15 julho, 2008

Feitiçaria Moderna

Introdução


A Arte da Feitiçaria Moderna é uma religião de natureza xamanística, positiva, com duas deidades reverenciadas e adoradas em seus ritos: a Deusa e seu consorte, o Deus Chifrudo.
Seus nomes variam de uma
tradição para outra, e algumas delas usam nomes de deidades diferentes, tanto em seus graus mais elevados como nos inferiores.

Freqüentemente, inclui a prática de várias formas de magia e
ritos para harmonização pessoal com o ritmo natural das forças da vida marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano.

Em termos simples, é uma religião positiva, baseada na natureza, que prega o amor fraterno e a harmonia, e o respeito por todas as formas de vida. É muito semelhante à espiritualidade dos nativos americanos. Suas origens estão no início do desenvolvimento humano da religião: deidades animistas gradualmente assumem uma nova definição, transformando-se em Deus ou Deusa de toda a
Natureza.

Esse Deus ou essa Deusa — sob nomes diferentes em épocas e locais diferentes — podem ser encontrados em quase todos os sistemas religiosos históricos do mundo.
O
Paganismo não se opõe e nem nega qualquer outra religião. Ele é, simplesmente, uma fé pré-cristã.
A maioria dos Pagãos parece concordar com várias dessas crenças comumente sustentadas:

(1) “A divindade é imanente ou interna, bem”. Como transcendente ou externa. Isso é expresso com freqüência nas frases Tu és Deus e Tu és Deusa.
(2) A divindade costuma manifestar-se sob a forma feminina, o que resultou num grande número de mulheres atraídas para a fé.

(3) Uma multiplicidade de deuses e deusas, como deidades individuais ou como Facetas de um ou de alguns arquétipos, originou sistemas de lógica de valores múltiplos e aumentou a tolerância em relação às outras religiões.

(4) O respeito e o amor pela Natureza como algo divino por direito próprio faz da conscientização ecológica e dessa atividade uma obrigação religiosa.

(5) Descontentamento com as organizações religiosas monolíticas e desconfiança de supostos messias e gurus. Isso dificulta a organização entre os Pagãos, mesmo "para o seu próprio bem”, e leva a mutações constantes e ao crescimento do movimento.

(6) A convicção de que os seres humanos foram feitos para viver vidas repletas de alegria, amor, prazer e humor. Os conceitos ocidentais tradicionais de pecado, culpa e retribuição divina é vistos como uma interpretação errada das experiências naturais de crescimento.

(7) Um simples conjunto de ética e de moralidade para evitar prejudicar outras pessoas. Uns ampliam esse conceito para alguns ou todos os seres vivos e o planeta como um todo.

(8) O conhecimento de que, com treinamento e intenção apropriados, as mentes e os corações humanos são totalmente capazes de realizar toda magia e milagres de que, provavelmente, necessitarão por meio do uso dos poderes psíquicos naturais que todos possuem.

(9) A importância da conscientização e celebração dos ciclos solar e lunar e também de outros em nossas vidas. Isso provocou uma investigação e a renovação de vários costumes antigos, e, também, uma pesquisa sobre alguns novos.

(10) O mínimo de dogma e o máximo de ecletismo. Isso significa que os Pagãos relutam em aceitar qualquer idéia sem uma investigação pessoal e que desejam adotar e usar qualquer conceito que considerem útil, independente da sua origem.
(11) Uma grande fé na capacidade das pessoas de resolverem seus próprios problemas atuais em todos os níveis, públicos e particulares. Isso conduz a...

(12) Um total compromisso com o crescimento, evolução e equilíbrio pessoais e universais. Espera-se que os Pagãos realizem esforços intermitentes nessas direções.
(13) Crença em que cada um pode progredir para atingir esse crescimento, essa evolução e esse equilíbrio mediante alteração cuidadosamente planejada da sua consciência, utilizando tanto os métodos antigos como os atuais para auxiliar em concentração, meditação, reprogramação e êxtase.

(14) O conhecimento de que a interdependência humana implica uma cooperação de comunidade. Encorajam-se os Pagãos a utilizarem seus talentos para se ajudarem ativamente e também à comunidade.

(15) A conscientização de que, se quiserem atingir qualquer um de seus ideais, deverão praticar o que pregam. Isso os leva a observarem e adotarem um estilo de vida consistente com as crenças naquilo que proclamam.

(Extraído de um panfleto distribuído, intitulado O Que, em Nome dos Céus, Está Acontecendo Aqui? Copyright 1989 do Centro de Religião Não-Tradidonal, usado com autorização. Para mais informação, consulte o título Panegyria, na página 193, no capítulo sobre Publicações Pagãs)


A Bruxaria é formada de várias tradições, como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tâniea, Georgiana, Tradicionalista ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes uns dos outros, todas se apóiam nos princípios comuns da lei da Arte.

O dogma principal é um código moral simples:


SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE SUA VONTADE.


Ou, em outras palavras, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém — nem você mesmo.
A Lei Tripla é uma lei cármica de retribuição tripla que se aplica sempre que você faz alguma coisa boa ou má.

Como a Bruxaria é orientada para a Natureza, a maioria do seus membros está envolvida de uma maneira ou de outra com o movimento ecológico e com as reivindicações ambientais atuais.

Não aceitamos o conceito arbitrário do pecado original ou do mal absoluto, e não acreditam num Céu ou num Inferno, mas somente naqueles que são as suas criações próprias.




Respeitam todas as outras religiões positivas e acham que a pessoa deve ouvir o "chamado da Deusa" e desejar verdadeiramente, dentro de seu coração, sem qualquer influência externa ou proselitismo.
Muitas Bruxas usam um ou mais nomes secretos . Um nome bem escolhido vibra com o indivíduo e o une diretamente à Arte.

Muitos de nós trabalhamos juntos em pequenos grupos que são chamados de covens. Um coven é dirigido pela Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote, e reúne-se para adorar a Deusa, realizar trabalhos mágicos e cerimônias nos Sabás e Esbás.


Os que trabalham por si só, tanto por escolha pessoal como por circunstâncias, são chamados de bruxos solitários.




A Deusa é conhecida por vários nomes diferentes. Ela é chamada freqüentemente de Diana, Cerridwen, Freya, Ísis, Isthar, a Senhora ou qualquer outro nome que o coven escolher para usar ou que uma Bruxa sinta que corresponde à sua própria visão.


A Deusa é um princípio feminino. Ela representa a fertilidade, a criação, os poderes regeneradores da Natureza, e a sabedoria. Seu símbolo é a Lua, na Sua fase de lua nova. Ela é a Virgem; na lua cheia, é a Mãe; e, na Sua fase minguante, é a Anciã.


O Deus Chifrudo é uma deidade fálica da fertilidade e da criatividade intelectual que simboliza os poderes dos crescentes lunares do quarto crescente e do quarto minguante. Geralmente é representado como um homem hirsuto, barbado, com os cascos e os chifres de um bode. É o deus da Natureza e a contraparte masculina da imagem da Deusa. Na época primitiva, era adorado como o Deus Chifrudo da Caça.
Como a Deusa, o
Deus Chifrudo é também conhecido por vários nomes diferentes. Em algumas tradições, é chamado de Cenunnos, que é o nome latino para "o Chifrudo". Em outras, é conhecido como Pan, Osíris e outros intocáveis nomes.
O culto à Deusa e ao Deus Chifrudo simboliza a crença de que tudo que existe no universo está dividido em dois opostos: feminino e masculino, negativo e positivo, luz e trevas, vida e morte, yin e yang — o equilíbrio da Natureza.


Em certas tradições, a Deusa é adorada durante os Sabás da Primavera e do Verão, pois simboliza a fertilidade da terra na época do crescimento, e o Deus Chifrudo, durante os Sabás do Outono e do Inverno, pois representa a metade escura do ano.
Outras tradições adoram a Deusa em Seus vários aspectos durante todo o ano e observam o nascimento (na verdade o renascimento) do Deus Chifrudo no Sabá do Solstício de Inverno; Seu crescimento, puberdade e maturidade, durante, respectivamente, os Sabás da Primavera, do Verão e do Outono; e a Sua morte, no
Sabá Samhaim.
Após a morte, diz-se que Seu espírito retorna ao ventre divino da Deusa Mãe até o Soistício de Inverno seguinte, quando, mais uma vez, renasce.
Esse antigo eido mítico de nascimento-morte-renascimento se repete a cada ano.
O Deus Chifrudo tem sido adorado desde os tempos antigos em quase todas as culturas; entretanto, a
Igreja Católica Romana, numa tentativa de erradicar a adoração do antigo deus pagão da caça e da fertilidade, perverteu em seu símbolo do mal e o chamou de Diabo.




Como a História claramente comprova, era comum o fato de os deuses e deusas de uma religião serem transformados em diabos e demônios da seguinte. Sem dúvida alguma este foi o caso da Religião Antiga e do cristianismo.
Infelizmente, como resultado das concepções deliberadamente erradas, popularizadas pelo domínio cristão, dos meios de comunicação atuais, dos filmes de horror, das conferências e outros eventos, muitas pessoas mal-informadas e que não estão familiarizadas com as práticas atuais e a filosofia da Bruxaria acredita que todos os Bruxos são maus.


Isso é um absurdo, e, de forma alguma, é verdadeiro!









(É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos.)

Os Bruxos (junto com um número incalculável de homens, mulheres e crianças inocentes) foram perseguidos, brutalmente torturados, muitas vezes sexualmente violados ou molestados e, então, executados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que o seu deus era um deus de amor e compaixão.

A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541 e, em 1604, foi adotada uma lei que decretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos.

Quarenta anos mais tarde, as 13 colônias na América decretaram também a pena de morte para o "crime" de Bruxaria. No final do século 17, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga viviam escondidos, e a Bruxaria tomou-se uma religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levado à morte na Europa e mais de 30 condenadas em Salem, Massachusetts, em nome do cristianismo.

Embora os infames julgamentos das Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem-documentados da história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connectieut, em 1647, 45 anos antes que a histeria contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem. Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1662.

O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa, a fogueira. Outros métodos incluíam a prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.
Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo, e, somente após as leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.


A LIBERAÇÃO DOS BRUXOS

O estereótipo da Bruxa — uma velha feia, voando numa vassoura, que come criancinhas e transforma pessoas em sapos por meio da magia negra — é uma imagem extremamente negativa, cujos responsáveis foram muitas histórias infantis e filmes de horror de Hollywood.
Muitos Bruxos se cansaram e se zangaram com esses estereótipos degradantes e lutaram contra a difamação deles e da Arte, revelando-se em público, proferindo conferências, escrevendo livros e protestando contra os filmes, programas de televisão, livros e outros instrumentos que os retraíam de maneira negativa e reforçam essas imagens estereotipadas.
Muitos de nós estamos batalhando legalmente pêlos seus direitos constitucionais, levando aos Tribunais vários casos de discriminação e difamação religiosa.
Existem casos isolados de violência física, e, em muitas partes do mundo, ainda é considerado atentado à lei um indivíduo praticar magia, adivinhação e previsão.
A NOVA ERA

Chegou o momento de todos nós!
Orgulhem-se!
Fiquem felizes!
Sejam fortes!
Alegrem-se de ter coragem de seguir um caminho diferente de todos os outros do mundo. Sintam-se confortados com a certeza de que vocês não estão sós. O mais importante é que não tenham medo de levantar e lutar por seus direitos constitucionais e por suas crenças religiosas. Vocês são seres humanos com o direito legal de adorar a Deusa e o Deus de sua escolha.
Abençoadas sejam as crianças da nova era que se aproxima, pois tudo que foi criado pelas mãos da Deusa será delas por toda a eternidade.

Os oito Sabás, celebrados a cada ano pêlos covens dos Bruxos e pêlos Bruxos Solitários, são belas cerimônias religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações do ano.
Os Sabás, também conhecidos como a "
Grande Roda Solar do Ano" e "Mandala da Natureza", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob vários nomes e aparecem com freqüência na mitologia.
Os quatros Sabás principais correspondem ao antigo ano gaélico e são chamados de Candlemas, Beltane, Lammas e Samhaim.
Os quatro menores são Equinócio da Primavera, Solstício de Verão, Equinócio do Outono e Solstício de Inverno.
O Sabá, infelizmente, tem sido confundido também com a "Missa Negra" Satânica ou "Sabá Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que é decorrente de séculos de propaganda antipagã da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dos escritores desde a Idade Média.
Os Sabás são simplesmente uma ocasião em que os Bruxos celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se com alimentes pagãos e honram as deidades da Religião Antiga — principalmente a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Chifrudo.

Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabá é o de Erigida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.

A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria, e, no México, ela corresponde ao Ano-Novo Asteca.

O Sabá do Equinócio de Primavera é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos — um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.
Os aspectos da Deusa, invocados nesse Sabá, são
Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela igreja na páscoa, que celebra a ressurreição de jesus cristo.
A páscoa só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.
Até hoje, o domingo de páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera.
A páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeros características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de páscoa e o coelho.
Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos.
A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite.

O Sabá Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu consorte, o Deus Chifrudo, sendo também um festival de fertilidade. Beltane celebra também o retormo do sol, e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original.
É baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores.
Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.
No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Taurus, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio.
Beltane inicia-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de 1º de maio para iluminar o caminho para o Verão. Realiza-se o ritual do Sabá em honra à
Deusa e ao Deus, seguido da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos elementais, e os membros dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em tomo do Mastro (símbolo fálico da fertilidade).
Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus Chifrudo.
A alegria e o divertimento costumam estender-se até a primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1º orvalho da manhã é coletada das flores e da grama para ser usado em porções místicas de boa sorte.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane.
Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabá.

O Solstício de Verão marca o dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo na
Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício de Verão, os dias se tomam visivelmente mais curtos.
Em certas tradições, o Solstício de Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente.
O Solstício de Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. É o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte das varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia são também extremamente potentes na Véspera do Solstício de Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Solstício de Verão são vegetais frescos, frutas, pão de centeio integral e hidromel.

Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabá (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da
fertilidade da terra) e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e seu consorte, o Deus Chifrudo.
Lammas era originalmente celebrado pêlos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam
Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.
A confecção de bonecas de milho é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabá. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabá para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. É costume, em cada Lammas, fazer uma nova boneca de milho e queimar a anterior para dar boa sorte.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro.

O Sabá do Equinócio do Outono é o segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.
Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotisa e pêlos Sacerdotes dos covens.
Muitas tradições realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono.
De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio do Outono, Hades encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem, que instantaneamente se apaixonou por ela.
Agar roubou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo.
A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram.
Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retomo de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Equinócio do do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães nozes, vegetais, maçãs, raízes, cidra e romãs.

Samhaim (pronunciado "sou-en") é o mais importante dos oito Sabás dos Bruxos. Como Halloween, é um dos mais conhecidos de todos os Sabás fora da comunidade e o mais mal-interpretado e temido.
Samhaim celebra o final do Verão, governado pela Deusa, e marca a chegada do Inverno, governado pelo Deus. (O nome
Samhaim significa "Final do Verão".)
Samhaim é também o antigo Ano-Novo celta/druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos. É o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retomavam para passear entre os vivos.
A noite de Samhaim é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.
A versão cristã do Samhaim é o dia de todos os santos (3 de novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século 7, para substituir o festival pagão. O dia dos mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela igreja católica romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.

Um antigo costume de Samhaim na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro antigo costume de Samhaim era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
Era no Samhaim que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte.
Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhaim e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá Samhaim são maças, tortas de abóbora, avelãs. Bolos para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.

O Sabá do Solstício de Inverno é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de escuridão. É o festival do renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus. São também celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que passou. Nesse Sabá os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus Chifrudo renascido que governa a "metade escura do ano".
Nos tempos antigos, o Solstício de Inverno correspondia à Satumália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.
Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho.
Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas gravadas com esculturas de motivos solares e outros símbolos mágicos.
Como o carvalho era considerado a Árvore Cósmica da Vida pêlos antigos druidas. Algumas tradições usam o pinheiro para simbolizar os deuses agonizantes Attis, Dionísio ou Woden.
Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da religião Antiga dos Pagãos.
O visco era considerado extremamente mágico pêlos druidas, que o chamavam de “Árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é, na verdade, um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho.
O significado fálico do visco originou-se da ideia de que seus frutos brancos eram gotas do sémen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa.
A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do natal.
Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do natal praticado na Inglaterra e conhecido como "Beber à Saúde das Árvores do Pomar".
Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do Solstício de Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agradecer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir abundantemente.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabá do Solstício de Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente com especiarias.

CANDLEMAS: manjericão, mirra e glicínia.
EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.
BELTANE: olíbano, lilás e rosa.
SOLSTÍCIO DE VERÃO: olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia.
LAMMAS: aloé, rosa e sândalo.
EQUINÓCIO DO OUTONO: benjoim, mirra e sálvia.
SAMHAIN: maçã, heliotropo, menta, noz-moseada e sálvia.
SOLSTÍCIO DE INVERNO: louro, cedro, pinho e alecrim.
CANDLEMAS: marrom, rosa, vermelha.
EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: dourada, verde, amarela.
BELTANE: verde escuro.
SOLSTÍCIO DE VERÃO: azul, verde.
LAMMAS: laranja, amarela.
EQUINÓCIO DO OUTONO: marrom, verde, laranja, amarela.
SAMHAIN: preta, laranja.
SOLSTÍCIO DE INVERNO: dourada, verde, vermelha, branca.
CANDLEMAS: ametista, granada, ônix, turquesa.
EQUINÓCIO DA PRIMAVERA: ametista, água-marinha, he-matita, jaspe vermelho.
BELTANE: esmeralda, comalina laranja, safira, quartzo rosa.
SOLSTÍCIO DE VERÃO: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
LAMMAS: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
EQUINÓCIO DO OUTONO: cornalina, lápis-lázuli, safira, ágata amarela.
SAMHAIN: todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
SOLSTÍCIO DE INVERNO: olho-de-gato e rubi.
O punhal (também conhecido como "punhal do ar") é uma faca ritualística com cabo preto e lâmina de fio duplo, tradicionalmente gravada ou cunhada com vários símbolos mágicos e/ou astrológicos.
Representa o antigo e místico elemento ar, símbolo da Força da Vida, e é usado pêlos Bruxos para traçar
círculos, exorcizar o mal e as forças negativas, controlar e banir os espíritos elementais, e guardar e diredonar a energia durante os rituais mágicos.
Utiliza-se o punhal com cabo branco somente para cortar varetas, colher ervas para magia ou para cura, esculpir a tradicional lanterna de Samhaim e gravar ninas e outros símbolos mágicos ou astrológicos ou em velas.

O sino de cristal ou de latão é freqüentemente usado pêlos Bruxos para sinalizar o início e/ou o fechamento de um ritual ou Sabá, para invocar um espírito ou deidade em particular e para despertar os membros do coven que estão em meditação. Os sinos são tocados também em vários ritos funerários para abençoar a alma do Bruxo que cruzou o reino dos mortos.

O
Livro das Sombras é o diário secreto no qual o Bruxo registra seus encantamentos, invocações, rituais, sonhos, receitas de várias poções pessoais e outros assuntos.
Um livro desse tipo pode ser mantido por um indivíduo em separado ou por todo um coven.
Quando ocorre a morte do Bruxo, o Livro das Sombras pode ser passado para seus filhos ou netos, mantido pela Alta Sacerdotisa e pelo Alto Sacerdote do coven ou queimado para proteger os segredos da Arte. Qualquer que seja a decisão tomada, ela naturalmente depende dos costumes daquela determinada tradição ou da vontade pessoal do Bruxo.

O buril é um ferro de gravar usado por muitos Bruxos para marcar ritualisticamente nomes sagrados, números, runas e vários símbolos mágicos e/ou astrológicos em seus punhais, espadas, sinos de latão do altar, joalheria metálica e outras ferramentas da magia e do ritual.

O
caldeirão é um pequeno pote escuro, de ferro fundido que combina simbolicamente as influências dos quatro antigos e místicos elementos e que representa o ventre divino da Deusa Mãe, sendo utilizado pêlos Bruxos para vários propósitos e até para ferver poções, queimar incenso e guardar carvão, flores, ervas ou outros elementos mágicos.

A
espada cerimonial representa o elemento fogo e é o símbolo da força do Bruxo. Em certas tradições, a espada cerimonial é usada no lugar do punhal de cabo preto pela Alta Sacerdotisa de um coven, para traçar e apagar o círculo.


O
cálice representa o elemento ar e é usado no altar durante os rituais mágicos e Sabás, como recipiente para a água ou o vinho consagrado.
O cálice sagrado é tradicionalmente feito de prata e decorado com vários símbolos mágicos; entretanto, muitos Bruxos modernos usam cálices feitos de latão, estanho e até de cristal.

O
pentáculo é um disco chato feito de madeira, cera, metal ou argila. Ostenta a estrela mística de cinco pontas do Bruxo (pentagrama) e é usado em cerimônias mágicas e encantamentos para representar a energia feminina e o elemento terra, para invocar e prender gnomos e também para proteger objetos consagrados, como amuletos, ervas, cristais e outros.

A vareta mágica (também conhecida como "Bastão do fogo") é um bastão fino de madeira, feito de um galho de árvore. Representa o antigo e místico elemento fogo, é símbolo da força, da vontade e do poder mágico do Bruxo que o possui. Na Magia Cerimonial, a vareta representa o elemento ar.
A vareta é usada pêlos Bruxos para invocar as
salamandras em determinados tipos de rituais, traçar círculos, desenhar símbolos mágicos no chão, direcionar a energia e mexer bebidas no caldeirão.

Os
signos do zodíaco e dos planetas são muitas vezes utilizados, assim como também os símbolos indicados em seguida:

A
Lua Crescente é um símbolo sagrado da Deusa e também um símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do crescimento abundante e dos poderes secretos da Natureza. É utilizado nas invocações à Deusa e a todas as deidades lunares, na magia da lua, nas celebrações dos Sabás e nos rituais de cura das mulheres.

O Pentagrama é dos símbolos pagãos mais poderosos e mais populares utilizados pêlos Bruxos. O pentagrama representa os quatro antigos e místicos elementos, fogo, água, ar e terra, superados pelo Espírito, o símbolo do pentagrama é geralmente desenhado com a ponta voltada para cima, a fim de simbolizar as aspirações espirituais humanas.

O Triângulo é um símbolo da manifestação finita na magia ocidental, sendo usado em rituais para invocar os espíritos quando o selo ou sinal da entidade a ser invocada está colocado no centro do triângulo.
O triângulo, equivalente ao número três, é também um símbolo sagrado da Deusa Tripla: Virgem, Mãe, Anciã. Invertido, ele representa o princípio masculino.

O Selo de Salomão é um hexagrama que consiste de dois triângulos entrelaçados, um voltado para cima, e o outro, para baixo. Simboliza a alma humana, sendo usado por vários Bruxos e Magos Cerimoniais em encantamentos e rituais que envolvem comunicação com espíritos, sabedoria, purificações e reforço de poderes psíquicos.

O Tridente é um símbolo sagrado de três falos, ostentado por qualquer deidade masculina cuja função é unir-se sexualmente à Deusa Tripla. É utilizado principalmente em Cirandes Rituais, Magia Sexual e rituais de fertilidade.

O Ankh é um antigo símbolo egípcio que lembra uma cruz com um laço no topo. Simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. Também conhecido como "Cruz Ansata", é usado por vários Bruxos contemporâneos em encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinaçào.

O Olho de Hórus é outro antigo símbolo egípcio muitas vezes utilizado na Feitiçaria moderna. Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar e lunar, e freqüentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder clarividente do Terceiro Olho.

O Pentalfa é um desenho mágico formado pela interseção de cinco letras Â. É usado por vários Bruxos e Magos Cerimoniais tanto na divinação como na conjuração de espíritos.

O Círculo (imagem altamente potente que não possui princípio e nem fim) é usado por muitos Bruxos e Neopagãos como símbolo sagrado de íoní, da energia mágica, da proteção, do infinito, da perfeição e da renovação constante.

A Suástica é um antigo símbolo religioso formado pela cruz grega com os braços em ângulos retos tanto na direçào destrógira quanto levógira. Antes de ter sido adotada e pervertida em 1935 como o emblema oficial infame da Alemanha nazista, a suástica era um símbolo sagrado de boa sorte e de saúde na Europa pré-cristã e em muitas outras culturas pagãs em todo o mundo, incluindo as orientais, egípcias e tribos nativas das Américas do Norte, Central e do Sul.
A palavra "suástica" origina-se do sânscrito svastika, que significa "um sinal de boa sorte". Existem mais de 1.200 desenhos conhecidos da suástica, e o mais antigo data do ano 12.000 aC.

Além dos mencionados, existem centenas de outros símbolos antigos, e modernos, como os de fertilidade masculina e feminina, cruzes, sinais de paz, números, flores, animais, criaturas mitológicas (dragões, fénix, unicórnio, etc.), a Árvore do Mundo e outros.

A prática da magia é de origem antiga, sendo encontrada em todo o mundo.
A magia é uma força que combina a energia psíquica com os poderes da vontade, para produzir os efeitos "sobrenaturais", provocar as respectivas mudanças e controlar os eventos na Natureza. Aumenta o fluxo de divindade e pode ser usada para propósitos construtivos assim como destrutivos.
A magia é uma força neutra que em si não é boa nem má. A direção do bem ou do mal é determinada pelo praticante. Entretanto, como o carma retoma por três vezes para todas as pessoas pêlos seus atos nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo utilizar a magia negra para causar danos a alguém.

A magia é uma ferramenta poderosa. É parte importante, embora secundária na adoração à Deusa e ao Seu consorte, o Deus Chifrudo.
Um dos elementos mais importantes na prática da magia é a sensação. É absolutamente essencial que você possua sensações fortes em relação ao que está tentando realizar para produzir o poder necessário para a realização da magia.
É também muito importante usar a visualização criativa, também conhecida como "imaginação desejada". Essa é a arte ou a capacidade mágica de imaginar os resultados finais de sua magia para fazer seus desejos se materializarem. É uma habilidade natural, concedida pela Deusa a determinadas pessoas; contudo, a maioria de nós precisa ativar e cultivar seus poderes por meio de muita prática,
exercícios de concentração e meditação. Quando estiver lançando um encantamento, concentre-se sempre profundamente e coloque na sua mente um claro quadro mental aquilo que você precisa ou deseja.
Sem a sensação e a
visualização criativa é extremamente difícil.

Você também descobrirá que os melhores resultados serão obtidos se você realizar seus próprios encantamentos e criar seus próprios amuletos, talismãs e poções, em vez de confiá-los a alguém para realizar a magia por você.
Quando fizer um encanta¬mento, você estará impregnando a magia com as suas vibrações emocionais, espirituais e psíquicas.
Use a magia de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de salão ou brincadeira. Nunca utilize qualquer forma de magia para manipular a vontade ou as emoções de outra pessoa e mantenha sempre em mente o conselho:
NÃO PREJUDIQUE NINGUÉM, FAÇAM ELES O QUE QUISEREM.

Assim como existem várias tradições diferentes dentro da Bruxaria, a magia também assume várias formas. Existe a magia cerimonial, a magia cabalística, a magia dos nativos americanos (também conhecida como xamanismo), o Vudu e muitas outras. A escolha da forma a ser praticada depende somente da preferência pessoal do Bruxo e/ou da tradição, embora vários Bruxos escolham praticar a magia folclórica de influência europeia.

Alguns Bruxos devotaram toda a sua vida ao estudo e à prática de somente uma forma de magia, enquanto outros experimentam e praticam vários tipos diferentes. Isso é questão inteiramente pessoal.
A magia é a ciência dos segredos da natureza, e, para que ela funcione apropriadamente, um Bruxo deve trabalhar sempre em perfeita harmonia com as leis da Natureza e da psique.
O banho de água com sal e a limpeza interior do corpo mediante jejum de um dia inteiro antes de realizar o ritual mágico é, muitas vezes, necessário, especialmente na magia cerimonial. Para ser capaz de produzir poder, o corpo físico deve ser mantido em condição saudável.
A
Lua e cada uma de suas fases são a parte mais essencial da magia, sendo extremamente importante que os encantamentos e os rituais sejam realizados durante a fase lunar apropriada.
A Lua crescente é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza.
A
Lua cheia aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento apropriado para realizar as invocações à Deusa lunar, os rituais de fertilidade e encantamentos que aumentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos.
A
Lua minguante é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos negativos e feitiços que retirem as maldições, para terminar maus relacionamentos, reverter encantamentos de amor e afrodisíacos, acabar com maus hábitos e diminuir febres, dores e doenças
.
Resumindo, para realizar magia bem-sucedida deve-se estar em harmonia com as leis da Natureza e com a psique. É importante possuir conhecimento mágico, corpo e mente saudáveis e capacidade de aceitar a responsabilidade pelas suas próprias ações. É impossível obter magicamente resultados positivos se o seu nível de energia estiver baixo ou se o seu corpo estiver contaminado por drogas prejudiciais e/ou quantidades excessivas de álcool. Trabalhe durante a
fase lunar apropriada, com convicção, concentração e visualização do resultado final. Esses são os segredos para a magia bem-sucedida!

PLANETAS E AS INFLUÊNCIAS DOS DIAS DA SEMANA
DOMINGO: (governado pelo Sol) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o exorcismo, a cura e a prosperidade. Cores: laranja, branco, amarelo.
Incenso: limão, olíbano.

SEGUNDA-FEIRA: (governado pela Lua) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a agricultura, os animais, a fertilidade feminina, as mensagens, as reconciliações, os roubos e as viagens. Cores: prata, branco, cinza.
Incenso: violeta-africana, madressilva, murta, salgueiro, absinto.

TERÇA-FEIRA: (governado por Marte) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a coragem, a força física, a vingança, as honras militares, a cirurgia e a quebra de encantamentos negativos. Cores: vermelho, laranja.
Incenso: sangue-de-drago.

QUARTA-FEIRA: (governado por Mercúrio) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam a comunicação, a divinação, a escrita, o conhecimento e as transações de negócios.
Cores:amarelo, cinza, violeta e todas as nuanças opales-centes.
Incenso: jasmim, lavanda, ervilha-de-cheiro.

QUINTA-FEIRA: (governado por Júpiter) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam sorte, felicidade, saúde, assuntos legais, fertilidade masculina, tesouros e riqueza.
Cores: azul, púrpura, índigo.
Incenso: canela, noz-moscada, sálvia.

SEXTA-FEIRA: (governado por Vénus) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam amor, romance, casamento, assuntos sexuais, beleza física, amizades e sociedades.
Cores: rosa, verde, verde-mar, verde-amarelado.
Incenso:morango, sândalo, rosa, açafrão, baunilha.

SÁBADO: (governado por Saturno) é o dia da semana apropriado para realizar encantamentos e rituais que envolvam o espírito de comunicação, meditação, ataque ou defesa psíquica e localização de coisas ou pessoas desaparecidas ou perdidas.
Cores: preto, cinza, índigo.
Incenso: sementes de papoula-negra, mirra.
ENCANTAÇÃO

Embora a palavra "encantação" seja freqüentemente usada em relação a um amuleto ou talismã, ela corresponde realmente a um canto ou a uma série de palavras mágicas cantadas ou recitadas como encantamento ou entoadas sobre algum amuleto ou talismã para consagrá-lo e carregá-lo de energia mágica.
O uso das encantações é comum entre os
xamãs em várias partes do mundo, especialmente na América do Sul, onde os cantos mágicos acompanham quase todos os rituais mágicos.

As encantações são geralmente usadas para impedir perigos iminentes, expulsar doenças, afastar espíritos e trazer boa sorte.
Contra-encantação é um canto, amuleto ou talismã mágico e poderoso, usado para neutralizar ou reverter os efeitos de outra encantação ou encantamento.
Amuleto é um objeto consagrado (geralmente uma pedra pequena e colorida, uma pedra preciosa ou parte de uma planta) magicamente carregado com poder para trazer amor ou boa sorte. Os amuletos, como as rezas e os talismãs, também podem ser usados para estimular a saúde, impedir os perigos e proteger contra as influências negativas, como o olho-grande.
Os amuletos para o amor são usados pêlos Bruxos como instrumentos mágicos para inspirar o amor e o romance, unir amores distanciados, atrair um cônjuge, evitar que um caso de amor se rompa e outras situações afins.
Quase tudo pode ser usado como amuleto: uma pedra preciosa, uma figura religiosa, uma raiz, uma flor ou um osso. Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como jóias, podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de casa, de um celeiro e até de um automóvel. Podem ser comprados, achados ou feitos. Podem também ser pintados ou receber inscrições de palavras mágicas ou de poder e/ou símbolos para atrair determinadas influências.
O uso de amuletos é universal em quase todas as culturas, sendo familiar aos europeus e americanos mais modernos sob a forma do pé de coelho para dar boa sorte, dos trevos de quatro folhas, das ferraduras, dos anéis com a pedra do signo e das moedas de boa sorte.
Outro tipo de amuleto é o patuá: uma bolsinha de couro, seda ou algoodão cheia de objetos mágicos, usada ou levada junto da pessoa para proteger ou para atrair deteminadas coisas.
Um patuá com
ervas mágicas, folhas, flores ou raízes é chamado de "patuá de ervas para o amor" ou "sache de Bruxo". Os usados para a magia do amor são chamados de "patuás do amor" ou "mojos".

TALISMÃS
Talismã é um objeto feito a mão, de qualquer feitio ou material, carregado de propriedades mágicas para trazer boa sorte ou fertilidade e para repelir a negatividade.
Para carregar formalmente um talismã com poder é preciso primeiro gravá-lo e depois consagrá-lo. Inscrever nele os signos solar, lunar, astrológico, a data do nascimento,
nome rúnico ou outro símbolo mágico que o personalize e lhe empreste um propósito.
O mais famoso de todos os talismãs mágicos é o triângulo que, nos tempos antigos, se acreditava possuir o poder de afastar as doenças e curar a febre quando as suas letras eram arrumadas em forma de pirâmide invertida (figura sagrada e símbolo da trindade) num pedaço de pergaminho, usado em torno do pescoço, enrolado com linho por nove dias e nove noites e, então, atirado sobre o ombro esquerdo num regato que corresse para o lesto.
Na magia de Abramelin, talismãs mágicos poderosos, conhecidos como "quadrados mágicos", são feitos de filas de números ou letras do alfabeto arrumadas de modo que as palavras possam ser lidas vertical e horizontalmente como palíndromos, e o total dos números é o mesmo quando somados em ambas as direções.
Para que um quadrado mágico de números funcione apropriadamente, devem ser incluídos números consecutivos partindo do um até que o quadrado esteja completo e, de acordo com as regras da numerologia, cada número só pode ser usado uma vez em cada quadrado.
A ervas têm sido usadas para curar o corpo desde os tempos pré-históricos, e o estudo das ervas medicinais data de mais de cinco mil anos, na época dos antigos sumerianos.
Os remédios de ervas são um sustentáculo na medicina tradicional chinesa, e o livro de ervas mais antigo de que se tem conhecimento é o chinês Pen-teüo, escrito pelo imperador Shen-nung (3737-2697 a.C.). Estão registrados nesse livro mais de 300 preparados com ervas medicinais.
Os antigos egípcios também usaram remédios de ervas, e, de acordo com um registro antigo chamado Papiro Ebers, houve perto de 2.000 doutores em ervas praticando sua arte no Egito por volta do ano 2.000 a.C.
Foram encontrados livros sobre ervas dos antigos gregos, que estudaram suas qualidades medicinais e registraram muitas observações. Segundo o filósofo grego, botânico e autor Teofrasto, mais de 300 ervas medicinais cresciam no jardim de Aristóteles.
No primeiro século da era cristã, o primeiro tratado europeu sobre as propriedades e uso medicinal das ervas foi compilado por Dioscórides, médico grego.
A cura pelas ervas foi rito importante em várias religiões pré-cristãs. Referências que se repetem aparecem até nos antigo e novo testamentos da bíblia, independente do fato de a igreja cristã primitiva ter preferido a cura pela fé à prática formal da medicina, a qual tentou proibir.
As
tribos indígenas da América do Norte utilizavam ervas tanto para curar como para a prática da magia e descobriram utilidade para quase todas as plantas nativas. Seu conhecimento inestimável de inúmeros medicamentos botânicos foi passado para os colonizadores brancos europeus nos Estados Unidos e no Canadá.
No ano de 1526, Grete Herball foi o primeiro a ter um livro sobre ervas publicado em língua inglesa. Em 1597, surgiu um dos mais famosos livros dessa era. Foi chamado de Gerardes Herball e era um trabalho de John Gerard, cirurgião e farmacêutico inglês do rei James I. Em 1640, surgiu o livro Theatrum Botanicum, de John Parkinson, seguido de outro, sobre as influências astrológicas nas ervas, de Nicholas Culpepper.
À medida que a química e outras ciências médicas rapidamente se desenvolveram, nos séculos 18 e 19, a medicina das ervas perdeu popularidade nos Estados Unidos e na Europa, cedendo lugar às drogas químicas ativas e à prática da quimioterapia.
Atualmente, testemunha-se o ressurgimento do interesse popular pelas ervas e pêlos produtos derivados, e algumas pessoas estão começando a se afastar dos medicamentos artificialmente preparados da sociedade moderna para buscar os métodos mais naturais e antigos da cura.
As ervas são naturais. Muitas podem ajudar a prevenir e a curar doenças. E, para muitas doenças, a cura da Mãe Natureza pode ser muito melhor do que as pílulas sintéticas de sabor desagradável produzidas pelo homem e que proporcionam alívio temporário dos sintomas, mas não erradicam a causa da doença.

NOTA: muitas doenças atuais precisam dos métodos atuais de tratamento. No caso de condições emocionais ou físicas crónicas ou sérias, recomenda-se algum tratamento médico profissional a ser imediatamente procurado.

Muitos apreciam plantar seus próprios jardins de ervas; entretanto, a maioria das ervas medicinais (e mágicas) pode ser obtida também em lojas de produtos naturais, floras, supermercados e até nas florestas ao longo das estradas, se você conhecer o que está procurando.

CUIDADO: muitas ervas são venenosas e podem causar doenças brandas ou graves e, em alguns casos, até a morte. Você nunca deverá tentar colher ervas selvagens para uso medicinal, a menos que seja especialista ou esteja acompanhado de um herbalista experimentado e treinado.
CULTO A ÁRVORE
O culto às árvores é a primeira forma que surgiu de religião. O culto envolvia originalmente o sacrifício de seres humanos e de animais aos "espíritos das florestas" em troca de proteção contra o infortúnio. Finalmente esse costume bárbaro foi abandonado e surgiram atos mais civilizados e menos repulsivos, como o bater na madeira para afastar olho-grande, que se mantém até hoje.
DEUSES E ESPÍRITOS DAS ÁRVORES
A Árvore, símbolo fálico e sagrado para vários deuses e deusas, representa a vida e a imortalidade. Na história, existiram várias associações mitológicas entre deidades e árvores, como a de Apolo e o louro, Attis e o pinheiro, Atena e a oliveira, Osíris e o cedro, e Júpiter e o grande carvalho.
A árvore é o símbolo mais poderoso e majestoso de vegetação e teve papel importante em várias lendas da antiguidade. Acreditava-se que várias deidades, tanto do panteão grego como do romano, tinham nascido sob árvores, e, em vários mitos e fábulas, heróis incontáveis (e também deuses) eram magicamente transformados em árvores como resultado da pena ou da ira dos deuses poderosos.
As árvores têm sido encarnações e símbolos de várias deidades (Gautama Buda encarnou como espírito de árvore 43 vezes) e também serviram como residência de espíritos, ninfas e vários outros seres sobrenaturais, aos quais eram consagradas.
O gênio da antiga Arábia vivia dentro de árvores e possuía poderes de mudar as formas.
Na Alemanha e na Escandinávia, acreditava-se que criaturas semelhantes a duendes estranhos, conhecidas como "esposas-de-musgo" ou "mulheres-selvagens", habitavam determinadas árvores nas florestas.
Na Rússia existem histórias de demônios de um olho só.
Na América do Sul, fantasmas perigosos da floresta, que atraem os humanos para a morte, habitam as florestas.
No folclore japonês, existem grotescos espíritos da floresta que possuem cabeça e patas de falcão, corpo de homem e um grande nariz.
No antigo Egito e na Pérsia, vários deuses e deusas freqüentemente habitavam ou tomavam a forma de árvores, e, na Grécia, as três ninfas conhecidas como dríades e hamadríades tinham a vida ligada a determinada árvore, sentindo qualquer dano a algum galho ou ramo, como um ferimento, e morrendo quando a árvore murchava ou morria.
Assim como havia associações mitológicas entre os deuses e as árvores, havia também associações entre elas e as
ninfas.

As árvores são reverenciadas na África, e acredita-se que sejam habitadas por deuses tribais e espíritos benevolentes que dão o sol e a chuva, fazem as sementes crescerem e abençoam as mulheres com a fertilidade. Entretanto, é crença comum entre o povo Basoga da África Central que um espírito da árvore ficará enraivecido se sua moradia for cortada e trará a morte para o chefe da tribo e para toda a sua família.
Os iroqueses e outras tribos nativas americanas acreditam que cada árvore possui o seu espírito guardião ou deus guardião, sendo costume agradecer-lhe pêlos presentes que dão em forma dos frutos.
Os textos religiosos japoneses mencionam Kuku-No-Chi, um deus que habita os troncos das árvores, e Hamori, um deus que protege as folhas das árvores. Os japoneses também acreditam que cada árvore é protegida por sua própria deidade particular.
AS ARVORES NA RELIGIÃO ANTIGA

A árvore é um dos símbolos tradicionais mais essenciais, e seu culto tem sido parte importante e altamente influente na história da religião de quase todas as raças sobre a face da terra.
No culto às árvores de muitas culturas pagãs antigas, a maioria delas era tida como feminina, e sua seiva, oferecida em cálices dourados aos deuses. Acreditava-se que todas as suas partes possuíam poderes místicos, e os rebentos que nasciam sobre as sepulturas dos seres humanos ou dos animais sacrificados eram tidos como especialmente sagrados.
As árvores eram símbolo essencial da religião caidéia. Símbolos em forma de árvore foram encontrados nos templos antigos e em cilindros gravados, e há descrições de usos dos ramos tanto nas cerimônias religiosas como mágicas nos textos sagrados dos caldeus.
Na antiga Ática, durante a orgia dionisíaca (o festival do deus grego do vinho, Dionísio), as árvores eram cobertas com vestes e jóias para representar o deus. Essa prática era também comum em outros festivais gregos (e também romanos).
Árvores sagradas estilizadas, cercadas de seguidores e decoradas com guirlandas aparecem em muitas esculturas indianas dos tempos antigos. (Outro estágio de estilização da árvore sagrada é sua decoração com máscara ou artigo de vestuário para simbolizar a deidade; e, por fim, a escultura do seu tronco numa estátua.)
Na Grécia, quando se honrava um deus ou uma Deusa, eram colocadas grinaldas feitas dos galhos da sua árvore sagrada sobre a mesma, que era, então, adorada. Penduravam-se, também, várias oferendas e presentes, trofeus de caça e armas dos conquistadores para trazer boa sorte.
Mesmo após muitos pagãos terem sido convertidos aos novos caminhos do cristianismo, as pessoas continuaram a acender velas e a oferecer pequenos sacrifícios sob árvores sagradas.
YGGDRASIL
O conceito de universo como árvore aparece repetidamente na mitologia e no simbolismo pagãos, sendo talvez mais bem conhecido na sua forma escandinava, onde, acredita-se, um freixo gigante sempre verde, conhecido como "Yggdrasil", é a "Arvore do Mundo", que liga o Céu ao submundo. Seu tronco sagrado passa pelo centro do mundo, e seus galhos se espalham sobre os céus e estão cheios de estrelas brilhantes. As três deusas do destino habitam suas raízes, junto com uma serpente gigantesca, semelhante a um dragão. Debaixo do Yggdrasil, os deuses teutônicos se reúnem todos os dias para julgar.

A ARVORE DA VIDA
O folclore e as mitologias de várias culturas diferentes em todo o mundo contêm uma gigantesca Árvore da Vida, que é a essência de todas as árvores e cujos frutos conferem a imortalidade quando comidos pêlos mortais.
A Árvore da Vida, na lenda nahua, era a piteira — uma planta tropical que se dizia ter sido descoberta pela deusa de 400 troncos Mayauel. (De acordo com a antiga religião asteca, o "leite" da piteira fora utilizado pelo deus de cabeça de cachorro, Xolotl, para nutrir o primeiro homem e a primeira mulher criados pêlos deuses.)
Na Cabala, a Árvore da Vida é um diagrama místico de Deus, do homem e do universo, e até na bíblia existe menção à Árvore da Vida que crescia no jardim do éden junto com a Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que originou o fruto proibido.
De acordo com a lenda dos chineses, indianos e sul-americanos, as almas dos mortos ascendem ao reino do paraíso pelo tronco de uma Árvore da Vida sagrada.
A macieira era a Árvore da Vida adorada pêlos antigos celtas.
A chinesa era tanto o pessegueiro como a tamareira.
A dos semitas era também a tamareira, e Árvore da Vida na história do "Jardim do Éden", da Babilónia, era a palmeira.
Na Índia, a Árvore da Vida sagrada (Asvatthd) era a figueira. Como o Yggdrasil, seus galhos atingiam o céu, e suas raízes desciam às profundezas do submundo.
A figueira é tida como a Árvore da Vida por muitos povos, sendo com freqüência adorada como a Árvore do Conhecimento.
Os kayans do Bornéu Central acreditam que se originaram dos ramos e das folhas de uma Árvore da Vida milagrosa que, no início dos tempos, caiu dos céus na terra.

BOSQUES SAGRADOS
Na mitologia grega, um oráculo do deus Zeus estava localizado num bosque sagrado de carvalhos. Um bosque sagrado em Dodona possuía o dom da profecia, e os fogos das vestais que ardiam no bosque consagrado em Nemi consistiam de varetas e galhos de carvalho.
Uma árvore grande dentro de um bosque sagrado representava a deidade masculina dentro da Deusa, tanto como filho quanto como amante, e o ato de quebrar um dos seus galhos significava o mesmo que ameaçar o deus de castrá-lo.
Nos bosques de Diana, em Nemi, os reis sagrados combatiam os inimigos que ousavam quebrar um galho das árvores sagradas. Os sacerdotes patriarcais tendam os bosques sagrados e os consideravam perigosos e maus. Aqueles que os tentavam destruir eram punidos com uma maldição da mãe-Deusa, como aparece em vários mitos moralizantes, como o de Erisichton, que foi transformado num mendigo sujo e desgraçado pela ira da deusa
Demeter.
Na Era das Trevas, os juníparos eram utilizados como proteção contra vampiros em vários países.
Acreditava-se que freixos, oervinas e sorveiras possuíam qualidades místicas e protetoras, e a madeira dessas árvores em particular era esculpida em forma de estacas e enterradas no coração dos corpos suspeitos de se transformarem em vampiros e de se levantarem das tumbas à noite em busca de sangue humano.
TRADIÇÕES SOBRE AS ÁRVORES

Desde os tempos antigos, as árvores têm desempenhado papel importante na medicina popular, no xamanismo, na divinação, na magia e na superstição.
Suas raízes, cascas, folhas, galhos, sementes e frutos curaram muitas doenças, protegeram casas, seres humanos e animais contra o mal, a má sorte e os raios, trouxeram força para bebidas e poções mágicas e afrodisíacos, e auxiliaram Bruxos e Feiticeiros no lançamento de todos os tipos de encantamentos maravilhosos da magia.

ACÁCIA
Na índia e na Patagônia, acredita-se que a acácia seja habitada por espíritos, sendo realizadas várias oferendas e sacrifícios em troca de fertilidade, cura e proteção contra o mal e o infortúnio.
A madeira da acácia é ritualisticamente queimada nos altares sagrados dos budistas e utilizada para prepa¬rar os fogos sacrificiais dos hindus.
AMIEIRO
Nos tempos antigos, o amieiro era usado nos ritos de idolatria em honra à deusa Astarte e nas práticas divinatórias para diagnosticar doenças.
Segundo a lenda, o amieiro sangra, chora e começa a falar quando é cortado. Houve uma época em que era ilegal cortar um deles.
É usado, na medicina popular, no tratamento de queimaduras, coceiras e reumatismos.
MACIEIRA
A macieira é conhecida na Europa como Árvore da Imortalidade pela Sabedoria", e seu fruto tem sido assunto de inúmeros provérbios e ditos populares.
De acordo com lendas irlandesas, as macieiras (como as nogueiras, os carvalhos e as cinco árvores místicas que representam os cinco sentidos) eram produzidas pelo deus trifólio (ou trevo) Trefuilngid Tre-Eochair e também, eram conhecidas como a Árvore Tripla ou Chave Tripla (nome que se refere ao tridente, ao falo triplo, destinado a fertilizar a Deusa Tripla.)
Em várias partes da Europa planta-se uma macieira quando nasce um bebê e acredita-se que esse bebê crescerá ou definhará junto com a árvore. O costume de plantar uma "Árvore do Nascimento" é também comum na África Ocidental, na Papua, Nova Guiné, no sul dos Estados Unidos e em regiões do Bornéu holandês.
Na mitologia dos índios iroqueses, a macieira é a árvore central do Céu.
A madeira da macieira é transformada em varetas que são utilizadas para traçar círculos mágicos, e o seu futuro usado na magia do amor, nos encantamentos Vudu de amor, nos amuletos para fertilidade, nas divinações e nos encantamentos para imortalidade.
Os clérigos da Idade Média acreditavam que as feiticeiras podiam provocar uma possessão demoníaca por intermédio de maçãs encantadas ou envenenadas dadas as suas vítimas escolhidas.
A tradição de procurar maçãs no
Halloween é remanescente da antiga divinação mágica druida do casamento, e, na Europa medieval, acreditava-se que uma mulher solteira poderia ver a imagem de seu futuro marido se descascasse uma maçã diante de um espelho iluminado por uma noite do Halloween.
FREIXO
Na Irlanda, as varetas feitas de freixo eram usadas pêlos druidas nos seus rituais mágicos. Na Escócia, o freixo era usado para proteger as crianças dos feiticeiros e, na Inglaterra, como remédio popular para curar verrugas.
As crianças eram freqüentemente rezadas com ramos de freixo para serem curadas de cortes e raquitismo.
Bastões de freixo eram usados para curar doenças pela magia em animais domésticos, para traçar círculos mágicos e manter longe as serpentes.
BAMBU
O bambu simboliza, na Índia, a amizade, sendo o emblema do fogo sagrado. Sua madeira é comumente usada em rituais mágicos das tribos melanésias e entre os Semang da Malaia. No Japão, é tida como sagrada e está ligada ao culto da lua e à magia lunar.
FIGUEIRA DE BENGALA
A figueira-da-índia é sagrada para os videntes e ascetas da Índia, sendo a Árvore do Conhecimento na mitologia indiana. O deus hindu Vishnu nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia, e acredita-se que aquele que duvidar e danificar ou cortar uma delas despertará a ira dos deuses e será punido com a morte.
LOUREIRO
O loureiro é tido como símbolo da ressurreição, sendo usado na cura, na divinação e nos sonhos mágicos. Os herbalistas da antiguidade usavam suas raízes para tratar as enfermidades do fígado, do baço e de outros órgãos, internos. Acreditavam que os frutos da árvore podiam neutralizar o veneno das criaturas peçonhentas e auxiliavam no tratamento das tosses e da tuberculose. As folhas eram tidas como altamente místicas, sendo usadas para proteger as casas dos raios e dos trovões, e para manter longe os feiticeiros e os demônios.
VIDOEIRO
Na mitologia escandinava, o vidoeiro simboliza o renascimento da Primavera.
Como uma árvore da magia, o vidoeiro é usado nos rituais de purificação e nos trabalhos com o tempo atmosférico. A
vassoura dos Bruxos (de galhos) era tradicionalmente feita de vidoeiro.
É uma antiga superstição na Terra Nova que uma vassoura de vidoeiro "limpará" a família.
Uma vassoura especial feita com galhos de vidoeiro era usada na Europa medieval como açoite para exorcizar os demônios, os duendes e os fantasmas. Em certas áreas da Rússia é costume, no domingo de petencostes, vestir um vidoeiro com roupas de mulher.
CEDRO
Na Mesopotâmia, o cedro era tido tanto como deidade quanto como oráculo.
Diz-se que para revelar os que praticam as artes negras da feitiçaria basta queimar varetas de sabugueiro no fogo da noite de natal ou cortá-las na véspera do dia de são joão.
Os frutos podem ser levados nos bolsos, como amuletos para proteger contra a inveja venenosa e também podem ser usados em torno do pescoço, como remédio mágico contra hidropisia.
As flores do sabugueiro, com seu perfume doce e acentuado, há muito são associadas à morte e aos funerais, e houve época em que se acreditava que, se um broto de sabugueiro plantado numa sepultura começasse a crescer, era sinal de que a alma de quem estivesse ali enterrado se encontrava em paz.
Antigamente penduravam-se flores de sabugueiro nas portas do estábulo para proteger os cavalos da magia negra. Guirlandas feitas com elas eram usadas pêlos druidas para decorar altares sagrados para
Beltane e para afastar as influências malignas.
Os nativos americanos chamavam o sabugueiro de "árvore da música" e faziam flautas mágicas dos seus ramos. Usavam também a casca como antídoto, sob a forma de cataplasma, nas inflamações e nos inchaços dolorosos.
Todas as partes do sabugueiro têm sido usadas pela medicina popular no tratamento de numerosos distúrbios e doenças.
Os frutos de cor púrpura escura fazem um vinho delicioso, e as flores secas podem ser usadas para fazer um chá relaxante. O sabugueiro tem sido usado pêlos Bruxos como afrodisíaco e pode também ser ingrediente mágico em vários encantamentos de amor, proteçào e prosperidade.
OLMO
O olmo é uma árvore frondosa que se diz possuir poder místico para proteger contra os raios. Na Inglaterra, era associado aos duendes, e os Bruxos da Santería o utilizavam no lançamento de encantamentos mágicos.
Segundo a mitologia teutônica, a primeira mulher sobre a terra foi criada de um olmo pêlos deuses.
Na medicina popular é usado para tratar de tosses, doenças de pele e infecções venéreas.
FIGUEIRA
A figueira é o símbolo da paz e da plenitude. Acredita-se que sua sombra seja frequentada por espíritos; sua casca e frutos são usados tanto na magia como na medicina popular para tratar vários problemas e doenças.
AVELEIRA
A aveleira sempre esteve associada aos Bruxos, e o nome "aveleira-dos-bruxos" sobrevive até hoje. A árvore tem sido associada também ao deus Thor.
É conhecida como a "Árvore do Conhecimento" (especialmente nas lendas irlandesas), sendo usada nos encantamentos mágicos para a imortalidade, proteção e cura. Acreditava-se que os bastões de aveleira possuíam propriedades divinatórias, e há muito é usada pêlos rabdo mantos para localizar tesouros enterrados e água. São também tradicionalmente usados como varetas pêlos magos brancos e para proteger os animais contra encantamentos das fadas ou dos demônios maldosos. Segundo o folclore galês, os ramos de aveleira tecidos em "capas do desejo" ajudam a realização dos desejos.
LOURO
O louro é símbolo da imortalidade, da vitória e da paz. Diz-se que é capaz de dotar os profetas com a visão, e está associado à inspiração poética.
Suas folhas eram mastigadas pelas devotas da Deusa Tripla para induzir o transe poético e erótico. Eram também mascadas pelas sacerdotisas do Oráculo de
Delfos para inspiração oracular.
O louro é largamente usado em todas as formas de magia do amor, do desejo e da cura.
LIMEIRA
Na Alemanha, a limeira era sagrada. Segundo lendas populares e superstições, era habitada por duendes e possuía o poder de fazer os heróis dormirem um sono encantado.
Seus fruto é usado principalmente na magia do amor, mas, em certas partes da Índia, é o ingrediente principal em várias maldições poderosas.
Na medicina popular, a lima é usada como emplastro para ferimentos e para tratar de resfriados, dores de garganta e escorbuto.
BORDO
O bordo é o símbolo da reserva. Houve época em que seus galhos eram comumente usados como bastões de adivinhação para localizar águas subterrâneas. Suas folhas são usadas pêlos japoneses nos festivais da florada. A decocçao feita com suas cascas é utilizada em várias tribos norte-americanas para provocar o vômito.
MURTA
A murta é uma árvore verdejante, simbolicamente associada ao amor e ao casamento, e sagrada para muitas deusas do amor. É também símbolo da autoridade, da imortalidade, da morte e da ressurreição.
Guirlandas de flores de murta eram usadas pêlos antigos noivos romanos no dia do seu casamento; mas era também o símbolo do amor ilegal ou incestuoso, e foi muitas vezes banida de várias cerimônias religiosas.
Na magia popular, a murta é usada nos encantamentos de amor, nos amuletos, nos afrodisíacos das paixões e nos encantamentos para atrair boa sorte.
CARVALHO
O carvalho é uma árvore com várias e antigas associações mitológicas e mágicas. Na tradição alexandrina, o carvalho simboliza os aspectos crescentes do ano do Deus Chifrudo. Era tida como a "árvore do oráculo", pelo filósofo grego Sócrates, e como a mais sagrada das árvores, pêlos antigos druidas celtas, que acreditavam que as folhas possuíam grandes poderes sobrenaturais para curar e renovar as forças. As bolotas (o "fruto" do carvalho) eram comidas pêlos druidas na preparação para realizarprofecias.
Os antigos romanos também acreditavam nos extraordinários poderes do carvalho e, para se proteger das forças do mal, eles usavam guirlandas feitas com suas folhas sobre cabeça, como coroas protetoras.
Seus ramos são usados nos encantamentos para atrair boa sorte, e a casca da árvore é transformada em incenso para glorificar deuses e deusas para os quais o carvalho é sagrado. Na medicina popular, o chá de carvalho é usado no tratamento de oxiúros, pedras da vesícula, dentes moles e doenças venéreas.
OLIVEIRA
A oliveira é um símbolo da paz e das bênçãos divinas. Seus ramos faziam as coroas que eram usadas pêlos noivos gregos, conquistadores romanos e deuses que viviam no topam do Monte Olimpo. Ramos de oliveira eram colocados em chaminés e sobre as portas para impedir a queda de raios e para afastar feiticeiros, demônios e fantasmas.
A oliveira e seu fruto têm sido usados em encantamentos para cura, na magia do amor e nos antigos ritos de fertilidade. Seu óleo é usado para untar velas de altar, abençoar estátuas religiosas e alimentar lâmpadas sagradas de templos.
LARANJEIRA
A laranjeira é o símbolo do amor eterno, da castidade e da pureza. Suas flores eram usadas como flores de noivado, e seus frutos, pêlos praticantes de Vudu na magia do amor, e pêlos feiticeiros europeus na magia negra complacente.
PALMEIRA
A palmeira é a Árvore da Vida e local de habitação da Deusa e vários mitos antigos. É usada pêlos santeros nos rituais de fertilidade e na magia de trabalhos com o tempo atmosférico.
PESSEGUEIRO
Na China, o pessegueiro é emblema da longevidade e símbolo sagrado do ioni da Deusa. Acreditava-se que a árvore possuísse forças espirituais fortes, e as varetas mágicas feitas dos seus galhos eram usadas pêlos chineses nos encantamentos de imortalidade, nos rituais de fertilidade e nos ritos para manter os demônios e espíritos malévolos afastados O pessegueiro, no Japão, simboliza a fertilidade, e sua madeira é usada para bastões divinatórios.
Varetas de pessegueiro são usadas na medicina popular para tratar problemas de estômago, abdômen inchado e dores no coração. Segundo uma antiga crença, na Itália e nas regiões do sul dos Estados Unidos, as verrugas podem ser curadas, enterrando-se folhas de pessegueiro.
PEREIRA
Em várias partes da Europa planta-se uma pereira quando nasce uma menina, e acredita-se que a criança crescerá ou definhará junto com a árvore
PINHEIRO
O pinheiro simboliza a vida, a longevidade e a imortalidade. A pinha é o símbolo semítico da vida.
Na mitologia japonesa, os espíritos do pinheiro são conhecidos como Jo e Ubá. Essas árvores são o símbolo da fidelidade no casamento, e existem numerosos mitos sobre amantes devotados que foram magicamente transformados em pinheiros.
Os galhos do pinheiro são utilizados em várias cerimónias dos nativos americanos, e sua fumaça é usada pêlos indianos para tratar problemas de reumatismo, tosse e resfriados.
Elas são plantadas como "Árvores do casamento" no Tirol e usadas pêlos Bruxos na Europa e nos Estados Unidos com o objetivo de proteção, cura e encantamentos, bem como para atrair o afeto de uma pessoa. O incenso de pinho é comumente usado na magia para desfazer outra, e nos ritos de purificação.
ÁLAMO
O álamo-branco é tido como a árvore do Equinócio do Outono e da antiguidade. Na Grécia pré-helênica, o álamo-preto era usado como "árvore de funeral" e consagrado à
Mãe Terra.
No antigo folclore romano, os álamos eram sagrados para o herói Hércules, e, no século 17, na Inglaterra, suas folhas constituíam ingrediente importante nos "caldos-do-infemo" e nos amuletos mágicos.
SORVEIRA
A sorveira (também conhecida como freixo-das-montanhas) tem várias associações mágicas e míticas. Era uma das árvores sagradas dos druidas, e acreditava-se uma proteção contra feitiçaria e espíritos do mal na Idade Média.
Os frutos da sorveira eram usados para curar os ferimentos adquiridos nas batalhas, e acreditava-se que davam ao homem um ano extra de vida. Atualmente os frutos secos são moídos e transformados em incenses mágicos que são queimados ritualisticamente para invocar a
Deusa, os guias espirituais familiares dos Bruxos ou espíritos elementais.
As folhas são usadas em divinaçoes de amar e encantamentos ou em rituais destinados a ampliar a criatividade poética.
Antigamente a sorveira do Dia dos Bruxos era celebrada no antigo festival celta de Beltane, que é, agora, um dos quatro grandes Sabás celebrados pêlos Bruxos.
SALGUEIRO
O salgueiro, em geral encontrado próximo de poços sagrados, há muito tem sido associado à Bruxaria e ao
culto da Deusa. Era tido como sagrado pêlos Bruxos e poetas pagãos, pois todas as suas partes são úteis na prática da magia. A madeira dá varetas excelentes para rituais de cura e magia lunar, e pode também ser usada em talismãs quando se busca a proteção da Deusa.
Os salgueiros, que são associados tanto à cura como à Primavera, são apropriados para decorar os
altares no Candlemas, pois esse Sabá é o festival de Brígida — a deusa pagã da cura e dos poços sagrados. Eram usados pêlos druidas como amuletos protetores, e, na Idade Média, havia a crença comum de que as famílias dos Bruxos cresciam entre os salgueiros.
No norte da Europa, o salgueiro estava tão ligado à Religião Antiga que até a palavra witch (feiticeira) tem a mesma raiz de willow (salgueiro).
Na China, o salgueiro é reverenciado como a árvore da Imortalidade, e, na Europa, é o símbolo da eloquência.
TEIXO
O teixo, como outras coníferas, é conhecido como a "Árvore da Imortalidade" em várias partes do mundo. Era comumente usado na prática da feitiçaria medieval, sendo um dos
ingredientes místicos do caldeirão da Deusa-Bruxa Hécate.
Segundo uma antiga superstição popular, o homem ou a mulher que ousar dormir na sombra de um teixo certamente terá morte horrível ou cairá em sono encantado.
A Magia nos Sonhos
A Magia nos Sonhos é tão antiga quanto a humanidade e sempre desempenha papel importante na Arte. Os sonhos são vistos como o presságio em que melhor podemos confiar, e, desde os primórdios da humanidade, Bruxos, sacerdotes e sacerdotisas pagãos e xamãs os têm utilizado para advinhar o futuro. (O termo técnico usado para a arte e a prática da divinação pêlos sonhos é Quiromancia.)
Existem vários tipos diferentes de sonhos: pesadelos ou imagens torcidas que, muitas vezes, são causadas por pressões do ambiente ou por problemas físicos, sonhos causados por emoções suprimidas, experiências fora do corpo e sonhos proféticos, que são sonhos vívidos relacionados a acontecimentos futuros.
Um número significativo de sonhos é de natureza profética, especialmente aqueles que acontecem três noites seguidas, de acordo com a tradição popular. Os sonhos proféticos, quando corretamente interpretados, podem revelar o futuro, tanto por quadros diretos como por simbolismo.
Quando aparecera imagens sagradas ou transcendentais num sonho, chamamos de sonho elevado.
Os sonhos telepáticos são experiências nas quais aquele que sonha capta as energias do pensamento de outra pessoa ou espírito.
Os sonhos psíquicos contêm mensagens importantes, avisos e outras comunicações. Esse tipo particular de sonho é freqüentemente tão forte e profundo que acorda quem está sonhando.
O sonho lúcido é aquele no qual a pessoa que sonha está conscientemente sabendo que está sonhando.
Os sonhos são altamente simbólicos, sendo importante registrá-los num
livro ou diário logo ao despertar para não os esquecer mais tarde. Após registrá-los, você poderá estudá-los quanto a padrões e símbolos que se repetem e interpretá-los segundo suas experiências pessoais, não aconselho a usar um dicionário de sonhos, pois passam somente as experiências de outras pessoas, por isso anotá-lo e perceber seus padrões é muito importante.
Existem, atualmente no mercado, vários dicionários desse tipo, como também livros que os analisam. Encontram-se em quase todas as livrarias. Alguns contêm interpretações de simbologia onírica, outros, superstições e antigas crenças, e alguns, a combinação de ambos os enfoques.
Vários sonhos de natureza profética podem ser deliberadamente induzidos por meio de meditação, encantamentos mágicos, rituais e até de bebidas feitas com ervas.

Um comentário:

Jaqueline Sales disse...

Vou voltar, ler, tentar pegar algumas coisas para guardar, pode ser?


O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.

Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!

Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante.

Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

FELIZ DIA DO AMIGO!

BeijUivoooooooooosssss da Loba