28 agosto, 2006

Caça às bruxas




A caça às bruxas foi uma perseguição religiosa e social que começou no final da Idade Média e atingiu seu apogeu na Idade Moderna.


Antigas religiões pagãs e matriarcais eram tidas como satânicas.


Mulheres eram queimadas em fogueiras sem o menor pretexto. Um tipo de paranóia social. O mais famoso manual de caça às bruxas é o Malleus Maleficarum, ou "martelo das feiticeiras", de 1486.


Num sentido mais amplo, a expressão "caça-às-bruxas" costuma ser utilizada em diversas outras ocasiões.


Como exemplo temos que, durante a Guerra Fria, os EUA perseguiam toda e qualquer pessoa que julgassem ser Comunista, seja por causa fundamentada ou não.
Dessa forma, temos a caça às bruxas comunistas dos EUA.


Aspectos importantes


O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil e certamente não mais que 100 mil. No passado chegou-se a dizer que teriam sido 9 milhões e até hoje alguns propagam esse número totalmente equivocado.
Embora tenha começado no fim da Idade Média, a caça às bruxas européia foi bem mais um fenômeno da Idade Moderna, período em que a taxa de mortalidade foi bem maior.


Embora supostas bruxas tenham sido queimadas ou enforcadas num intervalo de cinco séculos -- do século XIV ao século XVIII - a maioria foi julgada e morta entre 1550 e 1650, nos 100 anos mais histéricos do movimento.
O número de julgamentos e execuções tinha fortes variações no tempo e no espaço.
Seria fácil encontrar localidades que, em determinado período, estavam sendo verdadeiros matadouros logo ao lado de regiões praticamente sem julgamentos por bruxaria.


A maior parte das mortes na Europa ocidental ocorreram nos períodos e também nos locais onde havia intenso conflito entre o Catolicismo e o Protestantismo, com conseqüente desordem social.
Ocorriam mais mortes em regiões de fronteira ou locais onde estivesse enfraquecido um poder central, com a ausência da Igreja ou do Estado. Fatores regionais tiveram papel decisivo nos modos e na intensidade dos julgamentos.


Muitos países da Europa quase não participaram da caça às bruxas e 3/4 do território europeu não viu um julgamento sequer. A Islândia executou quatro "bruxas"; a Rússia, dez. A histeria foi mais forte na Suíça, Alemanha e França.


Numa média, 25% das vítimas foram homens, mas a proporção entre homens e mulheres condenados podia variar consideravelmente de um local para o outro. Mulheres estiveram mais presentes que os homens também enquanto denunciantes e não apenas como vítimas.
Até onde se sabe, algumas vítimas adoravam entidades pagãs e, por isso, poderiam ser vistas como estando indiretamente ligadas aos "neopagãos" atuais, mas esses casos eram uma minoria.
Também é verdade que algumas das vítimas eram parteiras ou curandeiros, mas eram uma minoria.
Cronologia


Os períodos de fome e peste do século XIV disseminaram a idéia de que pessoas conspiravam contra os reinos cristãos.
No passado os historiadores consideraram a caça às bruxas européia como um ataque de histeria supersticiosa que teria sido forjada e espelhada pela Igreja Católica.
Seguindo essa lógica, era "natural" supor que a perseguição teria sido pior quando o poder da igreja era maior, ou seja: antes de a Reforma Protestante dividir a cristandade ocidental em segmentos conflitantes.
Nessa visão, embora houvesse ocorrido também julgamentos no começo do período moderno, eles teriam sido poucos se comparados aos supostos horrores medievais. Pesquisas recentes derrubaram essa teoria de forma bastante clara e, ironicamente, descobriu-se que o apogeu da histeria contra as bruxas ocorreu entre 1550 e 1650, juntamente com o nascimento da celebrada "Idade da Razão".


Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno acreditavam em magia e formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos. O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando bruxas de forma ativa e esse contexto relativamente benigno permaneceu sem grandes alterações por séculos.
As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média.
No início do século XIV, na parte central da Europa, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malignas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento, falava-se de conspirações por parte dos mulçumanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas.
Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia em meados do século XIV) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em bruxas e "propagadores de praga".


Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no século XV.
Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chega a diminuir por alguns anos.
Entretanto, em 1550 a perseguição cresce novamente, atingindo níveis alarmantes em terras católicas e protestantes.
Esse é o período mais histérico e sanguinário da histeria, que vai de 1550 a 1650. Depois desse período os julgamentos diminuem fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.

3 comentários:

Ernesto Ribeiro disse...

Uma vez no poder, os "iluminados" cristãos QUEIMARAM CIENTISTAS e LIVROS de Ciências e INCENDIARAM a Biblioteca de Alexandria, incinerando 5000 anos de Conhecimento acumulado por todas as civilizações antigas. Essa foi a Grande Contribuição Cristã para o Progresso Científico: 1000 ANOS DE TREVAS.



Os piedosos cristãos TORTURARAM ATÉ A MORTE a cientista e filósofa Hipácia de Alexandria — provavelmente a mulher mais inteligente que já existiu e um dos seres humanos mais brilhantes da História. Hipácia era astrônoma, física e matemática, professora de filósofos e diretora da maior Academia de Ciências do mundo antigo.


Ela não se opôs ao Cristianismo e tinha até alguns alunos cristãos. O corpo dela foi DESPEDAÇADO com conchas pontiagudas e QUEIMADO pelos caridosos cristãozinhos.

Ernesto Ribeiro disse...

[b]O Cristianismo já ASSOU PESSOAS VIVAS porque contestaram suas idéias "divinas" [/b] como a que a Terra é quadrada, que é o centro do Universo e que o Sol gira em torno de nós.


Enquanto os astrônomos pagãos gregos e egípcios da Idade Antiga [u]já sabiam[/u] o que os "superiores" cristãos levaram milênios para admitir.



[b]Um astronauta ateu foi o primeiro a constatar, filmar e provar que o seu Deus mentiu.[/b] O mesmo "Único e Verdadeiro" Deus que tirou zero em Astronomia porque não conhece nada do Universo que ele mesmo diz ter criado. E tirou zero em Geologia quando afirmou que o planeta Terra só tem 6 mil anos de idade.



A Igreja levou quase 400 anos para “perdoar” Galileu. Neste passo, é melhor não ser muito otimista quanto ao resto.

Ernesto Ribeiro disse...

FATO HISTÓRICO :


Napoleão Bonaparte é O CARA que tirou o povo francês da miséria, matou o Absolutismo, enterrou o Feudalismo, dinamizou a economia francesa com a Evolução Industrial, quebrou os dentes podres do Vaticano, decepou as patas imundas da Inquisição, cortou a cabeça horrenda do monstro das perseguições religiosas na Europa e derrubou as muralhas dos vergonhosos GUETOS — erguidos pelos católicos por ordem do Papa — libertando milhões de judeus, pondo fim ao odioso apartheid religioso de um povo inteiro confinado por séculos pelos carcereiros devotos da Virgem Maria — e que mais tarde seriam reerguidos pelos gnósticos / católicos nazistas.



Por isso todos os judeus e pagãos são gratos a Napoleão — da direita á esquerda.