16 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "I"

I Ching_Escrito pelos sábios da antiga China, há mais de 4500 anos o I Ching contém os símbolos que representam todas as relações existentes entre o Céu, o Homem e a Terra. Abrangente e profundo em sua abordagem, inclui os princípios Cósmicos do Universo, Filosofia, Matemáticas, Geometria, Astrologia, Geografia, Geomancia, Medicina Música, Estratégia Militar, Artes Marciais, Arquitetura, Política e Religião.
Na China, tradicionalmente, se utiliza o I Ching em todos os momentos, especialmente para a tomada de grandes decisões e definições de impasses. Decide caminhos políticos e econômicos do governo, auxilia empresários em suas definições, orienta famílias inteiras com relação à mudanças, casamentos, auxilia indivíduos a escolher os melhores lugares para construir suas residências, e ainda prevê as possíveis transformações na vida particular e coletiva das pessoas, oferecendo a oportunidade de que se decida qual o melhor rumo a tomar, sem sofrer conseqüências desagradáveis.
Apesar da quantidade de mestres, Taoístas, Confucionistas e Budistas que escreveram sobre o I Ching, seus símbolos são de tamanha profundidade, que a compreensão é muito difícil. Hoje mais do que nunca se faz necessário que as pessoas estudem e consultem o I Ching, porque ele é uma ponte que liga o conhecimento e sabedoria dos antigos mestres da humanidade ao nosso coração tão perturbado pelas emoções aflitivas, que tanto dano nos causam em nossa saúde física, mental e espiritual.
Podemos assim, consultando o I Ching ao lado de um verdadeiro professor, compreender os movimentos de nossa vida, prever e superar os obstáculos que surgem em nosso caminho, compreender nossas relações familiares, afetivas de trabalho e inclusive encontrar um caminho espiritual.
O Professor: Roque Enrique Severino é estudioso do I Ching há 20 anos. Com larga experiência no tema escreveu o livro: "I Ching - Uma abordagem Psicológica e Espiritual". Costuma dar atendimento individual e empresarial. Com formação em filosofia e psicologia, soma seus conhecimentos ao atendimento, o que enriquece grandemente o resultado de suas consultas. Tem sido conselheiro de diversos empresários de renome no Brasil, auxiliando-os em suas tomadas de decisões e superação de impasses.


Ictiomancia_Consiste em estudar o movimento, a cor, a maneira de se alimentar e a constituição interna dos peixes.

Icu_Conhecido e célebre é o curare, veneno terrível com que os índios ao norte do rio Amazonas matam quase instantaneamente; mas desconhecida e coberta com zeloso segredo era a procedência dos elementos componentes do veneno.
Viajantes procuraram levantar, visitando diversas tribos, o véu do segredo, naturalistas faziam experiências com diversas plantas para assim descobrir a fabricação do mortífero produto.
A princípio, o mundo científico considerava uma estrychnacea, que também cresce na Amazônia, como o principal elemento que se fabricava o curare, até que o então diretor do Museu Nacional, o Dr. J. B. Lacerda, por diversas experimentações provou que o curare era fabricado de uma planta chamada Icú, (Anomospermum grandifolium Eichler), da família das menispermáceas. (Arquivo do Museu Nacional, vol XI, Rio, 1901).
Entre os índios Guaiacas, que habitavam às margens do Orinoco, a fabricação do curare era rodeada de uma cerimônia curiosa, que nos descreve o Dr. J. Bach e, ao que se sabe, as tribos do Alto Amazonas e do Rio Negro, possuíam costume análogo. O chefe da tribo era que realizava um sorteio de três indígenas, que teriam que se sujeitar à fabricação do temido e enérgico veneno.
Eram sorteados dois homens e uma mulher para este fim. Reuniam-se então, 186 elementos da tribo e principiavam a fabricação do curare com as seguintes manipulações:
O morubixaba mandava preparar em uma pequena clareira uma fogueira de fogo lento. Ao seu lado ele tinha duas panelas de barro de tamanhos diferentes. A maior destas estava cheia de uma tintura cor de chocolate claro, na quantidade de mais ou menos 800 gramas e a menor a capacidade de 150 gramas. Poe sua ordem, a panela menor foi colocada sobre a fogueira conservada em fogo lento e um dos índios sorteados esvaziou ou verteu nela uma quantidade de tintura até o meio e introduzia no líquido uma varinha resistente, com a qual o remexia. A evaporação era tão forte que no espaço de duas horas e meia, o índio obtinha 800 gramas da tintura, perfeitamente condensado. Ao término desta operação o indígena completamente estonteado em conseqüência da forte evaporação do veneno, era substituído pelo companheiro do sorteio. Uma hora e meia mais tarde, este último índio também se via obrigado a abandonar a fogueira, também vítima de fortes tonteiras. É revezado então pela mulher, que termina a operação, mas fica sujeita também aos mesmos sintomas.
Durante esta função o chefe da tribo formava com os outros indígenas que assistiam à fabricação, um semicírculo cuja abertura era do lado para onde soprava o vento, de forma que os espectadores não absorviam as evaporações do veneno.
Afirmou o mesmo naturalista, que os índios se negaram de revelar-lhe se segredo. Contou ainda, que teve a oportunidade de observar os efeitos do curare, quando dois remadores de sua canoa forma flechados, sendo que poucos minutos depois de feridos deixaram de existir, observando que não tinham sido acertados em lugares considerados mortais.
O curare era empregado, não só nas flechas lançadas por arcos, como também, em setas desferidas por zarabatanas, dependendo da tribo e destino a ser dado ao animal abatido com tais armas.
A primeira menção sobre estas flechas envenenadas surge na História do Brasil, pelo relato de visitantes espanhóis, que singravam o rio Amazonas, muito antes dos portugueses, pois depois de conquistarem o Império dos Incas, passaram a buscar novas terras, à procura de mais riquezas.
As lendas a respeito de uma cidade repleta de tesouros incalculáveis situada em plena selva amazônica, denominada Manoa, fez com que Gonzalo Pizarro organizasse uma expedição para procurá-la.
Foi então contratado o tenente Francisco de Orellana para enfrentar a feroz resistência imposta pelos indígenas. Esses espanhóis navegaram pelo Amazonas sem jamais terem encontrado a lendária cidade. Entretanto, a partir de certo trecho do percurso, os viajantes passaram a sofrer um grande pesadelo, pois, durante o dia, flechas se abatiam sobre a embarcação, e os homens atingidos por esses primitivos artefatos, morriam a cabo de minutos, apresentando o aspecto de um terrível sofrimento, embora não emitissem um gemido, sequer. Era o curare, o veneno implacável.
Extraído de ervas nativas da Amazônia, preparado seguindo rituais e técnicas centenárias que passam de pais para filhos, o curare permanece ativo por séculos, sendo conhecido o caso de um conservador de certo museu da Europa que se feriu numa ponta de flecha que se encontrava no estabelecimento por mais de trezentos anos e teve morte idêntica à dos exploradores flechados em plena selva.


Realmente é surpreendente!

Ilha de Páscoa_São apenas 18 km² de terras áridas, originárias das erupções de quatro vulcões, hoje inativos. Pertencente ao Chile, ela é a porção de terra habitada mais isolada do restante da humanidade, em todo o Planeta. Qualquer terra mais próxima está a uma distância de 3000 a 3200km, por isso os pascoanos chamam-na de "umbigo do mundo"; é de imensa solidão, cercada pelas águas perigosas do sul do Oceano Pacífico. Este pequeno pedaço de terra da Oceania foi descoberto, por acaso, pelo almirante holandês Jacob Roggeven, justamente num domingo de Páscoa de 1772; mais tarde, foi rebatizada pelos espanhóis, com o nome do santo protetor de seu imperador, passando a constar nos seus mapas náuticos como Ilha de São Carlos. Atualmente, é designada pelos pasquenses de Rapa-Nui.
A ilha de Páscoa é a terra dos "Moais", gigantescas esculturas, construídas com rochas vulcânicas. Suas dimensões e pesos são variáveis, indo de três a dez metros de altura, com algumas dezenas de toneladas. Feitas com material relativamente frágil, a lava vulcânica petrificada, deveriam ser deslocadas com muito cuidado e com as mãos, pois não haviam máquinas para esse fim naquela época. Tal façanha à luz da razão é inteiramente impossível, levando-se em consideração a natureza do terreno que é acidentado e pedregoso.
São centenas de homens gigantescos espalhados pela pequena superfície da ilha, ao todo, mais de mil. Têm sempre no rosto a mesma expressão e parecem vigiar os horizontes desde todos tempos, com olhar distante e sereno. Colossais, imponentes, insondáveis. Muito se estudou e se estuda sobre eles e, no entanto, continuam sendo um dos mais inexplicáveis mistérios do planeta Terra. Durante milênios os moais estiveram protegidos do restante da humanidade, pela sua localização perdida no sul do Pacífico. Os habitantes primitivos da ilha contam que, a história dos moais é a mesma história deles, ou seja, vieram de uma ilha fadada a desaparecer sob as águas. Sempre que contam esta história, passada de geração em geração, dizem que as monumentais esculturas foram transportadas, das bases dos vulcões onde foram construídas, para plataformas artificiais onde efetivamente estão, pelo "mana", poder sobrenatural que o rei possuía, pois bastava que ele olhasse para uma das estátuas e a mesma se levantaria, "pousando" no lugar desejado.
Os nativos da ilha mais solitária do mundo, tinham desenvolvido uma escrita própria, independentemente do resto do mundo e até hoje indecifrável. Constituía-se de uma série de sinais, gravados com dentes de tubarão, em tábuas de madeira - as "tábuas falantes", no idioma local.

Iluminados_As energias dos Mestres Ascensionados oferecem sua sabedoria e nos guiam no plano da experiência. Eles tem sido muito ativos e sustentam o processo evolutivo global/humano desde o início da vida em Gaia. Com o tempo, as energias dos Mestres Ascensionados projetaram aspectos de si mesmas, para ensinar, guiar e aprender através de experiências diretas em todos os níveis, inclusive no plano físico. Muitos dos Mestres tiveram encarnações terrestres para estimular e sustentar a evolução humana. Esses Seres poderosos são muito maiores que suas encarnações terrestres, as quais refletem apenas uma minúscula fração de suas energias. Também, cada Mestre Ascensionado escolheu uma qualidade ou tema energético dominante para infundir em seu particular campo de experiência.
Os cargos da Grande Fraternidade Branca e da Hierarquia dos Iluminados do Planeta Terra estão em constante alteração, à medida que seus integrantes se elevam para outros cargos na escala evolutiva dos Planetas, do Sistema Solar, da Galáxia ou do Universo.

Incenso_O incenso tem a incumbência de levar a prece para o céu e seu uso é universal, associando o homem à divindade, o finito ao infinito, o mortal ao imortal. Relacionado com o elemento ar, representa a percepção da consciência que está presente em toda parte. Os diferentes perfumes desempenham um papel de purificação, facilitando inclusive, a aproximação do nosso anjo guardião.
Quando queimamos um incenso, modificamos nosso estado emocional e as vibrações do ambiente. Alguns aromas despertam-nos a força interna, agindo como estimulantes, podendo nos tirar de um estado de desânimo e cansaço; outros facilitam o estudo ou despertam a inspiração; e muitos, auxiliam na meditação. Durante a queima, são liberadas substâncias provenientes do amálgama alquímico, com a propriedade de dissolver os miasmas negativos, assim como promover a sintonia com o astral.
É muito agradável às pessoas evoluídas, e, ao contrário, pode aborrecer aqueles que não estão na mesma sintonia. Contribui decisivamente para o recolhimento devocional e o estudo. Reforça a tonicidade áurica, ajudando na obtenção da paz, sentimento de amor e prosperidade.
Como aproveitar integralmente o bastão de incenso:
Antes de acendê-lo: exponha-o uma hora no seu ambiente doméstico ou de trabalho.
Após a queima: as substâncias que permaneceram nas cinzas dinamizadas pelo fogo podem ser colocadas na palma da mão e assopradas ao vento.
Componentes do incenso:
Carvão: absorvente universal capta as baixas vibrações do ambiente para que seja neutralizada pelo sal grosso e incinerados a seguir.
Sal grosso: Atua como esterilizador de emissões maléficas do sentimento humano.

Inquisição_A Inquisição católica romana foi uma das maiores desgraças que ocorreram na história da humanidade. Em nome do deus cristão, sacerdotes católicos montaram um esquema enorme para matar todos os "hereges" na Europa. A heresia era definida da forma como Roma quisesse definir; isso abrangia desde pessoas que discordavam da política oficial, aos filósofos herméticos, judeus, bruxas, e os reformadores protestantes.


Ísis_foi cultuada e adorada em inúmeros lugares, no Egito, no Império Romano, na Grécia e na Alemanha. Quando seu amado Osíris foi assassinado e desmembrado pelo seu irmão Seth que espalhou seus pedaços por todo o Egito, Ísis procurou-os e os juntou novamente. Ela achou todos eles, menos seu órgãos sexual, que substitui por um membro de ouro. Através de magia e das artes de cura, Osíris volta à vida. Em seguida, ela concebe seu filho solar Hórus.


Os egípcios ainda mantêm um festival conhecido como a Noite da Lágrima. Tal festival tem sido preservado pelos árabes como o festival junino de Lelat-al-Nuktah.
No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.


Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.
Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".
Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.
Shu e Tefnut se unem e dão a luz ao Deus Geb, a terra, e a Deusa Nut, o céu, que, por sua vez, quando se uniram fisicamente tiveram quatro filhos: Osíris (Deus da Ordem), Seth (Deus da Desordem) e suas irmãs Ísis e Neftis, nascidos nessa ordem. A nova geração completa o número de nove divindades, a Enéada, que começa com o Deus criador primordial. Na escrita egípcia o três era utilizado para representar o número plural, enquanto que o nove proporciona um meio simbólico de indicar o "todo". A Enéada do Deus Sol é conhecida entre os egiptólogos como a Enéada Heliopolitana.
Osíris, o primogênito, havia herdado de seu pai Geb a terra para governá-la. Já a Deusa Ísis, cujo nome significa "o trono", "a sede" (capital), se uniu a seu irmão Osíris, para sustentar todo o seu poder, estabelecendo-se assim, o primeiro casal real do Egito. Se ele era o rei, soberano da terra, ela ia ser seu trono, a sede eternamente estável, de onde era exercida toda a realeza sobre o Egito.
O Deus Sol Rá tinha tantos nomes que inclusive os Deuses não conheciam todos. Um dia, a Deusa Ísis, Senhora da Magia, se pôs a aprender o nome de todas as coisas, para tornar-se tão importante como o Deus Rá.

Depois de muitos anos, o único nome que Ísis não sabia era o nome secreto de Rá, assim decidiu enganá-lo para descobrir.
A cada dia, enquanto voava pelo céu, Rá envelhecia e até já começava a babar. Ísis recolheu sua baba e modelando-a com terra, deu forma a uma serpente, que depois colocou no caminho de Rá. Esse foi mordido e caiu ao solo agonizante. Ísis disse ao Deus que poderia curá-lo, desde que ele lhe revelasse seu nome secreto. Ele se negou, porém ao notar que o veneno da cobra era potente suficientemente para matá-lo, não teve outra opção a não ser revelá-lo. Com esse conhecimento secreto, Ísis pode apropriar-se de parte do poder de Rá.
No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, Deus da lua, e Ísis, a Deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem Deus da lua, aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (cerca de 3.000 a. C.).
É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Ísis e Osíris, pois, durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na compreensão dos homens em relação a ele.


Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o Nilo ou como a lua, o qual, pensava-se, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o Deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante, Seth, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incandescente, devorava-o. Dizia-se que Seth tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.
Seth era o Senhor do Submundo, no sentido de Tártaro e não de Hades, usando-se termos gregos. Hades era o lugar onde as sombras dos mortos aguardavam a ressurreição, correspondendo, talvez, à idéia católica do purgatório. Osíris era o Deus do Submundo neste sentido, Tártaro é o inferno dos condenados, e era deste mundo que Seth era o Senhor.
Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Ísis a natureza, Urikitu, a Verde da história caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do Deus da lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um significado religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Ísis, uma parábola da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.
Os egípcios eram um povo de mente muito concreta, e concebiam que a imortalidade poderia ser atingida através do poder de Osíris de maneira completamente materialista. Era por essa razão que conservavam os corpos daqueles que tinham sido levados para Osíris, através da iniciação, como conta o "Livro dos Mortos"; com efeito, acreditavam que, enquanto o corpo físico persistisse, a alma, ou Ka, também teria um corpo no qual poderia viver na Terra-dos-bem-aventurados, como Osíris que, no texto de uma pirâmide da quinta dinastia, é chamado de "Chefe daqueles que estão no Oeste", isto é, no outro mundo.
Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o sangue.
A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e instruiu como honrar seus deuses. Depois partiu para uma viagem por todo o país, educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a arte que as mesas oferecem".

Enquanto ele estava longe sua esposa Ísis governou, e tudo correu bem, mas tão logo ele retornou, Seth, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris. Então convidou todos os Deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram nele por sua vez, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-no e jogaram no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por um nome abominável".
Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias, porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.
Quando Ísis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Néftis e Osíris, que a levou até o lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto de uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que se tornou uma árvore que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o barril.
Ísis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele país e acabou como enfermeira do príncipe. Ísis criou o menino dando-lhe o dedo ao invés de seu peito para mamar.
Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarte, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz ver que Ísis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.
Acabou tendo que se revelar para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que continha o corpo de Osíris. Ísis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua barcaça de volta para casa. Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus, para ajudá-la a trazer Osíris de volta à vida.
Seth que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cortou o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os catorze pedaços que obviamente referem-se aos catorze dias da lua.
Ísis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua barcaça e onde quer que acuasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar. Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez uma imagem desta parte e "consagrou o falo, em honra do qual os egípcios ainda hoje conservam uma festa chamada de” Faloforia “, que significa” carregar o falo ““.
Ísis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.
Osíris surgiu do submundo e apareceu para o Hórus-mais-velho. Treinou-o então para vingar-se de Seth. A luta foi longa, mas finalmente Hórus trouxe Seth amarrado para sua mãe.

Os cerimoniais do Egito eram relacionados com esses acontecimentos. A morte de Osíris, interpretada todos os anos, bem como as perambulações de Ísis e suas lamentações, tinham um papel conspícuo. O mistério final de sua ressurreição e a demonstração pública, em procissão, do emblema de seu poder, a imagem do falo, completavam o ritual. Era uma religião na qual a participação emocional da tristeza e alegria de Ísis tinha lugar proeminente. Posteriormente, tornou-se de fato uma das religiões nas quais a redenção era atingida através do êxtase emocional pelo qual o adorador sentia-se um com Deus.
É pelo poder de Ísis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e na paixão, eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Comumente é representada amamentando seu filho Hórus, pois ela é a mãe que nutri e alimenta tudo que gera. Ísis com seu bebê no colo acabou transformada na virgem maria com o menino jesus.

Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como protetora das mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia sobre vida e morte, ela era protetora das mulheres durante o parto e confortava aquelas que perdiam seus entes queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o apoio e a inspiração para prosseguirem com suas vidas. Ísis proclamava ser, em hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava suas seguidoras de poderes iguais aos do homem.

Esta Deusa é também freqüentemente representada como uma Deusa negra. Este fato está diretamente associado ao período de luto de Ísis (morte de Osíris), quando ela vestia-se de preto ou ela própria era preta.
As estátuas pretas de Ísis tinham também um outro sentido. Plutarco declara que "suas estátuas com chifres são representações da Lua Crescente, enquanto que as estátuas com roupa preta significavam as ocultações e as obscuridades nas quais ela segue o Sol (Osíris), almejando por ele. Conseqüentemente, invocam a Lua para casos de amor e Eudoxo diz que Ísis é quem os decide".
No Solstício de Inverno, a Deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um traje negro, era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto, representando as perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando sua morte e procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual era um procedimento mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões férteis do Nilo, pois a ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo da enchente anual do Nilo, da qual a fertilidade da terra dependia.
Muita conhecida de todos os nós é a história de Hórus, o filho de Ísis, a Deusa do Egito, tanto quanto os também tão estimados e conhecidos Maria e o menino Jesus no cristianismo. Entretanto, existem algumas diferenças entre os dois: a Ísis é adorada como uma divindade maternal muito antiga. Algumas vezes é representada com um disco do sol (ou lua) na cabeça, flanqueada à direita e à esquerda por dois chifres de vaca. A vaca era e é por seu úbere dispensador de leite o animal-mãe, usado em muitas culturas como símbolo materno. Outra diferença fundamental entre Ísis e Maria é também o fato de Ísis ter sido venerada como a grande amada. Ainda no ventre materno ela se casou com seu irmão gêmeo Osíris, que ela amava acima de tudo.

Nos rituais antigos egípcios, executados para obter a ressurreição, o olho de Hórus tinha papel muito importante e era usado para animar o corpo do morto cujos membros tinham sido reunidos. Hórus, filho e herdeiro por excelência, é invocado também, para que impeça a ação do répteis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto, os crocodilos do rio.

Protetor da realeza, Hórus desempenha ainda, o papel capital do Deus da cura. A magia de Hórus desvia as flechas do arco, apazigua a cólera do coração do ser angustiado.
Ísis era invocada nas antigas escrituras como a senhora da cura, restauradora da vida e fonte de ervas curativas. ela era venerada como a senhora das palavras de poder, cujos encantamentos faziam desaparecer as doenças.

À noção de magia liga-se também, imediatamente ao nome de Ísis, que conhece o nome secreto do Deus supremo. Ísis dispõe do poder mágico que Geb, o Deus da Terra, lhe ofereceu para poder proteger o filho Hórus. Ela pode fechar a boca de cada serpente, afastar do filho qualquer leão do deserto, todos os crocodilos do rio, qualquer réptil que morda. Ela pode desviar o efeito do veneno, pode fazer recuar o seu fogo destruidor por meio da palavra, fornecer ar a quem dele necessite. Os humores malignos que perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Qualquer pessoa picada, mordida, agredida, apela a Ísis, a da boca hábil, identificando com Hórus, que chama a mãe em seu socorro. Ela virá, fará gestos mágicos, mostrar-se-á tranqüilizadora ao cuidar do filho. Nada de grave irá lesar o filho da grande Deusa.

Ísis aparece em na nossa vida para dizer que é hora de meditar. Você tem desperdiçado sua energia maternal sem guardar um pouco para si mesma? Sua mãe lhe deu todo o amor que você precisou? Pois agora é tempo de você se dar "um colo" para curar as mágoas do passado. Todos nós precisamos de cuidados maternos, independente de sermos donzela, mãe ou mulher madura.

Ísis, Deusa da lua, também é Mãe da Natureza. Ela nos diz que para este mundo continuar a existir tudo que é criado um dia precisa ser destruído. Ísis determina que não deve haver harmonia perpétua, com o bem sempre no ascendente. Ao contrário, deseja que sempre exista o conflito entre os poderes do crescimento e da destruição. O processa da vida, caminha sobre estes opostos. O que chamamos de "processo da vida", não é idêntico ao bem-estar da forma na qual a vida está neste momento manifesta, mas pertence ao reino espiritual no qual se baseia a manifestação material.

Com certeza, se a morte e a decadência não tivessem dotados de poderes tão grandes quanto as forças da criação, nosso mundo inteiro já teria alcançado o estado de estagnação. Se tudo permanecesse para sempre como foi primeiramente feito todas as capacidades de "fazer" teriam sido esgotadas há séculos. A vida hoje estaria hoje totalmente paralisada. E, assim, inesperadamente, o excesso de bem, acabaria em seu oposto e tornar-se-ia excesso de mal.

Ísis, tanto na forma da natureza, como na forma de Lua, tinha dois aspectos. Era criadora, mãe, enfermeira de todos e também destruidora.
O nome Ísis significa "Antiga" e era também chamada de "Maat", a sabedoria antiga. Isto corresponde a sabedoria das coisas como são e como foram, a capacidade inata inerente, de seguir a natureza das coisas, tanto na forma presente como em seu desenvolvimento inevitável, uma relação à outra.
O traje de Ísis só era obtido através da iniciação, era multicolorido e usado em muitos cerimoniais religiosos.

O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias, que nos é familiar no pensamento hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza, cuja beleza e tragédia ocultam o espírito aos nosso olhos. A idéia é a de que o Espírito Criativo vestia-se de formas materiais de grande divindade e que todo o universo que conhecemos era feito daquela maneira, como a manifestação do Espírito do Criador.
Plutarco expressa essa idéia quando diz: “Pois Ísis é o princípio feminino da natureza e aquela que é capaz de receber a inteireza da gênese; em virtude disso ela tem sido chamada de enfermeira e a que tudo recebe por Platão e, pelo multidão, a dos dez mil nomes, por ser transformada pela Razão e receber todas as formas e idéias".
Um hino dirigido a Ísis-Net exprime essa mesma idéia de véu da natureza que esconde a verdade do mistério dos olhos humanos. Net era uma forma de Ísis, e era considerada como Mãe-de-todos, sendo de natureza tanto masculina como feminina. O texto em que esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C., mas é provavelmente muito mais antigo.
Salve, grande mãe, não foi descoberto teu nascimento!
Salve, grande deusa, dentro do submundo que é duplamente escondido, tu, a desconhecida!
Salve, grande divina, não foste aberta!
Ó, abre teu traje.
Salve, coberta, nada nos é dado como acesso a ela.
Venha receber a alma de Osíris, protege-adentro de tuas duas mãos.

O véu de Ísis tem também significados derivados.
Se diz que o ser vivo é pego na teia ou véu de Ísis, significando que no nascimento o espírito, a centelha divina, que está em todos nós é preso ou incorporado na carne. Significa dizer, que todos nós ficamos emaranhados ou presos na teia da natureza. Essa teia é a trama do destino ou circunstâncias. É inevitável que devamos ser presos pelo destino, mas freqüentemente consideramos este enredamento como infortúnio e queremos nos libertar dele. Se aceitarmos esta situação de o ser vivo estar preso a teia de Ísis, acabaremos encarando a trama de nossa vida de maneira diferente, pois é somente deste modo que o espírito divino pode ser resgatado. Se não fosse aprisionado desta forma, vagaria livremente e nunca teria oportunidade de transformar-se. Portanto, o espírito do homem precisa estar preso à rede de Ísis, caso contrário, não poderá ser levado em seu barco para a próxima fase de experiência.

A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas dançavam no templo de Isis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também reverencia à vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve quanto a pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários, pois é deles que os deuses se servem para sutilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis, ao serem retirados, nos transmitem ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo, que é usado três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus representa a busca da segurança e estabilidade e ao retirá-los a bailarina nos demonstra o quanto nos é benéfico o desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação.
Os sete véus representam os sete chacras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete planetas. Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam no temperamento das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação de suas qualidades.

Significado das cores:

Vermelho: libertação das paixões e vitória do amor
Laranja: libertação da raiva e dos sentimentos de ira
Amarelo: libertação da ambição e do materialismo
Verde: saúde e equilíbrio do corpo físico
Azul : encontro da serenidade
Lilás: transmutação da alma, libertação da negatividade
Branco: pureza, encontro da Luz.

Toda mulher deixa transbordar seu essência através da dança. Todas aquelas emoções reprimidas, sentimentos esquecidos, afloram. Toda e qualquer mulher que consegue penetrar nos mistérios e ensinamentos dessa prática, se revelará de forma pura e sublime e alcançará o êxtase ao dançar.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "H"

Hansa_pássaro mitológico para a religião Hindu.

Hécate_é o arquétipo mais incompreendido da mitologia grega. Ela é uma Deusa Tríplice Lunar vinculada com o aspecto sombrio do disco lunar, ou seja, o lado inconsciente do feminino. E, representa ainda, o lado feminino ligado ao destino. Seu domínio se dá em três dimensões: no Céu, na Terra e no Submundo.
Hécate é, portanto, uma Deusa lunar por excelência e sua presença é sentida nas três fases lunares.
A Lua Nova pressupõe a face oculta de Hécate, a Lua Cheia vai sendo aos poucos sombreada pelo seu lado escuro, revelando o aspecto negativo da Mãe. E a Lua Minguante revela seu aspecto luminoso. É preciso morrer para renascer.
Esta Deusa ainda permanece com o estigma de ser uma figura do mal. Essa percepção foi particularmente consolidada na psique ocidental durante o período medieval, quando a igreja organizada projetou este arquétipo em simplórias pessoas pagãs do campo que seguiam seus antigos costumes e habilidades populares ligados a fertilidade. Estes indivíduos eram considerados malévolos adoradores do “demônio”. Hécate era então, a Deusa das bruxas, Padroeira do aspecto virago, mas nos é impossível termos uma imagem clara do que realmente acontecia devido às projeções distorcidas, aos medos íntimos e inseguranças espirituais destes sacerdotes e confessores cristãos.

Em épocas primitivas, antes de o patriarcado ter se estabelecido, é mais fácil descobrir a essência interior do arquétipo Hécate e relacionar-se com ele. Hécate está vinculada com as trevas e com o lado escuro do Lua. A Lua, na verdade, não possui luz própria. A luz que se projeta na Lua é a luz solar. Logo, a Lua Cheia é a Lua vista pela luz do Sol. A Lua Nova Negra é, portanto, a verdadeira face da Lua Hécate costuma ser considerada uma Deusa lunar tríplice: Ártemis , a virgem, personificava a Lua Crescente que renascia; Hécate personifica a escura Lua Nova e Selene, ou Deméter, eram a Lua Cheia. Ou, como as forças da Lua em vários reinos: Selene no Céu, Ártemis na Terra e Hécate no Mundo Inferior. Sófocles retrata a Ártemis a imagem e semelhança de Hécate, quando a denomina a "flecheira dos cervos, a que porta uma tocha em cada mão". Em Áulide havia duas estátuas de pedra de Ártemis, uma com arco e flecha e outra com tochas. Parece como se a Deusa originária da lua contivesse o aspecto escuro e luminoso em uma só unidade.
Hécate seria uma projeção de Ártemis, pois a luz pressupõe a sombra. O lado visível da Lua, o lado de Ártemis, que reflete a vida em pleno vigor, pressupõe o lado de Hécate, o lado oculto da lua, o lado da sombra e da morte; a polaridade negativa, o impedimento para a realização, o lado inconsciente.
O perigo que pode ocorrer quando esse lado sombrio se constela é o de que a energia psíquica seja posta a serviço da morte e da doença.
Hécate, Rainha da Noite, como a chama a poetisa Safo, leva uma diadema brilhante e duas tochas ardentes nas mãos, olhos resplandecentes da escuridão. Talvez se trate de uma imagem da intuição que presente à forma das coisas, mas que, todavia, é invisível. Isso explicaria por que, junto com Hermes , deus da imaginação, é guardiã das cruzes dos caminhos, onde não se sabe qual é a direção "correta". Seus companheiros eram os cães, animais que seguem uma rastro "cegamente". Nos lembra o chacal Anúbis do submundo egípcio, que podia distinguir o bom do mal, e o Cérbero, o cão de três cabeças que guardava as portas do submundo da antiga Grécia. Na figura abaixo, Hécate tem três cabeças, como Cérbero, e seus braços; aparece desse modo em uma pedra romana como uma figura imponente que recorda a Deusa hindu Kali.
Hécate nos revela, os caminhos mais escondidos e secretos do inconsciente, os sonhos guardados, o lado dos desejos mais ocultos. A Lua Crescente, com suas fases clara e escura, também nos sugere esse domínio do feminino.
O lado de Hécate ainda traz um potencial para a fertilização, desde que seja encaminhado para este fim. A doença pode ser uma via para a saúde e a morte para servir de adubo para a vida.
O feminino tem um movimento livre dentro do reino oculto. O terreno da magia pertence ao feminino. O masculino está ligado aos aspectos mais claros, mais visíveis, mais objetivos. O campo de ação da ciência pertence ao reino masculino.
Hécate é a Deusa que pode conduzir aos caminhos mais difíceis e perigosos, aos abismos e às encruzilhadas da própria psique. A sua função é de guia dentro do reino oculto da alma.
A Terra é o grande inconsciente uterino de onde brota toda a semente. É também o lugar para onde tudo retornará. Nesse inconsciente a vida e a morte coexistem em um mesmo processo cíclico. Deste modo, o "ser" e o "não ser" podem viver sem conflito.
Hécate é uma antiga Deusa de estrato pré-grego de mitos. Os gregos tiveram dificuldade em enquadrá-la em seu esquema de Deuses, mas terminaram por vê-la como filha dos titãs Perseus e Astéria ,Noite Estrelada, que era irmã de Leto, que por sua vez, era mãe de Ártemis e Apolo. A avó de Hécate era Febe, uma anciã titã que personificava a Lua. Dizia-se que Hécate seria uma reaparição de Febe, e, portanto uma Deusa Lunar, que se manifestava na lua escura.
Outras tradições tomaram-na por uma Deusa mais primal, fazendo dela irmã de Erebo e de Nix (a Noite).
Zeus deu-lhe um lugar especial entre os Deuses, porque, embora ela não fosse membro do grupo olímpico, permitiu-lhe o domínio sobre o Céu, a Terra e o Mundo Inferior. Ela é, pois, a doadora da riqueza e de todas as bênçãos da vida cotidiana.
Na esfera humana, cabia-lhe presidir os três grandes mistérios do nascimento, da vida e da morte. Seu nome significa "a distante, a remota", sendo ela vista como protetora dos lugares remotos, guardiã das estradas e dos caminhos.
Seu aspecto tríplice tornava-a especialmente presente nas encruzilhadas, ou seja, na convergência de três caminhos. Nesses locais, os gregos podiam encontrar-se com facilidade com Hécate, razão por que os consideravam sagrados, erigindo aí com freqüência estátuas tricéfalas chamadas Hecatéias. Também deixavam oferendas do seu alimento ritual, o "almoço de Hécate", nessas encruzilhadas durante seus festivais especiais.
Os três símbolos sagrados de Hécate são:
a Chave, por ser ela carcereira do Mundo Inferior;
o Chicote, que revela o seu lado punitivo e seu papel de condutora das almas;
e o Punhal, símbolo de seu poder espiritual, que mais tarde tornou-se o Athame das bruxas.
Todos os animais selvagens eram consagrados à Hécate e por isso, foi mostrada muitas vezes com três cabeças de animais: o cão, a serpente e o leão, ou alternadamente, o cão, o cavalo e o urso. Seus animais mais conhecidos são, entretanto, o cão e o lobo. O cipreste era a árvore sagrada da Deusa.
Na mitologia grega, Hécate, como representação da Lua Escura, aparece sempre acompanhada por cães que ladram. Como Deusa Tríplice, podia aparecer na representação de um cão com três cabeças (cão da lua), para lembrar de que em eras passadas ela própria era o cão da lua. Sua qualidade trina é representada também em estátuas posteriores, onde aparece como mulher tripla. Freqüentemente carregava consigo o cão que ela própria havia sido, ou uma tocha, emblema lunar, que é seu poder de fertilidade e seu dom especial.
No Submundo, ou Mundo Inferior, Hécate é a carcereira e condutora das almas, a Pritânia, a "Rainha Invisível" dos Mortos. Tendo passado por Cérbero, o cão tricéfalo, e tendo sido julgadas pelos três Juízes dos Mortos (Minos, Radamando e Éaco), as almas devem chegar às encruzilhadas tríplices do Inferno. Nesse ponto, Hécate envia ao reino para o qual foram julgadas adequadas: para as campinas do Asfódelo, para o Tártaro ou para os Campos Elíseos.
Como aspecto de Deusa Amazona, a carruagem de Hécate era puxada por dragões. As mulheres que a cultuavam normalmente tingiam as palmas das mãos e as solas dos pés com hena. Seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aegina no golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra.
Hécate está associada a cura, profecias, visões, magia, Lua Nova, magia negra, encantamentos, vingança, livrar-se do mal, riqueza, vitória, sabedoria, transformação, purificação, escolhas, renovação e regeneração.
Hécate é também um vaso-útero, que recebe os processos passados no interior da psique. Ela é o vaso alquímico que permite a transformação e transmutação dos elementos materiais em espirituais. Hécate habita as grutas e cavernas. E para sermos fertilizados pela semente da criação espiritual e do renascimento psíquico temos de visitar a sua morada, fazer a entrada no reino dessa deusa. Ela é a Caverna-Mãe onde se dão os processos espirituais.
Muitos mistérios e ritos de iniciação se passavam no interior das grutas e cavernas.
Hécate é a regente dos processos misteriosos da vida e da morte, das passagens difíceis da vida, da entrada nos caminhos árduos da transformação.
A Deusa nos diz que as mudanças servem para determinar o nosso comportamento e que devemos ter cuidado com os caminhos falsos ou atalhos inadequados. O caminho, por vezes, pode não ter muita importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
Hécate estava por perto quando Perséfone foi raptada por Hades, mas não interferiu, porque ela sabia que as passagens são necessárias, às vezes não importam os caminhos. Mas é Hécate que ensina e ajuda a Deméter a achar o caminho para recuperar a filha Perséfone.
A entrada no mundo inferior é necessária para o contato com as fontes internas da fertilidade, mas é preciso saber o caminho de volta para poder tornar consciente toda a possibilidade criativa. Enquanto houver o mergulho no mundo inferior, a consciência pode adormecer e descansar, e novamente será renovada e frutificará com a volta.
A Deusa Hécate era uma deidade de muitos títulos e nomes.
Era chamada de "A Mais Amável", "Rainha do Mundo dos Espíritos", "A Megera dos Mortos", "Deusa da Bruxaria". Especialmente para os trácios, Hécate era a Deusa da Lua, das horas de escuridão e do Mundo Inferior.
Como Propylaia (Aquela que fica na frente do Portão), Hécate oferecia proteção contra o mal. Neste aspecto seu culto era realizado no portão da entrada, lugar onde eram colocadas as estátuas em sua homenagem.
Como Propolos (A Criada que Conduz), Hécate servia como guia de outras deidades. Exemplo deste fato, se dá quando ela conduz Deméter ao Mundo Inferior, para resgatar Perséfone das mãos de Hades.
Como Phophoros (Aquela que traz Luz) ela é portadora de duas tochas, que servem para iluminar o caminho em busca de nosso sombrio inconsciente.
Como Kourotrophos (Aquela que cuida das Crianças), Hécate estava associada às parteiras e era responsável pelo nascimento, já que os poderes que dão vida, também acarretam a morte.
Como Chthonia, ela está associada aos poderes da prática de magia, relacionando-se com outros deuses da Terra, como Hermes e Perséfone, no seu aspecto de Deusa-Anciã, Senhora do Mundo Inferior. Era Hécate a guardiã de Cérbero, o cão de Hades, o qual todas as almas deveriam enfrentar ao cruzar os portões do Submundo.
Seus Deuses companheiros eram Thanatos (Morte), Hypnos (Sono) e Morfeu (Sonhos).
A Deusa Hécate, segundo algumas versões, recebeu o título de "Rainha dos Fantasmas" e "Deusa das Feiticeiras". Para protegerem-se, os gregos colocavam estátuas da Deusa na entrada das cidades e nas portas das casas.
Medeia, que era uma de suas sacerdotisas, praticava bruxaria para manipular com destreza ervas mágicas e venenos, e ainda, para poder deter o curso dos rios e comprovar as trajetórias das estrelas e da lua.
Como Deusa Feiticeira tinha cães fantasmas como servos fiéis ao seu lado.
Há um grande números de bruxas que, ainda hoje, são devotas de Hécate , pois se sentem atraídas pelos aspectos escuros da Deusa.
Hécate, como Anciã e Deusa da Lua Escura, compreende o "poder do silêncio". Muitas viagens espirituais incluem um período de muita meditação e silêncio. É essencial praticarmos o silêncio em nossos rituais e meditações, pois só o silêncio abre as portas da consciência universal.
Foi a Deusa Hécate que introduziu o alho como amuleto de proteção contra inimigos, roubo, mau tempo e enfermidades. Todos os anos, a meia-noite do dia 13 de agosto (Noite do Festival de Hécate), deve-se depositar cabeças de alho em encruzilhadas como oferenda de sacrifício em nome de Hécate.
Hoje, mais do que nunca o homem têm consciência, que a Lua é um astro que estimula o nosso inconsciente. Isso é verdadeiro para todas as pessoas, pois todos somos dependentes da atividade do inconsciente para a inspiração e a intuição, bem como para o funcionamento dos instintos, e para prover a consciência de "libido". Tudo isso é governado pela Lua, e por essa razão, é necessário permanecer em harmonia coma Lua e manter seu culto.
Foi através dos ciclos da Lua que o homem primitivo tomou consciência do tempo, mas onde a Lua e sua periodicidade mais se manifesta é na Mulher e no Feminino. A mulher não somente está ligada à periodicidade da Lua em suas transformações mentais, muito embora a sua periodicidade interior lunar tenha se tornado independente da lua exterior, como também sua mentalidade é determinada pela lua, e o comportamento de seu espírito é moldado pelo arquétipo da lua como a essência da consciência matriarcal.
A periodicidade da Lua, com seu pano de fundo noturno é símbolo de um espírito que cresce e se transforma em conexão com os processos obscuros do inconsciente. Do mesmo modo, o corpo da mulher passa por fases correspondentes. A partir da primeira menstruação, a mulher está automaticamente iniciada nos mistérios da consciência lunar, que também poderia ser chamada de consciência matriarcal, que jamais está separada do inconsciente, pois é uma fase, uma fase espiritual, do próprio inconsciente. Apta, a mulher poderá passar para segunda fase de sua cronologia que é ser mãe.
Mas é tão somente com a chegada da menopausa, depois de ter passado por todas as fases de desenvolvimento, físico e psicológico, que a mulher estará preparada para ser ela mesma e encarar os mistérios da vida. Essa é a fase da purificação interna da essência feminina e se vincula com o mito de Hécate, Deusa da Sabedoria, resultante da assimilação positiva, e muitas vezes dolorosa, da experiência.
No período pós-menopausa, nossas emoções afloram à superfície com mais facilidade e tudo se vive e se sente com mais facilidade. É também, quando a mulher desfruta de sua máxima liberdade, independência, autoridade e sabedoria. É bom que se saiba, que há uma grande diferença entre conhecimento e sabedoria. A sabedoria é uma qualidade da velhice, pois só quem já viveu muito tempo, pode colher sabedoria. Para essa forma de consciência (lunar), o tempo precisa amadurecer e, com ele, assim como as sementes colocadas na terra, o conhecimento amadurece. A sabedoria é, portanto, a colheita da vida, é a forma mais profunda do conhecimento.
Hoje podemos nos relacionar com Hécate como uma figura guardiã do nosso inconsciente, que tem nas mãos a chave dos reinos sombrios que há dentro de nós e que traz as tochas para iluminar nosso caminho para as profundezas de nosso interior.
Nossa civilização patriarcal talvez tenha nos ensinado a temer esta figura, mas se confiarmos em suas energias antigas encontraremos nela uma gentil guardiã.
Ela está presente em todas as encruzilhadas que existem em todos os níveis do nosso ser, manifestando-se como espírito, alma e corpo. Devemos reconhecer que a imagem terrível, tenebrosa e horrenda de Hécate é um mero registro do medo inconsciente do feminino que os homens, imersos em um patriarcado unilateral, projetaram ao longo de milênios nesse arquétipo. Temos que encarar nossa Hécate interior, estabelecermos uma relação com ela e, confiando na sua assistência, permitir a nós mesmos o desenvolvimento de uma percepção desse rico reino do nosso Mundo Inferior Pessoal. Somente por meio dessa atitude poderemos nos tornar seres integrados, capazes de lidar com as polaridades sem projetar de imediato dualismos.
Ao passar por uma encruzilhada, você irá se deparar com Hécate e ela dirá que nossas vidas são feitas de escolhas. Não existem escolhas certas ou erradas, mas sim, somente escolhas. Independente do que escolher, a experiência, por si só, já é algo valioso. Hécate insiste para que não tenhamos medo do desconhecido. Os desafios apresentados precisam de um salto de fé da pessoa que faz a escolha. Confie que será capaz de fazer uma escolha quando chegar a hora. Conceda-se tempo e espaço, nunca se censure ou se culpe, apenas faça sua escolha.

Hematita_Traz equilíbrio emocional, Absorve baixas energias, Protege contra magia negativa. Dureza: 5-6. Materiais de origem: Óxido de ferro magnético, ferro, sílica, manganês, fósforo, traços de cálcio. Coloração: Cinza, cinza-aço até negro, opaco. É encontrada: Suécia, Noruega, Espanha, Ilha de Elba, Brasil. Os antigos egípcios apreciavam a Hematita como pedra irradiante, que propiciava a paz e seus efeitos terapêuticos em silêncio. Por esse motivo, a Hematita foi também usada como dádiva de enterros, para ser colocada debaixo do travesseiro do falecido, a fim de lhe propiciar o seu caminho para a eternidade.
O próprio Tut-Ench-Amun foi acompanhado da Hematita em sua viagem para o infinito.
Na antiga Grécia, a Hematita foi considerada como sangue dos deuses, que a terra deveria receber em sua vida.
Efeitos terapêuticos para o corpo: A Hematita tem efeitos maravilhosos sobre o sangue do nosso corpo. Ela é apropriada em quase todas as moléstias do sangue. Regula a pressão sangüínea e regenera as células. No caso do estreitamento das veias e dificuldade de circulação, a Hematita presta extraordinários serviços. Ela também provoca efeitos irradiantes sobre o organismo e é apropriada para absorver as irradiações da terra e da água.
Colocada sob o travesseiro, ajuda a Ter sono mais profundo. Efeitos terapêuticos para a psique: A Hematita constrói um escudo protetor sobre nós, permitindo-nos viver de maneira mais corajosa, sem dificuldades e com maior consciência de nossas metas. Não permite que as influências negativas penetrem em nós. As opressões da alma são minoradas.
Ela nos oferece mais espontaneidade e alegria de viver. Desenvolvemos autoconfiança e podemos tomar rédeas das nossas vidas, tornando-nos menos dependentes dos outros. Na meditação, a Hematita irradia de modo que possamos viver com extraordinária calma. É muito apropriada como anel de proteção durante a meditação.
Indicado para: Disposição para o trabalho, capacidade de se relacionar com outras pessoas, negociação habilidosa, fortalecimento, disposição para novos empreendimentos, realização, sono, gravidez. Perturbações da menstruação, vitalidade, frescor, aparência juvenil, olhos, pernas, renovação do sangue, prisão de ventre, pés, articulações, pele, cabeça, fígado, baço.
Formas existentes: Pedra bruta, lapidada, pêndulo, esfera, ovo, pingente, cordão.

Hepatoscopia_Análise dos lóbulos superiores e inferiores do fígado, seus apêndices, a vesícula biliar, os dutos cístico e hepático e a veia. Os sinais no lado direito do fígado eram considerados de bom agouro, e os da esquerda de mau; e uma vesícula inchada indicava aumento de poder.

Hermes_A figura do deus Hermes era motivo de grande veneração entre os gregos, que o consideravam um benfeitor e defensor da humanidade perante os deuses do Olimpo. Hermes, na mitologia grega, era filho de Zeus e da ninfa Maia. Reverenciado como deus da fertilidade, tinha o centro de seu culto na Arcádia, onde se acreditava que tivesse nascido.
Seu nome tem origem, provavelmente, em herma, palavra grega que designava os montes de pedra usados para indicar os caminhos. Considerado protetor dos rebanhos, era freqüentemente associado a divindades da vegetação, como Pã e as ninfas. Entre suas várias atribuições incluíam-se as de mensageiro dos deuses; protetor das estradas e viajantes; condutor das almas ao Hades; deus da fortuna, da eloqüência e do comércio; patrono dos ladrões e inventor da lira. Era também o deus dos sonhos, a quem os gregos ofereciam a última libação antes de dormir. Nas representações mais antigas, aparece como um homem adulto, com barba, vestido com uma túnica longa, ou com a imagem de um pastor, com um carneiro sobre os ombros. Foi posteriormente representado como um jovem atlético e imberbe, com capacete alado, asas nos pés e, nas mãos, o caduceu - bastão mágico com que distribui fortuna. Em Roma, foi assimilado ao deus Mercúrio.

Hermetismo_é o estudo e prática da filosofia oculta e da magia, de um tipo associado a escritos atribuídos ao deus Hermes Trismegistus, "Hermes Três-Vezes-Grande", uma deidade sincrética que combina aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth. Estas crenças tiveram influência na sabedoria oculta européia, em especial desde a Renascença, quando foram reavivadas por figuras como Giordano Bruno e Marsílio Ficino. A magia hermética passou por um renascimento no século XIX na Europa Ocidental, onde foi praticada por nomes como os envolvidos na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado e Eliphas Lévi. O hermetismo também está associado à alquimia e a astrologia.

Hermes Trismegistus_ou "Hermes Três Vezes Grande", foi um grande sábio das primeiras dinastias egípcias, ele é o pai das artes ocultas, tendo ensinado alquimia, astrologia e filosofia aos seus discípulos. Foi considerado após sua morte como "A Fonte da Sabedoria", tendo vivido por 200 anos, tendo possivelmente sido contemporâneo a Abraão.
"Em qualquer lugar que estejam os vestígios do Mestre, os ouvidos daquele que estiver preparado para receber o seu Ensinamento se abrirão completamente". - O Caibalion
"Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os encher com Sabedoria." - O Caibalion
Após sua morte, foi adorado pelos egípcios como deus Toth, deus que simbolizava a lógica organizada do universo, relacionado aos ciclos lunares, que expressam a harmonia do universo. Deus do verbo e da sabedoria foi naturalmente identificado com Hermes. Como o deus da sabedoria o Toth foi atribuído como escritor de uma série de textos sagrados egípcios os quais descrevem os segredos do universo. Os textos Herméticos antigos podem ser considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga religião egípcia.
Como todos os deuses egípcios o Toth inicialmente era adorado localmente, mas depois a adoração a ele espalhou-se por todo o Egito. Uma das localidades de adoração ao Toth era na Grande Hermópolis. Com o estabelecimento da dinastia Ptolomaica naquela região Gregos imigraram também para a cidade sagrada de Toth. Desta imigração de Gregos advém a identificação de Hermes com Toth.

Herméticos, Escritos
_Os escritos Herméticos são uma coleção de 18 obras Gregas, e as principais são Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, as quais são tradicionalmente atribuídas a Hermes Trismegistus. Estes escritos contêm os aspectos teórico e filosófico do Hermetismo em seu aspecto teosófico. O período bizantino é marcado por uma outra coleção de obras herméticas, que também são relacionadas ao Hermes Trismegistus, e contêm uma tradição hermética popular a qual é composta essencialmente por escritos relacionados a astrologia, magia e Alquimia. Esta versão popular encontra sustentação ou base nos diálogos Herméticos, apesar dele se distanciar da magia.
A prática da magia, entretanto não está distante das praticas realizadas no antigo Egito, a qual em uma última análise e a fonte de todos os diálogos herméticos, pois o Hermetismo lá floresceu, e, portanto estabelece uma conexão entre as duas tradições Herméticas: filosófica e magia.
O livro Caibalion foi escrito no final do séc. XIX por três Iniciados que registraram as Sete Leis do Hermetismo. Não é um livro oriundo da era pré-cristã como se supõe.

Herméticas, Leis_ As sete principais leis herméticas se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Cabala, que em hebraico, significa recepção.

Lei do Mentalismo: "O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion).
O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.
A matéria são como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.

Lei da Correspondência: "O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima"(O Caibalion)
A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.
O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.

Lei da Vibração: "Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".
No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.

Lei da Polaridade: "Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados” (O Caibalion)
A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.
O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

Lei do Ritmo: "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".
Pode se dizer que o princípio é manifestado pelo nascimento, morte e renascimento, ascensão e queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos se movem em círculos.
Esse princípio pode ser observado pelo movimento dos astros, planetas que giram de forma circular á suas estrelas-mãe, que giram em torno do centro de seus sistemas solar, cada sistema solar ou estrela não circundada por planetas, gira ao redor do centro da galáxia, passando pelos braços da galáxia. As galáxias giram ao redor de outras galáxias. O homem nasce, desenvolve-se, morre e renasce.

Lei do Gênero: "O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação".
Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico, todos possuem os dois gêneros e manifestam fisicamente apenas um, nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros. O gênero não-manifesto é o gênero mental.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de ying yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.

Lei de Causa e Efeito: "Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade, mas nenhum escapa à Lei".
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos e a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

Hexagrama_De um modo primitivo, por hexagrama, podemos compreender como a reunião de seis letras ou caracteres; já que a palavra tem origem no grego e significa seis linhas ou seis caracteres (hex = seis; gramma = linha). Portanto, uma seqüência de seis sinais gráficos (letras ou figuras geométricas, por exemplo) pode ser considerada um hexagrama. Assim, na filosofia oriental denominada I Ching, o hexagrama possui uma representação linear.
Porém, dentro da maioria das escolas esotéricas ocidentais, o hexagrama usualmente assume a forma de uma
estrela de seis pontas e é conhecido também por Estrela de Davi, Selo de Salomão, entre outros. É esta versão que carrega inúmeros significados ao longo da história e figura tanto como símbolo maior do Estado de Israel como na simbologia ocultista. Mesmo havendo distinções interpretativas entre o hexagrama com as linhas entrelaçadas e o hexagrama com os triângulos sobrepostos, as definições confundem-se e ampliam ainda mais as hipóteses das origens, significados e aplicações.

Home, Daniel Dunglas_ Home saiu da Escócia para a nova Inglaterra aos 9 anos com uma tia que o havia adotado. Aos 13 anos começou a mostrar as suas faculdades mediúnicas, quando (havendo feito um pacto com um jovem chamado Edwin, onde o primeiro que morresse deveria mostrar-se ao outro), certa noite, assim que foi para a cama, teve a visão de Edwin e anunciou à sua tia a morte do rapaz, confirmada dois dias após. Uma segunda visão em 185O, referia-se à morte de sua mãe, que tinha ido viver na América. Uma noite ele gritou por socorro e quando a tia chegou encontrou-o muito abatido. Disse que a mãe havia morrido naquele dia às 12 horas; que ela lhe havia aparecido e dado o aviso. Em breve batidas fortes começaram a perturbar aquele lar quieto e os móveis a serem arrastados por forças invisíveis. Sua tia, criatura de estreita visão religiosa disse que o rapaz havia trazido o diabo para dentro de casa e jogou-o na rua. Home refugia-se com os amigos e começa a peregrinar de cidade em cidade. Sua mediunidade se havia desenvolvido poderosamente e nas casas em que se hospedava fazia até 7 reuniões por dia, o que lhe deixava exausto.
Em New York fez sessões com os professores Hare e Mapes e com o juiz Edmonds, da suprema corte de New York, convertendo o trio ao Espiritismo. Seu notável poder curador causava admiração a muitos. Home sempre teve uma saúde frágil. Ainda jovem, seu pulmão esquerdo estava parcialmente destruído, mas ele ainda faria muitos prodígios em seus 3O anos de exercício mediúnico, nos quais jamais recebeu um níquel sequer, pois se considerava em missão sobre a Terra para demonstrar a imortalidade. Era também por isso que muitos o estimavam em toda a Europa. Poucos eram os monarcas desse continente com os quais ele não estivesse em afetuosa intimidade. Todos gostavam de vê-lo flutuar no ar, o que ele fez mais de 1OO vezes perante testemunhas respeitáveis.
Havia poucos daqueles variados dons que chamamos mediúnicos e que Paulo de Tarso chamava de "espirituais", que Home não possuísse. Na verdade, a característica de sua força psíquica era de uma invulgar versatilidade. Geralmente falamos de um médium de voz direta, de um que fala em transe, de um clarividente ou de um de efeitos físicos, quando Home era os 4 juntos.
A caridade era uma das mais belas qualidades desse sensitivo. Muitas foram as cartas de gratidão a ele enviadas e que ele as escondia para evitar divulgação. Seus gestos de desprendimento e amor aos infelizes foram muitos como vários foram os episódios ofensivos à sua pessoa, motivados por inveja ou pura maldade.
Todavia, no campo da fenomenologia espírita, as faculdades de Home foram atestadas por tantos e tão famosos observadores e foram mostradas sob condições tão francas que nenhum homem razoável poder pô-la em dúvida. Só a prova de Crookes foi conclusiva e fez calar a muitos dos seus opositores. Longo foi o seu apostolado. E ainda quando a sua vida utilíssima e altruísta chegava ao fim, deve ser lembrado, para eterna vergonha da Imprensa Britânica, o que dificilmente se encontrou um jornal que não se referisse a ele como um impostor e um charlatão. Contudo chega o momento em que ele ser reconhecido pelo que realmente foi - um dos pioneiros do lento e árduo avanço da Humanidade na selva da ignorância.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "G"

Gato_ O gato é um mamífero que pode viver de 15 a 39 anos. Com eles, sua casa vai ficar livre de ratos, baratas e outros animais, que os gatos se encarregam de eliminá-los, tendo, além disso, uma vida livre, mas sempre voltando para o seu lar. Muito importante também é ressaltar que aquele "ronquinho" que o gato dá não é asma, como algumas pessoas imaginam. Aquele "ronquinho" (às vezes bem alto) nada mais é do que a forma de o gato se expressar, assim como o cachorro balança o rabo mostrando que está satisfeito com a presença do dono. Homens e gatos possuem a mesma região do cérebro responsável pelas emoções.

O cérebro do gato é mais similar ao do homem do que ao do cão. O gato possui mais ossos do que os humanos. Enquanto o homem possui 206, os gatos possuem 245 ossos. Os gatos possuem 30 vértebras, 5 a mais que os humanos. Gatos possuem 32 músculos que controlam suas orelha. Ele pode girar suas orelhas, independentemente, a quase 180 graus, e 10 vezes mais rápido do que o melhor cão de guarda. A audição dos gatos é muito mais sensível do que a dos homens e cães. Seus ouvidos afunilados, canalizam e amplificam os sons como um megafone. Os gatos ouvem até 65 khz (kilohertz), enquanto que os homens ouvem até 20 khz. Em proporção ao corpo, os gatos são os mamíferos que possuem os maiores olhos. Um gato enxerga 6 vezes melhor do que um humano à noite, porque necessita de 1/6 da quantidade de luz necessária ao homem para enxergar. Recentes estudos revelaram que os gatos podem ver o amarelo, azul e o verde. Ainda não se sabe ao certo, se conseguem ver o vermelho, provavelmente essa cor é vista como cinza ou preto. O campo de visão de um gato é de 185 graus. Os gatos sacrificaram os detalhes e as cores pela capacidade de enxergar com pouquíssima luz. Eles não conseguem enxergar pequenos detalhes, vêem o mundo desfocado. Por serem muito sensíveis à luz, os olhos dos gatos possuem pupilas verticais. Quando totalmente abertas, ocupam uma área proporcionalmente maior do que a pupila do homem. No fundo do olho, os gatos tem uma camada de células denominadas "tapetum lucidum". A luz, após absorção, é refletida por essas células de volta para a retina, para que seus receptores tenham uma segunda chance de captá-la. Isso aumenta a eficiência dos receptores da retina em cerca de 40%. Gatos de olhos azuis e brancos de pelagem são geralmente surdos. Leva cerca de 2 semanas para o filhote ouvir bem e seus olhos abrem em média com 7 dias. O gato possui aproximadamente 60 a 80 milhões de células olfatórias. O homem possui entre 5 a 20 milhões. Os gatos possuem um órgão olfatório especial no céu da boca, chamado: Órgão de Jacobson. É um analisador de odores e é por isso que às vezes vemos os gatos abrir a boca estranhamente (riso sardônico), quando sente odores fortes. O gato possui um total de 24 bigodes, agrupados de 4 em 4. Seus bigodes são usados para medir distâncias. Gatos têm 30 dentes, enquanto os cães possuem 42. Os dentes de leite são substituídos pelos permanentes, por volta dos 7 meses de idade. Os gatos andam na ponta dos dedos. As patas do gato possuem receptores muito sensíveis que levam informações, na velocidade da corrente elétrica, até o cérebro: exploram coisas novas, sentem os alimentos, a velocidade do que passa sobre elas. O gato doméstico pode correr a uma velocidade de 50 km/h Quase 10% dos ossos dos gatos se encontra na cauda, e esta é responsável pela manutenção do seu equilíbrio. O gato doméstico é a única espécie que consegue manter a sua cauda ereta enquanto anda. A cauda também é demonstrativo do estado de humor do gato. Um gato é capaz de pular 5 vezes a sua altura. O gato sempre cai de pé, desde que o tempo de queda seja suficiente, para que ele gire seu corpo e se defenda da queda, amortecendo o impacto.

No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.c., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto. No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.c., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido. O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia.

Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas.

Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas.

Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.

Gematria_consiste em uma técnica para explicar uma palavra ou um conjunto de palavras, conferindo um valor numérico a cada letra.

Geomancia_É uma arte divinatória de origem árabe que se desenvolveu na Idade Média. O nome tem origem grega e significa “adivinhação pela terra”. Para prever o futuro, o “futurólogo” desenha pontos na areia ou na terra e, através deles, forma imagens capazes de dar indicações sobre a vida do consulente.

Gilgul_Na Cabala, a Roda da Reencarnação, é chamada de Gilgul Neshamot, o que significa, literalmente, A RODA DAS ALMAS. Se quisermos ver além da aparência de um inocente punido ou um maldoso recompensado, precisamos examinar essa roda de forma metafórica. Eu a imagino como uma enorme roda, nas bordas de nossa galáxia, com todas as almas encravadas ao seu redor, como estrelas. Gilgul Neshamot seria então uma roda em movimento constante e acompanhando o seu movimento as almas vêm até a Terra e vão de volta até ela, num ciclo eterno de nascimento, morte e renascimento. Até que o processo termine e a reencarnação não seja mais necessária.

Gilles de Rais_ foi um soldado e lutou em diversas batalhas contra os ingleses. Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade. Lutou ao lado de Joana D'Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gnomos_A palavra gnomo foi primeiramente usada por Paracelso (médico e alquimista que escreveu ótimos livros) no séc. XVI para nomear os elementais da terra. Gnomo deriva do grego Gnosis que significa saber, isto se deve ao conhecimento oculto que estes têm da terra como onde encontrar metais e pedras.

Gnosticismo_Designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas eram as da antiga Gnose (palavra grega que significa conhecimento), com influências do neoplatonismo e dos pitagóricos. Este movimento reivindicava a posse de conhecimentos secretos que, segundo eles, os tornava diferentes dos cristãos alheios a este conhecimento. Originou-se provavelmente na Ásia menor, e tem como base as filosofias pagãs, na Babilônia, Egito, Síria e Grécia. O gnosticismo combinava alguns elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas, mistérios de Elêusis, bem como os do Hermetismo. Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico, mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria. É usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua essência eterna, centelha divina, pela via do coração. É uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.
O Gnosticismo usa de explicações metafísicas e mitológicas para falar da criação do universo e dos planos espirituais, mas nunca deixa de relacionar esse mundo externo e mitológico a processos internos que ocorrem no homem.

Golden Dawn, Ordem da_A Golden Dawn (Aurora Dourada), foi a segunda sociedade ocultista mais importante do século passado. Foi criada em 1880 por quatro membros da S.R.I.A. (Societas Rosecruciana in Anglia). Sua reivindicação era a de ser a verdadeira herdeira dos primórdios do rosacrucianismo e dos princípios de Cristian Rosenkreutz, baseando-se num misterioso conjunto de manuscritos cifrados, oriundos de Westcott. De posse desses documentos cifrados, encontraram em meio a estes, uma carta com o endereço da Fraülein Ana Sprengel originária de Nuremberg. Mais tarde descobriu-se que esses documentos foram na verdade, criados por eles.

Golem_foi criado no ano de 1580 em Praga pelo Rabi Yehuda Loevy, conhecido como o Maharal de Praga.
Yossef, ou Golem, foi criado a partir dos quatro elementos (fogo, terra, água e ar) através do conhecimento cabalístico do Maharal que obteve permissão Divina de recorrer a forças espirituais especiais para criar um ser como o Golem.
Ele era um ser sagrado, sem vida (desprovido de alma), e andava e obedecia a todas as ordens do Maharal. Era extremamente forte, mas não podia se expressar através da fala, pois este dom é privilégio exclusivo das almas Divinas.
Golem foi criado com o objetivo de proteger os judeus que foram ameaçados de extermínio através da intriga de seus inimigos e os salvou poupando muitas vidas. O Golem transformou o pesadelo do extermínio em salvação.
Quando o povo judeu não sofria mais ameaças, sua existência perdeu sentido, pois sua missão já fora cumprida.
Quem visita Praga atualmente poderá entrar na sinagoga do Maharal, local provável onde está enterrado o Golem, mas a presença de pessoas é vetada neste recinto, porque conforme os relatos, ela perde a própria vida.

Grande Mãe_Gaia, Mãe Terra_Antes de o homem ser criado, só havia terra e ar e antes mesmo de existir o ar e a terra, se necessitava de um lugar para estes se manifestarem. Este lugar era o Caos: que era o lugar onde existia só a possibilidade de ser. No sonho do Caos só existia o Pensamento, que crescia e palpitava e este Pensamento estabeleceu a Ordem. Tão poderoso e eficaz foi este Pensamento que chamou a si mesmo de Eros, e ao pronunciar aquele nome, o Caos se transformou no Momento. Do Caos e Eros surgiram a obscuridade chamada Nyx e o movimento chamado Boreas, o vento.
Em sua primeira dança cósmica, Nyx e Boreas, giraram em movimento arrebatado e frenético até que tudo que era denso e pesado descendeu, e tudo que era leve ascendeu. A matéria densa era Gaia e de sua chuva e de sua semente proveu sua descendência. A princípio, de Gaia nasceu Urano ou o Céu, que se uniu a ela gerando os gigantes, feios, violentos e poderosos Titãs, os Titânides, incluindo Cronos, o Devorador Pai do Tempo. Urano não tolerava os filhos e logo que nasciam, os empurrava de volta para dentro do útero, para o fundo da Terra Mãe, onde estagnavam pela ausência de luz, atividade e liberdade. Finalmente um deles, Cronos, foi secretamente removido do próprio útero da Mãe Gaia e quando o Pai Urano desceu para cobrir Gaia, esse filho titânico rebelde e irado castrou-o. Depois libertou seus irmãos e irmãs e, com isso deu início à era dos Titãs.
Segundo Hesíodo, o movimento de saída da constelação Urano começa quando Gaia fica sobrecarregada com o fardo dos filhos, que lhes foram socados de volta ao ventre. O incômodo de Gaia, devido ao peso e à pressão dos filhos titânicos em seu útero, prenuncia o início de um plano que trama derrubar seu marido-filho Urano valendo-se de Cronos, o filho heróico.

O sangue de Urano jorrou sobre a terra gerando outros Deuses, como as Erínias (Fúrias), as Meliae (ninfas do espírito das árvores) e os Gigantes. Cheio de mágoa e em conseqüência da mutilação de que fora vítima, Urano morreu.
As representações de Cronos que se seguiram não são muito consistentes; de um lado, dizem que seu reino constituiu a Idade do Ouro da inocência e da pureza, e, por outro lado, ele é qualificado como um monstro, que devorava os próprios filhos. Em grego Cronos quer dizer o Tempo. Este Deus que devora os filhos é, diz Cícero, o Tempo, o Tempo que não sacia dos anos e que consome todos aqueles que passam.
Da união de Gaia e Urano nasceram também: Hipérion, Japeto, Réia ou Cibele, Temis, Febe, Tetis, Brontes, Steropes, Argeu, Coto, Briareu, Giges.
Dizia-se que o homem nascera da terra molhada aquecida pelos raios de Sol. Deste modo, a sua natureza participa e todos os elementos e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda em seu seio. No mito grego, não há nenhuma razão que explique o porque, Gaia e Urano, depois de terem criado tantas coisas bonitas, geraram os titãs, filhos violentos, de força horrorosa e terrível. No entanto, sua chegada significa o fim de uma antiga ordem.
A Terra, às vezes tomada pela Natureza, tinha vários nomes: Titéia, Ops, Vesta e mesmo Cibele.
Algumas vezes a Terra é representada pela figura de uma mulher sentada em um rochedo. As alegorias moderna descrevem-na sob traços de uma venerável matrona, sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando uma cornucópia cheia de frutos. Outras vezes aparece coroada de flores, tendo ao seu lado um boi que lavra a terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leão que está aos pés de Cibele. Em um quadro de Lebrum, a Terra é personificada por uma mulher que faz jorrar o leite de seus seios, enquanto se desembaraça do seu manto, e do manto surge uma nuvem de pássaros que revoa nos ares.
Gaia foi também, a profetiza original do centro de adivinhação da Grécia Antiga: o Oráculo do Delfos. O Oráculo, considerado o umbigo da Terra, situava-se onde a sabedoria da terra e da humanidade se encontravam.
Gaia é o ser primordial de onde todos os outros Deuses se originaram, mas sua adoração entrou em declínio e foi suplantada mais tarde por outros deuses. Na mitologia romana é conhecida como Tellus. Gaia é a energia da própria vida, Deusa pré-histórica da Mãe Terra, é símbolo da unidade de toda a vida na natureza. Seu poder é encontrado na água e na pedra, no túmulo e na caverna, nos animais terrestres e nos pássaros, nas serpentes e nos peixes, nas montanhas e nas árvores.
Quando falamos do arquétipo da Terra, estamos também inevitavelmente nos referindo ao arquétipo do Céu, e à relação entre os dois. É só depois que separamos o que está aqui embaixo com o que está lá em cima, que entenderemos o simbolismo do que está acima que é leve, claro, masculino e ativo, e a Terra, que está abaixo e é pesada, escura, feminina e passiva.
A humanidade como um todo reunida em torno do arquétipo Terra está associada tanto à este mundo que é corpóreo, tangível, material e estático, quando ao seu simbolismo oposto do Céu que está ligado ao outro mundo, incorpóreo, intangível, espiritual e dinâmico. Para entendermos o arquétipo da Terra e da Deusa Mãe Terra, devemos entrar em contato com as contradições Céu e Terra, Espírito e Natureza.
A imagem patriarcal cristã da Terra, durante a Idade Média, era sem nenhuma ambigüidade, negativa, ao passo que o arquétipo positivo do Céu era dominante. A parte decaída inferior da alma pertencia ao mundo da Terra, enquanto que sua verdadeira essência que é o "espírito", se originava no lado celestial masculino de "Deus", ou do Mundo Superior. O lado terreno então, deveria ser sacrificado em nome do Céu, porque a Terra era feminina, pertencendo ao mundo dos instintos, representada pela sexualidade, sedução e o pecado.
Esta autonegação do homem desperta em nós não apenas espanto, mas horror, em virtude da natureza humana terrena, ser considerada repulsiva e má. Depreciação da Terra, hostilidade para com a Terra, que nos alimenta e protege, são expressão de uma consciência patriarcal fraca, que não reconhece outro modo de ajudar a si mesma a não ser fugir violentamente do domínio fascinante e avassalador do terreno. Foi somente a partir da Renascença que a Terra libertou-se desta maldição, tornando-se Natureza e um mundo a ser descoberto que aparece com toda a sua riqueza de criatura viva, que já não estava em oposição com um Espírito Céu da divindade, mas na qual a essência divina se manifesta. O espírito que de agora em diante será buscado é espírito da Terra e da humanidade.
Como se respondesse a nossa atual crise de meio ambiente, o nome Gaia se escuta hoje em dia por todas as partes. Existe a "Hipótese de Gaia" do físico James Lovelock, que propõe que o planeta terra seja um sistema auto-regulado; a "consciência de Gai", que instiga para que a terra e suas criaturas sejam consideradas um todo e simplesmente e o termo "Gaia", que expressa reverência faz do planeta um ser vivo de que toda a vida depende. A esse fenômeno está associada a idéia que só uma personificação do planeta pode devolver-lhe uma identidade sagrada, de modo que seja possível estabelecer uma nova relação entre os seres humanos e o mundo natural.
Não é coincidência que m pleno século XXI regresse a mentalidade grega para formular essa experiência, posto que no Ocidente a última Deusa da Terra foi Gaia. É certo que na mitologia clássica a Deusa já tinha a mesma posição de Mãe Suprema de todo o ser vivo que tinha no período Neolítico, no entanto, a terra seguiu sendo inclusive em filosofia, um ser vivo (zoon), segundo a terminologia platônica. Essa consciência perdeu-se nas referências judias e cristãs em essa perda se faz evidente no modo em que passamos a tratar a terra como se fosse matéria morta. Fica óbvio, portanto, que Maria, a Deusa Mãe reconhecida pela igreja cristã, tenha adquirido todos os atributos das Deusas Mães, exceto o de Deusa da Terra.
No entanto, no século VII a. C., a realidade de uma só Deusa havia passado à história e a unidade original da terra e do céu se havia perdido na lenda dos inícios. Hesíodo que, como Homero, em torno de 700 a. C., evoca essa época tal como sua mãe se recordava. Sugere, talvez, como uma cultura de uma Deusa que ficou na lembrança através das histórias transmitidas de geração para geração, no colo das mães:
"Não de mim, sim de minha mãe, procede ao conto de como a terra e o céu foram uma vez uma só forma".
As imagens mitológicas da Grande Mãe, Criadora do Universo, são numerosas, como numerosos são estágios da revelação do ser dela, mas a forma mais difundida e conhecida de sua manifestação, a forma que define sua essência é a de Terra Mãe.
Reverenciar os princípios femininos e a consciência da Deusa Gaia, nos ajuda a nos colocar em contato com a beleza e a magia da natureza e todas as suas criaturas.
Reconhecer esta Deusa da Natureza, como nossa Mãe Terra amorosa, ajuda a expandir nosso respeito ao meio ambiente e nossa busca do equilíbrio entre as energias masculinas e femininas, para que, em lugar de competir, trabalhemos juntos, para o bem individual e coletivo.
A maioria das mulheres, já lançam mão da sabedoria da Deusa, para ocupar seu espaço na terra e no presente milênio.
Vamos deixar que a Deusa renasça, se expresse em nossas intenções, vontades e desejos, para que possamos extrair de nosso corpo os movimentos sagrados de sua dança e deixar que embale nossos sonhos.
Reverenciar Gaia não requer nenhuma fé, a simples consciência das manifestações da natureza que ocorrem a nossa volta, já é o bastante para absorvermos sua energia. Nos conectarmos com Gaia é mais simples ainda:
Caminhe descalços na terra, areia ou grama, a sensação é deliciosa;
Em uma praça ou jardim, feche os olhos e tente identificar o cheiro das flores;
Coma seu alimento de cada dia consciente que tudo é presente de nossa Mãe Terra;
Abrace um bebê e admire conscientemente o milagre da vida;
Sente-se na grama e observe as formigas trabalhadeiras em seu diário trabalho de sobrevivência;
Coloque os pés descalços na terra e brinque de árvore, enraizando-se e sugando a seiva da Terra;
Você mesma pode inventar seu ritual, desde que esteja em contato com a Natureza.

Grécia, Magia da_No apogeu da civilização grega os rituais de feitiçaria desafiavam o poder da lógica e da razão dominantes. Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor. Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.

Grimório_Um grimório, ou grimoire é um livro de encantamentos, rituais e encantações mágicas. Geralmente constitui um pequeno livro, rico em ilustrações simbólicas
Na sua maioria, os grimórios datam do século XVI ao XVIII, embora os seus compiladores afirmem que os seus conteúdos se baseavam em textos antigos, de preferência hebraicos, célticos,caldaicos, bretanhos ou egípcios...
Grimório significa breviário dos bruxos, eram livros de encantamentos, rituais mágicos, de natureza, aparentemente, religiosa, que reuniam fórmulas para fazer contato, invocar e realizar rituais. No mundo bruxo, os grimórios são poderosos livros escritos por famosos e antigos bruxos.

Guaita, Estanislau de_Fundador da ordem cabalística Rosacruz em Paris, Guaita era morfinômano. Seus adversários acusavam-no de feitiçaria e de ter assassinado vários inimigos. Morreu de overdose de morfina.

Gurdjieff, George Ivanovitich_ Seus ensinamentos se dirigem às nossas perguntas mais essenciais:
Quem sou eu?
Por que estou aqui?
Qual o propósito da vida, e o da vida humana em particular?
Ainda jovem, Gurdjieff buscou sem descanso respostas práticas à estas perguntas e se convenceu de que elas se encontravam nas tradições antigas Através de muitos anos de pesquisa e prática ele descobriu respostas, e passou o que tinha aprendido a uma forma compreensível ao mundo ocidental. Gurdjieff afirmava que, devido às condições anormais da vida moderna, nós não funcionamos mais de maneira harmoniosa. Ele ensinou que para nos tornarmos harmoniosos, devemos desenvolver novas faculdades — ou realizar nossas potencialidades latentes— através do “trabalho sobre si mesmo”. Ele apresentou seus ensinamentos e idéias em três formas: escrita música e movimentos, que correspondem a nosso intelecto, emoções e corpo físico.

15 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "F"

Feitiçaria_Feitiçaria designa a prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs, por parte de adeptos da Bruxaria com vista à obtenção de resultados ou objetivos. Pode estar relacionada com cultos às forças da natureza ou aos antepassados já falecidos, sendo que está também frequentemente relacionada com o uso de artes consideradas mágicas, à invocação de entidades , como por exemplo, espíritos e deuses, ou no emprego de diversas formas de adivinhação.
Os praticantes e líderes da feitiçaria, designados de feiticeiros, gozavam de uma considerável influência social em diversas comunidades, sendo encarados como líderes religiosos ou conselheiros.

Feitiçaria, Ato de_Na Inglaterra, o Ato de Feitiçaria , promulgado em 1735, por um lado proibia a feitçaria, ao passo que tambem estipulava que a feitiçaria não existia e que qualquer pessoa que clamasse possuir poderes sobrenaturais seria processada. Mas foi somente em 1951 que a legislação britânica eliminou a última referência à feitiçaria de seu Código Penal.

Flamel, Nicolas_O mais célebre alquimista francês. Dizem que seu nascimento ocorreu no ano de 1330, perto de Pointoise, no seio de uma família muito humilde, apesar de haver recebido educação de um letrado. Uma de suas obras mais conhecidas é O Livro das Figuras Hieroglíficas, em cujas figuras se escondem os processos da Grande Obra. Flamel previu que um dia ou outro seria detido, sobretudo desde que se suspeitou que possuía a Pedra Filosofal. Antes que se iniciasse sua perseguição, idealizou um meio de evitar sua detenção: fez publicar a notícia da sua morte e da sua mulher chamada Perrenelle. De acordo com seus conselhos ela fingiu uma enfermidade que seguiu um curso fatal, e segundo suas instruções, quando a encontrassem morta, estaria aguardando-o na Suíça. Em seu lugar se enterrou um pedaço de madeira coberta com algumas prendas, e para cumprir o cerimonial estritamente, se celebrou o ato fúnebre numa das capelas que ela mesmo havia construído. Pouco depois ele recorreu ao mesmo estratagema; e como o dinheiro abre todas as portas, não custou muito ganhar a confiança de médico e eclesiásticos. Flamel deixou um testamento no qual dispunha que o enterrassem com sua mulher e se levantasse uma pirâmide sobre suas sepulturas; e enquanto este sábio autêntico viajava para reunir-se com sua esposa, enterrou-se um segundo pedaço de madeira em seu lugar. Desde aquelas datas, ambos levam uma vida muito filosófica, dedicados a viajar e a ver países. Esta é a verdadeira história de Nicolas Flamel, não a que você acredita nem a que se pensa em Paris, onde muito pouca gente têm conhecimento da verdadeira sabedoria.
Há outros numerosos testemunhos e relatos, que dão fé da sobrevivência de Flamel. É muito curioso que todos eles concordam num ponto: o filósofo e sua esposa se retiraram à Índia quando se encontraram na Suíça, onde ela o havia precedido para fazer os preparativos da grande viagem.

Flammarion, Nicolas Camille_ Sua obra e suas convicções influenciaram a geração que sucedeu ao codificador, na França e no Brasil, e tornaram-se a base da Metapsíquica nascente. As obras sobre a vida de Flammarion são raras. Na nossa língua encontramos pequenas biografias de poucas páginas, há algumas resenhas sobre seus livros de temática espírita na "Revue Spirite" publicada por Allan Kardec, seu discurso no túmulo de Allan Kardec, publicado pela FEB em "Obras Póstumas" e os dados biográficos inseridos nos três livros "Allan Kardec" de Zêus Wantuil. As principais fontes deste trabalho, entretanto, devemos à gentileza de Alexandre Rocha, e são o livro autobiográfico "Memórias Biográficas e Filosóficas de um Astrônomo", escrito no início do século XX, onde Flammarion relata sua infância, seu contato com o Espiritismo, suas atividades e produção relativas à astronomia. Outro documento também relevante foi um fragmento de um discurso pronunciado por Flammarion em 1923, na British Society for Psychical Research. Entre os tipos de atividades que realizou, Flammarion mediu estrelas duplas e realizou cálculo de suas órbitas, estudou a direção das correntes aéreas, fez estudos higrométricos do ar, analisou a rotação de corpos celestes, confeccionou mapas de Marte e escreveu trabalhos sobre a constituição física da Lua.

Fludd, Robert_ Tesoureiro da rainha Elizabeth, estudioso de Paracelso, membro da Christ Churc, foi dono de extraordinária erudição. Amou as ciências exatas e demonstrou possuir raro espírito de observação, sendo ao mesmo tempo filósofo, médico, anatomista, físico, químico, matemático e engenheiro. Adversário dos "peripatéticos" (os que seguem a filosofia de Aristóteles), e em geral de toda a filosofia pagã, introduziu na Inglaterra a filosofia natural e a teosofia de Paracelso e de Cornélio Agripa. Tal como Paracelso esforçou-se por formar um sistema de filosofia fundado na identidade da verdade espiritual e física.

Fort, Charles_foi um escritor estadunidense e pesquisador de fenômenos anômalos. Charles Hoy Fort, um norte-americano que viveu na primeira metade do século XX (morreu em 1932), foi um colecionador de fatos insólitos e um dos precursores de realismo fantástico. Entre os incríveis fenômenos catalogados por Fort, destacam-se as chuvas estranhas.

Fortune, Dion_Saída da Ciência Cristã, desde cedo teve seu interesse voltado para o ocultismo e foi na frase "Dio non Fortuna", que ela se inspirou para adotar o seu pseudônimo esotérico.
Por volta de 1910, sofreu uma agressão mágica. Sua aura, a concha fechada que protege o indivíduo dos impactos das influências externas foi rompida neste ataque e sua saúde foi abalada. Este fato direcionou seu interesse para a psicologia e posteriormente, para o ocultismo.
Sua vitalidade foi diminuindo cada vez mais, até que em 1919 foi admitida na "Alpha and Omega Lodge of the Stella Matutina", uma sucursal da "Golden Dawn". Foi a partir dai que ela aprendeu a energizar e dirigir seu poder inato para fins mágicos.
Em 1924 fundou a famosa ordem místico/mágica:
“Society of the Inner Ligth", com sede na Inglaterra, uma sociedade iniciática para a manutenção e sobrevivência das antigas tradições esotéricas ocidentais.
Nos últimos dias de sua vida contatou Aleister Crowley e, como ele, utilizou a corrente secreta sexual polarizada dirigida para a magia. Sua novela "Moon Magic", publicada postumamente, descreve a sacerdotisa de Isis que vem para restaurar o paganismo para o mundo que tinha perdido o contato com as forças elementais, para tornar a vida realmente dinâmica.

Fox, Irmãs_Em dezembro de 1847 uma família metodista de nome Fox alugou uma casa em vilarejo típico de New York chamado Hydesville. Nessa família havia duas filhas de nome Margaret de 14 anos e Kate, de 11 anos. Em 1848 surgiram na casa ruídos, arranhões, batidas, sons semelhantes ao arrastar de móveis que não deixava as meninas dormir, a não ser no quarto de seus pais. Tão vibrantes eram esses sons que as camas tremiam e moviam-se. As irmãs Fox iniciaram o diálogo com o espírito batedor, fato este que passou a história do Espiritismo como o episódio de Hydesville.
Passado esse acontecimento no qual as meninas ficaram conhecidas, estas iniciaram sessões em New York e em outros lugares, triunfando em cada ensaio a que eram submetidas. Durante esses atos de mediunidade pública, em que provocavam indignação às moças entre pessoas que não tinham a menor idéia do significado religioso dessa nova revelação, entre aqueles cujo interesse estava na esperança de vantagens materiais, as irmãs estiveram expostas ás enervantes influências das sessões promíscuas de tal maneira que nenhum espírita conhecedor da problemática ousaria assim proceder. Naquela ocasião os perigos de tais práticas não eram tão notados quanto agora, nem ao povo ocorria que não era possível que espíritos elevados baixassem a terra para dar conselhos acerca das ações das estradas de ferro ou soluções para os casos amorosos. Contra a sua formação moral das quais jamais houve qualquer suspeita, mas elas tinham enveredado por um caminho que conduz a degeneração da mente e do caráter, embora só muitos anos mais tarde tivessem manifestado os mais sérios efeitos.

Em 1852, o Dr. Elisha Kane, de origem puritana, pois considerava a Bíblia como a última e definitiva palavra de inspiração divina, encontra Margaret e com ela veio a casar-se. Kane estava convencido de que a jovem estava envolvida em fraude e nas cartas que lhe enviava a acusava continuamente de viver em erro e hipocrisia. Kane estava convencido de que a irmã mais velha de Margaret, Leah, visando fins lucrativos estava explorando a fraude.
O casamento durou até 1857, ocasião em que a viúva, então se assinando Mrs. Fox-Kane, abjurou os fenômenos por algum tempo e foi recebida na Igreja Católica Romana. Em 1871, depois de mais de 2O anos de trabalho exaustivo, ainda as encontramos recebendo entusiástico apoio e admiração de muitos homens e senhoras importantes da época. Só depois de 4O anos de trabalhos públicos é que se manifestaram condições adversas em suas vidas. Foi em 1871 que, graças a generosidade de Mr. Charles Livermore, eminente banqueiro de New York, Kate Fox visitou a Inglaterra. Era um sinal de gratidão do banqueiro pela consolação que havia recebido de sua força maravilhosa e um apoio para o progresso do Espiritismo. Ele proveu todas as suas necessidades e assim evitou que ela tivesse de recorrer ao trabalho remunerado.

A visita de Fox à Inglaterra evidentemente foi considerada como uma missão. A recém-chegada iniciou suas sessões logo depois do seu desembarque. Numas das primeiras, um representante de "The Times" esteve presente e publicou um relato da sessão, realizada em conjunto com D. D. Home, grande amigo da médium. Isto se lê num artigo sob o título "Espiritismo e Ciência" que ocupou 3 colunas e meia em tipo saliente. O representante de The Time diz que Miss Fox o levou até a porta da sala, convidou-o a ficar de pé a seu lado e segurou-lhe as mãos, o que ele fez, "quando foram ouvidos fortes golpes, que pareciam ser das paredes e como se fossem dadas com os punhos. Os golpes eram repetidos a pedido nosso, qualquer número de vezes".
A 14 de dezembro de 1872 Miss Fox casou-se com Mr. H. D. Jencken, um advogado londrino, autor de um "Compêndio de Direito Romano Moderno", e secretário geral honorário da Associação para a Reforma e Codificação do Direito Internacional. Foi ele um dos primeiros espíritas da Inglaterra. Assim relata Crookes, um encontro com Miss Fox, quando as únicas pessoas presentes era ele, sua senhora, uma parenta e a médium. "Eu segurava ambas as mãos da médium numa das minhas mãos, enquanto seus pés estavam sobre os meus. Havia papel sobre a mesa em nossa frente e eu tinha um lápis na mão livre. Uma luminosa mão desceu do alto da sala e, depois de oscilar perto de mim durante alguns segundos, tomou o lápis de minha mão e escreveu rapidamente numa folha de papel, largou o lápis e ergueu-se sobre nossas cabeças, dissolvendo-se gradativamente na escuridão". Muitos outros observadores descrevem fenômenos similares com a mesma médium em várias ocasiões. Os detalhes das sessões poderiam encher um volume.

É opinião do Professor Butlerof da Universidade de São Petersburgo que, depois de investigar os poderes da médium em Londres, escreveu em The Spiritualist em 1876: "De tudo quanto me foi possível observar em presença de Mrs. Fox sou levado à conclusão de que os fenômenos peculiares a esse médium são de natureza fortemente objetiva e convincente e que, penso, seriam suficientes para levar o mais pronunciado cético, desde que honesto, a rejeitar a ventriloquia, a ação muscular e semelhantes explicações dos fenômenos".

Mr. Jencken morreu em 1881 deixando a viúva com duas filhas. Margaret tinha se juntado a irmã Kate em 1876 e permaneceram juntas por alguns anos, até que ocorreu o lamentável incidente envolvendo a família. Parece que houve uma discussão amarga entre a irmã mais velha, Leah e as duas moças. É provável que Leah tivesse sabido que havia então uma tendência para o alcoolismo e tivesse feito uma intervenção com mais força do que tato... Alguns espíritas também interferiram e deixaram as 2 irmãs meio furiosas, pois tinha sido sugerido que os 2 filhos de Kate fossem separados dela. Procurando uma arma - uma arma qualquer - com a qual pudessem ferir aqueles a quem tanto odiavam, parece que lhes ocorreu - ou, de acordo com o seu depoimento posterior, que lhes foi sugerido sob promessa de vantagens pecuniárias - que se elas injuriassem todo o culto, confessando que fraudavam, iriam ferir a Leah e a todos os confrades no que tinham de mais sensível.
Ao paroxismo da excitação alcoólica e da raiva juntou-se o fanatismo religioso, pois Margaret tinha sido instruída por alguns dos principais espíritos da Igreja de Roma, e convencida - como também ocorreu com Home durante algum tempo - que suas próprias forças eram maléficas, no que ficou reduzida a um estado vizinho da loucura. Antes de deixar Londres, escreveu ao New York Herald denunciando o culto, mas sustentando numa frase que as batidas "eram a única parte dos fenômenos digna de registro". Chegando a New York, onde, conforme sua subseqüente informação, deveria receber certa quantia pela sensacional declaração prometida ao jornal, teve uma verdadeira explosão de ódio contra sua irmã mais velha.

Posteriormente, um ano após o escândalo de Margaret, esta fez extensa entrevista à imprensa de New York denunciando a tentação do dinheiro e admitindo haver dito falsidades contra os Espíritos pelos mais baixos motivos. "Praza Deus" - disse ela com voz trêmula de intensa excitação - "que eu possa desfazer a injustiça que fiz à causa do Espiritismo quando, sob intensa influência psicológica de pessoas inimigas dele, fiz declarações que não se baseiam nos fatos". Mais adiante pergunta o entrevistador. "Havia alguma verdade nas acusações que a senhora fez ao Espiritismo?" - "Aquelas acusações eram falsas em todas as minúcias. Não hesito em dizê-lo... Não. Minha crença no Espiritismo não sofreu mudanças. Quando fiz aquelas terríveis declarações não era responsável por minhas palavras".
Tanto Kate quanto Margaret morreram no começo do último decênio do século e seu fim foi triste e obscuro. Todavia, as idéias espíritas disseminadas através de seus feitos, ora através do cansativo alfabeto das batidas, ora por eventos espetaculares cuja causa era a mediunidade de ambas, prepararam o terreno para a codificação, que se seguiria sob a diretriz do Espírito da Verdade e a coordenação segura de Allan Kardec.

Frazer, James George_Antropólogo, folclorista e historiador das religiões escocesas (Glasgow, 1854 - Cambridge, 1941). Autor de O Ramo de Ouro (1890-1915), Frazer tinha como idéia básica descobrir o fundamento das religiões no folclore.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "E"


Eckankar_é um Novo movimento religioso que incide sobre exercícios espirituais que permitem aos praticantes experiência que seus seguidores chamam de "a Luz e Som de Deus." Criada por volta de 1964 pelo norte-americano Paul Twitchell, essa organização visa promover o estudo e desenvolvimento espiritual. Tendo como base a Viagem Astral, possibilitando dominar ou conhecer os mistérios do universo.

Ectoplasma_O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e tomando forma por influência de um campo organizador específico à mente dos encarnados e desencarnados. Facilmente fotografado, de cor branco-acinzentada, vai desde a névoa transparente à forma tangível. O Ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispíritica (duplo etéreo), pode ser comparado à genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos, que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, à vontade do médium, que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não, que sintonizam com a mente mediúnica

Egito, Livro dos Mortos do_Ressurreição e vida futura, a grande idéia central da imortalidade, o viver no além túmulo, a natureza divina e o julgamento moral dos mortos, tudo isso está na coleção de textos religiosos que é o Livro dos Mortos, cujo verdadeiro nome é "Saída para a Luz do Dia" e é o 1º livro da humanidade.

Elementais_Os elementais são pequenos seres, considerados os primos dos anjos, que protegem a natureza. Sua missão é estimular as forças do universo e governar os 4 elementos : Fogo, Ar, Água e Terra. Assim como os anjos protegem os seres humanos, eles protegem as plantas e os animais.
Estão sempre trabalhando para que a natureza funcione mecanicamente e, quando isto ocorre, eles assumem seu aspecto real, aparecem como pontos luminosos ou pequenas luzes coloridas no ar.
Os elementais podem assumir qualquer forma, num piscar de olhos, mas ao se fazerem visíveis, geralmente assumem as formas e padrões humanos de camponeses medievais, por causa da Egrégora (forma de pensamento) que se criou em torno deles. Na realidade, eles ficam felizes em assumir uma forma que já existia.
Os pesquisadores afirmam que alguns elementais se parecem muito com os habitantes da antiga e extinta lemúria. Carregam ferramentas, bastões, grinaldas, cinturões e podem aparecer das mais variadas formas. Isso só vai depender da imaginação da pessoa que os visualiza.
Os protetores dos elementos estão divididos em grupos de acordo com o seu domínio e são eles : Silfos, Salamandras, Ondinas, Gnomos, Duendes, Elfos, Dríades e Fadas.

Elfos_São encontrados nos bosques, nas algas de beira mar e nas gramas. Costumam ser mau-humorados, principalmente quando as pessoas causam algum mal ao ambiente que estão protegendo, portanto pise na grama com cuidado, não arranque musgos e líquens. Se você encontrar um cogumelo, provavelmente um Elfo o terá plantado.

Elixir da Longa Vida_O Elixir da Longa Vida ou Elixir da Imortalidade era uma panacéia universal que era buscada pelos alquimistas e poderia curar todas as doenças, prolongando a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina.

Embalsamar_Os antigos egípcios acreditavam que os deuses visitariam uma múmia e asseguraria ao morto vida eterna. Convencidos de que o corpo deve ser conservado intacto se um homem pretende obter vida eterna, eles preservavam os corpos num processo de embalsamamento.
Eras Astrológicas_Eras Astrológicas são definidas pelo tempo que demora o transito do ponto vernal (equinócio de primavera -HN) por uma constelação zodiacal e leva o mesmo nome da constelação por onde estiver passando.
No equinócio de Primavera para o hemisfério norte, ou de Outono para o hemisfério sul, quando o Sol ilumina igualmente ao Norte e ao Sul, sua trajetória aparente no céu, a eclíptica, cruza com o equador celeste, definindo um ponto chamado de ponto vernal. Este ponto de intersecção projetado no Céu é que determina o começo do signo de Áries, o começo do Zodíaco tropical.
É a projeção deste ponto vernal no Zodíaco sideral, no momento do equinócio, que se movimenta a cada ano em direção oposta ao sentido crescente das constelações zodiacais. A este movimento retrógrado do ponto zero do Signo de Áries, é que se lhe chama de Movimento de Precessão dos equinócios e é ele que determina a sucessão das Eras.
O movimento de precessão é devido a um movimento cíclico do eixo da terra, que tem um período de 25 920 anos. Por tanto, o inicio do zodíaco tropical (Ponto zero do signo de Áries), da uma volta completa no zodíaco sideral em 25 920 anos, ficando aproximadamente 2 160 anos em cada constelação e 70 anos por grau.
Este movimento foi detectado por primeira vez por Hiparco de Nícea (190 – 120 a C) e foi conhecido como o Grande Ano de Platão, ou Grande ano zodiacal. O Grande mês deste ano é o que determina as Eras Astrológicas, com uma duração aproximada de 2 160 anos. Atualmente este ponto está entre a constelação de Peixes e a constelação de Aquário, por isso dizemos que estamos entrando na Era de Aquário.
Em 1929, a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações oficiais. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário localiza, em princípio o início da Era de Aquário por volta de 2600 d.C. Cálculos mais apurados chegam a: 2638 d.C. (Elsa M. Glover), 2654 d.C. (Max Heindel) ou 2680 d.C. (Shepherd Simpson).
O cálculo do inicio da Era de Peixes a partir das constelações definidas pelos astrônomos em 1929 seria no ano 498 d.c.
O inicio das Eras astrológicas é calculado a partir da entrada do ponto vernal (equinócio) nas constelações como foram definidas pelos astrônomos, que partiram do modelo proposto por Tolomeu que a sua vez respeitou as figuras que foram criadas por seu povo.
Mais que fatos astronômicos, fatos culturais e históricos podem indicar a passagem das Eras.
Em cada Era manifesta-se uma Inteligência e Sensibilidade sintonizada ao significado do Signo do Zodíaco que a rege e do Signo oposto complementar. No estudo de uma Era deve ser considerado o eixo dos signos envolvidos. Assim, por exemplo, ao estudar a Era de Peixes, tem que se levar em conta, sem lugar a dúvida, a força do signo de Virgem presente no Poder e desenvolvimento da Razão, da Ciência e da Tecnologia e da maior produção de conhecimento do mundo físico e da Natureza nos últimos milênios.

Esotérica, Doutrina_É toda uma doutrina que atualmente se diferencia das doutrinas com raízes cristãs.

Espiritismo_O termo "Espiritismo" é sinônimo de Doutrina Espírita, porém, freqüentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo, ou confundido com cultos afro-brasileiros.
O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec.
Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião.
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados.