As mulheres eram regidas pela Lua e a ela estavam conectadas por meio de seus ciclos menstruais. Considerada uma representação da Deusa, a Lua era honrada pelas mulheres por meio de reuniões, em sua fase menstrual, nas quais dedicavam-se à introspecção, ao silêncio, à cura e à conexão com o divino. Esse retiro visava não somente a renovação e o fortalecimento pessoal, mas era também uma oportunidade de trabalhar em benefício da comunidade.
Por não ter sido criada à imagem e semelhança de deus, mas da costela do homem, por ter tentado comer da Árvore do Conhecimento e por ter sido castigada com a expulsão do paraíso, a mulher tornou-se a origem de todos os males infligidos à humanidade, a fonte do pecado, do mal e da luxúria.
Ávidas por expressão, as mulheres foram à luta na tentativa de recuperar o tempo perdido. Hoje ninguém mais duvida de sua capacidade, seja na área social, política, econômica ou científica, seja na área literária, artística, terapêutica ou mística. Pagando o alto preço da jornada dupla ou tripla de trabalho, a mulher saiu do anonimato e está conquistando um lugar ao sol, competindo de igual para igual com os homens. E é neste ponto que o pêndulo perde seu equilíbrio: as mulheres, ao assumir características que não são intrínsecas à sua natureza, imitando o comportamento e apropriando-se dos valores ou do linguajar masculino, exageram sua auto-afirmação e querem ser ouvidas a qualquer custo.