23 novembro, 2007

O que fazer diante de agressões mais concretas?




Se você está diante de um empedernido agressor das religiões pagãs entenda uma coisa: você está diante de um fanático.


Essa pessoa é feita do mesmo estofo que são os que usam aviões suicidas em nome de uma guerra santa ou os que matam “em nome do deus único".


Não se iluda; você topa com milhares de fanáticos todos os meses.


Sim, eles devem ser respeitados, sim você tem o direito de chamar a polícia se eles realmente estiverem perturbando você ou seus rituais.

Uma palavra de advertência: nunca os subestime.
Vejo sempre nas religiões pagãs uma atitude muito ingênua em relação à capacidade de agressão dessas pessoas.
Não sejam paranóicos, mas tampouco sejam desavisados. As religiões de umbanda e candomblé já sofrem há muitos anos a agressão de fanáticos - especialmente evangélicos - e até homicídios já houve em nome de "acabar com as obras do demônio".
Não estou querendo estimular nenhum preconceito contra ninguém, ainda mais que os fanáticos criminosos são transgressores das verdadeiras normas de suas religiões, mas é muito perigoso esquecermos que fanáticos há em todo canto e talvez um dia se voltem contra nós, aliás, a quantidade de programas de TV, rádio e jornais especializados evangélicos que há, apontam para nós há algum tempo.


E se um candidato evangélico radical chegar à Presidência, certamente, nossas leis de liberdade religiosa correrão seriíssimo perigo. 
LEMBREM-SE DISSO NA HORA DE VOTAR!

Mas, enquanto essa desgraça não ocorrer (e espero que as Senhoras do Destino nunca o permitam), lembre-se: o Brasil é um país onde a liberdade religiosa é garantida pela Constituição Federal.


Você não pode acionar alguém por dizer que sua religião é "demoníaca", porque a Constituição também garante o direito de livre expressão, mas você pode acionar por dano a imagem alguém que diga que você Fulano de Tal comete homicídios rituais ou “só faz maldades", ou "cultua o demônio", porque isso corresponde à calúnia ou difamação, que são crimes previstos no Código Penal.

Um esclarecimento: muitas pessoas acham que "a wicca precisa ser legalizada".


Ledo engano: não há necessidade disso no Brasil, onde qualquer religião tem abrigo constitucional automático.

Nas horas em que você estiver sendo agredido, lembre-se: cabeça fria. Não devolva os insultos, deixe que insultem você e tenha sempre testemunhas. Isso se você pensa em processar a pessoa.


Ah, sim, sempre! Descubra nome e endereço do agressor.

Mesmo que pretenda acionar a pessoa, lembre-se: você representa nossa comunidade em uma situação dessas, e isso é sua responsabilidade. Como um bom Sacerdote ou Sacerdotisa, mantenha a calma e seja superior, mas NUNCA se deixe humilhar por isso.


Comporte-se com dignidade, controle e não se transforme você no agressor.
Se você vem recebendo ameaças, vá imediatamente à polícia: só a ameaça já é um crime. Se você celebra em lugares públicos, desde que avise previamente as autoridades, a força policial têm OBRIGAÇÃO de garantir o bom andamento de seu ritual (mesmo que entre eles haja algum fanático religioso).

Previna-se contra agressões físicas. Elas podem acontecer em lugares onde os ânimos estão exaltados.


Mais uma vez, procure o apoio das instituições: você tem o direito de ter a religião que quiser, por mais que isso agrida a consciência cristã ou pagã de muitos.

Antes que eu esqueça: se alguém diz que a Bruxaria é uma seita, não uma religião (o que sempre é dito em tom de deboche ou para minimizar a importância de sua crença), explique o verdadeiro conceito de seita: seita é um conjunto de adeptos de uma religião estabelecida, que dela se desvincula e passa a seguir pressupostos diferentes.


Um bom exemplo de seita no Brasil é a chamada igreja católica brasileira, que se distinguiu da católica romana.


Como todos podem ver, não é o caso da Bruxaria, que não deriva de nenhuma outra religião e, pois, não é uma seita.

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