13 dezembro, 2011

Mulher saudita é executada, acusada por praticar bruxaria




O Ministério do Interior da Arábia Saudita informou nesta terça-feira que uma mulher foi executada por praticar "bruxaria e feitiçaria".

Uma declaração publicada pela agência de notícias estatal da Arábia Saudita informou que Amina bint Abdul Halim bin Salem Nasser foi decapitada na segunda-feira na província de Jawf, norte do país.
O ministério não deu mais detalhes sobre as acusações contra a mulher.
Amina foi a segunda pessoa executada pela acusação de bruxaria na Arábia Saudita em 2011. Um homem sudanês foi executado pela mesma acusação em setembro.
O jornal árabe al-Hayat, baseado em Londres, informou, citando um membro da polícia religiosa, que a mulher tinha cerca de 60 anos e convencia as pessoas que podia curar doenças em troca de dinheiro.
Sebastian Usher, analista regional da BBC, informou que Amina foi presa em abril de 2009.

Anistia Internacional

O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, que fez campanha para que outros sauditas sentenciados à morte por acusações de bruxaria sejam inocentados, informou que nunca tinha ouvido falar do caso de Amina até o momento, segundo Usher.
Em 2007, um cidadão egípcio foi decapitado depois de ter sido acusado de usar feitiçaria para provocar a separação de um casal.
Em 2010, um libanês condenado à morte por acusação de bruxaria, foi libertado depois que a Suprema Corte saudita decretou que as ações do homem não causaram danos a ninguém. O homem apresentava um programa de televisão onde ele previa o futuro.
A Anistia Internacional afirma que a Arábia Saudita não define bruxaria como crime que pode ser punido com a pena de morte. No entanto, alguns dos clérigos mais conservadores do país pediram que pessoas que preveem o futuro e curandeiros recebessem as punições mais severas possíveis, pois elas seriam uma ameaça ao islamismo.



Um comentário:

Guinevere disse...

Anistia condena decapitação de mulher saudita por bruxaria
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A entidade de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional descreveu como "profundamente chocante" a decapitação de uma mulher condenada na Arábia Saudita por "feitiçaria e bruxaria", dizendo que isso evidenciava a necessidade urgente de pôr fim às execuções no reino.
A saudita Amina bint Abdul Halim bin Salem Nasser foi executada na segunda-feira na província de al-Jawf, no norte da Arábia Saudita, depois de ser julgada e condenada por prática de feitiçaria, disse o Ministério do Interior, sem dar detalhes sobre as acusações.
"A cidadã... praticou atos de bruxaria e feitiçaria", disse o Ministério do Interior, segundo o jornal saudita al-Watan. "A sentença de morte foi cumprida ontem (segunda-feira) no distrito de Qurayyat, na região de al-Jawf.
A Arábia Saudita, uma monarquia absolutista, não tem um código escrito e a Justiça se baseia numa forma não redigida da lei islâmica da Sharia, interpretada pelos juízes do país.
"Embora não saibamos dos detalhes dos atos que Amina foi acusada de cometer, a acusação de feitiçaria é usada com frequência na Arábia Saudita para punir pessoas, geralmente depois de julgamentos injustos, por exercerem seu direito de liberdade de expressão ou religião", disse o diretor interino do programa da Anistia para o Oriente Médio e norte da África, Philip Luther.
A Anistia disse que a execução foi a segunda do tipo nos últimos meses.