17 novembro, 2006

Exercício de concentração com foco visual


Separe um objeto simples, como um prato, por exemplo. Deve ser algo com uma forma simples para não ter que ser visto em partes. Sente-se numa cadeira com apoio para as costas, colocando este objeto a mais ou menos um metro de distância, numa altura em que você não force os olhos para enxergá-lo.
Fique olhando para o prato, o objeto escolhido no nosso exemplo, com a intenção de dirigir seus pensamentos apenas para a sua observação. Qualquer pensamento que surja deve ser afastado; volte então a dedicar atenção plena ao prato, pensando nos seus aspectos em detalhes. De início, é impossível conseguir ficar muitos segundos sem desviar o pensamento. Isto só vai acontecer com o treino. À medida que você insiste, sua mente vai adquirindo a capacidade de se concentrar cada vez por mais tempo na observação do objeto. Repita por vários dias.
Você vai notar que em alguns dias é muito mais fácil se concentrar do que em outros. Também poderá observar em quais horários sua mente é mais facilmente controlada, para futuro benefício dos seus exercícios de concentração ou meditação. As primeiras horas da manhã são boas para quem aprecia levantar cedo, o final do dia serve para quem acorda em cima da hora de trabalhar.

O silêncio da mente



A meditação, que chamamos de silêncio da mente, é um conjunto de técnicas mentais que permite ao praticante limpar sua mente, tranqüilizando sua produção mental a ponto de detê-la completamente.
Quem pratica a meditação sente muita harmonia, experimenta relaxamento, melhora seus processos mentais, evita o stress, afasta más energias, cria espaços mentais para mais criatividade.


O aprendizado da meditação é um pouco longo, pois passa por várias etapas.
A meditação pode ser aprendida m livros e em cursos. O mais importante, ao escolher o processo de aprendizado, é buscar algo que não crie limites, pois quem deseja trabalhar sua mente no sentido de melhorá-la jamais conseguirá progredir se estiver ligado a seitas ou movimentos limitadores.


Em nenhum assunto deste mundo existe uma verdade absoluta ou uma autoridade suprema; desconfie sempre daqueles que dizem que seu caminho é o único que tem valor.
Antes de meditar, o praticante treina a concentração, que é o trampolim que lhe permite chegar à meditação.


A concentração ensina a mente a ficar direcionada a apenas um foco de atenção. Este treino leva tempo, pois nossa mente, mesmo que não pareça, é muito indisciplinada.
Concentrar-se é fixar a mente num determinado ponto, afastando todos os outros assuntos que a distraiam. Você pode escolher um foco visual ou criar um foco mental para direcionar sua concentração.


Geralmente este foco é uma forma, um objeto. Olhando para o foco e fazendo esforço para desviar qualquer pensamento que surja fora daqueles que são gerados a partir da observação do objeto, consegue-se dar início à primeira forma de domínio dos processos mentais, que é a concentração. Só quem sabe se concentrar plenamente pode meditar.
Experimente pegar um objeto qualquer e colocá-lo na sua frente. Olhe para ele, tentando fixar seu pensamento na observação da sua forma, cor, tamanho, posição. Você vai ver que logo outros pensamentos surgem e, sem querer, quando percebe, sua mente já está longe. Não faz mal, volte a olhar para o objeto, novamente atento a seus detalhes, fazendo força para não pensar em mais nada. Bem rápido sua mente vai fugir de novo e você volta a dirigi-la para seu foco visual. É cansativo, mas vale a pena insistir até dominar a distração.


Pode levar alguns meses até conseguir vencer a dispersão mental.


No entanto, ao se tornar dono dos seus pensamentos, você terá vencido e controlado sua mente e poderá aprender a meditar.
Para os indianos, que conhecem a meditação há séculos, existem duas espécies de meditação. Numa delas ocupa-se a mente com a força das divindades e na outra, com a individualidade. Para nós, seria melhor entender a meditação como um estado mental de limpeza, no qual a mente não se esvazia, mas fica silenciosa, sem realizar nenhuma atividade.


Assim, para cada início, é preciso colocar algo na mente, de tal forma que ela seja ocupada apenas por este elemento.
Há técnicas de meditações visuais, com mandalas, com sons, com um tema, entre outras. Cada pessoa poderá ter mais facilidade com um tipo de meditação, assim, é bom experimentar várias técnicas até chegar àquela que a conduz mais rapidamente, e também mais prazerosamente, à meditação.
A meditação ocorre com mais facilidade quando é precedida por exercícios respiratórios e um pequeno relaxamento.

Meditação


Vamos analisar algumas questões que podem dar amparo qualquer pessoa, mas que são essenciais para uma Bruxa.


Não se deve ver uma Bruxa como alguém totalmente poderosa, completamente defendida, absolutamente inatingível.


Na verdade, ela é vulnerável, pois lida com muitas e variadas energias.


Como trabalha para melhorar a si mesma e a Humanidade, geralmente ela é vítima de muita energia negativa.
Faz parte de sua formação, aprender a enfrentar esse inimigo.


As defesas mais efetivas são uma vida reta, na qual não há espaço para atitudes, pensamentos ou palavras negativas.


Mas elas residem também na fé.
O apoio da oração e da meditação é um fator importante no reforço espiritual.


Por viver muito ligado às forças da natureza, geralmente o equilíbrio energético físico da Bruxa é bom e, mesmo quando fica num nível abaixo do que lhe convém, este pode ser facilmente reposto.


Mas nas horas em que se sente uma diminuição da luz que o envolve, precisa estar apoiado em outras fontes de energia.

09 novembro, 2006

Ritual dos cinco ventos


O Ritual dos Cinco Ventos deve ser realizado após o término da seqüência de meditação dos cinco ventos. Ele foi designado para aprofundar ainda mais a sua conexão com os elementos.

Suprimentos necessários:



*1 vela de cada cor, azul, verde, amarela, vermelha e branca ou prata.
*Glitter nas mesmas cores acima.
*Uma pedra que fará papel de altar.


Procedimento:

Leve a pedra altar para um local onde você não será interrompida e onde não se importe de ver glitter pelo chão. Disponha as velas na pedra de forma que, ao ficar de frente para a vela, você também fique de frente para a direção correspondente (amarela ao Oeste, vermelha ao Norte, azul).
(Ao Leste e verde ao Sul). Coloque a vela branca no centro. Deixe os potinhos de glitter ao alcance da mão. Sente-se de frente para o Leste, acenda a vela amarela e apanhe um pouco do glitter amarelo em sua mão. Medite por alguns instantes sobre as propriedades do Vento Leste, o Vento do Ar. Peça ao elemento Ar que envie a você as qualidades dele que você necessita e que leve de você aquelas das quais você deseja se livrar. Quando terminar sopre o glitter de sua mão e observe as partículas caindo à sua frente. Sinta-as como sendo o Vento Leste vindo para realizar o seu desejo. Permaneça algum instante em comunhão com o Leste e o Ar. Repita o procedimento acima para cada direção e depois se sente de frente para a direção que mais te atrai e repita o procedimento para o espírito, soprando o glitter mais para cima. Quando terminar, agradeça aos Elementos e aos respectivos Ventos por seu auxilio e apague as velas na mesma ordem em que você as acendeu. Guarde as velas para uma necessidade em que você precise se sintonizar com um elemento específico, então acenda a vela daquele Elemento e relembre o ritual. O ritual sempre deverá ser feito para os cinco ventos juntos para manter o equilíbrio em sua energia.

Meditação dos cinco ventos




Prepare-se para a meditação com sua forma costumeira, não esquecendo de criar um círculo de proteção ao seu redor. Relaxe seu corpo e respire profundamente. Quando estiver pronta, visualize-se no alto de uma montanha, um local no qual você se sente bem, em comunhão com a Natureza. Curta a paisagem ao seu redor por alguns instantes. Depois de algum tempo, alguém irá se aproximar de você, esta pessoa é seu guia nesta jornada, é ele quem vai te trazer os cinco ventos e explicar o significado de cada um. Pode ser quem você quiser, ter a forma que você quiser, mas deve ser alguém em quem você possa confiar. Quando seu guia chegar, cumprimente-o, converse com ele. Depois de algum tempo ele dirá que tem um presente para você, você estenderá a mão e ele colocará nela um pequeno vento, como um minúsculo tornado, que se espirala em sua mão. O primeiro vento é o Vento do Leste, que é amarelo. Seu guia irá explicar o que este vento significa, o que ele pode te trazer. Sinta-o em sua mão, concentre-se nele, pense sobre o que o guia te disse e imagine formas de utilizar este vento. Quando se sentir pronta, deixe que o vento parta e seja reabsorvido pelo Universo e agradeça ao seu guia pelo presente. Despeça-se dele e volte da meditação. Ao terminar, anote o que o guia te disse e as formas pelas quais você acha que este vento vai te ajudar. No dia seguinte, vá à meditação para o mesmo lugar e solicite a presença de seu guia, pode ser o mesmo de antes ou um novo. Ele vai te trazer o segundo vento, o Vento vermelho do Sul, repita todo o procedimento realizado acima. O terceiro vento, a ser trabalhado no terceiro dia, é o Vento azul do Oeste. No quarto dia trabalhe com o Vento verde do Norte e no último dia,
Com o Vento prateado do Espírito. Não se esqueça de anotar sempre as explicações de seu guia (ou guias) e as formas pelas quais este vento poderá ser útil a você. Pense sobre as características negativas de sua personalidade que um dos elementos pode ajudar a minimizar e sobre as características positivas que podem ser ampliadas, também com a ajuda de um dos elementos.

Repita todas as meditações sempre que julgar necessário.

E como os Elementos podem nos ajudar?


Devemos aprender a nos conectar com o vento e seu respectivo elemento quando necessitarmos de suas propriedades, tanto físicas, quanto associadas. Por exemplo:



O Vento do Ar é o vento do intelecto, ele pode ser convocado para nos ajudar na hora de estudar para uma prova, ou nos preparar para uma reunião de trabalho, ou na construção das palavras para um ritual. Se você estiver se sentindo cansada, tensa, sem energia, apele para as propriedades físicas do Ar e ele vai te trazer leveza e relaxamento.
Quando estiver ventando, exponha-se ao vento e peça a ele que limpe e purifique suas energias.



O Vento do Fogo pode ser convocado para te trazer paixão no caso de um primeiro encontro, ou criatividade no desenvolvimento de um projeto, ou mesmo coragem no caso de um confronto ou situação complicada. Estando próxima a uma fogueira, queime, mentalmente, as coisas que estão te perturbando. Nos dias frios, este vento pode nos trazer calor.



O Vento da Água pode nos trazer a intuição e nos ajudar no caso de uma leitura de cartas de Tarô, ou bola de cristal, ou até mesmo para decidir se fechamos ou não um negócio. Pode nos trazer a energia curativa para amenizar uma cólica, ou dor de cabeça. Em dias quentes, este vento pode nos trazer frescor e até mesmo abaixar uma febre.

O Vento da Terra pode nos ajudar a manter a paciência com certos colegas de trabalho, ou numa casa cheia de crianças, pode nos trazer estabilidade e ajudar em nossa busca por sabedoria. A nível físico, pode ajudar a combater tonturas e enjôos ao nos conectar com a terra.
O Vento do Centro nos traz a espiritualidade e nos conecta com a divindade. Apele para ele quando se sentir deprimida, solitária ou até mesmo ameaçada.

Mas, lembre-se, a cada elemento são associadas características positivas e negativas, portanto dois avisos devem ser levados em consideração.
1 - Ao apelar para um elemento seja bem específica em relação à característica que você necessita naquele momento. Num primeiro encontro, você pode apelar para a paixão do Fogo, mas não vai querer o impulso de briga. Você pode pedir a leveza do Ar para assistir a uma reunião cansativa, mas não vai querer a distração que ele também pode trazer.

2 - Jamais trabalhe repetidas vezes com as características de um determinado elemento sem convocar também o elemento oposto para contrabalançar, ou você pode acabar com excesso da energia daquele elemento. Batalhar por estabilidade com o auxílio da Terra é muito bom, mas sem equilibrar isso com a leveza do Ar, você pode acabar muito rígida e inflexível. Pedir o auxílio do fogo para te trazer coragem, mas sem a suavidade que a água traz, pode te deixar briguenta e intolerante. Vale também o oposto, se você está pedindo a ajuda da água para suavizar suas emoções, equilibre isso com um pouco de Fogo, ou pode se tornar uma "manteiga derretida".

Para começar a se conectar com as energias de cada Elemento ou Vento existe um bom ritual de meditação chamado a Meditação dos Cinco Ventos. Pratique essa meditação durante cinco dias seguidos, trabalhando um vento por dia, para conhecer as características de cada Elemento. Ao final da meditação, lembre-se de anotar tudo o que sentiu no que diz respeito ao elemento e as formas pelas quais você acha que este Vento pode te auxiliar.

Comunhão com os Elementos


Existe pessoas que acreditam que os Elementos servem apenas para serem convocados na hora do fechamento do círculo para dar proteção aos trabalhos mágicos. Não é verdade, a energia dos Elementos, tanto no nível de propriedades físicas, quanto no nível de propriedades associadas deve ser utilizada para nos auxiliar nos trabalhos mágicos e também na vida prática.
Cada Elemento é associado a uma direção, a uma cor, a um grupo de propriedades e características e recebe a denominação de um Vento. Podemos dizer que existem cinco ventos:

O Vento Leste é associado ao Ar, ao intelecto, à força da mente, ao bom senso, e no aspecto negativo à distração, ao excesso de imaginação. Sua cor é o amarelo e este vento é quente e úmido. Fisicamente ele pode nos trazer a leveza, o relaxamento.

O Vento Sul é associado ao Fogo, à paixão, à criatividade e à coragem, mas também à guerra, à disposição de lutar e ao orgulho e prepotência. Ele é vermelho, quente e seco. A nível físico pode nos trazer o calor.

O Vento Oeste é associado à Água, à intuição, às habilidades psíquicas de modo geral, às emoções, à cura. No aspecto negativo ele é associado ao descontrole emocional, à melancolia, à timidez. Ele é azul, frio e úmido. A nível físico, pode nos trazer a
Frescura da água e a umidade.

O Vento Norte é associado a Terra, à estabilidade, à solidez, à paciência, mas também à rigidez, à inflexibilidade, à incapacidade de mudar. Ele é verde, frio e seco. A nível físico pode nos trazer de volta a terra, ajudar no equilíbrio e na estabilidade.

Finalmente, o Vento do Centro, o Vento do Espírito, que pode nos conectar com a Divindade, ele não tem propriedades físicas, mas é associado à fé, à proteção, à espiritualidade. Pode ser visualizado prateado e brilhante, mas não é nem frio, nem quente, nem seco, nem úmido. Ele apenas é.

O corpo humano e os quatro elementos



Temos em nosso corpo os quatro elementos:


Terra - estrutura do corpo físico e as sensações
Água - bioquímica, emoções e sentimentos.
Fogo - energia e intuição
Ar – mente

De acordo com Andy Baggot, as terapias também podem ser consideradas em termos dos quatro elementos:

Terra - terapias físicas como massagem, reflexologia, ajuste de ossos.
Ar - aconselhamento e outras terapias da mente
Fogo - terapias energéticas como curas por cristais e a acupuntura
Água - terapias que agem diretamente na bioquímica do corpo, como nutrição e ervas.

Entre os povos antigos, as terapias que provavelmente eram usadas eram massagens, nutrição, ervas, cura, aconselhamento e até ajustamento de ossos. Os celtas eram povos guerreiros e técnicas de sobrevivência e exercícios físicos melhoram a qualidade de nossa saúde e fortificam nossos quatro elementos.
Cada elemento está relacionado a um órgão específico do corpo humano:

Terra: rins
Ar: pulmões e intestino grosso
Fogo: fígado e vesícula
Água: coração e intestino delgado
Éter: baço pâncreas e estômago

Éter é o quinto elemento, o equilíbrio. Este ponto deve ser encontrado em todos os níveis para que possamos alcançar a verdadeira paz e felicidade.

Esses níveis são:

Terra: físico
Água: emocional
Fogo: destino
Ar: mental
Éter: espiritual

Apenas atingindo o equilíbrio em cada um dos elementos chegaremos ao equilíbrio total, que é representado pelo Éter. É por isso que encontrar o equilíbrio é uma parte fundamental da Magia.
É impossível praticar Magia se não estamos verdadeiramente equilibrados.
As doenças se manifestam em nosso corpo quando há o desequilíbrio de algum elemento dentro de nós.
Por exemplo: pessoas muito distraídas (excesso de elemento Ar) ou pessoas com problemas mentais (fraqueza do elemento Ar).
Pessoas que não se expressam e usam drogas e bebidas para tentar se esconder de sua própria dor geralmente têm problemas de fígado (fraqueza do elemento Fogo).

Os elementos também estão relacionados aos orifícios do corpo humano:

Ar: nariz
Fogo: olhos
Água: ouvidos
Terra: ouvido interno
Éter: boca

Da mesma forma, também há relações entre os elementos e os tecidos internos do corpo:

Terra: ossos
Ar: pele
Fogo: músculos e tendões
Água: sistema circulatório e vasos sangüíneos
Éter: carne e sangue