18 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "P"

Pã_antiquíssima divindade pelágica especial à Arcádia, é o guarda dos rebanhos que ele tem por missão fazer multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode. Pã é filho de Mercúrio. Era assaz natural que o mensageiro dos deuses, sempre considerado intermediário, estabelecesse a transição entre os deuses de forma humana e os de forma animal. Parece, contudo, que o nascimento de Pã provocou certa emoção em sua mãe, assustadíssima com tão esquisita conformação; e as más línguas pretendem até que, quando Mercúrio apresentou o filho aos demais deuses, todo o Olimpo desatou a rir. Mas como é provável que haja nisso um pouco de exagero, convém restabelecer os fatos na sua verdade, e eis o que diz o hino homérico sobre a estranha aventura. "Mercúrio chegou à Arcádia fecunda em rebanhos; ali se estende o campo sagrado de Cilene; nesses páramos, ele, deus poderoso, guardou as alvas orelhas de um simples mortal, pois concebera o mais vivo desejo de se unir a uma bela ninfa, filha de Dríops. Realizou-se enfim o doce o doce himeneu. A jovem ninfa deu à luz o filho de Mercúrio, menino esquisito, de pés de bode, e testa armada de dois chifres. Ao vê-lo, a nutriz abandona-o e foge. Espantam-na aquele olhar terrível e aquela barba tão espessa. Mas o benévolo Mercúrio, recebendo-o imediatamente, pô-lo ao colo, rejubilante. Chega assim à morada dos imortais ocultando cuidadosamente o filho na pele aveludada de uma lebre. Depois, apresenta-lhes o menino. Todos os imortais se alegram, sobretudo Baco, e dão-lhe o nome de Pã, visto que para todos constituiu objeto de diversão."
As ninfas zombavam incessantemente do pobre Pã em virtude do seu rosto repulsivo, e o infeliz deus, ao que se diz, tomou a resolução de nunca amar. Mas Cupido é cruel e afirma uma tradição que Pã, desejando um dia lutar corpo a corpo com ele, foi vencido e abatido, diante das ninfas que se riam.
Um dia percorria Pã o monte Liceu, segundo o seu hábito, e encontrou a ninfa Syrinx que jamais quisera receber as homenagens das divindades e que só tinha uma paixão: a caça. Aproximou-se dela, e como nos costumes campestres se vai imediatamente ao objetivo, sem nenhum artifício, sem nenhum desvio, disse-lhe:
"Cedei, formosa ninfa, aos desejos de um deus que pretende tornar-se vosso esposo." (Ovídio).

Queria falar mais; mas Syntrix, pouco sensível àquelas palavras, deitou a correr, e já chegara perto do rio Ladon, seu pai, quando, vendo-a detida, rogou às ninfas, suas irmãs, que a acudissem. Pã, que lhe saíra no encalço, quis abraçá-la, mas em vez de uma ninfa, só abraçou caniços. Suspirou e os caniços agitados emitiram um som doce e queixoso. O deus, comovido com o que acabava de ouvir, pegou alguns caniços de tamanho desigual e, unindo-os com cera, formou a espécie de instrumentos que se chama syrinx e que constitui a flauta de sete tubos, transformada em atributo de Pã.
Com efeito, em breve, os melodiosos acordes fazem acorrer de toda parte as ninfas que vêm dançar em volta do deus chifrudo. A ninfa Pítis parece tão enternecida que Pã renasce com a esperança e crê que o seu talento faz com que seja esquecido o rosto. Sempre tocando a flauta de sete tubos, começa a procurar lugares solitários e percebe, finalmente, um rochedo escarpado no alto do qual resolve sentar-se. Pítis segue-o. Para melhor ouvi-lo, aproxima-se cada vez mais, tanto que Pã, vendo-a bem perto, julga o momento oportuno para lhe falar. Não sabia o infeliz que Pítis era amada por Bóreas, o terrível vento do norte, que naquele instante soprava com grande violência. Vendo a amante perto de um deus estranho, Bóreas foi acometido de um acesso de ciúme furioso, e, não se contendo, soprou com tal impetuosidade que a ninfa caiu no precipício, e despedaçou contra as pedras o formoso corpo, imediatamente transformado pelos deuses em pinheiro. Foi depois disso que essa árvore, que traz o nome da ninfa (Pítis significa, em grego, pinheiro) foi consagrada a Pã, e é por esse motivo que nas representações figuradas, a cabeça de Pã está muitas vezes coroada de ramos de pinheiro. Como símbolo da obscuridade, Pã causa nos homens os terrores pânicos, isto é, sem motivo. Na batalha de Maratona, inspirou aos persas um desses terrores súbitos, o que contribuiu bastante para assegurar a vitória aos gregos. Foi por causa desse auxílio que os atenienses lhe consagraram uma gruta na Acrópole.
Todavia, a princípio, Pã nada mais era do que a divindade pastoril dos arcádios que o invocavam para que lhes multiplicasse os rebanhos.
"Glauco e Coridon, que conduzem juntos os seus rebanhos de bois pelas montanhas, ambos arcádios, imolaram a Pã, guarda do monte Cilene, a novilha de lindas pontas; e as pontas, de doze palmas, prenderam-nas em sua honra, mediante um longo cravo, ao tronco deste plátano copado, bela oferta ao deus dos pastores." (Antologia).

As imagens primitivas de Pã eram providas de um símbolo cuja crueza significativa nada possuía naquele tempo de licencioso. O seu culto, que posteriormente se sumiu diante do das divindades do Olimpo, é extremamente antigo na Arcádia e muito certamente anterior a qualquer civilização.
"Quando a educação do gado não prosperava, diz Creuzer, os pastores arcádios golpeavam os ídolos do deus Pã, costume que prova a sua profunda barbaridade em matéria de religião."

Sob a influência da poesia órfica, o deus Pã tornou-se o símbolo panteísta fundado na interpretação do seu nome: a flauta de sete tubos representa, então, as sete notas da harmonia universal, e a fusão das formas animais com as formas humanas corresponde ao caráter múltiplo da vida no universo. É sob tal aspecto que Pã nos surge numa linda composição de Gillot. Essa imagem corresponde à idéia que da antigüidade tinha o século dezoito. Toda natureza está em festa diante do deus que simboliza a universalidade dos seres; mas tal festa, tão repleta de vida e de movimento, nos lembra as quermesses flamengas muito mais que os baixos-relevos antigos.

Sob o reinado de Tibério, estando um navio ancorado, ouviu-se uma voz misteriosa que gritava: "O grande deus Pã morreu!"
Desde então, nunca mais se ouviu falar dele.

O deus Pã, assim chamado, diz-se da palavra grega pã, que quer dizer tudo, era filho, segundo uns, de Júpiter e da ninfa Timbris, segundo outros de Mercúrio e da ninfa Penélope. Dizem outras tradições que era filho de Júpiter e da ninfa Calisto, ou talvez do Ar e de uma Nereida, ou finalmente do Céu e da Terra. Todas essas diversas origens têm uma explicação, não só no grande número de deuses com esse nome, mas ainda nas múltiplas atribuições que a crença popular emprestava a essa divindade. O seu nome parecia indicar a extensão do poder, e a seita dos filósofos estóicos identificava Pã com o Universo, ou ao menos com a natureza inteligente, fecunda e criadora.
Mas a opinião comum não se elevava a uma concepção tão geral e filosófica. Para os povos, o deus Pã tinha um caráter e uma missão sobretudo agrestes. Se nos mais remotos tempos ele havia acompanhado os deuses do Egito, na sua expedição das Índias, se tinham inventado a ordem de batalha e a divisão das tropas em ala direita e em ala esquerda, o que os gregos e os latinos chamavam os cornos de um exército, se era mesmo por essa razão que o representavam com chifres, símbolo da sua força e da sua invenção, a imaginação popular, desde logo tendo restringido e limitado as suas funções, havia-o colocado nos campos, entre os pastores e os rebanhos.
Era principalmente venerado na Arcádia, região das montanhas, onde proferia oráculos. Em sacrifício ofereciam-lhe mel e leite de cabra. Celebravam-se em honra sua as Lupercais, festas que depois se espalharam na Itália, onde o árcade Evandro levou o culto de Pã. Representam-no ordinariamente muito feio, com os cabelos e a barba descuidados, com chifres, e corpo de bode da cintura para baixo, enfim, pouco diferente de um fauno ou de um sátiro. Muitas vezes empunha um cajado e uma flauta de sete tubos que se chama a flauta do Pã, porque se diz que foi ele o inventor, graças à metamorfose da ninfa Sirinx em juncos do Ladon.
Viam-no também como o deus dos caçadores; quando ia à caça, mais do que dos animais ferozes era o terror das ninfas, a quem perseguia com os seus ardores amorosos. Está sempre atrás de emboscadas atrás dos rochedos e das moitas; para ele o campo não tem mistérios. Foi por isso que descobriu e revelou, a Júpiter, o esconderijo de Ceres, depois do rapto de Prosérpina.
Pã foi muitas vezes confundido na literatura latina com Fauno e Silvano. Muitos autores os consideravam como um só divindade com diferentes nomes. As Lupercais eram mesmo celebradas em tríplice honra desses gênios. Entretanto Pã é o único de quem se fez alegoria e que foi considerado como um símbolo da Natureza, conforme a significação do seu nome. Dizem os mitólogos que os seus chifres representam os raios do Sol; a vivacidade de sua tez exprime o fulgor do céu; a pele de cabra estrelada que usa sobre o estômago representa as estrelas do firmamento; enfim os seus pés e as suas pernas eriçados de pêlos designam a parte inferior do mundo, - a terra, as árvores e as plantas.
Os seus amores suscitaram-lhe rivais, às vezes perigosos. Um deles, Bóreas, quis arrebatar violentamente a ninfa Pitis, que era a Terra, condoída, metamorfoseou em pinheiro. Eis a razão porque essa árvore, conservando ainda, os sentimentos da ninfa, coroa Pã com a sua folhagem, enquanto o sopro do Bóreas excita os seus gemidos.
Pã também foi amado por Silene, isto é, a Lua ou Diana, que para ir visitá-lo nos vales e nas grutas das montanhas, esquece o belo e terno dormilão Endímion.
Sob o reinado de Tibério a fábula do grande Pã motivou um acontecimento que interessou vivamente a cidade de Roma e que merece ser contado.
No mar Egeu, diz Plutarco, estando uma tarde o navio do piloto Tamo nas imediações de certas ilhas, o vento cessou de repente. Todas as pessoas a bordo estavam bem acordadas, muitas mesmo passavam o tempo bebendo umas com as outras, quando ouviram de súbito uma voz que vinha das ilhas e que chamava Tamo. Tamo deixou que o chamassem duas vezes sem responder, mas à terceira respondeu. A voz então ordenou-lhe que, ao chegar a um certo lugar, gritasse que o grande Pã tinha morrido. Não houve ninguém a bordo que não ficasse tomado de terror e de espanto. Deliberou-se se Tamo devia obedecer à voz e Tamo concluiu que, se quando chegassem à paragem indicada, houvesse bastante vento para passar adiante, não era preciso dizer nada; mas que se aí uma calmaria os detivesse, era necessário desempenhar-se da ordem recebida.
Ficou surpreendido da calma que reinava nesse lugar, e imediatamente começou gritar a plenos pulmões: 'O grande Pã morreu!' Apenas cessou de gritar, que todos ouviram de todos os lados queixas e gemidos, como os de muitas pessoas surpresas e aflitas por essa notícia.
Os que estavam no navio foram testemunhas dessa estranha aventura; e o ruído em pouco tempo se espalhou em Roma. O imperador Tibério quis ver a Tamo; viu-o, interrogou, reuniu os sábios para deles saber quem era esse grande Pã, e se chegou à conclusão de que era filho de Mercúrio e de Penélope.
Outros mitólogos, interpretando este fato, preferiram ver nele o fim do antigo mundo romano e o advento de uma sociedade nova.

Paladino_O Paladino é símbolo de tudo que é correto e verdadeiro no mundo. Sendo assim ele possui ideais elevados, que devem ser mantidos o tempo todo.

Paracelso_ pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogo suíço. Seu pseudônimo significa "superior a Celso". Entre todas as figuras erráticas do renascimento, a de Paracelso está pontada pela agitação da sua vida e pela a incoerência das suas opiniões e doutrinas. No estudo da sua biografia, facto tem sido gradualmente separado da fantasia, mas nenhum acordo foi alcançado no que respeita bem quanto à natureza e sentido de seu ensino. Ele é considerado por muitos como um reformador do medicamento. Outros elogiam suas realizações em Química e como fundador da Bioquímica. Ele aparece entre cientistas e reformadores como Andreas Vesalius, Copérnico e Agricola, e, portanto, é visto como um moderno. Por outro lado, sempre possuiu uma aura de místico e até mesmo obscura reputação de mágico. Durante séculos o seu trabalho tem sido criticado como não-científico, fantástico e na fronteira com a demência sendo que muitas de suas obras são puramente religiosas, sociais e éticas de caráter.

Paranormal_é um termo empregado para descrever as proposições de uma grande variedade de fenômenos anômalos ou estranhos ao conhecimento científico. Paranormal portanto, é todo conhecimento que não pode ser explicado pelo nosso conhecimento científico atual sobre o cérebro humano. Existem pessoas que alegam possuir poderes paranormais, e acabam sendo excluídas do círculo social por serem consideradas estranhas. Para os defensores de teses paranormais, a capacidade de possuir os supostos poderes paranormais seria na verdade a possível manifestação de um dom e deve ser respeitada. Paralelamente aplica-se a palavra aos fenômenos pouco habituais, sejam físicos ou psíquicos.

Parapsicologia_A parapsicologia é a ciência que estuda os fenômenos aparentemente inexplicáveis produzidos pela mente, fenômenos denominados parapsicológicos, que são exteriorizados pelo subconsciente através de qualquer um dos cinco sentidos ou então através da nossa própria energia, gerada pela potencialidade psi; ocorrem deste modo casos de telepatia, clarividência, adivinhação, psicocinesia, desdobramentos, possessões, etc. Os estudos de Parapsicologia como ciência podem freqüentar-se, a título de especialidade complementar dentro das cadeiras de Psicologia, em institutos e laboratórios dependentes das faculdades de Psicologia, a não ser que exista a possibilidade de matrícula em universidades que possuam faculdades próprias de Parapsicologia.

Paregórico_ A tintura de ópio que é um medicamento da classe dos narcóticos de administração oral, utilizado análgésico. A toma deste medicamento deve ser acompanhada com alimentos para prevenir irritação gastrintestinal.

Peyote_O pequeno cacto peyote sem espinhos (Lophophora williamsii) tem origem no sul do Texas e norte do México. Esta planta é um sacramento religioso de grande importância em muitas culturas da América Central e do Norte. No México, o cacto é vendido como medicamento contra a cegueira, febres e muitas outras enfermidades. O ingrediente psicoactivo mais importante do peyote é a mescalina.

Pentagrama_O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica. A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.

Pérolas_Uma pérola é um material orgânico duro e esférico produzido por alguns moluscos, as ostras, em reação a corpos estranhos que invadem o seu organismo, como um grão de areia. É valorizada como gema e trabalhada em joalharia.

Phoenix (Fênix)_A fênix é uma ave mítica repleta de penas vermelhas e douradas que emite raios de luz através de seu corpo. Segundo relata algumas lendas, como a que é contada por Ovídio, essa criatura teria nascido nas terras do Oriente e se alimentava com incenso, raízes cheirosas e óleos de bálsamo. Sendo muito comum na literatura greco-romana, essa criatura tem também sua representação registrada em diferentes bestiários do período medieval.

Diferente de tantos outros animais encontrados na natureza, a fênix tinha a incrível capacidade de se reproduzir sem a necessidade de um parceiro. De fato, a concepção de uma fênix acontecia no momento em que um exemplar se encontrava em seus últimos momentos de vida. A partir do corpo de sua mãe, uma nova fênix surgia com a capacidade de viver o mesmo tempo da genitora. Conforme relatos diversos, a fênix poderia viver por exatos quinhentos anos.
Tendo descrições bastante diversas, alguns escritores dizem que a jovem fênix, após adquirir certo vigor físico, realiza um ritual funerário em homenagem à sua mãe. Ela constrói um pesado ovo de mirra onde deposita os restos mortais de seu genitor. Depois disso, vai ao templo do Deus Sol, na cidade egípcia de Heliópolis, onde deposita o ovo por ela construído. Em geral, diversas culturas, tanto ocidentais como orientais, apresentam relato sobre este pássaro.
A lenda da fênix sobreviveu por diversos séculos, chegou a causar uma ligeira polêmica com respeito à sua real existência. No século XVII, o escritor Thomas Browne afirmou categoricamente que uma ave com tais características jamais existiu. Em contrapartida, poucos anos depois, Alexander Ross colocou em xeque esse veredicto ao sugerir que essa ave não poderia ser vista, pois sua vida reclusa fazia parte de seu próprio instinto de sobrevivência.
Para além dessas discussões sobre a veracidade da fênix, o seu relato permite a compreensão de valores bastante interessantes ao homem. O mais importante deles se refere a circularidade do tempo e o processo de renovação das coisas. No momento em que se prepara para a própria morte, a fênix demonstra claramente a limitude da existência. Em contrapartida, salienta a continuidade do mundo no momento em que só pode gerar uma nova vida mediante o fim da sua.

Picatrix_tratado islâmico dos sécs. X/XI, do qual só recentemente se tornou acessível uma tradução em língua inglesa.

Pico Della Mirandola_Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494), filho mais moço do Conde de la Mirandola e Concórdia. Ele estudou nas universidades de Bolonha, Ferrara, Pádua e Paris, dominando o italiano, latim, grego, árabe, aramaico e hebreu. A reverência de Pico pela 'prisca theologia', a antiga sabedoria, atraiu-o à Academia Platônica de Florença, estabelecida por Marsílio Ficino, sob a égide e apoio de Cosimo dei Médici. Sua consciência da universalidade da verdade levou-o a rejeitar tendências humanistas tais como a ênfase no estilo oratório dentro do pensamento filosófico e a dependência exclusivamente da Grécia antiga para inspiração. Pico estudou Zoroastro e Moisés, Orfeu e Pitágoras, a teologia Cristã, a filosofia Islâmica e a Qabbalah Hebraica. Ficino traduziu Platão para o latim e Pico estudou suas obras avidamente. Quando agentes dos Médici trouxeram os escritos Herméticos para Florença, Pico incitou Ficino a traduzi-los, argumentando que eles conteriam a raiz da sabedoria e a síntese entre filosofia, ciência e religião. O próprio Pico pessoalmente trouxe a Qabbalah para o coração da Renascença.
Em 1486, com a idade de 23 anos, Pico publicou novecentas teses que seriam debatidas livremente pelos eruditos e teólogos por toda a Europa. Sete foram condenadas por Roma como heréticas, e seis outras como 'dúbias' Incluídas entre as heresias estavam às proposições de que Orígenes, o condiscípulo Cristão de Plotino sob Amônio Sacas e líder da Escola Catequética de Alexandria, tendo sido excomungado por ensinar a reencarnação, deveria ser imaginado estando no céu, antes que no inferno, e, que a ciência da magia e da Qabbalah provam a divindade de cristo. Ele preparou um pronunciamento aberto, 'Oratio de Hominis Dignitate' (Sobre a Dignidade do Homem), mas abandonou o projeto em face à censura papal.
A 'Oratio' de Pico tocou a nota-chave do ciclo do século XV. Ensinando que só a dialética poderia harmonizar as filosofias díspares, sintetizar ciência e religião, e desvelar o cerne de todos os sistemas, ele introduziu na Renascença o conceito de liberdade de escolha.
Na 'Oratio', Pico faz o 'mestre-construtor' dizer a Adão, o homem arquetípico:
"Eu te coloquei no centro do mundo... Nem celeste nem terrestre, nem mortal nem imortal Nós te fizemos. Tu, como um juiz indicado por ser honrado, és o modelador e fazedor de ti mesmo, podes esculpir a ti mesmo na forma que preferires. Podes descer até as naturezas inferiores que são brutas. Podes ainda ascender a partir do entendimento da alma até as mais elevadas naturezas que são divinas... É dado ao homem obter aquilo que escolhe e ser o que deseja".
Este era, dizia Pico, parte do significado por trás da simbolização do homem através de Prometeu, nos mistérios atenienses. A liberdade não negava um universo regido pela lei, mas antes depende dele. As sementes de todo tipo de vida e ser no cosmo também são inatos no homem. Se permite crescerem as sementes da sensação, o homem se torna um bruto; se germinam as sementes racionais, ele se torna um animal celeste; mas se florescem as sementes do intelecto intuitivo, o homem se torna angélico. "E se ele não se contenta com o quinhão de uma criatura qualquer, mas o incorpora a si mesmo, à sua própria unidade, então, tornado um só espírito com Deus e estabelecido na treva solitária", o homem se torna Kutastha, "acima de todas as coisas", e "à frente de todas as coisas". Pois, "como Asaf o profeta diz: 'Sois deuses, e filhos do Altíssimo'“, e "podemos ser o que queremos".
Pico fundiu a metafísica e a ética enraizando a liberdade, a dignidade essencial do homem, na estrutura do cosmo. O método de realizar esta possibilidade divina era a meditação que acende os fogos da discriminação, da inteligência intuitiva e da compaixão - a Tríade Superior. Quem ativar estes três fogos em si, restringindo os afetos através da ciência moral, descartando as névoas da razão através da dialética e purificando a alma, se torna um serafim, um amante que "está em Deus, e mais, Deus está nele, e Deus e ele são um só".
Sabendo muito bem que não ousaria falar abertamente desta vasta concepção da deidade, ele usava a palavra 'Deus' para se referir à Treva Absoluta que está além da luz da consciência finita e também do tríplice Logos e do mestre-construtor do cosmo. O olho casual só vê as muitas referências a Deus, mas a mente intuitiva reconhecerá muitos tipos de deuses na 'Oratio'. A despeito da busca papal por heresia, este ensinamento passou impercebido por aqueles que buscavam evitar a ressurgência do pensamento.
A liberdade humana é devida ao fato de que o homem contém todos os deuses dentro de sua forma encarnada, e também tem o poder "de obter o que escolher e ser o que deseja". Na vontade, o homem é mais parecido ao impulso criativo por trás e dentro da manifestação, pois ela não tem qualidades e nenhum lugar na constituição humana. O homem não é "nem celeste nem terrestre, nem mortal nem imortal", mas se torna assim através da consciência.
A meditação e a magia são as chaves para a autotransformação. Temos uma natureza dupla que nos atrai para cima para o reinos divinos e homogêneos do ser, e também nos puxa para as esferas mais baixas e indiferenciadas de luta. "Governado pela disputa e pela discórdia como um louco, e banido para longe dos deuses, o homem é precipitado na profundeza". Mas a filosofia moral, o amor pela sabedoria dentro de um contexto de um desprendido cumprimento do dever, trará a paz. Só então podemos começar a subir a escada de Jacó "estendida desde a baixeza da terra até as alturas do céu, e dividida pela sucessão de muitos degraus". Pois "quem pode tocar a escada do Senhor com pés sujos ou mãos impuras? Como os mistérios dizem, é sacrilégio para o impuro tocar no que é puro". Mas uma vez feito, podemos cultivar um amor universal por todos os seres, e se tivermos sucesso, "subitamente incandesceremos como chamas à semelhança do serafim". Manas despertará plenamente e se unirá a Buddhi, o princípio da discriminação espiritual que, como um "trono, permanece na perenidade do julgamento". O "querubim brilha com a radiância da inteligência" e Manas Taijasi se manifesta no indivíduo.
"Se encontramos um contemplador puro, desligado do corpo, banido para os recessos mais íntimos da mente, ele não é nem terreno, nem um animal celeste; mais esplêndido, ele é uma divindade vestida de carne humana".
“Com a paz concedida pela dialética, que transcende tanto a retórica como o debate lógico, e que permite aos princípios inferiores do homem travar amizade com a Tríade Superior através de Manas, a meditação é possível”.
"Quando alcançamos isso através da atuação da arte da razão, então animado por um espírito de querubim, filosofando ao longo das escarpas da escada da Natureza, e penetrando em tudo de centro para centro, em dado tempo estaremos descendo, despedaçando, como Osíris, o uno no muitos através de uma força titânica; e em outro tempo estaremos subindo e reunindo o muitos no uno, como os membros de Osíris, através de uma força Apolínea, até que o contemplador obtém a amizade que é a alma única, a amizade através da qual todas as mentes não meramente concordam em um só intelecto, mas de uma forma inexprimível se tornam absolutamente unificadas".
A filosofia natural, que leva à magia, é transmitida primeiro através do estudo e depois, quando o homem todo está purificado e preparado, através da iniciação.
"Deixe que os que estão ainda impuros e necessitados de conhecimento moral vivam com as pessoas fora do tabernáculo a céu aberto, e deixe-os enquanto isso se purificarem como os sacerdotes tessalonicenses. Que aqueles que já colocaram suas vidas em ordem sejam recebidos no santuário".
Pico ensinava que a demonologia da Idade Média constituía uma degradação do Santo dos Santos e uma fascinação por potências inferiores, uma magia que levava à feitiçaria. Mas existe ainda uma magia natural mais elevada baseada na 'Sympatheion', as harmonias simpáticas ou ressonantes que ligam os espíritos da terra, as imagens celestiais e as potências verdadeiramente espirituais. Os objetos materiais não têm poder em si mesmos, embora contenham figuras astrais e akáshicas e símbolos que são potentes. Estas matrizes invisíveis podem ser levadas a um alinhamento e sintonia com a luz divina que se irradia delas difusamente, mas podem brilhar em seu esplendor prístino focalizado através do coração do Mago. "Assim o Mago casa a terra com o céu, isto é, as forças das coisas inferiores com os dons e propriedades das coisas sobrenaturais". A magia natural, usada pelo feiticeiro, é purificada e transformada passando-se para além do reino astral, até o 'plenum' supracelestial. O processo requer, além de uma perfeição moral e espiritual e vontade, um profundo conhecimento sobre as cores, números e sons como potências e relações criativas. Através deste conhecimento e prática, o homem se torna pessoalmente invulnerável no mundo e imortal na consciência, um Adepto-Mago, e quando é escalada toda a escada do ser, se torna um Mahatma, um homem divino. Daí que o mágico superior "Não faz tanto milagres, mas serve cuidadosamente a Natureza que os faz".
Devem ser cumpridos três 'Preceitos Délficos', se a pessoa há de entrar no "augusto templo da verdade, não do Apolo inventado, que ilumina toda alma que vem a este mundo". O primeiro é nada em demasia, pois o princípio da moderação em todas as coisas harmoniza a mente e o corpo de quem aspira ao conhecimento espiritual. O segundo é conhecer a si mesmo, pois a obediência "nos desperta e incita em direção ao conhecimento de toda a Natureza, da qual a natureza humana é o meio e como se fosse a união". O terceiro é Tu és, que "devemos endereçar ao verdadeiro Apolo", o Atma que paira acima de todo o ser.
Pico escreveu uma longa 'Apologia' onde defendeu suas concepções, mas foi forçado a fugir de Roma sob ameaça de perseguição pelo Papa Inocêncio VIII. Embora preso na França por Carlos VIII a pedido dos enviados papais, Pico voltou a Florença sob a proteção pessoal de Lorenzo dei Médici, e passou os últimos poucos anos de sua vida escrevendo e disseminando os ensinamentos que formam o fulcro da Renascença.
Tomando a doutrina de Orígenes, de que a escritura tem três chaves de interpretação - literal, alegórica e celestial ou oculta - Pico escreveu o 'Heptaplus', um relato da história da criação do Gênesis, sob forma de um entendimento sétuplo da evolução e da Natureza, desde os reinos elementais até os reinos supramundanos.
Em 1491 Pico renunciou ao seu título e fortuna e revelou que desejava se tornar um asceta errante e professor, assim que sua obra literária fosse completada. Ele foi completamente exonerado de qualquer acusação pelo Papa Alexandre VI, que era ele mesmo profundamente interessado em magia, mas antes que pudesse abraçar a vida de andarilho, sucumbiu de uma febre. Morreu em 17 de novembro de 1494, no dia em que Carlos VIII entrou em Florença após a expulsão de Piero dei Médici.
O espírito de sua obra deixou uma marca permanente na mente da raça, e ele mereceu, em seu sentido mais oculto, a simples denominação que deu a si mesmo: Explorador.
Embora suas obras jamais tenham sido totalmente traduzidas para a linguagem moderna, sua posição central no renascimento do Ocidente é clara. Nas palavras de Frances Yates,
“A profunda significância de Pico della Mirandola na história da humanidade dificilmente pode ser superestimada. Ele foi o primeiro que audaciosamente formulou uma nova posição para o homem europeu, o homem como um Mago usando tanto a Magia como a Cabala para atuar sobre o mundo, para controlar seu destino através da ciência”.

Piper, Leonora_Leonora E. de Piper, mais conhecida por Madame Piper, foi uma das mais célebres médiuns dos nossos tempos. Sua encarnação ocorreu no ano de 1859, nos Estados Unidos da América do Norte, e sua desencarnação no dia 3 de julho de 1950. Foi médium por mais de 40 anos; as atas das suas sessões atingiram mais de 3.000 páginas. Nas investigações que tiveram lugar — As mais prolongadas da História do Espiritismo — Foram despendidos mais de 150.000 dólares. Comentando a mediunidade de Leonora E. Piper, escrevia Charles Richet, em seu Tratado de Metapsíquica. Madame Piper sempre demonstrou perfeita complacência com todas as investigações científicas. Aceitaram todo o gênero de vigilância, apesar dos receios e das afrontas. Richard Hodgson, antigo membro da Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres e um dos mais criteriosos investigadores dos fenômenos espíritas, dada a sua fama de incrédulo e tenaz descobridor de fraude. Após 15 anos de incessantes pesquisas, o Doutor Hodgson chegou à conclusão de que os fenômenos eram verídicos e que Madame Piper era médium de invulgar faculdade. Nada conseguindo descobrir que pudesse constituir motivo de suspeita, o Doutor Hodgson planejou uma viagem à Inglaterra, onde Madame Piper não tinha qualquer conhecido, amigos ou parentes. Essa viagem teve início em 9 de novembro de 1889. No decurso de 88 sessões, Madame Piper revelou a todos os que tiveram a ventura de presenciar os fenômenos produzidos por seu intermédio, centenas de fatos que puderam ser comprovados em seus mínimos detalhes. Longe conseguiram registrar 41 casos de revelação de ocorrências com membros das famílias das pessoas presentes, todos eles verificados com minúcia. Regressando aos Estados Unidos em 1890, Madame Piper desfrutava de extraordinária fama pelos feitos produzidos na Inglaterra. Prosseguindo em sua missão, vários fenômenos tiveram lugar, graças ao espírito de George Pele, jovem escritor e advogado que, em vida havia presenciado alguns fatos e que desencarnara em 1882, devido à violenta queda. Em 1898, ao regressar de sua segunda viagem à Inglaterra, apareceu em cena nos Estados Unidos um novo cético. Com a ajuda secreta do Doutor Hodgson assistiu incógnito a 17 sessões. Procedia com mais incrível cautela a fim de que a médium não se certificasse da sua presença, a carruagem usada para o seu transporte era completamente fechada, descia do mesmo coberto com uma capa, entrava sorrateiramente na sala e tomava assento próximo à Madame Piper, permanecendo ali sem dizer palavra. Sem muita delonga, a médium disse ao misterioso visitante como se chamava, o nome do seu progenitor, fornecendo uma série de pormenores sobre a sua vida e de membros de sua família. Pela primeira vez em sua vida, o visitante, James H. Hyslop, catedrático da Universidade de Columbia, ficou assombrado e confuso. Ante a evidência Hyslop, se convenceu da realidade, principalmente após ter confabulado com o espírito de seu próprio pai. Madame Piper continuou suas sessões até 31 de julho de 1911, quando os espíritos recomendaram que deveria suspendê-las devido ao seu estado de saúde. Em 1924, entretanto, realizou algumas sessões especiais que foram as derradeiras.

Pirâmides_ As pirâmides antigas estão entre as estruturas mais impressionantes do mundo. Construídas em tempos remotos por trabalhadores que não tinham o benefício das ferramentas e maquinário modernos, elas são uma constante fonte de fascínio. A maioria de nós quando pensa ou fala em pirâmides logo lembra do Egito. No entanto, as pirâmides existem em muitas partes do mundo.
Por que os antigos construíram pirâmides?
Qual foi o propósito deles?
Existe algum significado especial por trás do formato das pirâmides?
Como elas foram construídas sem maquinários para deslocamento de terra e içamento pesado?
Uma pirâmide é um sólido geométrico com uma base quadrada em quatro lados triangulares eqüilaterais, que é o formato mais estruturalmente estável para projetos que envolvem grandes quantidades de pedra ou alvenaria. Pirâmides de vários tipos, tamanhos e complexidades foram construídas em muitas partes do Velho Mundo (como América Central, Grécia, China e Egito). No Egito e na China, elas eram primariamente tumbas e monumentos a reis e líderes. As pirâmides dos maias e dos astecas, da América Central, foram principalmente templos religiosos, ainda que algumas delas tenham hospedado câmaras mortuárias. As pirâmides da América Central eram menores e, às vezes, mais largas do que suas similares egípcias. Essas pirâmides também demoravam mais para ficar prontas: geralmente eram construídas e modificadas durante centenas de anos, ao passo que as pirâmides egípcias levaram apenas algumas décadas em construção. As pirâmides na América Central eram integradas às cidades astecas e maias, ao passo que as pirâmides egípcias se localizavam em áreas distantes das principais cidades.
Os ancestrais dessas grandes estruturas são as tumbas mortuárias encontradas por toda a América do Norte e Europa: simplesmente montes de terra que cobriam câmaras mortuárias.
As primeiras tumbas dos faraós egípcios eram construções planas, em formato de caixa, chamadas mastabas (termo árabe para "bancada"). Os faraós posteriormente construíram tumbas maiores, acrescentando níveis sobre o topo da caixas para formar pirâmides com degraus. As pirâmides com degraus são predominantes na América Central.
Na Mesopotâmia, eram chamadas de zigurates.
Os egípcios levaram o projeto das pirâmides para patamares mais altos, culminando na construção das pirâmides de Gizé, no século XXVI a.C. Trabalhadores usaram 2,3 milhões de blocos de calcário e granito para construir a Grande Pirâmide de Khufu, que tem 146 metros de altura, uma base de 230 metros quadrados e pesa cerca de 6,5 milhões de toneladas.
Um número de pirâmides, incluindo a Grande Pirâmide de Khufu, sobreviveu a milhares de anos de exposição aos elementos da natureza - um tributo aos arquitetos, engenheiros e trabalhadores que as construíram. Na próxima seção, aprenderemos mais sobre as pirâmides do Egito e a evolução do projeto das pirâmides.
A primeira pirâmide em degraus do Egito, em Saqqara, foi concluída em 2620 a.C. pelo faraó Djoser, da terceira dinastia egípcia. Ela tinha quatro níveis e uma câmara mortuária subterrânea. Os construtores posteriormente tentaram construir, mas nunca terminaram, outra pirâmide de seis níveis. Os egípcios continuaram a construir pirâmides cada vez mais altas e começaram a alisar as bordas recortadas das pirâmides com degraus. Uma das primeiras tentativas foi a pirâmide de Meidum, em 2570 a.C. Ela tinha sete degraus progredindo para oito, mas desmoronou e foi abandonada.
Os projetistas de pirâmides aprenderam que, se as pirâmides deveriam ser mais altas e ter inclinações mais íngremes, suas bases precisavam ser mais largas. Em Dahshur, mais acima do Nilo a partir de Saqqara, os trabalhadores iniciaram a construção de uma pirâmide para o faraó Sneferu, da quarta dinastia. Infelizmente, os projetistas escolheram uma fundação fraca e a pirâmide começou a se inclinar para dentro quando 2/3 de sua construção já estavam concluídos. Os construtores reduziram o ângulo da parte superior para concluí-la e torná-la mais estável, e hoje ela é conhecida como a Pirâmide Inclinada (2565 a.C.).
Insatisfeito com a Pirâmide Inclinada, Sneferu ordenou outra pirâmide em Dahshur. Os projetistas escolheram uma fundação melhor e fizeram essa pirâmide da mesma altura da Pirâmide Inclinada, mas com uma base mais larga e um ângulo mais raso. A Pirâmide Vermelha foi concluída em 2560 a.C.
A construção das pirâmides atingiu seu apogeu com a Grande Pirâmide de Khufu. O complexo de pirâmides de Gizé, na margem oeste do Nilo, é o mais famoso grupo de pirâmides do mundo. Como vimos anteriormente, a maior pirâmide foi construída pelo filho de Sneferu, Khufu, em 2540 a.C. As duas pirâmides menores próximas eram para o filho de Khufu, Khafre, e seu neto, Menkaure. Após essa dinastia, a construção das grande pirâmides foi interrompida, provavelmente em razão do tempo e gastos desses projetos gigantescos. A grande pirâmide de Khufu no platô de Gizé, no Egito, é a maior e mais elaborada construção que existe, representando os aspectos mais avançados da construção de pirâmides.
A pirâmide de Khufu tem as seguintes características: a câmara mortuária primária, ou câmara do rei contém o sarcófago (tumba) com o corpo de Khufu, e as paredes eram adornadas com hieróglifos (escrita) que descreviam os vários aspectos da história egípcia e da religião; a câmara da rainha (de fato, um nome equivocado, pois não se destinava à rainha), menor, encontra-se dentro da pirâmide, ao passo que outra câmara mortuária secundária inacabada encontra-se abaixo da pirâmide; câmaras de descarga de peso acima da câmara do rei distribuem o peso da pedra acima dela e evitam que a câmara do rei desmorone; a galeria é uma grande passagem com um teto abobadado com modilhão, as paredes são estruturadas em camadas ascendentes, e cada camada vertical termina além da camada abaixo dela para formar um arco primitivo; passagens descendentes e ascendentes conectam várias câmaras umas às outras e ao lado externo; dutos de ar conectam a câmara do rei ao lado externo. Elas podem ter sido projetadas como uma forma de o espírito de Khufu sair da pirâmide e subir aos céus; a entrada era lacrada após o corpo do faraó ser colocado dentro da pirâmide; pedras de calcário branco fazem o acabamento da pirâmide, proporcionando uma face lisa. Essas pedras sofreram erosão com o tempo, mas sabemos que existiram porque a pirâmide de Khafre ainda tem um pouco dessas pedras em seu cimo.
A construção de pirâmides é um assunto continuamente debatido. Não existem registros de planos de construção ou discussões dos métodos de construção; assim, ninguém sabe ao certo o que aconteceu. É claro, os arqueólogos e engenheiros têm muitas idéias: algumas parecem improváveis e outras, mais razoáveis. Usaremos as pirâmides de Gizé como exemplo porque temos mais informações sobre elas. Vamos dividir a construção das pirâmides em componentes: pesquisa e escavação - escolhendo um local adequado, orientando e preparando a fundação; obtendo os materiais de construção - extraindo pedras de pedreiras ou criando pedras imensas; transportando os materiais de construção - transportando do local da pedreira até a pirâmide; logística da mão-de-obra - encontrando trabalhadores habilidosos, alimentando-os e hospedando-os.
Os construtores egípcios provavelmente fizeram planos e modelos da pirâmide. Os projetos eram supervisionados pelo construtor-chefe do faraó, ou vizir.
O desmoronamento da pirâmide Meidum e a inclinação da Pirâmide Inclinada ensinaram os construtores que a fundações eram importantes. Depois que os engenheiros encontravam um local adequado, com uma boa fundação, tinham de planejar o local. As laterais da pirâmide sempre corriam paralelas aos eixos norte-sul e leste-oeste. Os construtores não tinham bússolas e não havia a Estrela Polar naquela época (a rotação da Terra oscila como um pião, e a posição do verdadeiro norte no céu muda num ciclo de 40 mil anos). Assim, eles usavam os movimentos das estrelas circumpolares ou do Sol para descobrir o verdadeiro norte. Usando hastes e círculos de visão, eles podiam traçar arcos das estrelas ascendentes e descendentes ou da sombra do Sol, medir os ângulos até as extremidades do arco e calcular o verdadeiro norte. Depois de estabelecer isso, ele podiam encontrar as outras direções com linhas e ângulos retos.
Os egípcios usavam "côvados" (o comprimento da ponta de seu dedo médio até seu cotovelo) e "palmos" (a largura de sua mão com o polegar na lateral) para as medições. Eles cavavam buracos de estacas em intervalos regulares (10 cúbitos) ao longo do relevo da base e planejavam o local em uma grade.
Depois, os trabalhadores escavavam e nivelavam a fundação. Ninguém sabe ao certo o método exato, mas eles foram extremamente exatos: a base da pirâmide de Khufu é nivelada em 2 centímetros (menos de uma polegada).
Existem duas teorias principais sobre os métodos de nivelamento:
1) os trabalhadores despejavam água dentro do local escavado e nivelavam todo o material acima da linha da água. Depois, eles baixavam o nível da água e removiam mais material, continuando o processo até a fundação estar nivelada;
2) os construtores instalavam estacas em intervalos regulares. Uma linha, nivelada com pêndulos de prumo, era esticada pelas estacas em um ponto de referência para assegurar o alinhamento. Então, eles podiam escavar a fundação abaixo dos pontos de referência.
Depois que a preparação da fundação estava terminada, o trabalho pesado podia começar. Aprenderemos na próxima página como os trabalhadores transportavam as pedras da pirâmide e as colocavam no lugar.
As pirâmides foram construídas com calcário, granito, basalto, gesso (argamassa) e tijolos de barro cozido. Blocos de calcário foram extraídos em Gizé e possivelmente em outros locais. O granito veio, provavelmente, do alto do rio em Aswan. O alabastro veio de Luxor e o basalto, da depressão de Fayoum. Ferramentas de ferro não estavam disponíveis; assim, os trabalhadores usaram ferramentas de cobre e pedra cortada para recortar os blocos nas pedreiras. Eles então usaram alavancas para mover os blocos de pedra para fora das pedreiras.

Pitágoras_ o fundador da escola pitagórica, nasceu em Samos pelos anos 571-70 a.C. Em 532-31 foi para a Itália, na Magna Grécia, e fundou em Crotona, colônia grega, uma associação científico-ético-política, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os gregos da Itália meridional e da Sicília. Pitágoras aspirava - e também conseguiu - a fazer com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse reforma política; isto, porém, levantou oposições contra ele e foi constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, aí morrendo provavelmente em 497-96 a.C.
Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro elemento. Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas.
Mas, achada a substância una e imutável das coisas, os pitagóricos se acham em dificuldades para explicar a multiplicidade e o vir-a-ser, precisamente mediante o uno e o imutável. E julgam poder explicar a variedade do mundo mediante o concurso dos opostos, que são - segundo os pitagóricos - o ilimitado e o limitado, ou seja, o par e o ímpar, o imperfeito e o perfeito. O número divide-se em par, que não põe limites à divisão por dois, e, por conseguinte, é ilimitado (quer dizer, imperfeito, segundo a concepção grega, a qual via a perfeição na determinação); e ímpar, que põe limites à divisão por dois e, portanto, é limitado, determinado, perfeito. Os elementos constitutivos de cada coisa - sendo cada coisa número - são o par e o ímpar, o ilimitado e o limitado, o pior e o melhor. Radical oposição esta, que explicaria o vir-a-ser e o múltiplice, que seriam reconduzidos à concordância e à unidade pela fundamental harmonia (matemática), que governa e deve governar o mundo material e moral, astronômico e sonoro.
Como a filosofia da natureza, assim a astronomia pitagórica representa um progresso sobre a jônica. De fato, os pitagóricos afirmaram a esfericidade da Terra e dos demais corpos celestes, bem como a rotação da Terra, explicando assim o dia e a noite; e afirmaram também a revolução dos corpos celestes em torno de um foco central, que não se deve confundir com o Sol. Pelo que diz respeito à moral, enfim, dominam no pitagorismo o conceito de harmonia, logicamente conexo com a filosofia pitagórica, e as práticas ascéticas e abstinenciais, com relação à metempsicose e à reincarnação das almas.
Para compreendermos seus princípios fundamentais, é preciso partir do eleatismo. Como é possível uma pluralidade?
Pelo fato de o não-ser ter um ser.
Portanto, identificam o não-ser ao Ápeiron de Anaximandro, ao absolutamente Indeterminado, àquilo que não tem nenhuma qualidade; a isso opõe-se o absolutamente Determinado, o Péras. Mas ambos compõem o Uno, do qual se pode dizer que é impar, delimitado e ilimitado, inqualificado e qualificado. Dizem, pois, contra o eleatismo, que, se o Uno existe, foi em todo caso formado por dois princípios, pois, nesse caso, há também uma pluralidade; da unidade procede a série dos números aritméticos (monádicos), depois os números geométricos ou grandezas (formas espaciais). Portanto, a Unidade veio a ser; portanto, há também uma pluralidade. Desde que se têm o ponto, a linha, as superfícies e os corpos, têm-se também os objetos materiais; o número é a essência própria das coisas.
Os eleatas dizem:
"Não há não-ser, logo, tudo é uma unidade".
Os pitagóricos: "A própria unidade é o resultado de um ser e de um não-ser, portanto há, em todo caso, não-ser e, portanto, também uma pluralidade".
À primeira vista, é uma especulação totalmente insólita. O ponto de partida me parece ser a apologia da ciência matemática contra o eleatismo. Lembramo-nos da dialética de Parmênides.
Nela, é dito da Unidade (supondo que não existe pluralidade):
1) que ela não tem partes e não é um todo;
2) que tampouco tem limites;
3) portanto, que não está em parte nenhuma;
4) que não pode nem mover-se nem estar em repouso, etc.
Mas, por outro lado, o Ser e a Unidade dão a Unidade existente, portanto a diversidade, e as partes múltiplas, e o número, e a pluralidade do ser, e a delimitação, etc.
É um procedimento análogo: ataca-se o conceito da Unidade existente porque comporta os predicados contraditórios e é, portanto, um conceito contraditório, impossível. Os matemáticos pitagóricos acreditavam na realidade das leis que haviam descoberto; bastava-lhes que fosse afirmada a existência da Unidade para deduzir dela também a pluralidade. E acreditavam discernir a essência verdadeira das coisas em suas relações numéricas.
Portanto, não há qualidades, não há nada além de quantidades, não quantidades de elementos (água, fogo, etc.), mas delimitações do ilimitado, do Ápeiron; este é análogo ao ser potencial da hyle de Aristóteles.
Assim, toda coisa nasce de dois fatores opostos.
De novo, aqui, dualismo. Notável quadro estabelecido por Aristóteles (Metaf. I, 5): delimitado, ilimitado; ímpar, par; uno, múltiplo; direita, esquerda; masculino, feminino; imóvel, agitado; reto, curvo; luz, trevas; bom, mau; quadrado, ablongo. De um lado têm-se, portanto: delimitado, ímpar, uno, direita, masculino, imóvel, reto, luz, bom, quadrado. De outro lado, ilimitado, par, múltiplo, esquerda, feminino, agitado, curvo, trevas, mau, ablongo. Isso lembra o quadro-modelo de Parmênides. O ser é luz e, portanto, sutil, quente, ativo; o não-ser é noite e, portanto, denso, frio, passivo.
O ponto de partida que permite afirmar que tudo o que é qualitativo é quantitativo encontra-se na acústica.
A música, com efeito, é o melhor exemplo do que queriam dizer os pitagóricos. A música, como tal, só existe em nossos nervos e em nosso cérebro; fora de nós ou em si mesma (no sentido de Locke), compõe-se somente das relações numéricas quanto ao ritmo, se se trata de sua quantidade, e quanto à tonalidade, se se trata de sua qualidade, conforme se considere o elemento harmônico ou o elemento rítmico. No mesmo sentido, poder-se-ia exprimir o ser do universo, do qual a música é, pelo menos em certo sentido, a imagem, exclusivamente com o auxílio de números. E tal é, estritamente, o domínio da química e das ciências naturais.
Trata-se de encontrar fórmulas matemáticas para as forças absolutamente impenetráveis. Nossa ciência é, nesse sentido, pitagórica. Na química, temos uma mistura de atomismo e de pitagorismo, para a qual Ecphantus na Antiguidade passa por ter aberto o caminho.
A contribuição original dos pitagóricos é, pois, uma invenção extremamente importante: a significação do número e, portanto, a possibilidade de uma investigação exata em física.
Nos outros sistemas de física, tratava-se sempre de elementos e de sua combinação. As qualidades nasciam por combinação ou por dissociação; agora, enfim, afirma-se que as qualidades residem na diversidade das proporções.
Mas esse presentimento estava ainda longe da aplicação exata. Contentou-se, provisoriamente, com analogias fantasiosas.
Se se pergunta a que se pode vincular a filosofia pitagórica, encontra-se, inicialmente, o primeiro sistema de Parmênides, que fazia nascer todas as coisas de uma dualidade; depois, o Ápeiron de Anaximandro, delimitado e movido pelo fogo de Heráclito.
Mas estes são apenas, evidentemente, problemas secundários; na origem há a descoberta das analogias numéricas no universo, ponto de vista inteiramente novo. Para defender essa idéia contra a doutrina unitária dos eleatas, tiveram de erigir a noção de número, foi preciso que também a Unidade tivesse vindo a ser; retomaram então a idéia heraclitiana do pólemos, pai de todas as coisas, e da Harmonia que une as qualidades opostas; a essa força, Parmênides chamava Aphrodite. Simbolizava a gênese de todas as coisas a partir da oitava.
Decompuseram os dois elementos de que nasce o número em par e ímpar. Identificaram essas noções com termos filosóficos já usuais.
Chamar o Ápeiron de Par é sua grande inovação; isso porque os ímpares, os gnómones, davam nascimento a uma série limitada de números, os números quadrados. Remetem-se, assim, a Anaximandro, que reaparece aqui pela última vez. Mas identificam esse limite com o fogo de Heráclito, cuja tarefa é, agora, dissolver o indeterminado em tantas relações numéricas determinadas; é essencialmente uma força calculadora.
Se houvessem tomado emprestado de Heráclito a palavra lógos, teriam entendido por ela a proporção (aquilo que fixa as proporções, como o Péras fixa o limite). Sua idéia fundamental é esta: a matéria, que é representada inteiramente destituída de qualidade, somente por relações numéricas adquire tal ou tal qualidade determinada. Tal é a resposta dada ao problema de Anaximandro.
O vir-a-ser é um cálculo.
Isso lembra a palavra de Leibniz, ao dizer que a música é "exercitium arithmeticae occultum nescientis se numerare animi" .
Os pitagóricos teriam podido dizer o mesmo do universo, mas sem poder dizer quem faz o cálculo.
A doutrina e a vida de Pitágoras, desde os tempos da antiguidade, jaz envolta num véu de mistério.
A força mística do grande filósofo e reformador religioso, há 2.600 anos vem, poderosamente, influindo no pensamento Ocidentel. Dentre as religiões de mistérios, de caráter iniciático, a doutrina pitagórica foi a que mais se difundiu na antiguidade.
Não consideramos apenas lenda o que se escreveu sobre essa vida maravilhosa, porque há, nessas descrições, sem dúvida, muito de histórico do que é fruto da imaginação e da cooperação ficcional dos que se dedicaram a descrever a vida do famoso filósofo de Samos.
O fato de negar-se, peremptoriamente, a historicidade de Pitágoras (como alguns o fazem), por não se ter às mãos documentação bastante, não impede que seja o pitagorismo uma realidade empolgante na história da filosofia, cuja influência atravessa os séculos até nossos dias.
Acontece com Pitágoras o que aconteceu com Shakespeare, cuja existência foi tantas vezes negada. Se não existiu Pitágoras de Samos, houve com certeza alguém que construiu essa doutrina, e que, por casualidade, chamava-se Pitágoras. Podemos assim parafrasear o que foi dito quanto a Shakespeare. Mas, pondo de lado esses escrúpulos ingênuos de certos autores, que preferem declará-lo como não existente, como se houvesse maior validez na negação da sua historicidade do que na sua afirmação, vamos a seguir relatar algo, sinteticamente, em torno dessa lenda.
Em 1917, perto de Porta Maggiori, sob os trilhos da estrada de ferro, que liga Roma a Nápoles, foi descoberta uma cripta, que se julgou a princípio fosse a porta de uma capela cristã subterrânea. Posteriormente verificou-se que se tratava de uma construção realizada nos tempos de Cláudio, por volta de 41 a 54 d.C., e que nada mais era do que um templo, onde se reuniam os membros de uma seita misteriosa, que, afinal, averigou-se ser pitagórica. Sabe-se hoje, com base histórica, que antes, já em tempos de César, proliferavam os templos pitagóricos, e se essa seita foi tão combatida, deve-se mais ao fato de ser secreta do que propriamente por suas idéias. Numa obra, hoje cara aos pitagóricos, Carcopino (La Brasilique pythagoricienne de la Porte Majeure) dá-nos um amplo relato desse templo. E foi inegavelmente essa descoberta tão importante que impulsionou novos estudos, que se realizaram sobre a doutrina de Pitágoras, os quais tendem a mostrar o grande papel que exerceu na história, durante vinte e cinco séculos, essa ordem, que ainda existe e tem seus seguidores, mebora esteja, em nossos dias, como já esteve no passado, irremediavelmente infectada de idéias estranhas que, ao nosso ver, desvirtuam o pensamento genuíno de Pitágoras de Samos.
É aceito quase sem divergência por todos que se debruçaram a estudar a sua vida, que Pitágoras nasceu em Samos, entre 592 a 570 antes da nossa era; ou seja, naquele mesmo século em que surgiram tantos grandes condutores de povos e criadores de religiões, como foi Gautama Buda, Zoroastro (Zaratustra), Confúcio e Lao Tsé.
Inúmeras são as divergências sobre a verdadeira nacionalidade de Pitágoras, pois uns afirmam ter sido ele de origem egípcia; outros, síria ou, ainda, natural de Tiro.
Relata a lenda que Pitágoras, cujo nome significa o Anunciador pítico (Pythios), era filho de Menesarco e de Partêmis, ou Pythaia. Tendo esta, certa vez, levado o filho à Pítia de Delfos, esta sacerdotiza vaticinou-lhe um grande papel, o que levou a mãe a devotar-se com o máximo carinho à sua educação. Consta que Pitágoras, que desde criança se revelava prodigioso, teve como primeiros mestres a Hermodamas de Samos até os 18 anos, depois Ferécides de Siros, tendo sido, posteriormente, aluno de Tales, em Mileto, e ouvinte das conferências de Anaximandro. Foi depois discípulo de Sonchi, um sacerdote egípcio, tendo, também, conhecido Zaratos, o assírio Zaratustra ou Zoroastro, em Babilônia, quando de sua estada nessa grande metrópole da antiguidade.
Conta-nos, ainda, a lenda que o hierofante Adonai aconselhou-o a ir ao Egito, recomendado ao faraó Amom, onde, afirma-se, foi iniciado nos mistérios egípcios, nos santuários de Mênfis, Dióspolis e Heliópolis. Afirma-se, ademais, que realizou um retiro no Monte Carmelo e na Caldéia, quando foi feito prisioneiro pelas tropas de Cambísis, tendo sido daí conduzido para a Babilônia. Foi em sua viagem a essa metrópole da Antiguidade, que conheceu o pensamento das antigas religiões do Oriente, e freqüentou as aulas ministradas por famosos mestres de então.
Observa-se, porém, em todas as fontes que nos relatam a vida de Pitágoras, que este realizou, em sua juventude, inúmeras viagens e peregrinações, tendo voltado para Samos já com a idade de 56 anos. Suas lições atraíram-lhe muitos discípulos, mas provocaram, também, a inimizade de Policrates, então tirano de Samos, o que fez o sábio exilar-se na Magna Grécia (Itália), onde, em Crotona, fundou o seu famoso Instituto.
Antes de sua localização na Magna Grécia, relata-se que esteve em contato com os órficos, já em decadência, no Peloponeso, tendo então conhecido a famosa sacerdotiza Teocléia de Delfos.
Mas é na Itália que desempenha um papel extraordinário, porque aí é que funda o seu famoso Instituto, o qual, combatido pelos democratas de então, foi finalmente destruído, contando-nos a lenda que, em seu incêndio, segundo uns, pereceu Pitágoras, junto com os seus mais amados discípulos, enquanto outros afirmam que conseguiu fugir, tomando um rumo que permaneceu ignorado.
Segundo as melhores fontes, Pitágoras deve ter falecido entre 510 e 480. A sociedade pitagórica continuou após a sua morte, tendo desaparecido quando do famoso massacre de Metaponto, depois da derrota da liga crotoniata.
"Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem". (Pitágoras)
Durante o século VI a.C. verificou-se, em algumas regiões do mundo grego, uma revivescência da vida religiosa. Os historiadores mostram que um dos fatores concorreram para esse fenômeno foi a linha política adotada, em geral, pelos tiranos, para garantir seu papel de líderes populares e para enfraquecer a antiga aristocracia - que se supunha descendente dos deuses protetores das polis, das divindades "oficiais" -, os tiranos favoreciam a expansão de cultos populares ou estrangeiros.
"Ajuda teus semelhantes a levantar sua carga, mas não a carregues". (Pitágoras)
Dentre as religiões de mistério, de caráter iniciático, uma teve enorme difusão: o culto de Dioniso, originário da Trácia, e que passou a constituir o núcleo da religião órfica. O orfismo - de Orfeu, que primeiro teria recebido a revelação de certos mistérios e os teria confiado a iniciados sob a forma de poemas musicais - era uma religião essencialmente esotérica. Os órficos acreditavam na imortalidade da alma e na metempsicose, ou seja, na transmigração da alma através de vários corpos, a fim de efetivar sua purificação. A alma aspiraria, por sua própria natureza, a retornar à sua pátria celeste, às estrelas, de onde caíra. Para libertar-se, porém, do ciclo das reincarnações, o homem necessitaria da ajuda de Dioniso, deus libertador que completava a libertação preparada pelas práticas catárticas (entre as quais se incluia a abstinência de certos alimentos). A religião órfica pressupunha, portanto, uma distinção - não só de natureza como também de valor - entre a alma ignea e imortal e os corpos pereciveis através dos quais ela realizava sua purificação.
"O que fala, semeia - o que escuta, recolhe". (Pitágoras)
Pitágoras de Samos, que se tornou figura legendária na própria Antiguidade, teria sido antes de mais nada um reformador religioso, pois realizou uma modificação fundamental na doutrina órfica, transformando o sentido da "via de salvação"; em lugar do deus Dioniso colocou a matemática.
Da vida de Pitágoras quase nada pode ser afirmado com certeza, já que ela foi objeto de uma série de relatos tardios e fantasiosos, como os referentes às suas viagens e a seus contatos com culturas orientais. Parece certo, contudo, que ele teria deixado Samos (na Jônia), na segunda metade do século VI a.C. fugindo à tirania de Polícrates, transferindo-se para Crotona (na Magna Grécia) fundou uma confraria científico-religiosa.
Pitágoras criou um sistema global de doutrinas, cuja finalidade era descobrir a harmonia que preside à constituição do cosmo e traçar, de acordo com ela, as regras da vida individual e do governo das cidades. Partindo de idéias órficas, o pitagorismo pressupunha uma identidade fundamental, de natureza divina, entre todos os seres. Essa similitude profunda entre os vários existentes era sentida pelo homem sob a forma de um "acordo com a natureza", que, sobretudo, depois do pitagórico Filolau, será qualificada como uma "harmonia", garantida pela presença do divino em tudo. Natural que dentro de tal concepção - vista por alguns autores como o fundamento do "mito helênico" - o mal seja entendido sempre como desarmonia.
A grande novidade introduzida certamente pelo próprio Pitágoras na religiosidade órfica foi a tranformação do processo de libertação da alma num esforço puramente humano, porque basicamente intelectual. A purificação resultaria do trabalho intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma semelhante ao cosmo, entendido como unidade harmônica, sustentada pela ordem e pela proporção, e que se manifesta como beleza.
Pitágoras teria chegado à concepção de que todas as coisas são números através inclusive de uma observação no campo musical: verificou no monocórdio que o som produzido varia de acordo com a extensão da corda sonora. Ou seja, descobriu que há uma dependência do som em relação à extensão, da música, (tão importante como propiciadora de vivências religiosas estáticas) em relação à matemática.
"Todas as coisas são números". (Pitágoras)
A partir do próprio Pitágoras, o pitagorismo primitivo concebe a extensão como descontínua: constituída por unidades indivisíveis e separadas por um "intervalo". Segundo a cosmologia pitagórica - que descreve o cenário cósmico, onde se processa a purificação da alma - esse "intervalo" resultaria da respiração do universo que, vivo, inalaria o ar infinito (pneuma ápeiron) em que estaria imerso. Mínimo de extensão e mínimo de corpo, as unidades comporiam os números. Estes não seriam, portanto - como virão a ser mais tarde -, meros símbolos a exprimir o valor das grandezas: para os pitagóricos, os números são reais, são essências realizadas (usando-se um vocabulário filosófico posterior), são a própria "alma das coisas", são entidades corpóreas constituídas por unidades contíguas e a prenunciar os átomos de Leucipo e Demócrito. Assim, quando os pitagóricos falam que as coisas imitam os números estariam entendendo essa imitação (mimesis) num sentido realista: as coisas manifestariam externamente a estrutura numérica inerente.
De acordo com essa concepção, os pitagóricos adotaram uma representação figurada dos números, em substituição às representações literais mais arcaicas, usadas pelos gregos e depois pelos romanos. A representação figurada permitia explicitar a lei de composição dos números e torna-se um fator de avanço das investigações matemáticas dos pitagóricos. Os primeiros números, representados figurativamente, bastavam para justificar o que há de essencial no universo: o um é o ponto, mínimo de corpo, unidade de extensão; o dois determina a linha; o três gera a superfície, enquanto o quatro produz o volume. Já por sua própria notação figurativa evidencia-se que a primitiva matemática pitagórica constitui uma aritmo-geometria, a associar intimamente os aspectos numéricos e geométrico, a quantidade e sua expressão espacial.
"Pensem o que quiserem de ti; faze aquilo que te parece justo". (Pitágoras)
A primitiva concepção pitagórica de número apresentava limitações que logo exigiriam dos próprios pitagóricos tentativas de reformulação. O principal impasse enfrentado por essa aritmo-geometria baseada em inteiros (já que as unidades seriam indivisíveis) foi o levantado pelo números irracionais. Tanto na relação entre certos valores musicais (expressos matematicamente), quanto na base mesma da matemática, surgem grandezas inexprimíveis naquela concepção de número. Assim, a relação entre o lado e a diagonal do quadrado (que é a da hipotenusa do triângulo retângulo isósceles com o cateto) tornava-se "irracional", aquelas linhas não apresentavam "razão comum" ou "comum medida", o que se evidenciava pelo aparecimento na tradução aritmética da relação entre elas, de valores sem possibilidade de determinação exaustiva, como V¯².
O "escândalo" dos irracionais manifestava-se no próprio teorema de Pitágoras (o quadrado construído sobre a hipotenusa é igual a soma dos quadrados construídos sobre os catetos). Com efeito, desde que se atribuísse valor 1 ao cateto de um triângulo isósceles, a hipotenusa seria igual a V¯².
Ou então, quando se pressupunha que os valores correspondentes à hipotenusa e aos catetos eram números primos entre si, acabava-se por se concluir pelo absurdo de que um deles não era afinal nem par nem ímpar.
Apesar desses impasses - e em grande parte por causa deles - o pensamento pitagórico evoluiu e expandiu-se, influenciando praticamente todo o desenncolcimento da ciência e da filosofia gregas. Sua astronomia, estreitamente vinculada à sua religião astral foi o ponto de partida das várias doutrinas que os gregos formulariam, pressupondo o universo harmonicamente constituído por astros que desenvolvem trajetórias, presos a esferas homocêntricas. Essa geometrização do cosmo estava aliada, no pitagorismo, às concepções musicais também desenvolvidas pela escola: separadas por intervalos equivalentes aos intervalos musicais, aquelas esferas produziram, em seu movimento, sons de acorde perfeito. Essa "harmonia das esferas", permanentemente soante, seria a própria tessitura do que o homem considera "silêncio".
"Educai as crianças e não será preciso punir os homens". (Pitágoras)

Planetárias, Influências_ Baseados em estatísticas ao longo dos anos, atribuiu-se a cada planeta uma ação determinada sobre os acontecimentos terrestres.
SOL – O mais poderoso corpo do sistema solar, força cardinal nas nossas vidas, que sem ele não existiriam. É ativo e, em astrologia é associado ao poder, à energia e auto-expressão. As manchas solares, na esfera física invisível, geram atividade magnética: erupções brilhantes, conhecidas como bengalas solares e emitem radiações de ondas curtas que causam tormentas magnéticas e interferem com as emissões de rádio terrestres.

LUA – A sua importância astrológica, está ligada à resposta ante as suas flutuações. Faz parte integrante do sistema terrestre, cujo centro de gravidade é comum e está localizado no interior da Terra. Têm influência sobre os fluidos da Terra, os oceanos, provocando as marés. A Lua controla a conduta rítmica de numerosas criaturas terrestres, incluindo o ritmo feminino na vida humana.

MERCÚRIO – Em astrologia é o planeta da mentalidade e das reações nervosas. Mercúrio situa-se dentro da coroa externa do Sol e é o planeta com movimento mais rápidos, sem contar a Lua que está ligada a Terra, e tem mudanças rápidas de declinação no céu. Quando Mercúrio está entre o Sol e a Terra, o seu campo magnético desvia a corrente de partículas eletrificadas, que lança o Sol, as quais têm influência sobre o sistema nervoso humano.

VÉNUS – Está associado ao amor, à harmonia e à concórdia, qualidades que nascem da sua constância física. A sua distância do Sol permanece quase constante (107.500.000 Km). A influência astrológica de Vênus incide sobre o expressar das emoções nas relações pessoais, no amor e fornece dados importantes sobre atitudes em relação ao dinheiro e valores estéticos e sociais.

MARTE – Em Astrologia, Marte é o planeta da força, o positivo e a vivacidade. A sua cor avermelhada motivou a sua relação astrológica com o calor. Marte oferece-nos indicações sobre a maneira de atuar de cada indivíduo quando deseja algo. É impulsivo e também mostra como o perigo e a violência podem entrar na vida de um indivíduo.

JÚPITER – Existe um paralelismo entre a importância astrológica de Júpiter, como força expansiva e o seu grande tamanho. Antes de 1923, pensava-se que podia ser um sol em miniatura que irradiara calor, mas ficou demonstrado mais tarde que não possuía bastante massa para que as reações nucleares gerassem energia perto do seu núcleo. O planeta é uma fonte importante de radiações de rádio, descobertas em 1954 e que se produzem em explosões com emissões intensas, cujo possível efeito direto, resulta fundamental para a astrologia. Em astrologia, Júpiter encarna o princípio do equilíbrio, da ordem, da autoridade, da estabilidade no progresso, da abundância e da preservação da hierarquia estabelecida. Foi considerado o planeta da legalidade social, da riqueza, do otimismo e da confiança. A medicina e a jurisprudência são as profissões privilegiadas.

SATURNO – Saturno é um planeta complicado, porque tem um grande satélite, Titã, de quase 5.000 Km de diâmetro, tamanho este comparável a Mercúrio. A maioria das vezes, em Astrologia, não se atribui importância aos satélites planetários. Por outro lado, Saturno está relacionado com a limitação, com o desejo de estar dentro de uns limites, desde muito antes que Galileu observasse os seus anéis e Huygens os explicasse corretamente em 1655. Estes anéis possuem pouco volume e escondem grandes áreas do planeta durante muito tempo. Desde os primeiros tempos, Saturno, devido à sua luz pobre e fraca, foi para os astrólogos sinônimo de provações e tristeza. Simboliza todo o tipo de obstáculos e carências. No se aspecto positivo, confere a realização pessoal à custa de esforço refletido, E está relacionado com a fidelidade, a constância a renúncia, a ciência e a religião. Está também relacionado com a evolução psicológica do indivíduo, quando, através da ruptura do cordão umbilical, passando por todo o tipo de privações e sacrifícios, renascemos interiormente, libertos de todos estes bloqueios.

URANO – É considerado o planeta da excentricidade, não tendo sido descoberto até ao ano de 1781. Uma das principais diferenças com os outros planetas, é que a sua inclinação axial é maior que um ângulo reto, de modo que as condições da sua superfície são extraordinárias. A noite dura 21 anos terrestres. Assim é lógico que este maciço planeta de metano, hélio e água tenha sido classificado pelos astrólogos como uma entidade independente e excepcional, dotada de poderes sobre as gerações humanas, mais do que sobre os indivíduos. Em Astrologia representa a força cósmica que provoca mudanças, perturbações bruscas e imprevistas, criações originais e progresso. O seu domínio privilegiado é a eletricidade, a aviação e o cinema. Aos olhos da Astrologia, Urano é, desde há dois séculos, o grande impulsor do mundo moderno e das grandes invenções que fizeram mudar o Mundo.

NETUNO – Ainda que a sua descoberta tenha sido recente, a 23 de setembro de 1846, por Le Verrier, a influência astrológica de Netuno, já é muito completa. Ao ser visto como uma nebulosa, não foi imediatamente descoberto, o mesmo acontecendo aos outros corpos dentro da sua órbita. Netuno é um planeta gigante, formado na sua maior parte por hidrogênio, com muito metano e, provavelmente, muita quantidade de água; elementos que sugerem uma força subtil. Netuno exerce a sua influência astrológica sobre o subconsciente, provoca as doenças mentais e as depressões. A sua influência social incide sobre os movimentos de grupo, como a anarquia e o seu oposto comunismo e movimentos de tipo surrealista. O mundo das radiações também está sob a sua influência.

PLUTÃO – Apesar dos avanços na Astronomia, e de já alguns astrólogos considerarem outras influências, Plutão é o planeta conhecido mais afastado da Terra e só foi descoberto em 1930. É um pequeno corpo sólido e poderá ter sido um satélite de Netuno, com quem comparte em Astrologia algumas características anti-sociais. Plutão demora aproximadamente 248 anos a dar a volta completa ao Zodíaco. A sua influência incide geralmente sobre os movimentos de massas, exceto se estiver colocado num lugar proeminente numa carta natal. Plutão está relacionado com as mudanças, as mutações e a renovação. As grandes mutações de eras geológicas e das espécies, da matéria, o mundo atômico, também estão sob a sua alçada. A passagem de Plutão pelos signos do Zodíaco, provoca sempre mudanças permanentes.

Os ciclos planetários trazem momentos marcantes às nossas vidas.
Conheça os principais.
7 anos: é o primeiro quarto do ciclo de Saturno. Depois do jardim-de-infância começa a escola. Chegam também as responsabilidades e a certeza de que os pais não podem ser solução para tudo. A criança tem noções mais definidas sobre o tempo.
12 anos: termina o primeiro ciclo de Júpiter. É a altura da pré-adolescência e de querer viver mais e mais. Somos donos no mundo e achamos que sabemos tudo…
14 anos: é Segundo quarto do ciclo de Saturno. Descobrimos que crescer não é fácil… e afinal como vamos viver quando tivermos que viver como adultos?
21 anos: é a primeira metade do ciclo de Urano e o terceiro quarto do de Saturno. É altura de ganhar alguma responsabilidade. Já definimos o que queremos e vamos lutar por isso.
24 anos: termina o segundo ciclo de Júpiter. O desejo de autonomia é maior do que tudo. Queremos dominar tudo no meio profissional e Júpiter ajuda-nos ainda a encontrar uma aliança e influencia uma possível casamento.
28 anos: termina o primeiro ciclo de Saturno. Tudo está mais estável na vida. Ainda assim há necessidade de resolver o que não ficou esclarecido. Podem surgir novos planos.
36 anos: é mais um quarto do ciclo de Saturno e o terceiro grande ciclo de Júpiter. Somos maiores e vacinados e sabemos que caminho queremos seguir. Não há margens para dúvidas e relativamente a casamentos ou vai ou racha. Há que ponderar os pós e contras das relações.
42 anos: coincidem quartos de ciclos de Saturno e de Urano e o resultado é que podem surgir enormes mudanças. Há quem abandone tudo e comece tudo de novo. Há também vontade de viver a paixão proibida….
49 anos: coincidem os quartos ciclo de Saturno e de Júpiter. Tudo motiva a mudança. Não uma mudança da noite para o dia mas sim algo mais relacionado com o desenvolvimento pessoal e na melhoria da qualidade de vida.
58 anos: termina o segundo ciclo de Saturno. Basicamente, esta é a última oportunidade para acabar com o que é indesejável e centrar atenções no que é essencial.
60 anos: termina o quinto ciclo de Júpiter. Como já nos livrámos do que não queríamos mais, chega a altura de pedirmos o que queremos mais. Muita gente sente-se mais livre e solta na terceira idade. Sentem o seu deve ler e viajar.
64 anos: coincidem mais um quarto dos ciclos de Urano e de Saturno e o resultado é: fazer o que nos vem à cabeça. Se a maior influência for de Urano queremos fazer coisas anteriormente impensáveis; se for de Saturno optaremos pelos chinelos.
72 anos: coincidem mais um ciclo de Júpiter e outro de Saturno. Reflectimos, temos sabedoria e viajamos pelas experiências de vida. É tempo de nos recolhermos.
82 anos: coincidem o maior ciclo de Urano e um quarto do de Neptuno. Sentimos a preparação para a nova vida. É como que um sentido de dever cumprido e de partida livre.

Poltergeist_(do alemão polter, que significa ruído, e geist, que significa espírito) é um tipo de evento sobrenatural que se manifesta deslocando objetos e fazendo ruídos.
Acredita-se que o foco dessa perturbação é muitas vezes uma criança na fase da puberdade, em geral do sexo feminino. O evento caracteriza-se por estar relacionado a um indivíduo e por ter curta duração. Difere da chamada assombração, que pode-se estender por anos, sempre associada a uma área, geralmente uma casa.
No fenômeno poltergeist um espírito perturbado usa o indíviduo para se manifestar, às vezes de forma agressiva, fazendo objetos como pedras, por exemplo, voarem pelos ares atingindo objetos e outras pessoas. Para a manifestação desse espírito, segundo a literatura espírita, é necessária a presença de um médium de efeitos físicos, ainda que seja completamente alheio à sua faculdade, para que os fenômenos ocorram.
Há casos famosos na literatura parapsicológica, como o da família Lutz que, em 1976, foi atormentada por entidades inferiores durante os 27 dias que viveram em uma casa na pequena cidade de Amityville, nos Estados Unidos da América, que passaria às telas de cinema com o nome de Horror em Amityville. Um dos integrantes da família, George Lutz afirmou que durante a noite ouvia o ruido de uma banda marcial tocando na sua sala de estar, evento só constatado por ele.

Porfírio_foi um filósofo neoplatônico e um dos mais importantes discípulos de Plotino, responsável por organizar e publicar 54 tratados do mestre na obra As Enéadas, composta por seis livros. Escreveu ainda uma biografia de Plotino (A Vida de Plotino) e comentários à obras de Platão e Aristóteles. Seu livro Introductio in Praedicamenta foi traduzida para o latim por Boécio e transformou-se num texto padrão nas escolas e universidades medievais, possibilitando desenvolvimentos na filosofia, teologia e lógica durante a Idade Média.

Prana_Na Teosofia é preferida à denominação Prâna (ou Pranan, em sânscrito: pra, antes; mais a raiz verbal an, respirar, viver) para designar o 3º princípio na constituição setenária do Homem. Prâna representa a energia psíquica, vital, que mantém o corpo físico funcionando (o corpo físico também é chamado corpo denso ou Sthula Sharira).
Na literatura rosacruciana de Max Heindel, fundador da Rosacruz, aceitam uma constituição tríplice do Homem, e neste caso usam a expressão corpo vital. Assim, diz-se que o homem é um Espírito tríplice, possuindo uma mente que governa o tríplice corpo. Assim, o Espírito Divino emana de si o corpo denso extraindo como alimento a Alma consciente; o Espírito de Vida emana de si o corpo vital, extraindo como alimento a Alma intelectual; e finalmente, o Espírito Humano emana de si o corpo de desejos, extraindo como alimento a Alma Emocional. Segundo esta mesma corrente, diz-se que o corpo vital é de uma densidade inferior à do gás, denominada "éter" que envolve os corpos de todos os seres vivos, e que possibilita a essas formas todo o metabolismo de vida.
O corpo vital seria composto por éteres de quatro densidades, a saber:
Éter químico - responsável pelo funcionamento de todo o metabolismo físico das atividades orgânicas vitais: digestão, excreção, respiração, etc.
Éter de vida - responsável pelo funcionamento da função reprodutora: produção de esperma, ovulação, etc.
Éter luminoso - responsável pelo funcionamento das funções de relação: visão, audição, fonação, etc.
É plenamente desenvolvido apenas nos cordados, e ausente nas plantas e fungos. Éter refletor - responsável pelas funções da memória, do raciocínio, e da imaginação. É plenamente desenvolvido apenas no homem, existindo ainda em estado rudimentar em alguns mamíferos.
O corpo vital (Prâna na teosofia) é, de acordo com Max Heindel, equivalente ao duplo etérico (Linga Sharira na teosofia), pois este autor refere que o corpo etérico ou vital é divisível pelo indivíduo de forma voluntária-consciente-positiva (no caso de um "Auxiliar Invisível") ou de forma involuntária-inconsciente-negativa (no caso de "Medium"), em duas partes, cada uma das quais com dois etéres. A designação de "corpo vital", segundo Heindel, deve-se ao facto de o éter ser o meio de ingresso da força vital do Sol e das agências na natureza que promovem actividades vitais com o assimilação, o crescimento e a propagação. É uma contraparte ou matriz do corpo físico, molécula por molécula e orgão por órgão, com uma excepção: é do sexo oposto, significando Polaridade. À visão clarividente este corpo é ligeiramente mais largo, estendendo-se cerca de quatro centímetros para além da periferia do corpo físico. Além disto, outras correntes rosacruzes, como é o caso da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, preferem propor uma constituição humana formada por três princípios: Corpo, alma e espírito. Interessante observar que esta constituição tríplice do Homem também é aceita pela Igreja Católica.

Precognição_é uma percepção extra-sensorial na qual o indivíduo percebe uma informação sobre um futuro local ou evento antes dele acontecer. Pré-cognição segundo a doutrina espírita é a visão de um fato que ocorrerá num futuro próximo ou remoto. É a clarividência no tempo onde algumas pessoas possuem a faculdade de se colocar numa espécie de “ângulo temporal”, isto é, em um momento entre dois acontecimentos onde sua percepção pode abarcar o que ainda ocorrerá em nosso futuro, lembrando que no plano espiritual o conceito de tempo é diferente. As causas passadas ou presentes projetam, no futuro, seus efeitos, aos quais permanecem ligadas, de forma que, colocando o vidente fora dessa linha de ligação entre dois pontos, pode abrangê-los de extremo a extremo. É também chamada de premonição ou pré-ciência.

Premonição_O termo premonição ou sonhos premonitórios é utilizado para designar a suposta ocorrência de "avisos" sobre acontecimentos futuros, freqüentemente associados a fatos calamitosos em natureza. As informações são recebidas via experiência mediúnica individual ou através dos sonhos. Mesmo sendo uma informação "empírica", portanto factível de comprovação o fenômeno chega a ser visto com bons olhos pelas pessoas. Os indivíduos que afirmam ter tido premonições normalmente dizem que a experiência ocorreu durante um sonho. As experiências podem variar em natureza, com tendências a ser um forte sentimento ou convicção de que algo ocorrerá a visões mediúnicas sobre os acontecimentos estando em estado de plena vigília e plena consciência. Estas visões normalmente são imagens capazes de aflorarem quando o ser humano está num estado de choque consciencial, .
As informações a respeito deste tipo de acontecimento são relatadas sobre Abraham Lincoln e o sonho profético (premonitório) a respeito de sua morte e enterro, que ele relatou tanto para o seu guarda-costas como para sua esposa, poucas horas antes do seu assassinato.
Outro exemplo famoso é sobre o Titanic. Algumas pessoas disseram ter tido sonhos ruins ou com possíveis "avisos" de que algum acontecimento desastroso ocorreria durante a viagem. As premonições não são necessariamente o resultado de algo paranormal nem sobrenatural; é possível que a mente humana seja capaz de uma façanha extraordinária de raciocínio produzir uma vista exata do futuro. Várias idéias apóiam o sentido deste pensamento ou noção.
No oriente, o livre acesso "para fora da condição temporal" pode ser conseguido pelos "yogues", acessando o que dizem ser os "registros Akáshicos". É sabido que os autistas são capazes de executarem façanhas surpreendentes sem esforço aparente, apenas utilizando as habilidades mentais.
Na sabedoria popular é comum dizer que: "se dormimos pensando em um problema freqüentemente resulta em acordar com a solução".
A mente humana está plena de informação, experiência e conhecimento a respeito do mundo.
Se a mente é capaz de tal cálculo, então há provavelmente um meio de aumentar esta capacidade. A concentração durante um trabalho pode ser alcançada com eficiência caso seja possível excluir todos os pensamentos e idéias alheias ao assunto, incluindo chamados e advertências. O que é necessário é um estado de associação livre, onde a mente se concentre em um tema qualquer em particular, mas permanecendo livre para considerar idéias casuais. As poucas pessoas que informaram sobre os sonhos e experiências premonitórias relataram que as "premonições" ocorrem em intervalos de alguns meses, e que vêm a mente inesperadamente, de forma espontânea.

Psicocinesia_ Psicocinesia, telecinesia ou PK é uma faculdade extra-sensorial na qual a mente atua diretamente sobre a matéria através de meios invisíveis, sem contato físico. Dito em forma mais sucinta, PK é a interação mental direta com objetos físicos, animados ou inanimados. O termo psicocinesia é derivado das palavras gregas “psyché” (alma) e “kinein” (mover).
Exemplos básicos de PK são: movimentação de objetos, deformação de metais e interferência no resultado de eventos. Alguns diferenciam a psicocinesia da telecinesia, onde telecinesia implicaria em deslocamento e movimentação de objetos, enquanto a psicocinesia se referiria a efeitos sobre organismos, mas sem deslocamento ou movimento. No primeiro caso, teríamos um copo que se movimenta. No segundo caso, teríamos uma "cura" ou uma planta que murcha. Ambos os fenômenos, contudo, decorrem da ação da mente sobre a matéria.
Ocorrências de PK vêm sendo registradas desde a antiguidade e incluem levitações, curas miraculosas, luminosidades, aportes e outros fenômenos físicos atribuídos a santos e magos em todo o mundo antigo.
Manifestações de PK são relatadas no espiritismo que surgiu em meados do século 19 na forma de materializações e desmaterializações, aportes, levitações e tiptologia (ruídos, pancadas, batidas). Ao médium Daniel Douglas Holmes, atribuiu-se o poder de levitar e segurar carvões em brasa nas suas mãos, sem sofrer queimaduras. Nessa mesma época havia relatos míticos de “pessoas elétricas” que atraiam facas e garfos que grudavam à sua pele, e que com um leve toque podiam mandar um móvel voando através de um quarto.
Já no século 20, a partir da década de 1930, o interesse em PK cresceu aceleradamente até tornar-se um das áreas de pesquisa parapsicológica de crescimento mais rápido, principalmente nos EUA e Rússia.
O parapsicólogo norte-americano Joseph Banks Rhine da Duke University na Carolina do Norte, iniciou a condução de experimentos de PK em 1934 com um jogador paranormal que alegava ser capaz de influenciar o lançamento de dados, forçando o sorteio de determinados números ou combinações numéricas. Os primeiros resultados experimentais mostraram resultados muito além das probabilidades do mero acaso, porém dados posteriores produziram resultados desiguais, e nunca foram repetidos por outros pesquisadores.
As pesquisas de Rhine marcaram o começo de uma nova era em experimentação de PK. Antes de 1940, a maioria das observações de PK ocorriam através de médiuns em sessões espíritas conduzidas em salas escuras. Era difícil estabelecer controles científicos nesses ambientes e houve inúmeras comprovações de fraudes. O mágico Harry Houdini destacou-se como o mais famoso desmascarador de médiuns fraudulentos.
Posteriormente a Rhine, a experimentação em PK abriu-se em duas vertentes: macro-PK ou eventos observáveis, e micro-PK de efeitos fracos e leves, não observáveis a olho nu, e requerendo avaliação estatística. Na medida em que os experimentos de macro-PK foram sendo contestados (devido a procedimentos desleixados, falhas metodológicas, problemas de análise estatística, distorção de dados, irrepetibilidade e fraudes), maior ênfase foi sendo deslocada para a micro-PK.
Lá pelo fim da década de 1960 um novo método para testar micro-PK foi desenvolvido pelo físico norte-americano Helmut Schmidt. Seu aparelho gerador de números aleatórios operava com base no decaimento de partículas radioativas, totalmente ao acaso, sem interferência de temperatura, pressão, eletricidade, magnetismo ou reações químicas. Nos experimentos, um paranormal era solicitado a utilizar sua energia mental para influenciar os resultados de modo a obter caras ou coroas, que eram comparadas com lâmpadas no aparelho que acendiam numa direção ou noutra. Alguns paranormais submetidos à teste pareciam influenciar com sucesso o sorteio das moedas. Esse aparelho concebido por Schmidt tornou-se o protótipo dos modernos geradores de números aleatórios e técnicas computadorizadas que desde então vêm desempenhando um papel importante na pesquisa de PK.
Entre as mais notáveis demonstrações de macro-PK ressalta o atualmente denominado “Efeito Geller”. Foi no decorrer da década de 1960 que o paranormal israelense Uri Geller assombrou milhões de telespectadores ao redor do mundo com seus efeitos de entortamento de chaves, colheres e garfos. Porém Geller não foi capaz de duplicar seus feitos extraordinários em condições de laboratório, quando submetido a experimentos científicos rigidamente controlados. Críticos, principalmente ilusionistas profissionais (Randi e outros), afirmam que Geller usava truques de ilusionismo comprovados através de observação visual e gravação em videoteipe.
Em 1968, os russos revelaram ao mundo sua mais famosa paranormal de PK: uma dona de casa de Leningrado, Nina Kulagina, nascida em meados da década de 1920, demonstrou suas habilidades a cientistas ocidentais que observaram os movimentos de objetos dos mais diversos tipos e tamanhos e impressão de imagens em filme fotográfico. Ela também exercia efeito PK sobre o coração de uma rã, retirado do corpo do animal. Kulagina foi também fotografada aparentemente levitando objetos.
Quanto às condições sob as quais Nina Kulagina operava, estavam longe do mínimo aceitável em termos de controles científicos básicos. Testes eram freqüentemente realizadas em sua casa ou em quartos de hotel e nunca nenhum controle rígido lhe foi aplicado devido ao fato de que uma demonstração sua poderia requerer várias horas de concentração prévia, e mesmo assim não havia nenhuma garantia de sucesso. Infelizmente, nenhum especialista em prestidigitação esteve presente às demonstrações de Kulagina.
Outros tipos de PK têm sido estudados mas são vistos com grande ceticismo. Um desses tipos é a atividade “poltergeist” onde fatos extraordinários acontecem: móveis se movendo, portas se abrindo, luzes piscando, objetos voando, etc. Praticamente todos os casos de “poltergeist” quando investigados seriamente e em profundidade revelaram-se produtos de simulação e fraude onde os fenômenos extraordinários são provocados geralmente por uma criança ou adolescente com distúrbios psicológicos, querendo chamar a atenção sobre sua pessoa. Há testemunhos visuais e provas em fotografia e vídeo documentando essas fraudes.
Um outro tipo de atividade tida como PK está associada à morte, perigo iminente ou crise emocional. Em tais incidentes as pessoas relatam a queda de quadros afixados nas paredes, relógios que param subitamente, relógios parados que voltam a funcionar e estilhaçamento de copos. As pessoas atribuem esses incidentes à morte de um parente ou amigo íntimo ou alguma crise emocional severa.
A pesquisa de PK está sendo conduzida atualmente nas áreas de meditação e outros estados de consciência alterada. Experimentos estão também sendo conduzidos para determinar a existência de PK retroativa, ou “retro-PK” na qual um paranormal tenta influenciar um evento, como por exemplo uma seqüência de números produzida por um gerador de números aleatórios, já depois que o evento aconteceu.
Embora PK não seja aceita pela comunidade científica em geral, muitos parapsicólogos acreditam que sua existência já foi comprovada em experimentos científicos bem controlados. Mas até este ponto, a Parapsicologia ainda não conseguiu atingir seu objetivo fundamental que é o de estabelecer as relações entre as faculdades paranormais e as outras faculdades da mente. Outra grande limitação da Parapsicologia é a ausência de uma teoria satisfatória e abrangente para os fenômenos paranormais.

Psicodélico_é uma manifestação da mente que produz efeitos profundos sobre a experiência consciente. A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de aspectos da mente anteriormente desconhecidos ou pela exuberância criativa livre de obstáculos, estado psicodélico é um conjunto de experiências estimuladas pela privação sensorial, bem como por substâncias psicodélicas (daí a associação com o efeito de algumas drogas/medicamentos). Essas experiências incluem alucinações, mudanças de percepção, sinestesia, estados alterados de consciência e psicose.

Psicometria_A psicometria é um ramo especializado da psicologia que se dedica ao estudo e elaboração dos testes de avaliação psicológica e ao desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos estatísticos e de outros processos matemáticos à psicologia.
Desde sempre que se constata diferenças individuais entre as pessoas, quer do ponto de vista intelectual, quer de aptidão, de personalidade ou a outros níveis. Contudo, só desde o século passado é que tais diferenças foram estudadas e analisadas através da sua medição.
Foi o cientista britânico Sir Francis Galton (1822-1911) que colocou pela primeira vez o problema da medição das diferenças individuais, elaborando determinadas provas que podem ser consideradas como os primeiros testes.
Alfred Binet (1857-1911), psicólogo francês, elaborou em 1905 a primeira escala de inteligência (conhecida por escala métrica de Binet-Simon, seu colaborador). Nos estudos que levou a cabo a aplicação desta escala a crianças, Binet estabeleceu dois conceitos fundamentais: idade cronológica (idade da vida de um indivíduo, desde o até um tempo determinado) e idade mental (nível de desenvolvimento mental que pode ser inferior, igual ou superior à idade cronológica). Foi com base nestes dois conceitos que William Stern, psicólogo e filósofo alemão, estabeleceu um outro conceito: o do quociente intelectual (habitualmente conhecido por Q.I. e que se obtém dividindo a idade mental pela idade cronológica e multiplicando por 100).
Um teste mental é um instrumento de trabalho com vista a medir realidades de ordem psicológica ou, por outras palavras, é uma situação experimental que serve de estímulo a um comportamento que se pretende medir. O comportamento num teste realizado por um indivíduo é avaliado através de uma comparação estatística com o de outros indivíduos colocados na mesma situação.
Os testes psicológicos devem obedecer a três características: sensibilidade, que é o poder de classificação de um teste (por exemplo, um teste de conhecimentos onde todos tirem boas ou más notas não é um teste que classifica bem e, portanto, é um teste pouco sensível); validade, que é a qualidade que um teste tem de medir aquilo a que se destina (por exemplo, bons resultados num teste numérico deverá permitir a previsão de bons resultados no estudo da matemática); e deve obedecer à característica de fidelidade, que é a qualidade que faz com que um mesmo teste aplicado duas vezes ao mesmo indivíduo dê resultados idênticos.
Existe uma imensidão de tipos de testes. De acordo com o que pretendem medir (avaliar) os testes dividem-se em: testes de inteligência (destinados a medir o nível de inteligência das crianças ou dos adultos); de personalidade (pretendem caracterizar a personalidade de uma pessoa, ou seja, dizer-nos os seus traços principais); de aptidão (destinados a medir a aptidão que determinados indivíduos têm para executar determinadas tarefas como, por exemplo, tarefas de mecânica); e em questionários de interesses (sobretudo usados na orientação escolar e profissional).

Ptolomeu _ Ptolomeu nasceu na cidade de Ptolomais, à beira do rio Nilo, 200 anos DC. Ele foi o último astrólogo. Não era parente dos reis do Egito com o mesmo nome. Ele defendeu o mundo geocêntrico (a Terra como centro do universo).

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