Bruxaria tornou-se uma Religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levados à morte na Europa e mais de trinta condenados em Salem, Massachusetts, em nome do cristianismo.
Embora os infames julgamentos das Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem documentados na história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connecticut, em 1647, 45 anos antes que a história contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem.



Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1622.
O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa, a fogueira. Outros métodos incluíam a prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.
Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo e, somente após as Leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que os Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.

3 comentários:

Ernesto Ribeiro disse...

A Caça ás Bruxas foi sem dúvida a mais fervorosa demonstração de fé que o "Povo de Deus" poderia dar ao mundo incrédulo, mostrando a sua "superioridade moral". A moda virou febre até na América do Norte, quando o processo das Bruxas de Salem levou á morte de dezenas num só povoado.


Era Deus e o Diabo na terra dos quakers.


Um dos homens, Giles Corey, morreu de acordo com o bárbaro costume medieval de ser comprimido por rochas em uma tábua sobre seu corpo, levando 3 dias para morrer.

Ernesto Ribeiro disse...

Sem contar as fogueiras que ASSARAM VIVAS cerca de 1 MILHÃO de pessoas em público, a imensa maioria de mulheres, mas com a cota de judeus e pagãos. Adolescentes menores de idade também iam para a fogueira, mostrando que a piedade e o amor de Deus não poupavam ninguém.



Como Joana d'Arc, que mais tarde se tornou o único caso em que a Igreja do Papa Infalível acaba reconhecendo que torturou e matou uma santa. Com a indignação do povo francês, foi necessário santificar a própria vítima.

Ernesto Ribeiro disse...

“Os que começam queimando livros terminam queimando pessoas.”

Heinrich Heine




Desde que o Império Romano inventou as 5 Igrejas Católicas gêmeas, cada uma proclamou ser a “Única Igreja” a ponto de se massacrarem umas ás outras para mostrar quem é realmente cristã.


Além dos massacres de católicos romanos contra católicos ortodoxos durante as Cruzadas e o saque de Constantinopla durante a quarta Cruzada em 1204, tivemos o espetáculo das imundas Guerras Religiosas contra os Cristãos Reformados (“apóstatas protestantes”) e críticos internos (“hereges”).


No final, os cristãos mataram mais cristãos do que qualquer outra coisa.


Como os 'heróicos' cruzados: os soldados católicos romanos no final da Primeira Cruzada EXTERMINARAM a população da cidade de Jerusalém — judeus, muçulmanos, cristãos católicos ortodoxos, velhos, mulheres e crianças de todas as idades — QUEIMADAS VIVAS enquanto rezavam por salvação em seus próprios locais de reza: igrejas, mesquitas e sinagogas.



Jesus ficaria orgulhoso.



Desde o início, ficou claro que os piores inimigos do povo de Jerusalém eram os católicos romanos. Para um devoto monoteísta, cidades são sagradas, mas a vida humana dos seus habitantes é o que eles mais odeiam.