23 novembro, 2007

O que dizer aos desinformados



Bem, quando encontramos pessoas que pensam assim, minha primeira recomendação é PACIÊNCIA.


Elas são vítimas de uma desinformação que perdurou muitos séculos, e elas não nos compreenderão da noite para o dia.
Creio que, se essas pessoas forem acessíveis a um diálogo com vocês, seja nosso DEVER tentar explicar a ela que nossa religião é apenas diferente da dela, mas não necessariamente antagônica.
Na verdade, como toda religião, a nossa busca a harmonia pessoal e coletiva e o aperfeiçoamento individual. Creio que esse é o primeiro ponto que vocês devem abordar.


E como a maioria das pessoas que encontramos e que nos discriminam na sociedade brasileira são cristãs, então, devemos explicar-lhes que apenas não somos cristãos, embora não sejamos anti-cristãos.
Isso é muito importante e uma vez que a pessoa escute e compreenda que também buscamos muitos dos ideais cristãos como paz, amor, harmonia, equilíbrio, respeito aos outros e bem estar para todos, então, elas se abrirão melhor a uma conversa mais profunda sobre nossa religião.
Depois desse diálogo inicial, a melhor coisa é mostrar aos cristãos (ou adeptos de outras crenças, mas que também terão referenciais cristãos por terem nascido no maior país católico do mundo) as similitudes entre nossas celebrações da Roda do Ano e as Festas Cristãs - Páscoa e Ostara e Yule e Natal são as mais evidentes.


Normalmente a reação das pessoas será de surpresa, mas a maioria aceitará bem essas comparações e começará a compreender que algumas coisas da religião deles são oriundas das raízes da nossa.
Explique que celebramos os ciclos da Lua e do Sol, que são à base de nossa religião.
Explique o conteúdo comum de um ritual: que não fazemos sacrifícios animais (muito menos humanos), que não acreditamos nem que o tal "Senhor Diabo" exista, muito menos o cultuamos, que nossos atos são controlados por nossa crença na Grande Teia e que tudo o que fazemos nos afeta e temos muito maior noção do que não devemos fazer do que se apenas tivéssemos dez leis a nos controlar.


Diga que nossos rituais são celebrações à vida e que cada pessoa está no mundo para servir aos Deuses sendo feliz.
Diga, também, que você sabe que todas as Deusas são uma Deusa e que todos os Deuses são um Deus, no sentido de que nossas religiões só diferem no MODO pelo qual se comunicam com o Grande Mistério, e não no seu âmago. Não obstante, esclareça que seu modo de ver a vida é diferente e que é implícito a nossa religião compreender as religiões diferentes e aceitar a escolha de cada indivíduo como sagrada. Ressalte, também, que nossa religião nos proíbe de tentar converter os outros a bruxaria, que nunca tentamos fazer ninguém ser um bruxo também.

MAS não se surpreenda se essas pessoas já tiverem respostas prontas aos seus argumentos: se você disser que não crê que o diabo exista, talvez escute 
“A principal armadilha do diabo é fazer você acreditar que ele não existe" ou então "Essa Mãe Terra é só outro nome do diabo".


Não se impressione, muitas pessoas são tão doutrinadas a não conceber nada diferente de sua própria religião que se tornam cegas e surdas.


Quanto a essas, não insista.
Simplesmente mostre a elas que você tem o direito de crer livremente em outra coisa diferente e não gaste seu tempo e o dele em discussões inúteis e cansativas.


Ninguém vai mudar a idéia do outro.
SE a pessoa for muito empedernida, mas ainda aberta ao diálogo, ou seja, se ela disser algo como “Mas você não obedece a bíblia?”, responda: 
"Eu respeito à bíblia como uma obra de história importante no desenvolvimento de muitas religiões, inclusive a sua, mas não sigo a mitologia cristã, e, portanto, a Bíblia não guia minha vida" e acrescente “Eu não creio na mitologia cristã como a maior parte da humanidade não crê".


Por incrível que pareça, a grande maioria dos cristãos não sabe que sua crença não abarca a totalidade da humanidade, aliás, não é nem a maior religião em número de adeptos.
Abrir os olhos dos cristãos dessa ignorância a que eles são levados por muitos de seus sacerdotes, explicando que o mundo é bem mais "não-cristão" do que eles imaginam, muitas vezes é uma boa chacoalhada nas pessoas e ajuda a acabar com preconceitos.
Nessa altura, de duas uma: ou a pessoa passará a ver sua religião como mais uma das muitas religiões do mundo, ou permanecerá em uma postura fanática de que tudo o que você faz “é obra do diabo".


E aí, o que fazer? 
Nada! Pergunte se está muito frio ou muito quente hoje!

Quando o preconceito vem da Família




Esse, certamente, é o caso mais delicado de preconceito. As pessoas que querem se tornar, ou já se tornaram bruxos e enfrentam oposições e até mesmo agressões dentro de casa. São vítimas desse caso especialmente os mais jovens, que mesmo muitas vezes demonstrando uma seriedade inequívoca na escolha de uma religião pagã, são perseguidos, torturados psicologicamente ou coagidos para deixar a Bruxaria de lado.

Não invejo vocês: eis um preconceito que nunca enfrentei pessoalmente, mas já acompanhei muitos casos e sei que uma coisa é verdade: PERSISTAM no Caminho, mesmo se a oposição for pesada, se a Bruxaria é a escolha de seu coração.


Pode ser que vocês tenham que esperar alguns anos para, livres da tutela pessoal e material dos mais velhos, poderem exercer sua liberdade de crença. Sei que muitos de vocês têm seus livros das sombras rasgados, altares atirados pela janela, já soube de casos em que o jovem foi levado a sessões de exorcismo, que, obviamente, nada fizeram, a não ser aumentar o ódio entre pais e filhos. Por isso, seja você que me lê um jovem que deseja praticar Bruxaria, ou seja, o pai não pagão, meu principal conselho a ambos é; DELICADEZA, MÚTUO RESPEITO E NÃO-AGRESSÃO.


Mães e Pais:


- Sei que vocês devem estar assustados com essa tal Wicca, Bruxaria e ou Religião da Deusa, e desejam o melhor para seus filhos, aliás, como todos nós que somos pais e mães. É compreensível que vocês desejem que seus filhos sigam a mesma orientação religiosa que vocês, porque todos desejamos que os filhos sejam nosso espelho. Mas nossos filhos não são nossos, não nos pertencem: vocês terão que aceitar a escolha pagã de seus filhos, como eu mesma, terei que aceitar se meus filhos resolverem se tornar cristãos...

Saibam que enquanto seus filhos estiverem seguindo os princípios da Bruxaria, não realizarão nada de "mau" por seus padrões, porque nossa noção de responsabilidade pessoal e conduta são muitas vezes mais exigentes que a de vocês mesmos e sua religião.


Aos pais não pagãos de jovens pagãos eu desejo a tranqüilidade de poderem verificar em seu filho as mudanças provocadas pela Bruxaria.

Sei que o comportamento de seus filhos melhorará sensivelmente, da média do comportamento de outros jovens não pagãos. Se eles estiverem praticando nossos preceitos, estarão exercitando o autoconhecimento, a autotransformação para alcançar o equilíbrio, estará tratando as pessoas com mais compaixão e serão muito mais equilibrados e serenos do que a média dos outros jovens da mesma idade.

Vejam, dêem tempo ao tempo: a Bruxaria não fará mal algum a seus filhos, se essa é a escolha sincera de seus corações.


Filhos pagãos de pais não pagãos:


Compreendam que até a maioridade seus pais são responsáveis por vocês e têm até mesmo do direito de tirar-lhes os livros de wicca e bruxaria e os objetos rituais. Não vejam isso com ódio, vejam como uma prova a passar em sua busca do Caminho dos Antigos, porque é isso realmente o que é. Se vocês estão passando por isso, mas ouviram o chamado da Deusa, ela cantará tão alto em seus corações que nenhuma violência, nem nenhuma privação ou castigo a fará calar.

Por isso, mesmo que tempos difíceis se apresentem tenham certeza de uma coisa: um dia, seus pais compreenderão vocês e mudarão de atitude. Basta que à vontade de vocês seja sincera, seja real. E se for, nada tirará vocês do Caminho.
Compreendam que os atos de seus pais não são - mesmo que vocês os percebam assim, - uma agressão a vocês.

São atos de amor: eles querem o melhor para vocês e, talvez, precisem de algum tempo até perceber que o que eles chamam de melhor talvez seja diferente para vocês. Mas um dia, com o amor que eles tem por vocês, eles não ficarão cegos às suas escolhas.


Lembre-se: você é o maior responsável pelo que seus pais saberão do caminho pagão. Saiba responder as questões deles, faça com que eles se informem, se possível. Seu comportamento é um cartão de visitas de sua religião: seja um bruxo de verdade, lute pelo seu aperfeiçoamento todos os dias, compreenda as outras pessoas, não seja preconceituoso, não agrida sem motivo, NUNCA faça de sua religião uma arma contra ninguém.
Não deixe que a Bruxaria seja um argumento que disfarce outros tipos de problemas, como a disputa entre irmãos ou a briga entre pais separados, onde esse pode ser um argumento de que “o outro" está criando o filho errado. Se você estiver em uma situação dessas, nunca deixe a bruxaria ser argumento para começar brigas e disputas.
Ame os Deuses e celebre os ciclos da Lua e a Roda do Ano como você puder. Ninguém é dono de seus pensamentos, nem de sua alma. Você é livre!

O que fazer diante de agressões mais concretas?




Se você está diante de um empedernido agressor das religiões pagãs entenda uma coisa: você está diante de um fanático.


Essa pessoa é feita do mesmo estofo que são os que usam aviões suicidas em nome de uma guerra santa ou os que matam “em nome do deus único".


Não se iluda; você topa com milhares de fanáticos todos os meses.


Sim, eles devem ser respeitados, sim você tem o direito de chamar a polícia se eles realmente estiverem perturbando você ou seus rituais.

Uma palavra de advertência: nunca os subestime.
Vejo sempre nas religiões pagãs uma atitude muito ingênua em relação à capacidade de agressão dessas pessoas.
Não sejam paranóicos, mas tampouco sejam desavisados. As religiões de umbanda e candomblé já sofrem há muitos anos a agressão de fanáticos - especialmente evangélicos - e até homicídios já houve em nome de "acabar com as obras do demônio".
Não estou querendo estimular nenhum preconceito contra ninguém, ainda mais que os fanáticos criminosos são transgressores das verdadeiras normas de suas religiões, mas é muito perigoso esquecermos que fanáticos há em todo canto e talvez um dia se voltem contra nós, aliás, a quantidade de programas de TV, rádio e jornais especializados evangélicos que há, apontam para nós há algum tempo.


E se um candidato evangélico radical chegar à Presidência, certamente, nossas leis de liberdade religiosa correrão seriíssimo perigo. 
LEMBREM-SE DISSO NA HORA DE VOTAR!

Mas, enquanto essa desgraça não ocorrer (e espero que as Senhoras do Destino nunca o permitam), lembre-se: o Brasil é um país onde a liberdade religiosa é garantida pela Constituição Federal.


Você não pode acionar alguém por dizer que sua religião é "demoníaca", porque a Constituição também garante o direito de livre expressão, mas você pode acionar por dano a imagem alguém que diga que você Fulano de Tal comete homicídios rituais ou “só faz maldades", ou "cultua o demônio", porque isso corresponde à calúnia ou difamação, que são crimes previstos no Código Penal.

Um esclarecimento: muitas pessoas acham que "a wicca precisa ser legalizada".


Ledo engano: não há necessidade disso no Brasil, onde qualquer religião tem abrigo constitucional automático.

Nas horas em que você estiver sendo agredido, lembre-se: cabeça fria. Não devolva os insultos, deixe que insultem você e tenha sempre testemunhas. Isso se você pensa em processar a pessoa.


Ah, sim, sempre! Descubra nome e endereço do agressor.

Mesmo que pretenda acionar a pessoa, lembre-se: você representa nossa comunidade em uma situação dessas, e isso é sua responsabilidade. Como um bom Sacerdote ou Sacerdotisa, mantenha a calma e seja superior, mas NUNCA se deixe humilhar por isso.


Comporte-se com dignidade, controle e não se transforme você no agressor.
Se você vem recebendo ameaças, vá imediatamente à polícia: só a ameaça já é um crime. Se você celebra em lugares públicos, desde que avise previamente as autoridades, a força policial têm OBRIGAÇÃO de garantir o bom andamento de seu ritual (mesmo que entre eles haja algum fanático religioso).

Previna-se contra agressões físicas. Elas podem acontecer em lugares onde os ânimos estão exaltados.


Mais uma vez, procure o apoio das instituições: você tem o direito de ter a religião que quiser, por mais que isso agrida a consciência cristã ou pagã de muitos.

Antes que eu esqueça: se alguém diz que a Bruxaria é uma seita, não uma religião (o que sempre é dito em tom de deboche ou para minimizar a importância de sua crença), explique o verdadeiro conceito de seita: seita é um conjunto de adeptos de uma religião estabelecida, que dela se desvincula e passa a seguir pressupostos diferentes.


Um bom exemplo de seita no Brasil é a chamada igreja católica brasileira, que se distinguiu da católica romana.


Como todos podem ver, não é o caso da Bruxaria, que não deriva de nenhuma outra religião e, pois, não é uma seita.

20 novembro, 2007

Como Lidar com os Agressores


Em primeiro lugar, ter presente muita COMPREENSÃO.


As religiões que pregam "verdades únicas" ou "o deus único" muitas vezes, como entre cristãos e muçulmanos, são embasadas em atividades de conversão.


O que isso significa?


Significa que para elas, é corretíssimo e significa a obediência a ditames imprescindíveis de sua religião, que eles convertam as pessoas a sua própria religião. Então, desde os mais calmos, até os mais fanáticos TODOS eles, não obstante se harmonizem com a idéia de que possam existir religiões diferentes, CRÊEM PIAMENTE QUE SÓ A RELIGIÃO DELES É "A CORRETA" E, PORTANTO ACREDITAM ESTAREM FAZENDO UM BEM A VOCÊ TENTANDO AFASTÁ-LO DA BRUXARIA.


Obviamente, isso não justifica o desrespeito à sua escolha, MAS, é claro que até o cristão mais liberal (se for mesmo cristão e agir de acordo com sua religião) será também alguém que é um catequizador em particular, tentará fazer você "mudar de lado", no dizer deles.


Por isso, não se assuste: se você for obrigado - e todos nós somos - a conviver com o papo de evangelização, acostume-se a calá-lo com frases bem colocadas e gentis, mas firmes.


Imaginemos um diálogo:


“Você precisa ler a Bíblia e largar a bruxaria. Você precisa aceitar Jesus” ou coisa assim. Responda: "Sinto muito, tenho minha própria crença e não vivo a mitologia judaico-cristã”.


Ou "Sou uma Sacerdotisa de minha religião e meu sacerdócio é minha livre escolha".


Ou dê uma tirada de bom humor: “- A bruxaria é falta de Deus em seu coração” ·


Diga: “- Ih amigo, acho que é excesso, eu tenho um monte de Deuses e Deusas em meu coração!”


Normalmente a seriedade ou a brincadeira terá o efeito de você ser deixado em paz.

A convivência com os não pagãos


A maioria de nós não vive em famílias completamente pagãs e temos que aprender a harmonizar essa questão. Precisamos criar mecanismos de convivência onde todos sejam respeitados e ninguém seja obrigado a fazer o que não crê.


Por exemplo, comemore seu Yule ou Litha junto com a festa de natal de sua família, use nossos costumes para partilhar sua celebração com seus familiares.


Quando eles perceberem que as celebrações são celebrações da vida em si, nada mais terão contra a Roda do Ano, tenho certeza.


Tenho visto muitos cristãos alegremente dançarem em volta do mastro de Beltane. Participar e celebrar são atividades que, desde que expliquemos ás pessoas que não farão nenhum compromisso com nossa religião, são ocasiões de aproximação de diferenças, não de conflitos.


E nas outras atividades importantes da vida social? Por exemplo, uma pagã casará com um católico.


O que eles farão? Um handfasting ou uma cerimônia cristã? Os dois? Nenhum deles?


Creio que a resposta variará muito em todos os casos, porém, creio que se ambos são absolutamente convictos da necessidade das bênçãos de sua religião, podem muito bem fazer ambas as cerimônias, desde que a sacerdotisa ou sacerdote oficiantes do handfasting e o sacerdote cristão SAIBAM que a união envolve pessoas de diferentes crenças.


Por favor, não há sentido algum em um pagão praticante ou iniciado abjurar (dizer que abdica) de suas crenças mais sagradas para poder se fingir de cristã e realizar um casamento...

Se não houver harmonia nessa realização das cerimônias, então talvez seja melhor que não se faça nenhum dos ritos, realizando apenas a cerimônia civil.


E também é hora de pensar: casamento significa - mesmo que as pessoas tenham a mesma religião, concessões mútuas e acordos.


É essa mesma a união que você deseja?


É preciso pensar com cuidado e sem preconceitos, sabendo que se você quiser respeito á sua escolha pagã também terá que fazer concessões á religião do parceiro. 
A mesma coisa deve ser decidida em casos de bebês: será um batizado cristão ou uma unção de recém nascido?


Aí a questão se torna mais delicada: o batismo católico coloca a criança dentro da religião católica (embora algumas bênçãos de igrejas protestantes não o façam).


Será que a mãe Sacerdotisa da Deusa deixará isso acontecer? Mais uma vez o casal é que poderá resolver a questão.


Talvez seja melhor que a criança não receba nem uma cerimônia, nem a outra. 
Talvez seja melhor que receba as duas, embora a cristã equivalha a uma rejeição expressa às bênçãos pagãs...


Outra coisa: se você for convidado para madrinha ou padrinho de batizado, a lógica recomenda que NÃO ACEITE, em se tratando do batizado católico. Só alguém que é membro da Igreja católica pode validamente, e de acordo com seus ensinamentos, ser padrinho ou madrinha.

Agradeça o convite, e assuma que AGORA VOCÊ TEM UMA RELIGIÃO DIFERENTE.


Seja coerente com sua escolha religiosa, mesmo que isso implique em você não ser "comadre" daquela irmã ou amiga de que gosta tanto. Há mil maneiras de você ser próxima à criança, não renegue sua religião por um instante de glória social ou pretenso estreitamento de laços de amizade como "madrinha".


A convivência com outros parentes cristãos ou adeptos de outras religiões patrifocais, como pais, sogras, irmãos, tios e tias podem ser muito difíceis.

Recomendo sempre a mesma postura: compreensão calma e tranqüilidade, embora, jamais recomende a covardia.



FIRMEZA EDUCADA é a melhor postura, "Não sogra, não terei meu filho batizado por um padre", "Não amiga, agradeço muito o convite, mas não posso ser madrinha e seu bebe"; "Desculpem, não rezarei o pai nosso, mas me mantenho de mãos dadas com vocês em sinal de respeito, embora essa oração nada signifique para mim e eu recorra a meus Deuses pelas mesmas bênçãos que vocês almejam".


Se por motivos sociais você precisar comparecer a uma missa de formatura, a um culto evangélico, a um culto umbandista ou do candomblé, a uma sessão kardecista, um culto messiânico ou uma cerimônia Rosa-cruz, por exemplo, aja da mesma maneira: silencio respeitoso e não participante. Se você agir assim o tempo e sua FIRMEZA EDUCADA trarão a você RESPEITO. Respeito que você nunca alcançará se estiver acostumada à mentira e à dissimulação.

31 outubro, 2007

Samhaim




Hemisfério Norte: 31 de Outubro/ Hemisfério Sul: 1 de Maio



O Samhaim (sou-en), também chamado de Halloween, Hallowmas, Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Festival da Colheita, é o mais importante dos oito Sabbats dos Bruxos.
Como Halloween, é um dos mais conhecidos de todos os Sabbats fora do Circulo de Bruxas e o mais mal-interpretado e temido.
Samhaim celebra o final do Verão, governado pela Deusa. (Samhaim significa "Final do Verão".)
Samhaim é também o antigo Ano Novo celta / druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos. É o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era à noite em que os mortos retornavam para passear entre os vivos.
À noite de Samhaim é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.
A versão cristã do Samhaim é o Dia de Todos os Santos (1o de novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival pagão.
O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.
Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas destinadas a morrer naquele ano podem ser vistos andando entre as sepulturas à meia-noite de Samhaim. Pensava-se que alguns fantasmas tinham natureza má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malévolos.
Na Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.
Um antigo costume de Samhaim na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro antigo costume de Samhaim era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
Era no Samhaim que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte.
O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertilidade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e cavalos, como oferendas sacrificais.
Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhaim e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.
As artes divinatórias, como a observação de bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica de Samhaim, são tradições pagãs, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Samhaim são maçãs, tortas de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.
Incensos: maçã, heliotropo, menta, noz-moscada e sálvia.
Cores das velas: preta e laranja.
Pedras preciosas sagradas: todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolotas, giesta, maçãs beladona, dictamo, fetos, linho, fumaria, urze, verbasco, folhas do carvalho, abóboras, sálvia e palha.




Ritual do Sabbat Samhaim

Em algumas tradições, é costume a Bruxa jejuar um dia inteiro antes de realizar o Ritual do Sabbat Samhaim.
Após o banho ritual com água salgada para limpar seu corpo e sua alma de todas as impurezas e energias negativas, coloque uma veste cerimonial longa e preta (a menos que prefira trabalhar sem roupa, como fazem muitas Bruxas), use um colar de bolotas feito à mão em torno do pescoço e coloque uma coroa de folhas de carvalho na cabeça.
Comece traçando um círculo de 3 m de diâmetro, usando giz ou tinta branca.
Coloque 13 velas pretas e cor de laranja em torno do círculo e à medida que for acendendo cada uma diga: VELA SAMHAIM DO FOGO TÃO BRILHANTE CONSAGRE ESTE CÍRCULO DE LUZ.
No centro do círculo erga um altar voltado para o norte.
No centro do altar, coloque três velas (branca, vermelha e preta) para representar, cada uma, uma fase da Deusa Tripla.
À esquerda (oeste) das velas, coloque um cálice com sidra e um prato contendo sal marinho.
À direita (leste) das velas, coloque um incensório com incenso de ervas e uma pequena tigela com água.
Diante das velas (sul), coloque um sino de altar de latão, um punhal consagrado e uma maçã vermelha.
Faça soar três vezes o sino do altar e diga: SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO, INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.
Salpique um pouco de sal e água em cada ponto da circunferência em torno do círculo para limpar o espaço de qualquer negatividade ou influência maligna.
Pegue o punhal com a mão direita e diga: OUÇAM BEM, ELEMENTOS, AR, FOGO, ÁGUA E TERRA. PELO SINO E PELA LÂMINA EU VOS CONVOCO NESTA SAGRADA NOITE DE ALEGRIA.
Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com a sidra e diga: EU TE OFEREÇO, OH, DEUSA, ESTE NÉCTAR DA ESTAÇÃO.
Coloque o punhal de volta no altar.
Acenda o incenso e as três velas do altar e diga: TRÊS VELAS EU ACENDO EM TUA HONRA, OH, DEUSA: BRANCA PARA A VIRGEM, VERMELHA PARA A MÃE, PRETA PARA A ANCIÃ. OH DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI ERGO ESTE TEMPLO SAGRADO EM PERFEITA CONFIANÇA.
Pegue o cálice com ambas as mãos e derrame algumas gotas da sidra sobre a maçã, dizendo: AO VENTRE DA DEUSA MÃE RETORNA AGORA O DEUS, ATÉ O DIA EM QUE NOVAMENTE RENASCERÁ. A GRANDE RODA SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. O CICLO DAS ESTAÇÕES NÃO TERMINA NUNCA. ABENÇOADAS SEJAM AS ALMAS DAQUELES QUE VIAJARAM ALÉM PARA O MUNDO ESCURO DOS MORTOS. EU DERRAMO ESTE NÉCTAR EM HONRA à SUA MEMÓRIA. QUE A DEUSA OS ABENÇOE COM LUZ, BELEZA E ALEGRIA. ABENÇOADOS SEJAM! ABENÇOADOS SEJAM!
Beba o restante da sidra e, então, coloque o cálice no seu lugar no altar.
Faça soar o sino três vezes, desfaça o círculo apagando as velas de cores laranja e preta, começando do leste e movendo em direção levógira.
Pegue a maçã do altar e enterre-a do lado de fora para nutrir as almas dos que morreram no último ano.
O Ritual de Samhaim está agora completo e deve ser seguido de meditação, divinação em bola de cristal, recital de poesia mística inspirada na Deusa e uma prece das Bruxas pelas almas de todos os membros da família e dos amigos que passaram para o Plano Espiritual.


A tradicional queima de pedidos de Samhaim

Existem muitos costumes de Samhaim, e a queima de pedidos com certeza é um deles.
O objetivo é acabar com tudo de negativo e atrairmos todas as coisas positivas que queremos para as nossas vidas.
Arranje dois pedaços de papel.
Em um deles escreva tudo aquilo que você deseja afastar de sua vida: doenças, pessoas indesejadas, dificuldades de qualquer tipo, obstáculos etc.
No outro papel, você deve escrever tudo aquilo que deseja realmente atrair para a sua vida. Seja bastante específico, pois as palavras têm um grande poder!
Há uma história conhecida de uma bruxa que pediu simplesmente "amor em sua vida" e no dia seguinte encontrou um gatinho abandonado em seu quintal, precisando de carinho.
Se não é o que você deseja, então especifique bem o que você realmente quer ter.
Também é muito recomendado que, ao final da sua lista de desejos, você coloque a seguinte frase: "Que tudo seja correto e para o bem de todos".
Em seu caldeirão, despeje um pouco de álcool (mas tome muito cuidado), acenda-o e jogue o primeiro papel (aquele que contém as coisas que você quer afastar).
Enquanto ele queima, mentalize o mal sendo afastado de você.
Peça aos deuses que ajudem você nesta missão.
Aguarde o término do fogo.
Quando isso acontecer, coloque um pouco mais de álcool em seu caldeirão e, tomando o devido cuidado, ateie fogo novamente.
Desta vez, queime o papel com a lista de desejos.
Coloque junto das chamas algumas folhas de louro, sempre mentalizando a positividade que você deseja atrair para a sua vida.
Quando o fogo acabar, contemple a fumaça provocada pelas folhas, subindo aos céus, e peça que seus pedidos se elevem ao mundo dos deuses.
Jogue os restos (se houver) em seu jardim ou na natureza, como oferenda.


21 outubro, 2007

Tradições


Falar sobre Tradição não é um assunto simples dentro da Bruxaria.
De acordo com o dicionário “Tradição é um método específico de ação, atitude ou ensinamentos que são passados de geração para geração”.
Por exemplo, na Wicca consiste em um conjunto de rituais, ética, instrumentos e crenças que são passados para os iniciados de um determinado coven, ela mesma é subdividida em diversas Tradições, cada uma com sua própria estrutura, rituais e mitos próprios passados de praticante para praticante.
Mas todas elas seguem um mesmo princípio:

A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais ligados à Lua e ao Sol, os Sabaths e Esbaths.
O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa.
A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos construtivos, nunca destrutivos.
O proselitismo é tido como inadmissível.


Modificada de uma Tradição para outra, a filosofia, os ritos, as concepções são diversas e diferentes e isso acontece, às vezes, dentro de uma mesma linha. Com uma certa freqüência, algumas Tradições não reconhecem um iniciado em outra, o que faz com que muitos praticantes da Bruxaria se iniciem em mais de uma Tradição distinta.
Existem alguns pontos divergentes entre as diversas Tradições, como por exemplo, o Livro das Sombras.
Cada uma possui seu próprio onde são descritos seus Ritos sagrados e as idéias sobre a Divindade. Em alguns casos é comum os integrantes de uma Tradição afirmar que o seu Livro é o único descendente do primeiro Livro das Sombras redigido.
Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia. Algumas são extremamente hierárquicas, enquanto em outras a hierarquia é inadmissível e tida como tabu.
Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros a praticarem Bruxaria sozinhos, enquanto em outras é terminantemente proibido a prática mágica de qualquer tipo fora do Coven e sem a supervisão do Alto Sacerdote ou da Alta Sacerdotisa. Devido à grande quantidade de tradições existentes, e da pouca ou nenhuma informação disponível sobre elas, torna-se difícil escolher uma definida.

Algumas Tradições
Por necessidade, estas definições são gerais, pois cada Bruxo mesmo que faça parte de uma Tradição específica poderia definir seu caminho como sendo diferente.

Tradição 1734: A tradição 1734 de Wiccan foi desenvolvida por Robert Cochrane, um poeta britânico e o filósofo. Procurou restaurar “a velha religião”.
A tradição 1734 é desenvolvida fora de uma série da correspondência entre Robert Cochrane e Joseph Wilson, um americano.
A tradição 1734 não há nenhuma estrutura hierárquica oficial. Focaliza no meditação.
A tradição 1734 usa um arranjo diferente da colocação dos elementos e de seus rituais do que a maioria de tradição de Wiccan.
Tipicamente britânica é às vezes uma Tradição eclética baseado nas idéias do poeta Robert Cochrane, um auto-intitulado Bruxo hereditário que se suicidou através da ingestão de uma grande quantidade de beladona. 1734 é usado como um criptograma (caracteres secretos) para o nome da Deusa honrada nesta tradição.

Tradição Alexandrina: Uma Tradição popular que começou ao redor da Inglaterra em 1960 e foi fundada por Alex Sanders. A Tradição Alexandrina é muito semelhante a Gardneriana com algumas mudanças menores e emendas. Esta Tradição trabalha à maneira de Alex e Maxine Sanders, que diziam terem sido iniciados por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e embasados na Magia cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde a Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada à autoridade máxima. Entretanto, os precursores para ambas Tradições foram homens. Embora similar a Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência do nudismo ritual, são opcionais.
Alex Sanders intitulou-se a certa altura “Rei das Bruxas”, considerando que o grande número de pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o levaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando não de repúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição Alexandrina em suas publicações.

Tradicional Britânica:
Uma Tradição com uma forte estrutura hierárquica e graus. Os Rituais estão centrados na Tradição Céltica e Gardneriana.
Wicca Céltica: Uma Tradição muito telúrica, com enfoques na natureza, os elementos e elementais, algumas vezes fadas, plantas, etc. Muitas “Bruxas Verdes” (Green Witches) e Adeptos do Druidismo seguem este caminho, centrado no panteão Céltico antigo e em seus Deuses e Deusas.


Tradição Caledoniana ou Caledonni: Uma tradição que tenta preservar os antigos festivais dos escoceses e às vezes é chamada de Tradição Hecatina.


Tradição Picta: É uma das manifestações da Bruxaria tipicamente escocesa. Na maioria das vezes é uma forma solitária da Arte. Seu enfoque prático é basicamente mágico e possui poucos elementos religiosos e filosóficos.

Bruxaria Cerimonial: Usa a Magia cerimonial para atingir uma conexão mais forte com as divindade e perceber seus propósitos mais altos e suas habilidades. Seus Rituais são freqüentemente derivações da Magia Cabalística e Magia Egípcia. Embora certamente, mas não de forma intencional, este caminho é infestado freqüentemente por egoístas e pessoas inseguras que usam a Magia Cerimonial para duas finalidades (adquirir tudo aquilo que querem, atingir níveis mais altos para poderem olhar de cima). Estes atributos não são uma regra em todos os Bruxos Cerimoniais, e há muitos Bruxos sinceros neste caminho.

Tradição Diânica: Algumas Bruxas Diânicas só enfocam seus culto na Deusa, são muito politicamente ativos, e feministas. Outras simplesmente enfocam seu culto na Deusa como uma forma de compensar os muitos anos de domínio Patriarcal na Terra. Algumas usam este título para denotar que são “as Filhas de Diana”, a Deusa protetora delas. Há Bruxas Diânicas que são tudo isto, algumas que não são nada disto, e outras que são um misto disto. A Arte Diânica possui duas filiais distintas: Uma filial, fundada no Texas por Morgan McFarland que dá a supremacia à Deusa em sua thealogy, mas honra o Deus Cornífero como seu Consorte Amado e abençoado. Os membros dos Covens dividem-se entre homens e mulheres. Esta filial é chamada às vezes “Old Dianic” (Velha Diânica), e há alguns Covens descendentes desta Tradição, especialmente no Texas. Outros Covens, similares na thealogy, mas que não descendem diretamente da linha de McFarland, e que estão espalhados por todo EUA.
A outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Feminista Diânica, focaliza exclusivamente a Deusa e somente mulheres participam de seus Covens e grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são hierárquicos, usando a criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente um grupo feministas. Há uma presença lésbica forte no movimento, embora a maioria de Covens estejam abertos a mulheres de todas as orientações.

Tradição Georgina: Esta Tradição foi criada por George Patterson, que se auto intitulou como sendo um “Sumo Sacerdote Georgino”. Quando começou o seu próprio Coven, chamou-o de Georgino, já que seu prenome era George. Se há uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George, seria “Eclética”. A Tradição Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e tradicionais. Mesmo que a maior parte do material fornecido aos estudantes sejam Alexandrinos, nunca houve um imperativo para seguir cegamente seu conteúdo. Os boletins de noticias publicados pelo fundador da Tradição estavam sempre cheio de contribuições dos povos de muitas outras Tradições. Parece que a intenção do Sr. Patterson era fornecer uma visão abrangente aos seus discípulos.

Ecletismo:
Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições ou fontes. Assim Como no caldeirão de uma Bruxa, são somados elementos para completar a poção que é preparada, assim também são somadas várias informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar. Esta "Tradição" que realmente não é uma Tradição é flexível. Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre.


Tradição das Fadas ou Fairy Wicca: Há várias facções da Tradição das Fadas. Segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas devido às guerras e invasões ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas. Uma Bruxa desta Tradição poderia ser ou trabalhar com energias da natureza e espíritos da natureza, também conhecidos como fadas, Duendes, etc. Alguns dos nomes mais famosos desta Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom Delong (Gwydion Penderwyn), Starhawk, etc. .
Os seus Precursores são Victor Anderson - nasceu em 1917 e dizia-se descendente de Havaianos e Africanos. Ele foi iniciado no Coven Harpy, em Bend, Oregon, ainda em sua adolescência. O Coven Harpy era um Coven da Fairy Tradition (Tradição das Fadas), que se distinguia muito dos Círculos Gardnerianos e Neo-Pagãos vigentes até então. O Coven Harpy se dissolveu na época da segunda guerra mundial. Victor Anderson casou-se com Cora em 1944 e juntos começaram a introduzir outros conhecimentos e práticas, inclusive materiais das Tradições Gardneriana a Alexandrina, à Tradição das Fadas e resultou no que mais tarde passou a ser chamada de Fairy Wicca ou Feri Faith. Em 1960, Victor e Cora conheceram Gwydion Pendderwen que se tornou um dos mais renomados iniciados do casal Anderson. Gwydion espalhou os conhecimentos da Fairy Wicca na comunidade Neo-Pagã dos anos 70 até meados de 80. Infelizmente Gwydion morreu em um acidente de automóvel em 1981, mas deixou belos cânticos e invocações utilizadas até hoje na liturgia da Tradição. Abaixo dois textos tradicionais da Fairy Wicca, um escrito por Gwydion e outro por Victor Anderson:

O Nome
Por Gwydion Pendderwen
“Ela é a uivadora dos muitos ventos”.
Seu nome é as cinco estações do ano.
Amante do primeiro Senhor
Mãe de dúzias de Deuses que andam pelos caminhos estrelados
Irmã e Esposa do Portador da Luz
Mulher Ela é, de nobre poder da paixão
Branca e azul ao mesmo tempo e ainda o Arco-íris,
Negra como o nulo sonho escuro “ ”.

Bênçãos
Por Victor Anderson - do livro "Espinhos da Rosa de Sangue" editado em 1970
“Tu de todos os sagrados, ultrajados e sábios nomes”.
Mãe de rameiras e iniqüidades,
Que suporta o fiel na destruição e chamas,
Confessando ações vis e blasfêmias.
Pela Terra, Seu corpo fértil, Abençoada Seja.
E pelas Águas Viventes do Seu útero,
Pelo Ar, Seu sopro que se move no mar,
Pelo chamado de vida da grama verde da tumba,
Pelo Fogo, Seu Espírito,
Abençoada Seja com poder!
As Crianças de Seu Amor nascem entre a destruição
Possa haver Luz e clareza nas horas negras
Brilhe Lua Branca, Cresça nos caminhos
De cada um , eterno caminho apaixonado.
Abençoe e ilumine a todos,
Evo-he ““.






História da Tradição
A Fairy Wicca ou Tradição das Fadas tem em comum com as outras vertentes da Arte uma tradição linear de mistérios e poder. Seus membros acreditam na comunicação direta com a Divindade. Isto é um contraste com algumas outras Tradições que praticam o psicodrama ritual em larga escala. Entre as características que mais distingue a Fairy Wicca está o uso do Poder das fadas, que caracteriza a linhagem desta vertente Wiccana, pois segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas, devido às guerras e invasões, ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas.
Nesta Tradição é dada uma forte ênfase à expansão da consciência. É uma Tradição voltada à exploração espiritual. Os Fairy Wiccans respeitam profundamente a sabedoria da natureza e tudo o que a envolve. Os Deuses não são vistos como forças psicológicas, arquetípicas ou manifestação do inconsciente coletivo, mas são reais, com um sistema de moralidade diferente do nosso próprio e nós teríamos responsabilidade com cada um deles. Há um corpo específico de cantos e material litúrgico da Tradição. Muito disto se originou com Victor Anderson e Gwydion Pendderwen que forneceram um arsenal para muitos Círculos em funcionamento, cuja criatividade poética é altamente estimada. As práticas mágicas da Fairy Wicca (ou Feri, como Victor chama) são altamente invocatórias, encorajam a manifestação direta dos Deuses através de práticas como "Puxar a Lua Para Baixo", que confere talentos psíquicos ou sensibilidade especial para algumas práticas específicas.
Os Ritos da Fairy Wicca possuem diversos estilos e podem ser tirados de muitas fontes. Há uma linhagem iniciatória traçada desde Victor e Cora Anderson e Gwydion Pendderwen. As energias trabalhadas nesta Tradição incluem:
o a visualização do fogo azul;
o um corpo de material poético e litúrgico;
o Deuses e arquétipos específico da Tradição;
o a doutrina dos Três Selfs;
o o uso de um cíngulo de cor específica;
o um sentido de "tribo" ou "clã” para o Coven;
o a veneração ao Deus Cornífero como o Filho Amado e Consorte da Deusa.

Hoje existem várias facções da Tradição das Fadas, mas podemos apontar como característica inerente à maioria dos praticantes dela o uso dos espíritos da natureza, conhecidos como Fadas, Duendes, Gnomos, etc. em seus rituais. Embora o Victor Anderson seja reconhecido mundialmente como o professor-fundador desta Tradição, é possível identificar influências que formaram a Fairy Wicca antes de sua forma presente evoluir para ser o que é hoje.
Há influência de uma dispora africana muito forte, principalmente Dahomeana, e a Teoria do 3 Selfs (Selves-em inglês correto) foi trazida da Magia Kahuna. O material de Victor não é a única fonte dentro da Tradição e existem inúmeros outros.
A Fairy Wicca é uma Tradição extremamente aberta à evolução e cada iniciado traz uma direção nova às suas práticas e rituais. Alguns praticantes, como Gwydion e Eldri Littlewolf, enredaram em caminhos Xamânicos, além de trabalharem extensivamente com a Religião Céltica. Outras influências (como a Meditação Tibetana e Magia Cerimonial) começaram a fazer parte da Tradição com Gabriel Caradoc. Victor, Gwydion, Caradoc, Brian Dragon e Paladin escreveram lindas poesias e liturgias para rituais que são utilizadas até hoje pelos praticantes da Fairy Wicca em todo o mundo. As aulas de Gabriel forneceram treinamentos excelentes na liturgia da Tradição e seus estudantes continuam a transmitir seus ensinamentos. Francesca De Grandis, que compôs Sharon Knight, adicionou sua inspiração para o corpo de material litúrgico da Tradição e Starhawk usou os conceitos desenvolvidos na Fairy Wicca, expressando suas convicções e práticas, mas fornecendo explicações mais claras sobre o conceito dos 3 selfs e uso do Pentáculo de Ferro.

O Conceito do Self e os Pentáculos
Na Fairy Wicca, o conhecimento humano é dividido em 3 Selfs, Eus ou almas, como também são chamados. Eles são:
o Self Jovem;
o Self Discursivo;
o Self Profundo.
Os 3 Selfs podem nos ajudar a compreender como somos, como funcionamos e integrar as várias partes do nosso ser. O Self é o Eu, a individualidade e a identidade de cada ser humano. Cada pessoa utiliza mais um tipo de Self que o outro e, segundo a Fairy Wicca, é isso que a caracteriza cada um de nós. Além disso, podem ser muito úteis na hora de manipular a energia nos trabalhos mágicos. Abaixo uma pequena correspondência dos 3 Selfs:

Self Jovem: representa a mente inconsciente, ao hemisfério direito do cérebro. Nos comunicamos com ele através de símbolos, imagens e sensações. É ele que nos impulsiona a seguir em direção de nossos sonhos mais recontidos e a arriscar. Está associado à energia elemental do corpo (Raith), já que é através dele que recebemos energia e vitalidade. O Self Jovem percebe o fluxo das energias e se comunica sem a necessidade de palavras. Ele trabalha com o mundo das puras sensações que podem ser visuais ou auditivas. O Self Jovem contém toda a memória das experiências passadas, que emergem através dos instintos. No corpo humano, sua força está concentrada no Chakra Básico. Sua energia é gerada através da água e ar puros, exercícios físicos, sexo e através do transe.
Self Discursivo: representa a mente consciente, o hemisfério esquerdo do cérebro. É ele que organiza o que é concebido pelo Self Jovem. Ele funciona através da análise. É com ele que julgamos, inquerimos, culpamos e nos deixamos culpar. É ele que forma a realidade escondida por trás das aparências, racionaliza e define as experiências sensoriais. Aqui se encontra presente os nossos instintos sociais e necessidades. No corpo humano sua força está concentrada no Chakra Cardíaco. Sua energia é gerada através da combinação da energia de todos os seres.
Self Profundo: é o Divino que existe dentro de cada um de nós e não há referências psicológicas para explicá-lo. O Self profundo representa o espírito, a essência, que existe além do matéria, espaço e tempo. Ele é a junção das polaridades. Ele é o espírito que nos impulsiona e guia. Está associado diretamente ao Self Jovem e indiretamente ao Discursivo. É através dele que estabelecemos conexão com o Divino e a possibilidade de conhecer o passado, presente e futuro. A sua força está concentrada em nossa aura e no nosso Chakra Coronário. Sua energia é gerada pelo Universo e ritos sagrados.

O Pentáculo de Ferro
O Pentáculo de Ferro é um dos principais símbolos, utilizados na Tradição das Fadas, para possibilitar que cada pessoa trabalhe suas habilidade mágicas. Através dele aprendemos a dar forma às energias, transformar-se e explorar os 5 pontos do nosso Pentáculo interno:
o Sexo: que é a energia Primal;
o Self: o nosso Eu;
o Paixão: as emoções;
o Orgulho: A auto-estima;
o Poder: O poder interior.
Cada um desses pontos está associado a uma ponta do Pentagrama e o intuito de trabalhar com o Pentáculo de Ferro é fazer com que as 5 pontas estejam em perfeito equilíbrio e harmonia. O Pentáculo de Ferro é apenas uma das 3 formas principais de desenvolver e fortalecer o poder em cada pessoa segundo esta Tradição. Além dele existem mais outras duas que são consideradas essenciais:

O Pentáculo de Pérola
Que possui as pontas do amor, sabedoria, conhecimento, lei e poder.

O Pentáculo de Chumbo
Que possui as pontas do nascimento, Iniciação, consumação, repouso e morte

Tradição Gardneriana: Fundada por Gerald Gardner nos anos de 1950 na Inglaterra. Esta tradição contribuiu muito para Arte ser o que é hoje. A estrutura de muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas tradições são originárias do trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitos pelo próprio Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas têm que ainda serem verificadas (e em alguns casos são fortemente contestadas), porém, esta Tradição apoiou muitas Bruxas modernas. Gerald B. Gardner é considerado "o avô" de toda a Neo-Wicca. Foi iniciado em um Coven de Newforest, na Inglaterra em 1939. Em 1951 a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi banida (primeiramente devido à pressão de Espiritualistas) e Gardner publicou o famoso livro ”Witchcraft Today”, trazendo uma versão dos rituais e as tradições do Coven pelo qual foi iniciado.
Gardnerianismo é uma tradição extremamente hierárquica. A Sacerdotisa e o Sacerdote governam o Coven, e os princípios do amor e da confiança presidem. Os praticantes desta Tradição trabalham "Vestidos de Céu" (nus), além de manterem o esquema de Seita Secreta. Nos EUA e Inglaterra os Gardnerianos são chamados de "Snobs of the Craft" (Snobes da Arte), pois muitos deles acreditam que são os únicos descendentes diretos do Paganismo purista.Cada Coven Gardneriano é autônomo e é dirigido por uma Sacerdotisa, com a ajuda do Sacerdote, Senhores dos Quadrantes, Mensageiro, etc. Isto mantém o linhagem e cria um número de líderes e de professores experientes para o treinamento dos Iniciandos. A Bíblia Completa das Bruxas (The Witches Bible Complete) escrita por Janet e Stuart Farrar, como também muitos livros escritos por Doreen Valiente têm base nesta Tradição e na Tradição Alexandrina em muitos aspectos.

Tradição Hecatina: Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e tentam reconstruir e modernizar os rituais antigos da adoração a esta Deusa. É algumas vezes chamadas de Tradição Caledoniana ou Caledonii.

Bruxo Hereditário ou Tradição Familiar: Um Bruxo que normalmente foi treinado por um ente familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro Bruxo ou Bruxos. Os Bruxos Hereditários são pessoas que têm, ou supõem ter, uma ascendência Pagã (mãe, tia e avó são os alvos mais visados). A maioria dos Hereditários não aceitam a infiltração de outras pessoas fora de sua dinastia, porém algumas Tradições Familiares “adotam” alguns membros, escolhidos “a dedo” em seu segmento.

Bruxa de Cozinha: Uma Bruxa prática que é freqüentemente eclética enfoca e centra sua magia e espiritualidade ao redor do “forno e do lar”.
Seax-Wicca ou Wicca Saxônica: Fundada em 1973, pelo autor prolífico, Raymond Buckland que era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das primeiras tradições precursoras em Bruxos solitários e o auto-iniciados. Estes dois aspectos fizeram dela um caminho popular.
Bruxo Solitário: Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às festividades de Sabbat em um Coven ou com outros Bruxos Solitários ocasionalmente). Um Bruxo Solitário pode seguir quaisquer das Tradições, ou nenhuma delas. A maioria de Bruxos ecléticos são Solitários.
Tradição Strega: Começou ao redor na Itália em 1353. A história controversa sobre esta Tradição pode ser achada em muitos locais e em muitos livros. Aradia ...Gospell of the Witches (Aradia...A Doutrina das Bruxas) é um deles.

Tradição Teutônica ou Nórdica: Teutônicos são um grupo de pessoas que falam o norueguês, fosso, islandês, sueco, o inglês e outros dialetos europeus que são considerados “idiomas Germânicos”. Um Bruxo teutônico acha freqüentemente inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas das áreas onde estes dialetos se originaram.



Tradição Asatrú: Teve suas origens no Norte da Europa e é uma das facções das Tradições Teutônica e Nórdica. Esta Tradição é praticada hoje por aqueles que sentem uma ligação com os nórdicos e teutônicos e que desejam estudar a filosofia e religiosidade da antiga Escandinávia, através dos Eddas e Runas. Encoraja um senso de responsabilidade e crescimento espiritual, freqüentemente embasados nos conceitos atribuídos aos nobres guerreiros de tempos ancestrais.


Tradição Algard:
Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e Alexandrina, chamada Mary Nesnick, fundou essa "nova" tradição que reúne ensinamentos de ambas tradições sob uma única insígnia.

Bruxaria Tradicional: Todo Bruxo tradicional dará uma definição diferente para este termo. Um Bruxo tradicional é aquele que freqüentemente prefere o título de Bruxo a Wiccano e define os dois como caminhos muito diferentes. Um Bruxo tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos históricos da tradição, religiosidade e geografia de seu país.

Tradição Galesa de Gwyddonaid: Uma Tradição Galesa Céltica da Wicca, que adora o panteão galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid foi quem grosseiramente traduziu a ignóbil obra galesa "Árvore da Bruxa (Tree Witch)" e propagou esta forma de trabalhar magicamente.
As Tradições
Veja resumo por datas abaixo, respectivamente pela ordem: Ano de Fundação / Nome da Tradição e/ou Fundador.
1951 Gerald Gardner e seu Coven
1953 Tradição Traditionalist (Cochrane) Witchcraft
1954 Tradição Rhean.
1955 Tradição Boread.
1957 Tradição 'Brighton Coven Craft’
1963 Tradição Alexandrian Witchcraft
1964 Tradição 1734
1965 Tradição 'Sara Cunningham's Family’
1966 Tradição The Regency
1968 Tradição Ordem da Silver Crescent
1968 Ordem Majestic / Tradição Majestic.
1968 Tradição Church and School of Wicca.
1967 Tradição Alexandrian Witchcraft (Ramo Alemão)
1969 Tradição American / Mohsian
1970 Tradição Alexandrian Witchcraft (U.S.A.)
1970 Tradição Dianic (MacFarland) Witchcraft de Wicca Feminista
1970 Tradição Pagan Way Witchcraft
1970 Tradição American Celtic (Sheban)
1970 Tradição Sisterhood and Brotherhood of Wicca
1970 Tradição Du Bandia Grasail Line
1970 Tradição Church of the Eternal Source
1970 Tradição Sicilian Witchcraft (na América)
1972 Tradição Keepers of the Ancient Mysteries
1972 Tradição Seax-Wicca
1973 Tradição Kingstone
1973 Tradição Americana da Assembly of Wiccan
1973 Tradição Open Goddess Tradition
1973 Tradição Druidic Craft of the Wise
1974 Tradição Dianic Feminist Witchcraft
1974 Tradição Isian
1974 Tradição Western Isian
1974 Tradição Algard Witchcraft
1974 Tradição American Traditional Witchcraft
1975 Tradição Blue Star Witchcraft
1975 Tradição Minoan Brotherhood
1975 Tradição Maidenhill Tradition
1975 Tradição Ganymede/Chthonioi branch
1975 Tradição Gardnerian-Eclectic Witchcraft
1975 Tradição Halifax
1975 Tradição Ravenwood
1976 Tradição Cerridwen
1976 Tradição Glainn Sidhr Witchcraft
1976 Tradição 'The Tradition'
1976 Tradição The Roebuck / Ancient Celtic Church
1977 Tradição Temple of Danann
1978 Tradição Hyperborean
1978 Tradição Celtic Wicca (Nossa Senhora do Encantamento)
1979 Tradição Odyssian Tradition (Wiccan Church of Canada)
1980 Tradição Unicorn
1980 Tradição Minnesota Church of Wicca
1980 Tradição Celtic Traditionalist (Fox woods) Witchcraft
1982 Tradição Minoan Sisterhood
1982 Tradição Alexandrian Witchcraft (Irlanda)
1983 Tradição Aquarian Tabernacle
1984 Tradição Communitarian Witchcraft / Wicca Communitas
1983 Tradição Windblown
1985 Tradição New Albion
1985 Tradição Pagans for Peac
1985 Tradição Pagan Way Witchcraft
1985 Tradição Caledonii Tradition
1986 Tradição do NFG branch
1986 Tradição Rainbow Wheel
1986 Tradição North wind
1986 Tradição Sacred Grove
1987 Star Kindler
1987 Tradição Star Kindler
1990 Tradição Eleusinian Tradition
1990 Tradição Blackring Witchcraft
1990 Tradição Serpentstone
1990 Tradição Star Sapphiran
1990 Tradição Crystal Moon
1990 Tradição Chthonian Tradition
1990 Tradição Ceili Sidhe
1991 Tradição Protean
1991 Tradição Neo-Alexandrian Witchcraft (Canadá)
1991 Tradição Black Forest
1991 Tradição Protean
1991 Tradição Califórnia Gardnerian (CalGard) Witchcraft
1992 Tradição Tuatha De Danann Tradition
1993 Tradição Daoine Coire
1994 Tradição Cornfield Tradition
1996 Tradição Aglaian
1996 Tradição Reformada
1996 Tradição Oldenwilde Traditional Witchcraft
1997 Tradição Knight Phases
1997 Prytani Tradition (Clan Ragan)
1997 Tradição Morganan Tradition
1997 Tradição Elemental Spirit
1977 Tradição Brighton Traditional Craft
1997 Tradição Dragon's Weave
1998 Tradição Earthwise
1998 Tradição Evergreen Tradition.

17 outubro, 2007

O Preconceito


A chave para enfrentar o preconceito é, como sempre, a coragem de assumir as diferenças.


E a coragem de assumir uma postura de vida realmente democrática, onde se aceite o conviver na diversidade.


Isso é o modo de viver de uma verdadeira Bruxa: respeitar e ser respeitada, em uma sociedade pluralista e livre, onde ela exerce, como qualquer outra, o direito à cidadania.


Respeito se conquista com educação das pessoas que nada sabem sobre nós, mesmo se esse for o trabalho de mais de uma geração.


Também se conquista com a demonstração do que é a Bruxaria pela nossa própria vida, com a harmonia tranqüila de quem realmente conhece os Deuses.


Não precisamos convencer ninguém, mas a nossa visibilidade social é a única garantia de que os tempos da fogueira jamais voltarão.