16 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "G"

Gato_ O gato é um mamífero que pode viver de 15 a 39 anos. Com eles, sua casa vai ficar livre de ratos, baratas e outros animais, que os gatos se encarregam de eliminá-los, tendo, além disso, uma vida livre, mas sempre voltando para o seu lar. Muito importante também é ressaltar que aquele "ronquinho" que o gato dá não é asma, como algumas pessoas imaginam. Aquele "ronquinho" (às vezes bem alto) nada mais é do que a forma de o gato se expressar, assim como o cachorro balança o rabo mostrando que está satisfeito com a presença do dono. Homens e gatos possuem a mesma região do cérebro responsável pelas emoções.

O cérebro do gato é mais similar ao do homem do que ao do cão. O gato possui mais ossos do que os humanos. Enquanto o homem possui 206, os gatos possuem 245 ossos. Os gatos possuem 30 vértebras, 5 a mais que os humanos. Gatos possuem 32 músculos que controlam suas orelha. Ele pode girar suas orelhas, independentemente, a quase 180 graus, e 10 vezes mais rápido do que o melhor cão de guarda. A audição dos gatos é muito mais sensível do que a dos homens e cães. Seus ouvidos afunilados, canalizam e amplificam os sons como um megafone. Os gatos ouvem até 65 khz (kilohertz), enquanto que os homens ouvem até 20 khz. Em proporção ao corpo, os gatos são os mamíferos que possuem os maiores olhos. Um gato enxerga 6 vezes melhor do que um humano à noite, porque necessita de 1/6 da quantidade de luz necessária ao homem para enxergar. Recentes estudos revelaram que os gatos podem ver o amarelo, azul e o verde. Ainda não se sabe ao certo, se conseguem ver o vermelho, provavelmente essa cor é vista como cinza ou preto. O campo de visão de um gato é de 185 graus. Os gatos sacrificaram os detalhes e as cores pela capacidade de enxergar com pouquíssima luz. Eles não conseguem enxergar pequenos detalhes, vêem o mundo desfocado. Por serem muito sensíveis à luz, os olhos dos gatos possuem pupilas verticais. Quando totalmente abertas, ocupam uma área proporcionalmente maior do que a pupila do homem. No fundo do olho, os gatos tem uma camada de células denominadas "tapetum lucidum". A luz, após absorção, é refletida por essas células de volta para a retina, para que seus receptores tenham uma segunda chance de captá-la. Isso aumenta a eficiência dos receptores da retina em cerca de 40%. Gatos de olhos azuis e brancos de pelagem são geralmente surdos. Leva cerca de 2 semanas para o filhote ouvir bem e seus olhos abrem em média com 7 dias. O gato possui aproximadamente 60 a 80 milhões de células olfatórias. O homem possui entre 5 a 20 milhões. Os gatos possuem um órgão olfatório especial no céu da boca, chamado: Órgão de Jacobson. É um analisador de odores e é por isso que às vezes vemos os gatos abrir a boca estranhamente (riso sardônico), quando sente odores fortes. O gato possui um total de 24 bigodes, agrupados de 4 em 4. Seus bigodes são usados para medir distâncias. Gatos têm 30 dentes, enquanto os cães possuem 42. Os dentes de leite são substituídos pelos permanentes, por volta dos 7 meses de idade. Os gatos andam na ponta dos dedos. As patas do gato possuem receptores muito sensíveis que levam informações, na velocidade da corrente elétrica, até o cérebro: exploram coisas novas, sentem os alimentos, a velocidade do que passa sobre elas. O gato doméstico pode correr a uma velocidade de 50 km/h Quase 10% dos ossos dos gatos se encontra na cauda, e esta é responsável pela manutenção do seu equilíbrio. O gato doméstico é a única espécie que consegue manter a sua cauda ereta enquanto anda. A cauda também é demonstrativo do estado de humor do gato. Um gato é capaz de pular 5 vezes a sua altura. O gato sempre cai de pé, desde que o tempo de queda seja suficiente, para que ele gire seu corpo e se defenda da queda, amortecendo o impacto.

No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.c., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto. No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.c., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido. O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia.

Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas.

Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas.

Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.

Gematria_consiste em uma técnica para explicar uma palavra ou um conjunto de palavras, conferindo um valor numérico a cada letra.

Geomancia_É uma arte divinatória de origem árabe que se desenvolveu na Idade Média. O nome tem origem grega e significa “adivinhação pela terra”. Para prever o futuro, o “futurólogo” desenha pontos na areia ou na terra e, através deles, forma imagens capazes de dar indicações sobre a vida do consulente.

Gilgul_Na Cabala, a Roda da Reencarnação, é chamada de Gilgul Neshamot, o que significa, literalmente, A RODA DAS ALMAS. Se quisermos ver além da aparência de um inocente punido ou um maldoso recompensado, precisamos examinar essa roda de forma metafórica. Eu a imagino como uma enorme roda, nas bordas de nossa galáxia, com todas as almas encravadas ao seu redor, como estrelas. Gilgul Neshamot seria então uma roda em movimento constante e acompanhando o seu movimento as almas vêm até a Terra e vão de volta até ela, num ciclo eterno de nascimento, morte e renascimento. Até que o processo termine e a reencarnação não seja mais necessária.

Gilles de Rais_ foi um soldado e lutou em diversas batalhas contra os ingleses. Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade. Lutou ao lado de Joana D'Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gnomos_A palavra gnomo foi primeiramente usada por Paracelso (médico e alquimista que escreveu ótimos livros) no séc. XVI para nomear os elementais da terra. Gnomo deriva do grego Gnosis que significa saber, isto se deve ao conhecimento oculto que estes têm da terra como onde encontrar metais e pedras.

Gnosticismo_Designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas eram as da antiga Gnose (palavra grega que significa conhecimento), com influências do neoplatonismo e dos pitagóricos. Este movimento reivindicava a posse de conhecimentos secretos que, segundo eles, os tornava diferentes dos cristãos alheios a este conhecimento. Originou-se provavelmente na Ásia menor, e tem como base as filosofias pagãs, na Babilônia, Egito, Síria e Grécia. O gnosticismo combinava alguns elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas, mistérios de Elêusis, bem como os do Hermetismo. Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico, mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria. É usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua essência eterna, centelha divina, pela via do coração. É uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.
O Gnosticismo usa de explicações metafísicas e mitológicas para falar da criação do universo e dos planos espirituais, mas nunca deixa de relacionar esse mundo externo e mitológico a processos internos que ocorrem no homem.

Golden Dawn, Ordem da_A Golden Dawn (Aurora Dourada), foi a segunda sociedade ocultista mais importante do século passado. Foi criada em 1880 por quatro membros da S.R.I.A. (Societas Rosecruciana in Anglia). Sua reivindicação era a de ser a verdadeira herdeira dos primórdios do rosacrucianismo e dos princípios de Cristian Rosenkreutz, baseando-se num misterioso conjunto de manuscritos cifrados, oriundos de Westcott. De posse desses documentos cifrados, encontraram em meio a estes, uma carta com o endereço da Fraülein Ana Sprengel originária de Nuremberg. Mais tarde descobriu-se que esses documentos foram na verdade, criados por eles.

Golem_foi criado no ano de 1580 em Praga pelo Rabi Yehuda Loevy, conhecido como o Maharal de Praga.
Yossef, ou Golem, foi criado a partir dos quatro elementos (fogo, terra, água e ar) através do conhecimento cabalístico do Maharal que obteve permissão Divina de recorrer a forças espirituais especiais para criar um ser como o Golem.
Ele era um ser sagrado, sem vida (desprovido de alma), e andava e obedecia a todas as ordens do Maharal. Era extremamente forte, mas não podia se expressar através da fala, pois este dom é privilégio exclusivo das almas Divinas.
Golem foi criado com o objetivo de proteger os judeus que foram ameaçados de extermínio através da intriga de seus inimigos e os salvou poupando muitas vidas. O Golem transformou o pesadelo do extermínio em salvação.
Quando o povo judeu não sofria mais ameaças, sua existência perdeu sentido, pois sua missão já fora cumprida.
Quem visita Praga atualmente poderá entrar na sinagoga do Maharal, local provável onde está enterrado o Golem, mas a presença de pessoas é vetada neste recinto, porque conforme os relatos, ela perde a própria vida.

Grande Mãe_Gaia, Mãe Terra_Antes de o homem ser criado, só havia terra e ar e antes mesmo de existir o ar e a terra, se necessitava de um lugar para estes se manifestarem. Este lugar era o Caos: que era o lugar onde existia só a possibilidade de ser. No sonho do Caos só existia o Pensamento, que crescia e palpitava e este Pensamento estabeleceu a Ordem. Tão poderoso e eficaz foi este Pensamento que chamou a si mesmo de Eros, e ao pronunciar aquele nome, o Caos se transformou no Momento. Do Caos e Eros surgiram a obscuridade chamada Nyx e o movimento chamado Boreas, o vento.
Em sua primeira dança cósmica, Nyx e Boreas, giraram em movimento arrebatado e frenético até que tudo que era denso e pesado descendeu, e tudo que era leve ascendeu. A matéria densa era Gaia e de sua chuva e de sua semente proveu sua descendência. A princípio, de Gaia nasceu Urano ou o Céu, que se uniu a ela gerando os gigantes, feios, violentos e poderosos Titãs, os Titânides, incluindo Cronos, o Devorador Pai do Tempo. Urano não tolerava os filhos e logo que nasciam, os empurrava de volta para dentro do útero, para o fundo da Terra Mãe, onde estagnavam pela ausência de luz, atividade e liberdade. Finalmente um deles, Cronos, foi secretamente removido do próprio útero da Mãe Gaia e quando o Pai Urano desceu para cobrir Gaia, esse filho titânico rebelde e irado castrou-o. Depois libertou seus irmãos e irmãs e, com isso deu início à era dos Titãs.
Segundo Hesíodo, o movimento de saída da constelação Urano começa quando Gaia fica sobrecarregada com o fardo dos filhos, que lhes foram socados de volta ao ventre. O incômodo de Gaia, devido ao peso e à pressão dos filhos titânicos em seu útero, prenuncia o início de um plano que trama derrubar seu marido-filho Urano valendo-se de Cronos, o filho heróico.

O sangue de Urano jorrou sobre a terra gerando outros Deuses, como as Erínias (Fúrias), as Meliae (ninfas do espírito das árvores) e os Gigantes. Cheio de mágoa e em conseqüência da mutilação de que fora vítima, Urano morreu.
As representações de Cronos que se seguiram não são muito consistentes; de um lado, dizem que seu reino constituiu a Idade do Ouro da inocência e da pureza, e, por outro lado, ele é qualificado como um monstro, que devorava os próprios filhos. Em grego Cronos quer dizer o Tempo. Este Deus que devora os filhos é, diz Cícero, o Tempo, o Tempo que não sacia dos anos e que consome todos aqueles que passam.
Da união de Gaia e Urano nasceram também: Hipérion, Japeto, Réia ou Cibele, Temis, Febe, Tetis, Brontes, Steropes, Argeu, Coto, Briareu, Giges.
Dizia-se que o homem nascera da terra molhada aquecida pelos raios de Sol. Deste modo, a sua natureza participa e todos os elementos e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda em seu seio. No mito grego, não há nenhuma razão que explique o porque, Gaia e Urano, depois de terem criado tantas coisas bonitas, geraram os titãs, filhos violentos, de força horrorosa e terrível. No entanto, sua chegada significa o fim de uma antiga ordem.
A Terra, às vezes tomada pela Natureza, tinha vários nomes: Titéia, Ops, Vesta e mesmo Cibele.
Algumas vezes a Terra é representada pela figura de uma mulher sentada em um rochedo. As alegorias moderna descrevem-na sob traços de uma venerável matrona, sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando uma cornucópia cheia de frutos. Outras vezes aparece coroada de flores, tendo ao seu lado um boi que lavra a terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leão que está aos pés de Cibele. Em um quadro de Lebrum, a Terra é personificada por uma mulher que faz jorrar o leite de seus seios, enquanto se desembaraça do seu manto, e do manto surge uma nuvem de pássaros que revoa nos ares.
Gaia foi também, a profetiza original do centro de adivinhação da Grécia Antiga: o Oráculo do Delfos. O Oráculo, considerado o umbigo da Terra, situava-se onde a sabedoria da terra e da humanidade se encontravam.
Gaia é o ser primordial de onde todos os outros Deuses se originaram, mas sua adoração entrou em declínio e foi suplantada mais tarde por outros deuses. Na mitologia romana é conhecida como Tellus. Gaia é a energia da própria vida, Deusa pré-histórica da Mãe Terra, é símbolo da unidade de toda a vida na natureza. Seu poder é encontrado na água e na pedra, no túmulo e na caverna, nos animais terrestres e nos pássaros, nas serpentes e nos peixes, nas montanhas e nas árvores.
Quando falamos do arquétipo da Terra, estamos também inevitavelmente nos referindo ao arquétipo do Céu, e à relação entre os dois. É só depois que separamos o que está aqui embaixo com o que está lá em cima, que entenderemos o simbolismo do que está acima que é leve, claro, masculino e ativo, e a Terra, que está abaixo e é pesada, escura, feminina e passiva.
A humanidade como um todo reunida em torno do arquétipo Terra está associada tanto à este mundo que é corpóreo, tangível, material e estático, quando ao seu simbolismo oposto do Céu que está ligado ao outro mundo, incorpóreo, intangível, espiritual e dinâmico. Para entendermos o arquétipo da Terra e da Deusa Mãe Terra, devemos entrar em contato com as contradições Céu e Terra, Espírito e Natureza.
A imagem patriarcal cristã da Terra, durante a Idade Média, era sem nenhuma ambigüidade, negativa, ao passo que o arquétipo positivo do Céu era dominante. A parte decaída inferior da alma pertencia ao mundo da Terra, enquanto que sua verdadeira essência que é o "espírito", se originava no lado celestial masculino de "Deus", ou do Mundo Superior. O lado terreno então, deveria ser sacrificado em nome do Céu, porque a Terra era feminina, pertencendo ao mundo dos instintos, representada pela sexualidade, sedução e o pecado.
Esta autonegação do homem desperta em nós não apenas espanto, mas horror, em virtude da natureza humana terrena, ser considerada repulsiva e má. Depreciação da Terra, hostilidade para com a Terra, que nos alimenta e protege, são expressão de uma consciência patriarcal fraca, que não reconhece outro modo de ajudar a si mesma a não ser fugir violentamente do domínio fascinante e avassalador do terreno. Foi somente a partir da Renascença que a Terra libertou-se desta maldição, tornando-se Natureza e um mundo a ser descoberto que aparece com toda a sua riqueza de criatura viva, que já não estava em oposição com um Espírito Céu da divindade, mas na qual a essência divina se manifesta. O espírito que de agora em diante será buscado é espírito da Terra e da humanidade.
Como se respondesse a nossa atual crise de meio ambiente, o nome Gaia se escuta hoje em dia por todas as partes. Existe a "Hipótese de Gaia" do físico James Lovelock, que propõe que o planeta terra seja um sistema auto-regulado; a "consciência de Gai", que instiga para que a terra e suas criaturas sejam consideradas um todo e simplesmente e o termo "Gaia", que expressa reverência faz do planeta um ser vivo de que toda a vida depende. A esse fenômeno está associada a idéia que só uma personificação do planeta pode devolver-lhe uma identidade sagrada, de modo que seja possível estabelecer uma nova relação entre os seres humanos e o mundo natural.
Não é coincidência que m pleno século XXI regresse a mentalidade grega para formular essa experiência, posto que no Ocidente a última Deusa da Terra foi Gaia. É certo que na mitologia clássica a Deusa já tinha a mesma posição de Mãe Suprema de todo o ser vivo que tinha no período Neolítico, no entanto, a terra seguiu sendo inclusive em filosofia, um ser vivo (zoon), segundo a terminologia platônica. Essa consciência perdeu-se nas referências judias e cristãs em essa perda se faz evidente no modo em que passamos a tratar a terra como se fosse matéria morta. Fica óbvio, portanto, que Maria, a Deusa Mãe reconhecida pela igreja cristã, tenha adquirido todos os atributos das Deusas Mães, exceto o de Deusa da Terra.
No entanto, no século VII a. C., a realidade de uma só Deusa havia passado à história e a unidade original da terra e do céu se havia perdido na lenda dos inícios. Hesíodo que, como Homero, em torno de 700 a. C., evoca essa época tal como sua mãe se recordava. Sugere, talvez, como uma cultura de uma Deusa que ficou na lembrança através das histórias transmitidas de geração para geração, no colo das mães:
"Não de mim, sim de minha mãe, procede ao conto de como a terra e o céu foram uma vez uma só forma".
As imagens mitológicas da Grande Mãe, Criadora do Universo, são numerosas, como numerosos são estágios da revelação do ser dela, mas a forma mais difundida e conhecida de sua manifestação, a forma que define sua essência é a de Terra Mãe.
Reverenciar os princípios femininos e a consciência da Deusa Gaia, nos ajuda a nos colocar em contato com a beleza e a magia da natureza e todas as suas criaturas.
Reconhecer esta Deusa da Natureza, como nossa Mãe Terra amorosa, ajuda a expandir nosso respeito ao meio ambiente e nossa busca do equilíbrio entre as energias masculinas e femininas, para que, em lugar de competir, trabalhemos juntos, para o bem individual e coletivo.
A maioria das mulheres, já lançam mão da sabedoria da Deusa, para ocupar seu espaço na terra e no presente milênio.
Vamos deixar que a Deusa renasça, se expresse em nossas intenções, vontades e desejos, para que possamos extrair de nosso corpo os movimentos sagrados de sua dança e deixar que embale nossos sonhos.
Reverenciar Gaia não requer nenhuma fé, a simples consciência das manifestações da natureza que ocorrem a nossa volta, já é o bastante para absorvermos sua energia. Nos conectarmos com Gaia é mais simples ainda:
Caminhe descalços na terra, areia ou grama, a sensação é deliciosa;
Em uma praça ou jardim, feche os olhos e tente identificar o cheiro das flores;
Coma seu alimento de cada dia consciente que tudo é presente de nossa Mãe Terra;
Abrace um bebê e admire conscientemente o milagre da vida;
Sente-se na grama e observe as formigas trabalhadeiras em seu diário trabalho de sobrevivência;
Coloque os pés descalços na terra e brinque de árvore, enraizando-se e sugando a seiva da Terra;
Você mesma pode inventar seu ritual, desde que esteja em contato com a Natureza.

Grécia, Magia da_No apogeu da civilização grega os rituais de feitiçaria desafiavam o poder da lógica e da razão dominantes. Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor. Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.

Grimório_Um grimório, ou grimoire é um livro de encantamentos, rituais e encantações mágicas. Geralmente constitui um pequeno livro, rico em ilustrações simbólicas
Na sua maioria, os grimórios datam do século XVI ao XVIII, embora os seus compiladores afirmem que os seus conteúdos se baseavam em textos antigos, de preferência hebraicos, célticos,caldaicos, bretanhos ou egípcios...
Grimório significa breviário dos bruxos, eram livros de encantamentos, rituais mágicos, de natureza, aparentemente, religiosa, que reuniam fórmulas para fazer contato, invocar e realizar rituais. No mundo bruxo, os grimórios são poderosos livros escritos por famosos e antigos bruxos.

Guaita, Estanislau de_Fundador da ordem cabalística Rosacruz em Paris, Guaita era morfinômano. Seus adversários acusavam-no de feitiçaria e de ter assassinado vários inimigos. Morreu de overdose de morfina.

Gurdjieff, George Ivanovitich_ Seus ensinamentos se dirigem às nossas perguntas mais essenciais:
Quem sou eu?
Por que estou aqui?
Qual o propósito da vida, e o da vida humana em particular?
Ainda jovem, Gurdjieff buscou sem descanso respostas práticas à estas perguntas e se convenceu de que elas se encontravam nas tradições antigas Através de muitos anos de pesquisa e prática ele descobriu respostas, e passou o que tinha aprendido a uma forma compreensível ao mundo ocidental. Gurdjieff afirmava que, devido às condições anormais da vida moderna, nós não funcionamos mais de maneira harmoniosa. Ele ensinou que para nos tornarmos harmoniosos, devemos desenvolver novas faculdades — ou realizar nossas potencialidades latentes— através do “trabalho sobre si mesmo”. Ele apresentou seus ensinamentos e idéias em três formas: escrita música e movimentos, que correspondem a nosso intelecto, emoções e corpo físico.

15 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "F"

Feitiçaria_Feitiçaria designa a prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs, por parte de adeptos da Bruxaria com vista à obtenção de resultados ou objetivos. Pode estar relacionada com cultos às forças da natureza ou aos antepassados já falecidos, sendo que está também frequentemente relacionada com o uso de artes consideradas mágicas, à invocação de entidades , como por exemplo, espíritos e deuses, ou no emprego de diversas formas de adivinhação.
Os praticantes e líderes da feitiçaria, designados de feiticeiros, gozavam de uma considerável influência social em diversas comunidades, sendo encarados como líderes religiosos ou conselheiros.

Feitiçaria, Ato de_Na Inglaterra, o Ato de Feitiçaria , promulgado em 1735, por um lado proibia a feitçaria, ao passo que tambem estipulava que a feitiçaria não existia e que qualquer pessoa que clamasse possuir poderes sobrenaturais seria processada. Mas foi somente em 1951 que a legislação britânica eliminou a última referência à feitiçaria de seu Código Penal.

Flamel, Nicolas_O mais célebre alquimista francês. Dizem que seu nascimento ocorreu no ano de 1330, perto de Pointoise, no seio de uma família muito humilde, apesar de haver recebido educação de um letrado. Uma de suas obras mais conhecidas é O Livro das Figuras Hieroglíficas, em cujas figuras se escondem os processos da Grande Obra. Flamel previu que um dia ou outro seria detido, sobretudo desde que se suspeitou que possuía a Pedra Filosofal. Antes que se iniciasse sua perseguição, idealizou um meio de evitar sua detenção: fez publicar a notícia da sua morte e da sua mulher chamada Perrenelle. De acordo com seus conselhos ela fingiu uma enfermidade que seguiu um curso fatal, e segundo suas instruções, quando a encontrassem morta, estaria aguardando-o na Suíça. Em seu lugar se enterrou um pedaço de madeira coberta com algumas prendas, e para cumprir o cerimonial estritamente, se celebrou o ato fúnebre numa das capelas que ela mesmo havia construído. Pouco depois ele recorreu ao mesmo estratagema; e como o dinheiro abre todas as portas, não custou muito ganhar a confiança de médico e eclesiásticos. Flamel deixou um testamento no qual dispunha que o enterrassem com sua mulher e se levantasse uma pirâmide sobre suas sepulturas; e enquanto este sábio autêntico viajava para reunir-se com sua esposa, enterrou-se um segundo pedaço de madeira em seu lugar. Desde aquelas datas, ambos levam uma vida muito filosófica, dedicados a viajar e a ver países. Esta é a verdadeira história de Nicolas Flamel, não a que você acredita nem a que se pensa em Paris, onde muito pouca gente têm conhecimento da verdadeira sabedoria.
Há outros numerosos testemunhos e relatos, que dão fé da sobrevivência de Flamel. É muito curioso que todos eles concordam num ponto: o filósofo e sua esposa se retiraram à Índia quando se encontraram na Suíça, onde ela o havia precedido para fazer os preparativos da grande viagem.

Flammarion, Nicolas Camille_ Sua obra e suas convicções influenciaram a geração que sucedeu ao codificador, na França e no Brasil, e tornaram-se a base da Metapsíquica nascente. As obras sobre a vida de Flammarion são raras. Na nossa língua encontramos pequenas biografias de poucas páginas, há algumas resenhas sobre seus livros de temática espírita na "Revue Spirite" publicada por Allan Kardec, seu discurso no túmulo de Allan Kardec, publicado pela FEB em "Obras Póstumas" e os dados biográficos inseridos nos três livros "Allan Kardec" de Zêus Wantuil. As principais fontes deste trabalho, entretanto, devemos à gentileza de Alexandre Rocha, e são o livro autobiográfico "Memórias Biográficas e Filosóficas de um Astrônomo", escrito no início do século XX, onde Flammarion relata sua infância, seu contato com o Espiritismo, suas atividades e produção relativas à astronomia. Outro documento também relevante foi um fragmento de um discurso pronunciado por Flammarion em 1923, na British Society for Psychical Research. Entre os tipos de atividades que realizou, Flammarion mediu estrelas duplas e realizou cálculo de suas órbitas, estudou a direção das correntes aéreas, fez estudos higrométricos do ar, analisou a rotação de corpos celestes, confeccionou mapas de Marte e escreveu trabalhos sobre a constituição física da Lua.

Fludd, Robert_ Tesoureiro da rainha Elizabeth, estudioso de Paracelso, membro da Christ Churc, foi dono de extraordinária erudição. Amou as ciências exatas e demonstrou possuir raro espírito de observação, sendo ao mesmo tempo filósofo, médico, anatomista, físico, químico, matemático e engenheiro. Adversário dos "peripatéticos" (os que seguem a filosofia de Aristóteles), e em geral de toda a filosofia pagã, introduziu na Inglaterra a filosofia natural e a teosofia de Paracelso e de Cornélio Agripa. Tal como Paracelso esforçou-se por formar um sistema de filosofia fundado na identidade da verdade espiritual e física.

Fort, Charles_foi um escritor estadunidense e pesquisador de fenômenos anômalos. Charles Hoy Fort, um norte-americano que viveu na primeira metade do século XX (morreu em 1932), foi um colecionador de fatos insólitos e um dos precursores de realismo fantástico. Entre os incríveis fenômenos catalogados por Fort, destacam-se as chuvas estranhas.

Fortune, Dion_Saída da Ciência Cristã, desde cedo teve seu interesse voltado para o ocultismo e foi na frase "Dio non Fortuna", que ela se inspirou para adotar o seu pseudônimo esotérico.
Por volta de 1910, sofreu uma agressão mágica. Sua aura, a concha fechada que protege o indivíduo dos impactos das influências externas foi rompida neste ataque e sua saúde foi abalada. Este fato direcionou seu interesse para a psicologia e posteriormente, para o ocultismo.
Sua vitalidade foi diminuindo cada vez mais, até que em 1919 foi admitida na "Alpha and Omega Lodge of the Stella Matutina", uma sucursal da "Golden Dawn". Foi a partir dai que ela aprendeu a energizar e dirigir seu poder inato para fins mágicos.
Em 1924 fundou a famosa ordem místico/mágica:
“Society of the Inner Ligth", com sede na Inglaterra, uma sociedade iniciática para a manutenção e sobrevivência das antigas tradições esotéricas ocidentais.
Nos últimos dias de sua vida contatou Aleister Crowley e, como ele, utilizou a corrente secreta sexual polarizada dirigida para a magia. Sua novela "Moon Magic", publicada postumamente, descreve a sacerdotisa de Isis que vem para restaurar o paganismo para o mundo que tinha perdido o contato com as forças elementais, para tornar a vida realmente dinâmica.

Fox, Irmãs_Em dezembro de 1847 uma família metodista de nome Fox alugou uma casa em vilarejo típico de New York chamado Hydesville. Nessa família havia duas filhas de nome Margaret de 14 anos e Kate, de 11 anos. Em 1848 surgiram na casa ruídos, arranhões, batidas, sons semelhantes ao arrastar de móveis que não deixava as meninas dormir, a não ser no quarto de seus pais. Tão vibrantes eram esses sons que as camas tremiam e moviam-se. As irmãs Fox iniciaram o diálogo com o espírito batedor, fato este que passou a história do Espiritismo como o episódio de Hydesville.
Passado esse acontecimento no qual as meninas ficaram conhecidas, estas iniciaram sessões em New York e em outros lugares, triunfando em cada ensaio a que eram submetidas. Durante esses atos de mediunidade pública, em que provocavam indignação às moças entre pessoas que não tinham a menor idéia do significado religioso dessa nova revelação, entre aqueles cujo interesse estava na esperança de vantagens materiais, as irmãs estiveram expostas ás enervantes influências das sessões promíscuas de tal maneira que nenhum espírita conhecedor da problemática ousaria assim proceder. Naquela ocasião os perigos de tais práticas não eram tão notados quanto agora, nem ao povo ocorria que não era possível que espíritos elevados baixassem a terra para dar conselhos acerca das ações das estradas de ferro ou soluções para os casos amorosos. Contra a sua formação moral das quais jamais houve qualquer suspeita, mas elas tinham enveredado por um caminho que conduz a degeneração da mente e do caráter, embora só muitos anos mais tarde tivessem manifestado os mais sérios efeitos.

Em 1852, o Dr. Elisha Kane, de origem puritana, pois considerava a Bíblia como a última e definitiva palavra de inspiração divina, encontra Margaret e com ela veio a casar-se. Kane estava convencido de que a jovem estava envolvida em fraude e nas cartas que lhe enviava a acusava continuamente de viver em erro e hipocrisia. Kane estava convencido de que a irmã mais velha de Margaret, Leah, visando fins lucrativos estava explorando a fraude.
O casamento durou até 1857, ocasião em que a viúva, então se assinando Mrs. Fox-Kane, abjurou os fenômenos por algum tempo e foi recebida na Igreja Católica Romana. Em 1871, depois de mais de 2O anos de trabalho exaustivo, ainda as encontramos recebendo entusiástico apoio e admiração de muitos homens e senhoras importantes da época. Só depois de 4O anos de trabalhos públicos é que se manifestaram condições adversas em suas vidas. Foi em 1871 que, graças a generosidade de Mr. Charles Livermore, eminente banqueiro de New York, Kate Fox visitou a Inglaterra. Era um sinal de gratidão do banqueiro pela consolação que havia recebido de sua força maravilhosa e um apoio para o progresso do Espiritismo. Ele proveu todas as suas necessidades e assim evitou que ela tivesse de recorrer ao trabalho remunerado.

A visita de Fox à Inglaterra evidentemente foi considerada como uma missão. A recém-chegada iniciou suas sessões logo depois do seu desembarque. Numas das primeiras, um representante de "The Times" esteve presente e publicou um relato da sessão, realizada em conjunto com D. D. Home, grande amigo da médium. Isto se lê num artigo sob o título "Espiritismo e Ciência" que ocupou 3 colunas e meia em tipo saliente. O representante de The Time diz que Miss Fox o levou até a porta da sala, convidou-o a ficar de pé a seu lado e segurou-lhe as mãos, o que ele fez, "quando foram ouvidos fortes golpes, que pareciam ser das paredes e como se fossem dadas com os punhos. Os golpes eram repetidos a pedido nosso, qualquer número de vezes".
A 14 de dezembro de 1872 Miss Fox casou-se com Mr. H. D. Jencken, um advogado londrino, autor de um "Compêndio de Direito Romano Moderno", e secretário geral honorário da Associação para a Reforma e Codificação do Direito Internacional. Foi ele um dos primeiros espíritas da Inglaterra. Assim relata Crookes, um encontro com Miss Fox, quando as únicas pessoas presentes era ele, sua senhora, uma parenta e a médium. "Eu segurava ambas as mãos da médium numa das minhas mãos, enquanto seus pés estavam sobre os meus. Havia papel sobre a mesa em nossa frente e eu tinha um lápis na mão livre. Uma luminosa mão desceu do alto da sala e, depois de oscilar perto de mim durante alguns segundos, tomou o lápis de minha mão e escreveu rapidamente numa folha de papel, largou o lápis e ergueu-se sobre nossas cabeças, dissolvendo-se gradativamente na escuridão". Muitos outros observadores descrevem fenômenos similares com a mesma médium em várias ocasiões. Os detalhes das sessões poderiam encher um volume.

É opinião do Professor Butlerof da Universidade de São Petersburgo que, depois de investigar os poderes da médium em Londres, escreveu em The Spiritualist em 1876: "De tudo quanto me foi possível observar em presença de Mrs. Fox sou levado à conclusão de que os fenômenos peculiares a esse médium são de natureza fortemente objetiva e convincente e que, penso, seriam suficientes para levar o mais pronunciado cético, desde que honesto, a rejeitar a ventriloquia, a ação muscular e semelhantes explicações dos fenômenos".

Mr. Jencken morreu em 1881 deixando a viúva com duas filhas. Margaret tinha se juntado a irmã Kate em 1876 e permaneceram juntas por alguns anos, até que ocorreu o lamentável incidente envolvendo a família. Parece que houve uma discussão amarga entre a irmã mais velha, Leah e as duas moças. É provável que Leah tivesse sabido que havia então uma tendência para o alcoolismo e tivesse feito uma intervenção com mais força do que tato... Alguns espíritas também interferiram e deixaram as 2 irmãs meio furiosas, pois tinha sido sugerido que os 2 filhos de Kate fossem separados dela. Procurando uma arma - uma arma qualquer - com a qual pudessem ferir aqueles a quem tanto odiavam, parece que lhes ocorreu - ou, de acordo com o seu depoimento posterior, que lhes foi sugerido sob promessa de vantagens pecuniárias - que se elas injuriassem todo o culto, confessando que fraudavam, iriam ferir a Leah e a todos os confrades no que tinham de mais sensível.
Ao paroxismo da excitação alcoólica e da raiva juntou-se o fanatismo religioso, pois Margaret tinha sido instruída por alguns dos principais espíritos da Igreja de Roma, e convencida - como também ocorreu com Home durante algum tempo - que suas próprias forças eram maléficas, no que ficou reduzida a um estado vizinho da loucura. Antes de deixar Londres, escreveu ao New York Herald denunciando o culto, mas sustentando numa frase que as batidas "eram a única parte dos fenômenos digna de registro". Chegando a New York, onde, conforme sua subseqüente informação, deveria receber certa quantia pela sensacional declaração prometida ao jornal, teve uma verdadeira explosão de ódio contra sua irmã mais velha.

Posteriormente, um ano após o escândalo de Margaret, esta fez extensa entrevista à imprensa de New York denunciando a tentação do dinheiro e admitindo haver dito falsidades contra os Espíritos pelos mais baixos motivos. "Praza Deus" - disse ela com voz trêmula de intensa excitação - "que eu possa desfazer a injustiça que fiz à causa do Espiritismo quando, sob intensa influência psicológica de pessoas inimigas dele, fiz declarações que não se baseiam nos fatos". Mais adiante pergunta o entrevistador. "Havia alguma verdade nas acusações que a senhora fez ao Espiritismo?" - "Aquelas acusações eram falsas em todas as minúcias. Não hesito em dizê-lo... Não. Minha crença no Espiritismo não sofreu mudanças. Quando fiz aquelas terríveis declarações não era responsável por minhas palavras".
Tanto Kate quanto Margaret morreram no começo do último decênio do século e seu fim foi triste e obscuro. Todavia, as idéias espíritas disseminadas através de seus feitos, ora através do cansativo alfabeto das batidas, ora por eventos espetaculares cuja causa era a mediunidade de ambas, prepararam o terreno para a codificação, que se seguiria sob a diretriz do Espírito da Verdade e a coordenação segura de Allan Kardec.

Frazer, James George_Antropólogo, folclorista e historiador das religiões escocesas (Glasgow, 1854 - Cambridge, 1941). Autor de O Ramo de Ouro (1890-1915), Frazer tinha como idéia básica descobrir o fundamento das religiões no folclore.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "E"


Eckankar_é um Novo movimento religioso que incide sobre exercícios espirituais que permitem aos praticantes experiência que seus seguidores chamam de "a Luz e Som de Deus." Criada por volta de 1964 pelo norte-americano Paul Twitchell, essa organização visa promover o estudo e desenvolvimento espiritual. Tendo como base a Viagem Astral, possibilitando dominar ou conhecer os mistérios do universo.

Ectoplasma_O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e tomando forma por influência de um campo organizador específico à mente dos encarnados e desencarnados. Facilmente fotografado, de cor branco-acinzentada, vai desde a névoa transparente à forma tangível. O Ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispíritica (duplo etéreo), pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica

Egito, Livro dos Mortos do_Ressurreição e vida futura, a grande idéia central da imortalidade, o viver no além túmulo, a natureza divina e o julgamento moral dos mortos, tudo isso está na coleção de textos religiosos que é o Livro dos Mortos, cujo verdadeiro nome é "Saída para a Luz do Dia" e é o 1º livro da humanidade.

Elementais_Os elementais são pequenos seres, considerados os primos dos anjos, que protegem a natureza. Sua missão é estimular as forças do universo e governar os 4 elementos : Fogo, Ar, Água e Terra. Assim como os anjos protegem os seres humanos, eles protegem as plantas e os animais.
Estão sempre trabalhando para que a natureza funcione mecanicamente e, quando isto ocorre, eles assumem seu aspecto real, aparecem como pontos luminosos ou pequenas luzes coloridas no ar.
Os elementais podem assumir qualquer forma, num piscar de olhos, mas ao se fazerem visíveis, geralmente assumem as formas e padrões humanos de camponeses medievais, por causa da Egrégora (forma de pensamento) que se criou em torno deles. Na realidade, eles ficam felizes em assumir uma forma que já existia.
Os pesquisadores afirmam que alguns elementais se parecem muito com os habitantes da antiga e extinta lemúria. Carregam ferramentas, bastões, grinaldas, cinturões e podem aparecer das mais variadas formas. Isso só vai depender da imaginação da pessoa que os visualiza.
Os protetores dos elementos estão divididos em grupos de acordo com o seu domínio e são eles : Silfos, Salamandras, Ondinas, Gnomos, Duendes, Elfos, Dríades e Fadas.

Elfos_São encontrados nos bosques, nas algas de beira mar e nas gramas. Costumam ser mau-humorados, principalmente quando as pessoas causam algum mal ao ambiente que estão protegendo, portanto pise na grama com cuidado, não arranque musgos e líquens. Se você encontrar um cogumelo, provavelmente um Elfo o terá plantado.

Elixir da Longa Vida_O Elixir da Longa Vida ou Elixir da Imortalidade era uma panacéia universal que era buscada pelos alquimistas e poderia curar todas as doenças, prolongando a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina.

Embalsamar_Os antigos egípcios acreditavam que os deuses visitariam uma múmia e asseguraria ao morto vida eterna. Convencidos de que o corpo deve ser conservado intacto se um homem pretende obter vida eterna, eles preservavam os corpos num processo de embalsamamento.
Eras Astrológicas_Eras Astrológicas são definidas pelo tempo que demora o transito do ponto vernal (equinócio de primavera -HN) por uma constelação zodiacal e leva o mesmo nome da constelação por onde estiver passando.
No equinócio de Primavera para o hemisfério norte, ou de Outono para o hemisfério sul, quando o Sol ilumina igualmente ao Norte e ao Sul, sua trajetória aparente no céu, a eclíptica, cruza com o equador celeste, definindo um ponto chamado de ponto vernal. Este ponto de intersecção projetado no Céu é que determina o começo do signo de Áries, o começo do Zodíaco tropical.
É a projeção deste ponto vernal no Zodíaco sideral, no momento do equinócio, que se movimenta a cada ano em direção oposta ao sentido crescente das constelações zodiacais. A este movimento retrógrado do ponto zero do Signo de Áries, é que se lhe chama de Movimento de Precessão dos equinócios e é ele que determina a sucessão das Eras.
O movimento de precessão é devido a um movimento cíclico do eixo da terra, que tem um período de 25 920 anos. Por tanto, o inicio do zodíaco tropical (Ponto zero do signo de Áries), da uma volta completa no zodíaco sideral em 25 920 anos, ficando aproximadamente 2 160 anos em cada constelação e 70 anos por grau.
Este movimento foi detectado por primeira vez por Hiparco de Nícea (190 – 120 a C) e foi conhecido como o Grande Ano de Platão, ou Grande ano zodiacal. O Grande mês deste ano é o que determina as Eras Astrológicas, com uma duração aproximada de 2 160 anos. Atualmente este ponto está entre a constelação de Peixes e a constelação de Aquário, por isso dizemos que estamos entrando na Era de Aquário.
Em 1929, a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações oficiais. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário localiza, em princípio o início da Era de Aquário por volta de 2600 d.C. Cálculos mais apurados chegam a: 2638 d.C. (Elsa M. Glover), 2654 d.C. (Max Heindel) ou 2680 d.C. (Shepherd Simpson).
O cálculo do inicio da Era de Peixes a partir das constelações definidas pelos astrônomos em 1929 seria no ano 498 d.c.
O inicio das Eras astrológicas é calculado a partir da entrada do ponto vernal (equinócio) nas constelações como foram definidas pelos astrônomos, que partiram do modelo proposto por Tolomeu que a sua vez respeitou as figuras que foram criadas por seu povo.
Mais que fatos astronômicos, fatos culturais e históricos podem indicar a passagem das Eras.
Em cada Era manifesta-se uma Inteligência e Sensibilidade sintonizada ao significado do Signo do Zodíaco que a rege e do Signo oposto complementar. No estudo de uma Era deve ser considerado o eixo dos signos envolvidos. Assim, por exemplo, ao estudar a Era de Peixes, tem que se levar em conta, sem lugar a dúvida, a força do signo de Virgem presente no Poder e desenvolvimento da Razão, da Ciência e da Tecnologia e da maior produção de conhecimento do mundo físico e da Natureza nos últimos milênios.

Esotérica, Doutrina_É toda uma doutrina que atualmente se diferencia das doutrinas com raízes cristãs.

Espiritismo_O termo "Espiritismo" é sinônimo de Doutrina Espírita, porém, freqüentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo, ou confundido com cultos afro-brasileiros.
O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec.
Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião.
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "D"

Daemon Daimon_Nas obras herméticas originais e nos clássicos antigos, esta palavra tem um significado idêntico ao de “deus”, “anjo” ou “gênio”.


Dee, John_Dee perscrutou os mundos da ciência e da magia. Um dos homens mais instruídos de seu tempo, já lecionava na Universidade de Paris antes de completar trinta anos. Era um divulgador entusiasmado da matemática, um astrônomo respeitado e um perito em navegação, treinando muitos daqueles que conduziriam as viagens exploratórias da Inglaterra. Ao mesmo tempo, estava profundamente imerso na filosofia hermética e na chamada magia angélico-cristã e devotou a última terça parte de sua vida quase que exclusivamente a este tipo de estudo. Para Dee e para muitos de seus contemporâneos, estas atividades não eram contraditórias, mas aspectos de uma visão consistente do mundo.


Demiurgo_ A palavra Demiurgo significa “Construtor, Artífice” e é habitualmente referida, em termos cosmogónicos, relativamente ao surgimento e formação dos Universos. Foi usada por antigos e notáveis filósofos gregos, nomeadamente por Platão e, a partir daí, por diferentes escolas e autores, com maior ou menor propriedade. Visto que Platão expôs, na medida do possível, e sob os necessários véus, partes relevantes da Ciência Espiritual, é normal que, na exposição da Cosmogonia Oculta, se recorra por vezes a essa palavra.
Poder-se-á imediatamente pensar que “Demiurgo” designa, então, o Deus-Pai Criador de tudo quanto existe; porém, essa é uma formulação simplista e incorreta, que não pode, sem mais, ser subscrita pela Sabedoria Esotérica.


Dervixes_Também chamados de sufis, os dervixes são seguidores do Sufismo, vertente mística do Islã que surgiu no século 7 junto com a doutrina do profeta Muhammad. Inicialmente, os dervixes eram ascetas radicais, que abandonaram a vida material em nome de um completo aprofundamento na fé.
Só mais tarde começaram a se agrupar em irmandades, com características distintas entre si, mas sempre tendo por bandeira o crescimento interior como forma de integração com o criador.
"Enquanto um islâmico comum pode orar a Deus por obrigação, o sufi tem por objetivo unir-se a Ele", diz sheik Muhammad Ragip, representante da ordem dervixe turca Halveti Jerrahi no Brasil. Segundo ele, porém, o fato de relegarem os aspectos materiais não os torna superiores.
"Cada um tem uma função destinada por Deus. O fiel que se preocupa mais com a matéria, mas segue o Corão, também será recompensado por Allah", afirma sheik Ragip.
Além do estudo do Corão, os dervixes têm várias práticas voltadas para o autoconhecimento e a conexão com o Sagrado. Um dos rituais mais conhecidos é o Sama, no qual os místicos giram durante horas, atingindo um profundo estado de transe devocional.
No Sama, há orientações específicas quanto às posturas que o fiel deve adotar: por exemplo, deve-se girar apenas em sentido anti-horário, com a mão direita voltada para o céu e a esquerda para o chão - segundo crêem, dessa forma o poder de Deus o ritual mais conhecido dos dervixes é o Sama, a chamada oração em movimento, em que os fiéis giram por horas, entrando em êxtase profundo entra pela palma da mão direita, passa pelo corpo e então sai pela palma da outra mão, difundindo-se pela terra.


Dionísio_ Deus grego equivalente ao romano Baco, especificamente deus do vinho, das festas, do lazer, do prazer, do pão e mais amplamente da vegetação, um dos mais importantes entre os gregos e o único deus filho de uma mortal. Seu culto deve ter vindo da Trácia, Lídia ou Frígia para a Grécia aproximadamente no oitavo século a.c. e onde inicialmente com sua forma de touro, freqüentemente liderava as Maenads barulhentas, bacantes, sátiros, ninfas e outras figuras disfarçadas para os bosques. Eles dançavam, esquartejavam animais e comiam suas carnes cruas, em um ritual que originalmente nada tinha a ver com o vinho. Outro animal cuja forma era assumida por ele era o cabrito. Isso porque para salvá-lo do ódio de Hera, seu pai, Zeus, o transformou nesse animal e quando os deuses fugiram para o Egito para escapar da fúria de Tifon, foi transformado em um bode. Assim, seus adoradores cortavam em pedaços um bode vivo e o devoravam cru, acreditando estar comendo a carne e bebendo o sangue do deus. se estabeleceu inicialmente com muitas restrições, principalmente da aristocracia. Apenas gradualmente é que foram os componentes licenciosos e fálicos do culto moderados, de forma que tomou um lugar seguro na religião dos gregos, inclusive é observado que Homero não o citou como um dos grandes deuses olímpicos. Era filho de Zeus e da princesa Sêmele, filha de Cadmo e Harmonia. Descoberta mais uma traição de Zeus, a sua enciumada esposa Hera disfarçou-se de Beroe e convenceu Sêmele de que ela deveria pedir uma prova de que seu amante era realmente Zeus. Ela dirigiu-se ao amante e ele prometeu que qualquer coisa que ela pedisse lhe seria atendido. Porém ela, como mortal, selou seu destino quando pediu ao seu amante, caso ele fosse o verdadeiro Zeus, que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como andaria no Olimpo. Como era um juramento divino, Zeus lançou-se ao alto, juntou as névoas obedientes e as nuvens de tempestade, relâmpagos, ventos e trovões, e o corpo mortal de Sêmele não foi capaz de suportar todo aquela carga de energia celestial e ela foi queimada até as cinzas. Seu bebê, ainda incompleto, saiu do útero de sua mãe, e alojou-se na coxa de seu pai, até que se completasse a sua gestação e depois o pai enviou o bebê para ser criado pelo casal Ino, sua tia, e Atamas. Entretanto, Hera descobriu que o bebê havia nascido e que estava sendo criado escondido dela e, indignada, levou Atamas à loucura. Atamas caçou o próprio filho, Learcus, como se fosse um veado, matando-o, e Ino, para livrar seu outro filho, Melicertes, da loucura do pai, o atirou ao mar, onde foi transformado no deus do mar Palaemon, em homenagem a quem Sísifo instituiu os jogos do Istmo. Finalmente, Zeus iludiu Hera transformando-o em um cabrito, e Hermes o levou para ser criado pelas ninfas de Nisa, na Ásia, quem Zeus posteriormente transformou em estrelas, dando-lhes o nome de Híades. Quando ele cresceu, descobriu a videira e também a maneira de extrair da fruta o seu suco e transformá-lo em vinho e passou a ensinar a cultura da uva.

Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, a poda dos seus galhos e o fabrico da bebida e assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.

Ensinando sua arte o deus vagou pela Ásia e foi até a Índia, chegou até Cibela, na Frígia, onde a deusa Réia, mãe dos deuses, o purificou e o ensinou os ritos de iniciação e, então, se dirigiu à Trácia. Na sua volta à Grécia, puniu quem se interpôs em seu caminho e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre colocava em seu caminho e instituiu seu próprio culto. Mais tarde ele resgatou a mãe Sêmele dos ínferos e a levou ao Olimpo, onde Zeus a transformou em deusa. Nas lendas romanas, tornou-se Baco, que se transformou em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses. Mais tarde, seu culto se tornou tão difundido que veio a ser cultuado em um momento histórico particular, até mesmo em Delfos, o santuário-chefe de Apolo.

Nos festivais realizados em sua homenagem, que eram basicamente festas da primavera e do vinho, também foi acrescentadas performances dramáticas, especialmente em Atenas, de forma que seu culto pode ser visto ligado ao gênero dramático. Em geral é representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um dardo enfeitado com folhagens e fitas. Também aparece com o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, com uma coroa de pâmpanos na cabeça e dirigindo um carro puxado por leões. Suas seguidoras embriagadas eram chamadas de bacantes e é considerado também o deus protetor do teatro. Em sua honra promoviam-se festas dionisíacas e os ditirambos, que nas origens do teatro grego eram uma espécie de canto coral constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros desse deus.


Druidas_Os Druidas eram sacerdotes e sarcedotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade: a Deusa. Mas eles sabiam que todas as nossas idéias a respeito da divindade eram apenas parciais e imperfeitas percepções do divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais seriam que aspectos de um só Ser supremo - qualquer que fosse a sua denominação - vistos sob a ótica humana.

Eles não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos construídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas mais suaves - principalmente onde houvessem antigos carvalhos - os locais de suas cerimônias. Os druidas eram parte da antiga civilização Celta, povo que se espalhava da Irlanda até vastas áreas no norte da Europa ocidental, incluindo a Bretanha Maior e Menor (Inglaterra e norte da França) e parte do extremo norte da península ibérica (Portugal e Espanha). Dominavam muito bem todas as áreas do conhecimento humano, cultivavam a música, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatônicos. A mulher tinha um papel preponderante na cultura druídica, pois era vista como a imagem da Deusa, detentora do poder de unir o céu a terra. Assim, o mais alto posto na hierarquia sacerdotal druídica era exclusividade das mulheres.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "C"

Cabala_ A Cabala é um método simples e preciso que averigua e define a posição do ser humano no universo.
A sabedoria da Cabala nos diz por que o homem existe, por que nasce, por que vive, qual é o propósito de sua vida, de onde vem e para onde vai quando completa sua vida neste mundo.
A Cabala é um método para alcançar o mundo espiritual. Ensina-nos sobre ele, e ao estudá-lo vamos desenvolvendo um sentido adicional. Com a ajuda deste sentido podemos estabelecer contato com os mundos superiores.
A Cabala não é um estudo abstrato ou teórico, mas pelo contrário, muito prático. O homem aprende sobre si mesmo, quem é e como é. Aprende o que deve fazer agora para mudar, etapa por etapa, passo a passo. Enfoca seu estudo para seu próprio interior.
Toda a experimentação se realiza sobre si mesmo, em si mesmo. É por isso que a Cabala se denomina “A Sabedoria Oculta”. Através dela, a pessoa experimenta mudanças internas, que só esta sente ou sabe que estão acontecendo. É uma atividade, própria, específica e peculiar, ocorre no interior do ser humano.
A palavra “Cabala” se deriva do verbo em hebreu “lekabbel”, isto é, receber. A Cabala descreve os motivos das ações como “o desejo de receber”. Este desejo se refere à recepção de diversas classes de influências. Para isso, cada um está disposto, em geral, a investir um grande esforço. A questão é: Como alcançar o máximo de influências pagando o preço mínimo? Cada um tenta responder a esta pergunta a sua maneira.
Este desejo de receber se desenvolve e cresce de acordo a uma ordem determinada. No início, procura o prazer dos sentidos, depois vai atrás do dinheiro e a honra. Um desejo ainda mais poderoso retorna sedento de poder.
Talvez depois desenvolva a busca da espiritualidade, a qual representa a cúspide da pirâmide. Quem reconhece quão grande é esta meta, começa a buscar os meios para alcançá-la. Ao passar pelos períodos do desejo, a pessoa se familiariza com suas habilidades e limitações.
A Cabala se ocupa do que não podemos capturar nem controlar. Não sabemos como são criados os sentimentos. Maravilhamos-nos ante as experiências do doce, o amargo, o agradável, o áspero, etc. Não conseguimos construir instrumentos científicos para examinar nossos sentimentos, nem sequer no campo da Psicologia, da Psiquiatria e demais ciências humanas. Os fatores da conduta permanecem ocultos a nosso entendimento.
A Cabala é como a matemática dos sentimentos; toma todos nossos sentimentos e desejos, os divide e dá uma fórmula matemática exata para cada fenômeno, a cada nível, para cada tipo de compreensão e de sentimento. É um trabalho de sentimentos combinados com intelecto.
Para os principiantes, a cabala utiliza geometria, matrizes e diagramas. Os que avançam encontrarão uma ciência exata que examina os sentimentos. Ao estudar, sentirão cada sentimento, e ao mesmo tempo o compreenderão. Saberão que nome lhe dar, segundo seu poder, direção e caráter.
A sabedoria da Cabala é um método antigo e provado, mediante o qual o ser humano pode receber uma consciência superior, alcançando a espiritualidade. Este é seu objetivo real no mundo. Se alguém sente um desejo e um anelo de espiritualidade, poderá dar-lhe leito mediante a sabedoria da Cabala, outorgada pelo Criador.
A palavra “Cabala” descreve a meta do cabalista: alcançar tudo aquilo do que o ser humano seja capaz, como ser pensante, a mais elevada de todas as criaturas.
A Astrologia Cabalística emprega o arquétipo da ARVORE DA VIDA para dar luz sobre as tendências mais importantes da personalidade de um ser humano concreto e assim ajudar-lhe a se conhecer para potencializar as boas tendências e metamorfosear as más.
Em nosso caso trabalhamos com a Cabala hebréia cristianizada por considerar que o MISTÉRIO DO GOLGOTA produz uma nova situação no planeta e novas possibilidades para o gênero humano.
Para aqueles que sua ARVORE DA VIDA lhes mostra um THIFERET muito ativo a eleição de um caminho espiritual avaliado pela Tradição ou a eleição de um caminho iniciativo será da maior importância. Mas, muitos caminhos iniciativos - os genuínos- também costumam ter um fundamento na Cabala.

Cabiros_Os cabiros (kábeiroi, em grego), são deuses ctônicos, propiciadores da fertilidade e das riquezas. Costumam ser representados com martelos e tenazes, como auxiliares de Hefesto e deuses do fogo e da metalurgia e usando barretes pontudos.
Seu nome pode estar relacionado ao do deus indiano Kubera, ao grego kóbalos (espécie de pequenos dáimones), ao eslavo antigo kobi ("espírito protetor"), ao alemão Kobold, ao francês gobelin e ao inglês goblin, palavras aproximadamente equivalentes a "duende".
Seu santuário mais famoso se localizava na Samotrácia, embora seu culto se ramificasse por várias regiões, chegando até mesmo a Mênfis, segundo Heródoto. Embora a origem e a natureza dessas divindades menores sejam interpretadas de maneiras diversas pelos mitógrafos antigos, os Cabiros, segundo a tradição mais comum, eram quatro.
Passavam por filhos de Hefesto e Cabiro ou, segundo outras versões, Hefesto, unindo-se a Cabiro, foi pai de Casmilo, tendo este gerado os outros três: Axiero, Axioquersa e Axioquerso, identificados respectivamente com Hermes, Deméter, Perséfone e Hades. Seus locais de culto, além da Samotrácia, encontravam-se em Lemnos, Imbros e nas vizinhanças de Tebas.
Como divindades de mistérios, não podiam ser invocados impunemente, a não ser por iniciados. Integravam normalmente o cortejo de Hera, a protetora dos amores legítimos, já que o ápice de uma iniciação, télos ho gámos, é exatamente o casamento.
Após a época clássica, os Cabiros se tornaram, como os Dióscuros, Cástor e Pólux, os protetores da navegação, daí o conselho de Orfeu para que os argonautas se iniciassem nos mistérios da Samotrácia.

Cacto_grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regiões secas, entre os quais estão os cactos – plantas da Família das Cactáceas. Mesmo atravessando longos períodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos.

Suas formas são variadas, a maioria tem espinhos e alguns dão flores muito vistosas, atraindo insetos, pássaros e até morcegos!

Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com dois centímetros de altura, por exemplo) ou ter até dez metros de altura. Algumas espécies dão frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.

Cagliostro, Alessandro_uma das mais contraditórias e expressivas personalidade dos bastidores espiritualistas do "século das luzes". Nascido em 1748, sua curta e intensa existência encerrou a transição de um longo ciclo de obscurantismo e o alvorecer de novas e sublimes luzes espirituais. Suas curas eram extraordinárias. Oferecer de graça o que de graça recebera, era o seu lema, jamais aceitando qualquer tipo de pagamento pelos benefícios prestados, ao contrário, distribuindo os próprios bens aos necessitados que o cercavam. Críticos historiadores infensos ao novo espiritualismo nascente, o próprio processo inquisitorial que Roma cuidadosa e paciente preparou contra Cagliostro para poder matá-lo, atestam o seu grande poder metapsíquico.

"Ele e seus companheiros foram acusados de ter preparado com sortilégios essa revolução, a queda da Bastilha, a perseguição do clero, etc. Mas o certo, que ressalta da própria sentença do Papa, é que Cagliostro foi apenas clarividente como Gazzotte e a senhora Lille, que no mesmo período profetizaram os diversos acontecimentos que se iam dar".

Em 26 de agosto de 1795, a Revolução Francesa, prevista por ele, encontra-o agonizante, em coma, encarcerado no Castelo de Sant´Angelo, em Roma, pelo crime de ser médium.

Caldéia_A Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica. A região da Caldéia é uma vasta planície formada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em largura. Os Caldeus foram uma tribo que viveu no litoral do Golfo Pérsico e se tornou parte do Império da Babilônia.

Câmara Ardente (Chambre Ardente)_ Tribunal estabelecido pelo rei Luis XIV, para investigar casos de envenenamento ocorridos entre a nobreza francesa, no período de 1679 a 1682. Esses assassinatos estariam relacionados à bruxaria. A expressão “câmara ardente” foi também usada para designar vários outros tribunais que, posteriormente, julgaram casos de feitiçaria e bruxaria.

Campanella, Tomaso_Nascido em Stilo, na Calábria, em 05/09/1568 (faleceu maio 1639), Campanella foi batizado Giovano Domenico Campanella, e depois tomou o nome de Frei Tommaso Campanella, ao receber o hábito dominicano, aos 15 anos (1583), foi a Nápoles em 1589, sem permissão da sua congregação, publicar Philosophia Sensibus Demonstrata (Filosofia Demonstrada pelos Sentidos), em defesa de Telésio. Neste seu trabalho, Campanella reflete a preocupação de Telésio de uma aproximação empírica dos problemas filosóficos. Atitude semelhante Campanella terá mais tarde para com Galileu. A partir de então os escritos de Campanella salientam a necessidade da experiência humana como uma base para a filosofia. O sujeito sensciente (consciência pela via do sentir) sente primeiro a si mesmo e depois o calor, isto é, sente o calor através de si mesmo mudado pelo calor. O livro motivou sua prisão e julgamento por heresia. A audácia de suas idéias e expressões provoca suspeitas e acusações contra ele. Seus pensamentos haviam se afastado tanto da ortodoxia Dominicana que ele foi denunciado à inquisição. Primeiro processo em 1591 e em 1592. É preso sob suspeita de obter conhecimentos de fonte diabólica.

Cassandra_Filha de Príamo e de Hércuba. Recebeu de Apolo o dom de vaticinar o futuro tendo, porém, faltado a uma promessa ao deus, este, para vingar-se, fê-la passar por doida, de modo que, ninguém acreditava nas suas predições. Após a guerra de Tróia, Agamenon levou-a como escrava para a Grécia, onde Clitemnestra a mandou matar.

Castañeda, Carlos_Antropólogo e escritor norte-americano, Carlos César Araña Castañeda nasceu em 1925, em Cajamarca, no Peru. Embora o autor tenha afirmado que nasceu em São Paulo, no Brasil, no seio de uma família abastada de origem italiana, dez anos antes, registros de imigração publicados pela revista norte-americana Time contradizem as suas pretensões.
Não obstante, perduram duas versões quanto ao seu percurso de vida. Enquanto que algumas fontes indicam que em 1948 acompanhou a família na sua mudança para Lima, dando ingresso no Colegio Nacional de Nuestra Señora de Guadalupe e estudando depois Pintura e Escultura na Escola Nacional de Belas Artes, outras dizem ter sido criado pelos avós no interior do Brasil, levado para um colégio interno em Buenos Aires, entrando nos Estados Unidos da América aos quinze anos de idade.
De 1955 a 1959, estudou Parapsicologia na City College de Los Angeles, passando depois à Universidade da Califórnia como estudante de Antropologia e tomando a cidadania norte-americana.
No Verão de 1960 terá conhecido um tal Don Juan Matus, um velho índio pertencente à tribo yaqui, numa estação de camionagem em Nogales, no estado do Arizona. Começando a uma longa amizade, Castañeda veio a descobrir que Don Juan era um feiticeiro, um diablero , pelo que decidiu tornar-se seu discípulo. No curso da sua iniciação, foi-lhe apresentado Don Genaro Flores, um índio mazateca que teria participado no seu processo de aprendizagem. A aprendizagem dependeu particularmente da utilização de alucinógenos, tais como o cacto peyotl e cogumelos psilocibos , como meios para despertar a consciência e alargar a percepção. Temendo um esgotamento nervoso, Castañeda decidiu parar com as experiências em 1965.
Em 1968 publicou The Teachings of Don Juan: a Yaqui Way of Knowledge (Os Ensinamentos de Don Juan), um relato das suas vivências junto dos índios mexicanos. A obra foi apresentada como tese de licenciatura e aceite pela Universidade da Califórnia, que a publicou pela primeira vez, detendo sobre ela os direitos de autor.
Nesse mesmo ano, regressou ao México, dando início a uma segunda fase de aprendizagem que durou até 1971, e da qual resultaria A Separate Reality: Further Conversations With Don Juan (1971). Seguiu-se, em 1972, Journey To Ixtlan: The Lessons of Don Juan , que seria aceite pela sua universidade como tese de doutoramento.
Não obstante o fato de ter visto a sua obra reconhecida a nível acadêmico, têm sido levantadas dúvidas quanto à credibilidade científica de Castañeda, quer pelo fato de nunca ninguém ter visto Don Juan, quer pela ausência de expressões do idioma yaqui. Castañeda publicou onze livros, todos eles dedicados ao onirismo xamânico, que marcaram fortemente a direção do movimento New Age .

Catarina de Médicis_Rainha francesa de origem italiana. Nasce em Florença, filha de Lorenzo de Médici, duque de Urbino. Casa-se aos 14 anos com Henrique, filho do rei Francisco I da França. Mãe de dez filhos tenta influir no reinado do marido, que assume o trono como Henrique II entre 1547 e 1559.
No entanto, é preterida em favor da amante do rei, Diana de Poitiers. Após a morte de Henrique II e de seu filho mais velho, Francisco II, Catarina obriga Diana a devolver as jóias da coroa, com as quais fora presenteada, e a se retirar da corte.
Sobe ao trono Carlos XI, ainda menor de idade, em 1560, e Catarina torna-se regente da França. Esforça-se por conter os conflitos religiosos que dividem o país, procurando manter imparcialidade em relação aos protestantes (ou huguenotes), liderados por Gaspar de Coligny, e aos católicos, liderados pela casa de Guise.
Durante as guerras civis, contudo, que começam em 1562, fica contra os huguenotes. Os confrontos entre os dois grupos são abrandados em 1570 com a instituição da liberdade de culto, mas dois anos mais tarde, no dia 24 de agosto, Coligny é executado e as tropas dos Guise matam 300 mil huguenotes, no episódio conhecido como Noite de São Bartolomeu.
Durante o período em que permanece no poder, até 1574, amplia o palácio do Louvre, constrói o palácio das Tulherias e aumenta o acervo da biblioteca de Paris. Morre em Blois em 15.


Cátaros_O mesmo século XII que assistiu ao zelo religioso expressado nas cruzadas, foi também, paradoxalmente, uma época de crescente desilusão com a Igreja católica e com as maneiras terrenas do clero. Desde suas origens humildes como uma entre as muitas seitas do Império romano, a Igreja tornara-se uma instituição de riqueza e privilégio. Com freqüência, padres e bispos viviam no luxo, ao mesmo tempo em que se entregavam a práticas espúrias tais como perdoar pecados em troca de dinheiro. Em grande parte, foi como reação contra o fausto e o esplendor indecoroso da Igreja que o catarismo se enraizou, primeiramente no norte da Itália, e depois por todo o sul da França.
Com medo da repressão da Igreja, os primeiros cátaros mantiveram sua fé em segredo. Em pouco tempo, porém, a seita atraiu tantos seguidores, que pôde passar a agir abertamente sob a proteção de senhores feudais poderosos, capazes de desafiar o papa. No sul da França, o catarismo e outro movimento vagamente semelhante, conhecido como waldensianismo, tornaram-se, na prática, as religiões oficiais.
As teologias cátara e católica estavam em nítido conflito. Do ponto de vista católico, a salvação vinha através do sofrimento físico de Jesus, um ser espiritual que havia ingressado na carne de modo a redimir a humanidade morrendo na cruz. Segundo os cátaros, a redenção da humanidade não vinha da morte de Cristo, e sim do exemplo de vida que levou a terra. Os cátaros negavam também que o mundo físico imperfeito pudesse ter sido criado por um Deus perfeito; tal como os gnósticos e maniqueístas antes deles, os cátaros rejeitavam a visão bíblica da criação e, com efeito, todo o Antigo Testamento. Um cátaro alcançava a salvação mediante o conhecimento da verdadeira origem e destino da humanidade e através da renúncia ao mundo satânico da carne, de uma vida de abstinência e pobreza.
Ao contrário dos católicos, os cátaros acreditam na reencarnação; se uma pessoa fracassasse em uma vida, alegavam, teria a oportunidade de ter sucesso em outra. Rejeitavam o batismo, a cruz como símbolo, a confissão individual e todos os ornamentos religiosos. Os serviços eclesiásticos eram simples e podiam ser realizados em qualquer parte. Consistiam de uma leitura do evangelho, um sermão breve, uma bênção e a Oração do Senhor. A abordagem “de volta ao básico” da liturgia feita pelos cátaros antecipou a simplicidade de algumas das seitas protestantes de épocas posteriores.
O catarismo tinha duas classes, ou graus. Os leigos eram conhecidos como crentes. Não se exigia que seguissem as rígidas regras de abstinência reservadas para os perfecti, ou bonhommes (homens bons) eleitos, que formavam a hierarquia da igreja cátara. Qualquer pessoa que desejasse juntar-se aos perfecti, homem ou mulher, teria que enfrentar um período de prova nunca inferior a dois anos. Durante esse tempo, a pessoa renunciava a todos os bens terrenos, vivia comunalmente com outros perfecti e se abstinha de vinho e carne. Para evitar as tentações da carne, os iniciados não podiam ter qualquer contato com o sexo oposto e faziam um voto de jamais dormir nus. No final do período de prova, o noviço recebia o consolamentum, um rito que combinava características de batismo, confirmação e ordenação, conduzido em público diante de uma grande congregação. Nesse rito, o iniciando respondia a uma série de perguntas feitas por um veterano da igreja, e depois prometia viver uma vida de pobreza, abstinência e obediência a Deus e aos evangelhos.
A igreja católica fez o que pôde para combater a expansão da heresia cátara. Em primeiro lugar, tentou atrair os cátaros de volta ao rebanho despachando missões de catequese formadas por monges cistercianos, lideradas pelo chefe da ordem, o futuro São Bernardo de Clairvaux. Os monges fizeram poucas conversões, e a recalcitrância dos hereges desanimou Bernardo, cujos esforços para alcançá-los foram respondidos por vaias e apupos pelas ruas de Toulouse.
As regiões cátaras do sul da França estavam sob o controle político do conde Raymond VI de Toulouse, também seguidor da fé cátara. O diálogo entre as autoridades cátaras e as católicas interrompeu-se quando um escudeiro do conde assassinou um enviado especial do papa Inocêncio III a Toulouse. O assassinato deixou o papa tão enraivecido que ele, literalmente, não conseguiu falar durante dois dias. Então, ele declarou que os cátaros eram “piores que o próprio sarraceno” (termo cristão para os mulçumanos) e convocou uma cruzada para varrer a heresia de uma vez por todas. Seu apelo foi respondido com presteza por muitos cavaleiros franceses, levados a agir por diversas razões. Tratava-se da primeira cruzada dirigida contra o inimigo na Europa, de modo que não exigia nem o tempo, nem as despesas necessárias para uma cruzada na Terra Santa. Também, além da salvação prometida a todos os que se unissem à cruzada por quarenta dias pelo menos, os recrutas podiam contar com a posse dos despojos materiais do território conquistado.
A cruzada (Albigense) foi lançada em 1209, com vinte mil cavaleiros montados à frente de um enorme exército. Em sua primeira grande vitória, os cruzados tomaram a cidade de Beziers e massacraram quase todos os habitantes, entre eles muitos que se consideravam católicos leais.


Quando perguntaram ao legado papal como distinguir entre hereges e católicos, dizem que ele respondeu:

“Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus”.
Contudo, a fé cátara era forte e as legiões papais enfrentaram um a longa luta. Quase quarenta anos se passaram antes que os cruzados esmagassem a última resistência armada e células secretas de fiéis cátaros sobreviveram por mais meio século. Uma medida do peso do catarismo sobre seus seguidores pode ser vista na disposição destes para o martírio. Milhares de pessoas, diante da opção entre a morte e a conversão ao catolicismo, negaram-se a renunciar a sua fé. Morreram, às vezes de fome, acorrentados às paredes de calabouços, mas em geral queimados publicamente em grandes piras. Diante da perseguição e da tortura, alguns optaram pelo rito cátaro da Endura, uma forma santificada de suicídio pelo jejum.
Assim, por mais um quarto de século se estenderia esta guerra e em 1243 o arremedo de resistência da região havia cessado quase que completamente. Dentre os pontos que ainda resistiam, o mais importante foi Montségur.

Sitiada durante dez meses e resistindo bravamente, capitulou em março de 1244.
Mesmo parecendo exterminado, o catarismo não morreu. Grupos isolados continuaram a exercê-lo influenciando vários outros grupos que depois chegaram ao Languedoc: valdenses, hussitas, adamitas, anabatistas e os camitas, que depois se refugiaram em Londres no início do século XVIII.
Os intelectuais modernos têm por hábito considerar os cátaros como sendo sábios, místicos ou "iniciados" detentores de segredos cósmicos. Isto fortalece o poder de uma lenda que diz respeito a um TESOURO CÁTARO.

Entretanto, esta lenda parece ter foros de realidade.
Naquela época corria a notícia de que os cátaros possuíam um fabuloso tesouro místico, muito mais importante do que a riqueza material. No cerco de Montségur, isto é fato, se tem a notícia de que dois fugitivos, dois perfecti, desceram o monte na calada da noite, arriscando as suas vidas para salvarem um precioso tesouro. Foram bem sucedidos!
Presumia-se que este fabuloso tesouro estava escondido em Montségur e depois de salvo nunca mais se ouviu comentários a seu respeito. O fato é que pelo menos vinte, dos que vigiavam Montségur e que pertenciam à milícia invasora, tornaram-se perfecti, devido à impressão neles provocada por algo que presenciaram num festival organizado pelos cátaros, numa trégua que lhes foi concedida devido ao seu fornecimento de reféns , para que pudessem comemorar um certo dia 14 de março.

Celtas_Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a provocar medo nos inimigos.
Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa Brígida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. As cerimônias e os rituais ficavam sob responsabilidade dos druidas, o sacerdote dos celtas.

Os belgas foram à última tribo de celtas que chegou na região da Britânia. Os belgas estabeleceram-se na área onde hoje é a Inglaterra. Foram habitar nas florestas e nas clareiras da região, ao contrário dos outros povos celtas que preferiram morar nas regiões montanhosas.

O príncipe belga mais conhecido deste período foi Cimbelino. Com sua capacidade de conquistas, tornou-se senhor de quase toda região sudeste da Inglaterra. Fundou nesta área a cidade de Camulodunum, próxima a cidade inglesa atual de Colchester.


Ceromancia_ A ceromancia é a leitura da sorte por meio da interpretação da chama e da cera da vela. A palavra vem da junção de cero (cera) e mancia (forma de adivinhação).
A leitura pode feita de duas formas: queimar uma vela e lançar a cera sobre uma superfície lisa, seca e preferencialmente de madeira. Devem ser feitas perguntas diretas e objetivas. Depois que a cera esfriar na superfície, deve observar as figuras formadas. São elas que representam os problemas e as possíveis soluções para a pergunta feita.
Para utilizar essa técnica é preciso estar em um lugar calmo e silencioso.


Chacras_Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital. Antes de mais, é necessário saber que não somos apenas um corpo físico.
Tal como todos os sistemas do Universo, o Ser Humano é um ser energético e, mais do que isso, ele é um verdadeiro transformador de energia.
O ser humano é composto por vários corpos, desde o mais denso (Físico) ao mais subtil (Causal), por Centros Energéticos (Chacras), por Canais (Nadis), Meridianos, Órgãos, Glândulas, Músculos, Plexos de Nervos, etc.
Todo este composto energético é resultante da dinâmica entre a energia Yin (feminina, receptiva) e de energia Yang (masculina, ativa).


Os quatro Corpos:
Corpo Físico (formado pelo Corpo Físico Denso e pelo Corpo Físico Etéreo) e que todos sabemos o que é, porque o vemos;
Corpo Emocional (corpo subtil, de maior vibração energética, onde se alojam as emoções);
Corpo Mental (corpo ainda mais subtil e de maior vibração energética, onde se alojam os pensamentos, as idéias, etc.);
Corpo Causal (corpo mais subtil ainda e de maior vibração energética que faz a ligação às Energias de Planos Superiores e mais subtis).

Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital.
Os chacras estão alojados no nosso Corpo Físico Etérico que é um corpo energético com uma vibração mais elevada e subtil que a do Corpo Físico Denso e que envolve este completamente; ambos estão ligados por correntes de energia, tal como os outros corpos; o Corpo Físico Etéreo absorve do ambiente níveis subtis de energia e conduz esta energia para o Corpo Físico Denso, através das glândulas endócrinas; o sistema endócrino controla o equilíbrio hormonal do Corpo Físico Denso; desse equilíbrio depende o equilíbrio das nossas emoções; do equilíbrio das nossas emoções depende o equilíbrio da nossa atividade mental... e, por conseguinte, da nossa saúde.
Cada chacra está associado a uma parte de nós mesmos, a uma parte da nossa consciência, a um dos nossos corpos subtis, a uma cor, a uma nota musical, determinados órgãos, funções e sistemas físicos, glândulas, plexo de nervos, a um dos nossos sentidos,
a um dos elementos (Terra, Fogo, Água, Ar, Éter).
Quando um chacra, mesmo que dos menores, está em desequilíbrio, todo o sistema de chacras fica desequilibrado, pois eles estão todos inter-relacionados. Todos os chacras são igualmente importantes e necessários.
Um chacra é determinado pela intersecção de dois ou mais nadis (canais por onde circula a energia). Sabemos que existem mais de 72.000 nadis, portanto, é fácil ter uma idéia de quantos chacras existem no corpo humano. Alguns muito pequenos, e cada um com uma função muito específica correspondendo diretamente a certos órgãos, glândulas e tipos de emoções.
Os chacras estão todos interligados e ficam desequilibrados tanto por "excesso", como por "defeito", ou seja, por hiper atividade ou atividade reduzida. A maior parte das vezes os desequilíbrios são provocados por bloqueios que têm origem nas emoções; porém, é preciso compreender que o processo também é inverso. Este processo está intimamente relacionado com a nossa consciência, e é por isso muito importante realçar que não são os exercícios "exaustivos" para alinhar chacras que fazem aumentar o nosso nível de consciência, mas é exatamente o inverso: quanto maior é o nosso nível de consciência, mais harmoniosamente funcionam os nossos chacras .
Existem sete chacras principais, alojados ao longo da coluna vertebral,

três inferiores:(assim chamados porque localizados abaixo do coração)Chacra Raiz , Chacra do Hara e Chacra do Plexo Solar;

três superiores (porque localizados acima do coração): Chacra Laríngeo, Chacra Frontal e Chacra da Coroa;

e um ao centro, o Chacra Cardíaco que é o ponto de encontro dos dois tipos de energia: Espírito e Matéria.

Circe_Circe, figura legendária da mitologia grega, é retratada como filha de Hélio, deus-sol e da ninfa Pérsia. Por ter envenenado seu marido, o rei dos sármatas, que habitava o Cáucaso, foi obrigada a exilar-se na ilha de Eana, localizada no litoral oeste da Itália.
O nome da ilha “Eana" se traduz como "prantear" e dela emanava uma luz tênue e fúnebre. Esta luz identificava Circe, como a "Deusa da Morte". Era também associada aos vôos mortais dos falcões, pois assim como estes, ela circundava suas vítimas para depois enfeitiçá-las.
O grito do falcão é "circ-circ" e é considerado a canção mágica de Circe que controla tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma.
Antigos escritores gregos citavam-na como "Circe das Madeixas Trançadas", pois podia manipular as forças da criação e destruição através de nós e tranças em seus cabelos. Como o círculo, ela era também a tecelã dos destinos.
Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões.
O arquétipo de Circe é, antes de tudo, a figura de uma mulher independente, consciente de seus desejos e sua feminilidade. Circe representa o amor, a paixão irracional e um poder incrível. Ela nos traz à luz da nossa força interior, que não só representa a sexualidade, mas também os tesouros do inconsciente.
A grande mensagem contida no mito Circe reside no fato de nos permitir ver e aceitar os desafios que nossa jornada nos propõe e de assumirmos a responsabilidade de nossas escolhas. Circe nos encoraja a fazermos bom uso de nosso poder interior, para ditarmos o caminho de nosso próprio destino.

Circe nos diz que:
Depois da dor, vem o saber
Do saber, surge o crescimento
O crescimento nos leva a transformação
Da transformação emana o poder.

Círculo_Quem deseja realizar práticas meditativas, relaxamento, limpeza espiritual ou rituais variados deverá escolher um lugar especial que será seu Centro de Poder ou Círculo Sagrado.
Escolha-o com calma, e uma vez que o encontre saiba que deverá nutrir este espaço todos os dias, mantendo-o limpo, organizado e livre de qualquer forma de energia negativa, pois é neste lugar que se darão as tuas comunicações com o Universo. Quando o tenha definido, senta-te por um momento no chão, toca cada lugar com tuas mãos, caminha ou deita-te onde sente que seja o teu Círculo Sagrado. É importante que marques este lugar de alguma maneira como teu espaço. A seguir inunda este lugar com tua energia inspirando e expirando pela boca como se estivesse enviando um vento de luz brilhante ou chamas douradas que queimam todos os detritos presentes no ambiente, estas chamas movem-se em todas as direções. Em certo momento notarás que o lugar está limpo, pois ele adquire um aspecto brilhante, onde se pode perceber luzes que cintilam ao teu redor; então será a hora de realizar respirações mais pausadas e longas, para que desta forma possas expandir tua consciência e tua aura. Poderás notar que existe uma aquietação, ou um aumento de temperatura, mas certamente em poucos dias sentirás diferença entre fazer um exercício dentro de teu Círculo Sagrado ou realizar a mesma prática sem nenhum tipo de cuidado ou sem delimitar um lugar adequado.
Uma das funções do Círculo De Poder é conter, fortalecer e intensificar as energias criadas e invocadas no ritual. Também serve para proteger de influências hostis ou distrações externas.
O perímetro onde se realiza o ritual deve ser adequado em tamanho e funcionalidade, pois depois que se cria o círculo para realizar um exercício não se deve abandonar o lugar, pois tal procedimento poderá desfazer a função protetora de um espaço sagrado e permitir que energias contrárias entrem para perturbar ou causar algum problema no decorrer do ritual.
O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o mundo dos Deuses. Dentro dele atuamos além de tempo, limite e espaço.

Clariaudiência_Clariaudiência segundo a Doutrina Espírita é a faculdade mediante a qual o médium ouve vozes, sons, palavras, ruídos, sem a utilização do sentido da audição física, que estão além da percepção normal de nossa audição física comum.

Clarividência_A clarividência é a capacidade de ver com clareza. É a visão da própria alma, que percebe a realidade num nível mais amplo e elevado. Seu surgimento é conseqüência natural do desenvolvimento espiritual humano na medida em que a pessoa devota-se ao crescimento interior e aproxima-se de estados de consciência sutis.

Concentração_A concentração é o uso da mente focada em um determinado objeto; é a capacidade de abstrair-se num ponto, focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar. Por isso é uma tarefa difícil que exige muito controle mental. Ao tentar a concentração vai notar que não conseguirá por muito tempo, pois divagará em outros pensamentos que invadirão sua mente sem serem convidados. A mente não pára nunca de produzir pensamentos, por isso é tão difícil controlá-la. Aprender a se concentrar exige, em muitos casos, uma mudança de paradigmas.

Condores, Cidade dos_Em 1965 foi descoberta na região de Payatea , no versante oriental dos Andes , uma imensa cidade de 42 quilômetros quadrados (Do Bulletin mensuel de la Religion do Soleil Inca , Soleil Inca , 25 Passage des Princes , Paris .) É conhecida como a Cidade dos Condores por causa das numerosas esculturas dessas aves de rapina encontradas nos muros.
Também foram encontradas figuras que representam criaturas com grandes auréolas sextavadas e raios solares em volta da cabeça. A arquitetura da Cidade de Condores é de estilo muito diferente de todos os outros encontrados no Peru, e suas origens parecem se perder no tempo , ou pelo menos ter a mesma idade da Tiahuanaco antiga , que era antediluviana. Em certos meios circula a opinião de que essa misteriosa cidade , desconhecida do rei Pachacutec em 1450 e dos chachepoyas que moram naquela região da Amazônia peruana , foi possivelmente uma colônia muito progressiva da Atlântida.

Cone de poder_As bruxas e bruxos trabalham com energias. Esse cone de poder nada mais é do que você trabalhar a energia de forma a direcioná-la para seu objetivo. Você foca a sua intenção dentro do ritual.

Conjuro_Imprecação mágica na qual se evocam os Deuses ou as energias do outro mundo.

Consciência_A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.
Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência. Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".

Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.

Corpus-Hermeticum_O conjunto de textos denominado Corpus Hermeticum escrito entre 100 e 300 d.C. no Egito, resulta de um complexo sincretismo religioso, de múltiplas influências. Ocorreu no período da Pax Romana (Paz Romana), que colocou o Egito em contato com o restante do Império. Escrito na primeira pessoa por Toth ou Hermes Trismegisto (três vezes sagrado), contando as coisas que lhe revelou seu contato com o nous, espécie de divindade absoluta. Durante os séculos seguintes, atribuiu-se erroneamente a esses textos uma exagerada antigüidade, situando-o na época das grandes pirâmides. Tal atributo lhe valeu uma leitura reverente e atenta que teve importante influência na ciência do Renascimento, quando quase tudo o que fora escrito na Antigüidade era lido como revelação fundamental.

Correspondências_O Bruxo usa a correspondência para controlar as forças sobrenaturais. A lógica atrás dessas associações é obvia. Mercúrio, o mais rápido planeta que órbita ao redor do Sol, corresponde a mercúrio, o mais móvel dos metais. Vênus, sob o nome grego de Afrodite, pode ter sido identificada com o cobre porque a ilha de Chipre, o maior produtor de cobre da Antiguidade, era lugar consagrado a essa deusa. Marte está associado ao cavalo, ao ferro, à guerra e à cor vermelha (sangue). É sabido também que a cor vermelha está associada, até hoje, à paixão, à rebelião, à sexualidade, etc.

Cósmica, Consciência_Consciência, conhecimento, de que, como ser vivo, cada pessoa se encontra ligada a todos os seres do Universo.

Coven_Coventículo ou Conciliábulo é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo, dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família. Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida. Um Coven mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora. Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.
Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro. Mais que tudo, um Coven é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A união é uma simbiose mágica. O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos.

Reza o ditado: "Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue" .

Cristalomancia_é o uso dos cristais ou pedras semipreciosas para supostamente prever o futuro; podendo ser por meio da uma bola de cristal ou de jogos com pequenas pedras.A bola de cristal é um instrumento das artes adivinhatórias, muito popular entre os videntes. A cristalomancia é também muito praticada pelas bruxas, mais com um propósito filosofico.

Cristianismo_Ao contrário do que se pensa, o
cristianismo não foi imediatamente adotado pelo povo europeu ao ser declarado religião oficial do Império Romano. Esta conversão dos Romanos ao catolicismo teve motivos políticos, e não teve grande penetração fora dos centros urbanos. A grande massa da população permaneceu fiel a seus deuses antigos. Os cultos antigos, então, receberam a denominação pejorativa de "pagãos" (pagani, plural de paganu, "morador do campo"), por ter como foco de resistência à nova religião o povo dos campos, longe das cidades e das zonas de comércio e ensino.

Os
missionários cristãos, com o tempo, passaram a ter mais aceitação nas cidades, mas continuavam sendo repelidos no campo, nas montanhas e nas regiões distantes, verdadeiros enclaves da Antiga Religião. Houve ainda uma tentativa de reativar o paganismo e o culto aos Deuses antigos como religião oficial do Império Romano. Esta última esperança deveu-se ao Imperador Juliano (conhecido como "O Apóstata"), que reinou no século IV AC. Mas, como sabemos, essa tentativa não foi frutífera, derrubada pela própria conjuntura da época, onde já se pressentia o poder de manipulação, domínio e intriga do cristianismo, evidenciado nos séculos seguintes.

Um dos ardis utilizados pelos cristãos era o de apropriar-se de festividades pagãs como orações religiosas de sua própria religião. Assim, por exemplo, o festival do solstício de inverno, onde se comemorava o nascimento do Deus-Sol, transformou-se no Natal cristão. Também o festival de Samhain, comemorado em intenção dos mortos, recebeu o nome de Dia de Todos os Santos, logo seguido pelo dia de Finados. A despeito destas tentativas, as tradições pagãs continuaram mantendo sua força. A partir de um decreto do Papa Gregório, os cristãos também se apossaram dos locais sagrados da Antiga Religião e, derrubando os templos ali existentes, erigiram suas igrejas. Os Deuses de cada santuário foram transformados em santos e santas (um exemplo é Santa Brígida, da Irlanda, na verdade a Deusa Bhríd, protetora do fogo e dos partos).

Quando os cristãos deram-se conta da importância da Deusa-Mãe para as pessoas, aumentaram a proeminência da virgem maria no culto cristão. Mitos e práticas pagãs foram, sistematicamente, absorvidas, distorcidas e transformadas em ritos cristãos. Esculturas de temas pagãos foram incluídos em igrejas e capelas.

O maior exemplo de sincretismo entre costumes pagãos e cristãos é o cristianismo irlandês, que ainda hoje conserva hábitos célticos mesclados a liturgias cristãs. Os padres tinham a seu favor o tempo, o poder e a força. Os pagãos tinham que lutar sozinhos contra a profanação de seus templos, crenças e costumes. Desta maneira, o povo simples dos campos foi acostumando-se à nova religião, e gradualmente, foi sendo convertido. Mas os sacerdotes restantes da Antiga Religião não se renderam à nova ordem. Juntamente com pessoas ainda fiéis às antigas crenças, mantiveram o culto ao Deus de Chifres e à Deusa Mãe.

As
crenças pagãs, enfatizando a adoração aos Deuses e a realização dos festivais de fertilidade, foram amalgamando-se à magia popular, criando a Bruxaria Européia. A magia popular consistia em um conjunto de feitiços feitos com o uso de ervas, bonecos e diversos outros meios. Estes feitiços tinham como objetivo a cura, a boa sorte, atrair amores, e fins menos nobres, como a morte de algum inimigo. São práticas desenvolvidas a partir do que restara da magia simpática pré-histórica, unidas ao conhecimento xamânico dos povos bárbaros.

Os teólogos cristãos passaram então a sustentar que a
Bruxaria não existia. Assim, pretendiam terminar com a credibilidade dos bruxos e anular sua influência. Foi um período de relativa paz para a Arte. Mas logo os cristãos perceberam que seus esforços para exterminar completamente o paganismo não haviam dado resultado. Fizeram então mais uma tentativa: transformaram o Deus de Chifres na personificação do Mal, do Antideus, do Inimigo.

A natureza dos Deuses pagãos é completamente diferente da do todo-poderoso "senhor de bondade" dos cristãos. Nossos Deuses são quase "humanos", pois têm características tanto "boas" quanto "más". A teologia cristã já pressupunha a existência de um antagonista a seu jeová (o "Satan" hebraico do Antigo Testamento e o "diabolos" do Novo): um Inimigo. Ele ainda não possuía forma definida e, quando era representado, o era em forma de serpente, como a que persuadiu Adão a comer a fruta da árvore da Sabedoria. Dando a seu satã a forma do Deus de Chifres (notadamente de deuses agropastoris como Pã e Sileno, dotados de cascos de bode e pequenos cornos), os cristãos conseguiram iniciar um clima de terror e medo em relação aos praticantes da Antiga Religião, o que os forçou a praticarem seus ritos em segredo.

Mas a era mais triste da Arte ainda estava por vir: a
Era das Fogueiras. A situação da igreja até o século XIII era caótica. Facções adversárias lutavam entre si, cada uma degladiando-se em favor de um dogma. Nos numerosos concílios realizados, ora uma das facções impunham sua visão, ora outra. Isso favorecia um desmoralizante "entra-e-sai" de dogmas, o que desacreditava a Igreja. Algumas destas facções também criticavam a corrupção e o jogo de poder dentro da classe sacerdotal, e levantavam dúvidas sobre o poder espiritual do papado. Foi então criado um instrumento de repressão: o Tribunal de Santa Inquisição consistia em um corpo investigatório ignorante, brutal e preconceituoso, dirigido pela ordem dos Dominicanos.

Sua função primordial era a de acabar com as facções que se opunham a Igreja (denominadas "heréticas"), através do extermínio sistemático de seus membros. Exemplos destas facções "heréticas" eram os cátaros, os gnósticos e os templários. Com o tempo, os cristãos perceberam outro uso para seu Tribunal. Ainda persistiam Cultos aos Deuses Antigos, e, graças a transformação do Deus de Chifres no Demônio dos Cristãos, eram acusados de delitos absurdos, como o canibalismo, a destruição de lavouras (acusar de tal crime uma Religião dedicada à manutenção da fertilidade das colheitas é, no mínimo, ridículo) e muitos outros. Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII.

Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do "crime de feitiçaria". Em 1486 foi publicado o Malleus Malleficarum ("Martelo das Feiticeiras"), escrito pelos dominicanos Kramer e Sprenger. O livro, absurdo e misógino, era um manual de reconhecimento e caça aos bruxos, e, principalmente, às bruxas (o livro trazia afirmações surpreendentes, como: "quando uma mulher pensa sozinha, pensa em malefícios"). A partir daí, a Igreja abandonou completamente a postura de ignorar a Bruxaria: pelo contrário, não acreditar na sua existência era considerada a maior das heresias. Iniciou-se então um período de duzentos anos de terror, conhecido entre os bruxos como "Era das Fogueiras".

Mas os bruxos (e também os hereges e inocentes: doentes mentais, homossexuais, pessoas invejadas por poderosos, mulheres velhas e/ou solitárias) não pereciam só em fogueiras: eram também enforcados e esmagados sob pedras. Isso quando não pereciam nas torturas, as quais são tão cruéis e sádicas que não merecem nem ser mencionadas. A
Inquisição tornou-se uma válvula de escape para as neuroses da época: em época de forte repressão sexual, condenavam-se mulheres jovens, que eram despidas em frente a um grupo de "investigadores", tinham todo seu corpo revistado diversas vezes, a procura de uma suposta "marca do diabo" e, por fim, eram açoitadas, marcadas a ferro e violentadas. Terminavam condenadas e executadas como bruxas. Seu crime: serem mulheres jovens, belas e invejadas. Anciãs que moravam sozinhas, geralmente em companhia de alguns animais, como gatos (daí a lenda da ligação dos gatos com as bruxas), eram alvo de desconfiança e logo declaradas "feiticeiras", e assim, assassinadas. A maioria das vítimas dos tribunais de Inquisição não eram verdadeiros praticantes da Arte, mas muitos bruxos pereceram na mão dos cristãos. Aproximadamente nove milhões de crimes como este foram cometidos durante a Inquisição, ironicamente em nome de uma religião que se dizia "de amor". Nunca uma religião demonstrou tanta necessidade de exterminar seus antagonistas como o cristianismo.

A perseguição aos bruxos não se resumiu apenas aos países católicos: espalhou-se pela Europa protestante. Os protestantes não se guiavam pelo Malleus Malleficarum, mas davam razão à sua paranóia através do uso de uma citação do Antigo Testamento: "não deixarás que nenhum bruxo viva". Na
Era das Fogueiras, os praticantes da Antiga Religião adotaram o único comportamento que lhes possibilitaria a sobrevivência: "foram para o subterrâneo", ou seja, mantiveram o máximo de discrição e segredo possível. A sabedoria pagã só era passada por tradição oral, e somente entre membros da mesma família ou vizinhos da mesma aldeia. Como técnica de proteção, os próprios bruxos ajudaram a desacreditar sua imagem, sustentando que a Bruxaria não passava de lenda, ou disseminando idéias de bruxos como figuras cômicas e caricatas, dignas de pena e riso. Por volta do final do século XVII, a perseguição aos bruxos foi diminuindo gradativamente, estando virtualmente extinta no século XVIII. A Bruxaria parecia, finalmente, ter morrido. Mas os grupos de bruxos ("covens") resistiam, escondidos nas sombras. Algo que surgiu nos primórdios da humanidade não morreria assim tão facilmente.

Crowley, Aleister_ Crowley nasceu em 1875, filho de um pastor de uma seita fundamentalista protestante, que também era dono de uma fábrica de cerveja. Seu pai morreu cedo, deixando boas lembranças no menino, mas sua mãe, segundo ele, era uma "estúpida criatura", e as brigas da adolescência logo fizeram com que sua mãe o chamasse de "Besta", apelido que adotou posteriormente e que lhe trouxe boa parte da fama. Na escola se mostrou brilhante e obediente, até que foi culpado injustamente de um pequeno delito e foi posto de castigo, a pão e água, o que piorou sua já fraca saúde. Decidiu ser um homem santo, e cometer o maior pecado, como em uma lenda dos Plymouth Brothers (culto de seu pai) que afirmava que o maior santo cometeria o maior pecado. Na Universidade Crowley finalmente se encontrou. Com muito dinheiro e livre da repressão da família, exerceu todas as atividades pelas quais ficou conhecido: alpinismo, poesia, enxadrismo, sexo e magia, e, dizem, foi excepcional em cada uma delas. Crowley travou contato com a Golden Dawn, uma ordem maçônica de prática ritualística e iniciatória que esteve em seu auge no fim do século passado, quando Crowley a freqüentou. Subiu rapidamente pelos graus da ordem, mas foi barrado por um grupo de pessoas que chegaram a afirmar que a "ordem não era um reformatório". Crowley era desconsiderado pelos intelectuais e desprezado pela burguesia, fato que o pode ter levado a suas inúmeras viagens e expedições de alpinismo.
Crowley pode parecer extremamente arrogante e narcisista em seus escritos, mas isso não parece ser verdade, se examinamos sua vida a fundo. Ele sempre buscou o reconhecimento e aprovação das pessoas, e quando notou que isso não era possível, mantendo sua crítica atroz aos absurdos do puritanismo inglês, ele resolveu aparecer fazendo escândalos, reais ou falsificados, ao estilo do estereotipo "falem mal, mas falem". A Golden Dawn recusou iniciação a Crowley, mas seu chefe, McGreggor Mathers não.
Seus trabalhos mágicos e estudos místicos o levaram as mais diversas partes do mundo, experimentando com todas as formas de catarse e intoxicação, que considerava como bases da religião.
A crença de que existe um grupo de iniciados secretos que carregam o conhecimento humano e são os verdadeiros "chefes" da terra é compartilhada no sentido estritamente literal por muitas pessoas e seitas. Crowley aceitou essa idéia de uma forma ou de outra até o fim da vida, mas empregou diversas interpretações para estas entidades, algumas baseadas na psicologia.
Mas, desiludido com a Golden Dawn, passou alguns meses afastado da magia, e pouco a pouco se reaproximou, trabalhando sozinho. Então numa viagem ao Cairo em 1904, recém casado, sua esposa começou a falar algumas coisas estranhas das quais ela não poderia ter conhecimento. Ela o mandou invocar o deus Hórus.

Dessa invocação surgiu um texto pequeno, de três capítulos, intenso e esquisito, ditado por um dos "ministros" da forma de Hórus conhecida por "Hoor-Paar-Kraat", Harpócrates, Hórus, a criança. Aiwass era o nome dessa entidade, depois reconhecida como o Sagrado Anjo Guardião do próprio Crowley. Com isso três coisas estão subentendidas: Aiwass era um dos "mestres" que regiam o presente Éon, dedicado ao Deus Hórus, seu mentor; era também uma entidade não totalmente separada de Crowley, embora devesse ser tratado como tal alguns poderiam dizer que ele era o self junguiano de Crowley, outros, maldosamente, que era sua Sombra; Crowley demorou cerca de 5 anos para acatar o que o texto dizia. Uma das profecias previa a morte de seu filho, que acabou por morrer mesmo, de doença desconhecida.
Quando finalmente aceitou o Livro da Lei estava em contato com um corpo germânico de iniciados, que em outro livro dele ("The Book of Lies") encontraram um segredo de magia sexual que pensavam ter o monopólio no ocidente. Nem Crowley havia entendido o que tinha escrito, mas aceitou mesmo assim um alta posição hierárquica na Ordem. Era a Ordo Templi Orientis, que até hoje detém os direitos sobre os textos de Crowley posteriores a 1910.
A O.T.O. existe até hoje. Além da O.T.O. que tinha bases maçônicas, Crowley criou um corpo próprio, designado como A.:.A.:.., esse corpo, muito mais velado, deveria servir como que "escola de treinamento" para os "mestres" da humanidade.