18 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "O"

Om_AUM é uma sílaba constituída por três letras: A, U e M, e pronuncia-se OM. AUM é o símbolo universal do Yoga e do Hinduísmo. Representa o verbo divino em forma audível. Representa o Fogo solar, a Unidade, a Imensidão, o Cosmos, pois contem a essência de todos os sons que podem ser pronunciados, assim como o Passado, o Presente e o Futuro. É a semente de todos os Mantras e de toda a Consciência. Nesta sílaba, 'A' representa o Criador, a Criação, o Fogo, a Ação, Brahma; 'U' representa o Conservador, o Sol, a Consciência, Vishnu; 'M' representa o Destruidor, o Vento, a Vontade, Shiva. Ela reúne os três grandes poderes-divindades do panteão brahmânico.
Existem os Saguna Mantra e os Nirguna Mantra. Os primeiros são os que têm tradução e aludem a uma pessoa, cuja forma pode ser visualizada. Os segundos podem ter tradução ou não, e são abstratos no seu sentido. Por exemplo: "AUM Namah Shivaya" é um Saguna Mantra, pois se refere a Shiva, o criador do Yoga. Já o AUM sozinho é um Nirguna Mantra, pois se refere a ninguém, senão ao Absoluto. AUM não tem tradução alguma, mas devido à grande gama de efeitos sobre o corpo e a mente de quem o vocaliza ou mentaliza, é considerado o "Corpo de Deus".

É o mais poderoso de todos os mantras. Todos os outros são considerados "aspectos do AUM" e "AUM" é a matriz de todos os demais mantras. Todas as letras do alfabeto são emanações do som primordial representado pelo supremo mantra AUM. O AUM é a origem e o fim de todo verbo. Todo o Universo procede de AUM, conserva-se em AUM e nele se dissolve. AUM é a Criação, a Conservação e a Renovação da Trimurti (trindade) hindu. Logo, de todos os mantras utilizados para a meditação, o AUM é o que produz melhores resultados.
AUM é o bija mantra do ájña chacra, isto é, o som-semente que desenvolve o centro de força da terceira visão, responsável pela intuição, meditação e pelos fenômenos da telepatia e da clarividência. Sendo o mantra mais completo e equilibrado, sua vocalização não oferece nenhum perigo nem contra-indicação. É um mantra altamente positivo que impede sentimentos malévolos e transmuta os pensamentos negativos em seus complementares elevados. Atua profundamente no sistema nervoso e no glandular. É estimulante e ao mesmo tempo tranqüilizante, pois consiste numa vibração sáttvica (que contém em si, tamas e rajas sublimados).
Quando se escreve o AUM em caracteres sânscritos (deva nagari) ele se torna um símbolo gráfico e é denominado Yantra. A especialidade que estuda a ciência de traçar e utilizar os símbolos denomina-se Yantra Yoga. O AUM pode ser traçado de diversas formas. Cada maneira de traçar encerra determinada classe de efeitos e de características ou tendências filosóficas. Cada escola adota um traçado típico do OM que tenha a ver com os seus objetivos e passa a constituir símbolo seu, não se devendo usar outro tipo de traçado para que não haja choque de egrégoras.”“.
O termo em Sânscrito ou Mantra AUM, alude a linguagem como emanação ou expressão do Manas, a Mente. Um Mantra é um instrumento da Mente, do Pensamento. Na filosofia Hindú, um texto Sagrado, uma oração, um verso, uma palavra ou um simples Som pode ser um Mantra.
Conta a Tradição Hindú que o AUM foi revelado a os Sri (Sábios videntes) que receberam os Vedas em tempos imemoriais, quando estavam em estado arrebatado de meditação, em contato com o "Alto".
Antes do Universo manifesto (mana-rupa: o mundo dos nomes e das formas), se encontra o Eterno Logos, Verbo fundamental de Deus, que contem em si, em potência, todas as idéias, todos os nomes e todas as formas. O AUM é considerado o Som mais próximo desta Palavra Divina e origem de todas as demais.
Todo o Universo vibra em AUM. Seus diversos eventos constituintes são modulações do AUM básico: energia vibrando em várias freqüências. OM é Nada-Brahman, "o Som do Absoluto". Por isto sua repetição se torna um veículo para focar a "nossa" consciência com A Consciência Absoluta.

Om mani padme hum_ é um dos mantras do Budismo; o mantra de seis sílabas do Bodisatva da compaixão: Avalokiteshvara. De origem indiana, de lá foi para o Tibete. O mantra é associado ao deus de 4 braços Shadakshari, uma das formas de Avalokiteshvara. Om fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. O sofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda do reino dos deuses (isto é, de morrerem e renascerem em reinos inferiores). Este sofrimento vem do orgulho. Ma fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses guerreiros (sânsc. asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante. Este sofrimento vem da inveja. Ni fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. O sofrimento dos humanos é o nascimento, a doença, a velhice e a morte. Este sofrimento vem do desejo. Pad fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino animal. O sofrimento dos animais é o da estupidez, da rapina de um sobre o outro, de ser morto pelos homens para obterem carne, peles, etc; e de ser morto pelas feras por dever. Este sofrimento vem da ignorância. Me fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos fantasmas famintos (sânsc. pretas). O sofrimento dos fantasmas famintos é o da fome e o da sede. Este sofrimento vem da ganância. Hum fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino do inferno. O sofrimento dos infernos é o calor e o frio. Este sofrimento vem da raiva ou do ódio.

Opostos, Doutrina dos_ A doutrina dos opostos defendida por Heráclito é controversa e considerava uma unidade, continuísmo ou interdependência entre os chamados opostos dia/noite, guerra/paz, vida/morte, saúde/doença, alto/baixo entre outros. Segundo um fragmento "a estrutura oculta é mais forte que a estrutura visível."

Oráculos_são seres humanos que fazem predições ou oferecem inspirações baseados em uma conexão com os deuses. No mundo antigo, locais que ganharam reputação por distribuir a sabedoria oracular também se tornaram conhecidos como "oráculos", além das predições em si mesmas.
Todos os povos da Antigüidade tiveram oráculos. Na mitologia escandinava, Odin levou a cabeça do deus Mimir para Asgard para ser consultada como oráculo. Na tradição chinesa, o I Ching foi usado para adivinhação na dinastia Shang, embora seja muito mais antigo e tenha profundo significado filosófico.
Os oráculos gregos constituem um aspecto fundamental da religião e da cultura gregos. O oráculo é a resposta dada por um deus que foi consultado por uma dúvida pessoal, referente geralmente ao futuro. Estes oráculos só podem ser dados por certos deuses, em lugares determinados, pelas pessoas determinadas e se respeitando rigorosamente os ritos: a obtenção do oráculo se assemelha a um culto. Além disso, interpretar as respostas do deus, que se exprime de diversas maneiras, exige às vezes um aprendizado.
Por extensão, o termo oráculo designa tanto o deus consultado como o intermediário humano que transmite a resposta, e ainda o lugar sagrado onde a resposta é dada. A língua grega distingue estes diferentes sentidos: entre numerosos termos, a resposta divina pode ser designada por χρησμός - khrêsmós, literalmente o fato de informar. Pode-se também dizer φάτις - phátis, o fato de falar. O intérprete da resposta divina é freqüentemente designado por προφήτης - prophêtê, aquele que fala em lugar (do deus), ou ainda μάντις - mántis. Por fim, o lugar do oráculo é χρηστήριον - kherêstêrion.
A mancia, isto é, o domínio da adivinhação, não é, no mundo grego antigo, constituído só pelas ciências oraculares. Os adivinhos como Tirésias são considerados personagens mitológicos: a adivinhação, na Grécia, não é assunto de mortais inspirados mas de pessoas que respeitam determinados ritos, embora a tradição tenha podido dar a impressão de tal inspiração, ou, literalmente, ἐνθουσιασμός - enthousiasmós, entusiasmo, isto é, o fato de ter deus em si. Mitologia,Religião resposta dada por uma divindade a quem consultava.
Qualquer objeto tipo moeda, cartas, buzios podem dar resposta com um ser humano para interpretar as respostas geralmente com um sim ou um não por exemplo vai chover hoje, joga-se uma moeda para cima e a moeda responde isto pode ser interpetrado como oráculo, outro exemplo é o das doze pedras de sal para dizer o mês que vai chover utilizado pelo sertanejo nordestino também pode ser interpretado como um oráculo um sistema de advinhação.
Qualquer objeto, moeda, cartas, buzios etc podem dar resposta, afirmativa e ou negativas e também outros tipos de respostas desde que exista um padrão já determinado no sistema. Lógicamente um ser humano interpreta estas respostas em geral eram eles os sacerdotes que fazia a ligação entre seres humanos comuns a um deus, por exemplo vai chover hoje, joga-se uma moeda para cima e a moeda responde isto pode ser interpetrado como oráculo, outro exemplo é o das doze pedras de sal para dizer o mês que vai chover utilizado pelo sertanejo nordestino também pode ser interpretado como um oráculo um sistema de advinhação.

Ordem da Aurora Dourada_
A Ordem Hermética da Aurora Dourada, conhecida também como Golden Dawn, foi uma das ordens precursoras do renascimento do paganismo no fim do século XIX e inicio do século XX, influenciando muito dos sistemas de estudo de ocultismo e magia atualmente.


Ouroboros_O Ouroboros é a representação gráfica de uma serpente ou um dragão, em forma circular, engolindo a própria cauda. Este símbolo é encontrado na antiga literatura esotérica (alguma vezes, associado à frase Hen to pan – O Todo ou O um) e em diversas tradições ocultistas e escolas iniciáticas em forma de amuleto.
A origem etimológica do termo Ouroboros está, supostamente, na linguagem copta e no idioma hebreu, na qual ouro, em copta, significa Rei, e ob em hebreu, significa serpente. Mas, precisar sua origem e significado primitivo, torna-se uma tarefa praticamente impossível. Mesmo que de certa forma estejam interligados, mas, paralelamente, trazem interpretações distintas.
Os primeiros registros deste arquétipo foram encontrados entre os egípcios, chineses e povos do norte europeu (associado à serpente folclórica Jörmungandr) há mais de 3000 anos. Na civilização egípcia, é uma representação da ressurreição da divindade egípcia Rá, sob a forma do Sol. Também é encontrado entre os fenícios e gregos.
Entre tantos símbolos relacionados, o Ouroboros é um dos que apresenta maior hipótese de significados. Isto porque há outras representações iconográficas contidas e associadas ao próprio Ouroboros.
A serpente, que nos textos canônicos está associada às aspectos maléficos, como na maior parte das culturas pré-cristãs, é um símbolo de sabedoria. Partindo do princípio que o Ouroboros é um símbolo pré-cristão, pode-se supor que este conceito de sabedoria é predominante.
Mas, pode-se também interpretar que o ato de engolir a si mesma, é uma interrupção do ciclo humano em uma busca evolutiva do espírito noutros planos. Por outro lado, pode significar a autodestruição através do ato de consumir a própria carne e até mesmo a autofecundação. Ainda, o fato de encontrar-se na forma circular é um arquétipo representativo de movimentos ininterruptos e pode representar também o Universo. Além da interpretação de que a serpente atua nas esferas inferiores (Inferno), enquanto o círculo representa o Reino Divino. Em outras situações, o animal tem duas cores distintas. Neste caso, provavelmente, uma referência a Yin e Yang, ou pólos masculino e feminino, dia e noite, bem e mal, e outros paradoxos da natureza.
Sob uma perspectiva alquímica, o Ouroboros é representado na figura de dois animais míticos engolindo um a cauda do outro; não sendo, neste caso, necessariamente, uma serpente. Segundo o Uractes Chymisches Werk (Leipzig – 1760), "alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem". Esta descrição alquímica é uma alusão ao processo de separação do material em dois elementos distintos.
Porém, de uma forma mais ampla, o Ouroboros é uma representação dos ciclos reencarnatórios da alma humana. Ainda, segundo o Dictionnaire des Symboles, simboliza o "ciclo da evolução fechado sobre si mesmo. O símbolo contém as idéias de movimento, continuidade, autofecundação e, em conseqüência, o eterno retorno". Na obra Magic Symbols de Frederick Goodman é citado "serpente... [seja] o símbolo da sabedoria dos verdadeiros filósofos" e "O Tempo, do qual apenas a sabedoria brota".
Atualmente, o Ouroboros é comumente encontrado em amuletos esotéricos, na simbologia maçônica e na teosofia. Porém, também está presente no selo dos Estados Unidos da América, posicionado acima da águia bicéfala. Ainda, é muito comum encontrá-lo em monumentos funerários, fazendo alusão, mais uma vez, aos ciclos da vida.

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