15 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "A"

Aurora Dourada _Fundada em 1888 com o objetivo de atualizar a linguagem da magia medieval, a célebre Ordem do Golden Dawn (Aurora Dourada) surgiu a partir da iniciativa de Dr. Wynn Wetcoot, McGregor Mathers, Dr. Willian Woodman e de outros membros da intelectualidade da época, entre eles o poeta irlandês W. B. Yeats, que recebeu o prêmio Nobel em 1923. Dilacerada por disputas de poder, a Ordem terminou já em 1917. Entretanto, vários magos iniciados pela Ordem - entre eles, Aleister Crowley e A. E. Waite, criador do Tarô Rider - herdaram seu legado e, poucos anos após sua desintegração, a Ordem ressurgiu no mundo inteiro, dando continuidade a essa tradição.
No Brasil, as práticas e conhecimentos mágicos da Ordem do Golden Dawn desembarcaram em 1975 através do Uruguai, instalando-se em Porto Alegre, onde fica sua sede brasileira desde então.
Para Ibis, grão-mestre da Ordem da Golden Dawn, o encontro com a magia modifica completamente a vida das pessoas, "é quase uma terapia".
"Elas se desvencilham de muitos medos. Dá um significado transcendente que deixa as pessoas tranqüilas e felizes. Essa felicidade faz parte da magia", diz.
"Magia nada mais é do que o encontro como a gente mesmo. Nossa alma fica mais tranqüila quando fazemos aquilo que temos vocação", diz Shan, 41 anos, também grã-mestre da Ordem.
Eles explicam que, em geral, o encontro com a magia e a busca pela iniciação surge quando as pessoas não se satisfazem com o que as religiões tradicionais oferecem. "A saudade de alguma coisa é o que conduz as pessoas para a busca. É como se as pessoas tivessem uma amnésia. Então elas têm um reencontro com algo do qual elas já fizeram parte. Esse reencontro é o que chamamos de iniciação". Para eles, todos os que buscam o conhecimento da tradição já tiveram suas vidas marcadas por ela em vidas passadas.


Abadie, Jeanette_Feiticeira francesa que viveu no povoado de Sibourre, na Gasconha francesa. Jeanette salvou-se da fogueira após renunciar a feitiçaria.


Abaris_Feiticeiro e alto sacerdote de Apolo, que o presenteou com um flecha de ouro com a qual Abaris podia viajar pelos ares como pássaro. Por isso, os gregos o chamavam de Aeróbata, Segundo uma lenda, Pitágoras foi seu aluno e roubou-lhe a seta de ouro. Abaris era capaz de controlar o tempo, predizer o futuro, afastar as doenças e viver sem comer nem beber. Ele vendeu para os troianos seu famoso talismã, o paládio (um atributo da deusa Palas Atena), que protegeria a cidade onde ele fosse colocado. Ocultistas modernos consideram Abaris um dos grandes iniciados da humanidade.


Abracadabra_Hoje a palavra é normalmente usada como encantamento por mágicos de palco, principalmente por ilusionistas. Antigamente, porém, acreditava-se no poder de tal palavra para a cura de febres e inflamações. A primeira menção conhecida à mesma foi feita no segundo século depois de cristo, durante o governo de Septimo Severus, num poema chamado De Medicina Praecepta (em um tratado médico escrito em versos), pelo médico Serenus Sammonicus, ao imperador de Roma Caracala, que prescreveu que o imperador usasse um amuleto com a palavra escrita num cone vertical para curar sua doença.
De acordo com Godfrey Higgins, tinha origem em "Abra" ou "Abar", o deus Celta, e "Cad", que significa Santo. Era usado como um talismã, com a palavra gravada sobre um Kameas (Amuleto quadrado), transformando-se em um amuleto. Segundo Helena Petrovna Blavatsky, Higgins estava quase certo, o termo era uma corruptela da palavra gnóstica "Abrasax" e essa, por sua vez, era uma corruptela de uma palavra antiga sagrada copta ou egípcia, uma fórmula mágica que significava “não me fira", sendo que seus hieróglifos se referiam à divindade como "Pai". Era comumente utilizado sobre o peito sob as vestimentas.
Etimologia: A origem da palavra "abracadabra" ainda não foi totalmente esclarecida, havendo diversas teorias sobre a mesma: "Eu crio ao falar"
Uma possível origem seria do Aramaico: אברא כדברא avra kedabra que significa "Eu irei criar ao falar"
Maldição e pestilência: Aqui há o ponto de vista de que a palavra deriva do Hebraico, ha-brachah, que significa bênção, e dabra, uma forma em Aramaico palavra em Hebraico dever, que significa pestilência.
Abraxas: É também dito que a palavra provém de Abraxas, uma palavra gnóstica para deus. Ela também é atribuída a Abracalan (ou Aracalan), que diziam ser tanto um deus sírio quando símbolo mágico judaico.
Outras teorias: Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavras hebraicas abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra (Deus) - cad (Santo). Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas as línguas.


Abred_Na religião celta, um dos círculos existenciais, onde todas as coisas têm a sua fonte, que eram os seguintes:

1 - GWINFID - A Morada de Deus, plano superior e inacessível;

2 - ABRED - O Círculo da Reencarnação, que é a Terra;

3 - ANUNF - A região das trevas, infernal.


Abstinência_Um Ritual requer cuidadosa preparação e é através da abstinência, de bebidas ou alguns alimentos que uma Bruxa busca purificação em seu corpo e alma para um melhor resultado no Ritual.


Acônito_veneno de ação potente e rápida. O uso interno somente deve ser feito com receita médica, em doses homeopáticas e com preparações farmacêutica com determinação do conteúdo de alcalóides. É muito venenosa não tocá-la quando efetuar a colheita, muito usada em ungüentos.

Propriedades medicinais: analgésico, anticongestiva, antiinflamatória, antipirético, antitussígeno, cardiotônica, descongestionante, diurética, sedativa, sudorífera.


Adivinhação_é a tentativa de predizer o futuro ou descobrir conhecimentos ocultos interpretando sinais. A lista de variedades usadas é extraordinária. Entre os ramos da adivinhação estão:
Amniomancia -- Observação do crânio de uma criança ao nascer.
Antropomancia -- Consulta dos intestinos e órgãos internos de crianças sacrificadas. Apantomancia -- Observação de objetos que aparecem repentinamente.
Armomancia -- Observação dos ombros e costas de um animal que foi sacrificado com esse propósito.
Aspidomancia -- Adivinhação colocando-se no interior de um círculo mágico e caindo-se num estado de transe provocado pela recitação de fórmulas mágicas.
Belomancia -- Adivinhação pela observação da trajetória de flechas.
Bibliomancia -- Consulta de uma passagem ou linha de um livro, escolhida ao acaso.
Botanomancia -- Adivinhação que queima os pequenos ramos de verbena ou outro vegetal, colocando-se no fogo, inscritas em papel, as perguntas que deverão ser respondidas.
Catoptromancia -- Adivinhação por meio de lentes ou de espelhos mágicos. Esta prática esteve em voga na Roma antiga, e é mencionado por Apuleo, o filósofo e novelista romano, bem como por Pausanias, o viajador grego, e por Santo Agostinho.
Causimomancia -- Adivinhação pelo fogo.
Dafomancia -- Observação da maneira pela qual um ramo de louro, jogado ao fogo, queimava.
Empiromancia -- Observação de objetos jogados ao fogo sacrifical
Gastromancia -- Adivinhação por meio de ventriloquismo.
Geloscopia -- Adivinhação pela interpretação do riso de uma pessoa.
Hepatoscopia -- Observação do fígado de um animal morto.
Hipomancia -- Observação do caminhar de um cavalo.
Ictiomancia -- Observação das entranhas de um peixe.
Lampadomancia --Adivinhação por meio da chama de uma lâmpada ou vela.
Libanomancia -- Observação das volutas da fumaça do incenso.
Mararitomancia -- Adivinhação por meio de pérolas.
Oeniática -- Observação do vôo dos pássaros.
Ovomancia --Adivinhação por meio de jogarem-se ovos ao fogo e observar-se de que forma rebentavam.
Quiromancia -- Observação das linhas da mão.
Xilomancia -- Observação da posição dos gravetos no chão.


Métodos de adivinhação são extremamente freqüentes nas sociedades tribais em todos os continentes. São constituintes importantes na cosmologia destes povos e, portanto seu estudo torna-se uma das maneiras mais eficientes de apreensão do universo cultural a que pertencem.
O adivinho lida diretamente com o espírito dos ancestrais, principalmente o dos grandes chefes fundadores dos grupos. Estes espíritos são venerados de diversas maneiras sendo a mais característica o exercício de uma atividade profissional, ou seja, um indivíduo consagrado a um espírito deverá exercer a atividade profissional que o espírito exercia. O adivinho é um dos maiores exemplos disso: exerce esta atividade em honra do espírito ancestral a que é consagrado e o exercício mesmo desta atividade é seu maior ato de veneração.


Aerólito_Os aerólitos ou pétreos possuem na sua composição uma elevada percentagem de minerais silicatados e uma reduzida percentagem da liga ferro-níquel.

Dentro destes termos:
Os acondritos são meteoritos pétreos de textura homogênea, ou seja, sem o desenvolvimento de côndrulos, apresentando grande semelhança com as rochas da superfície terrestre, em composição e textura.
Os condritos possuem côndrulos, que são pequenos agregados esféricos, com cerca de 1 mm de diâmetro, de minerais de alta temperatura, tais como a olivina e a piroxena.

Além dos condritos ordinários, também existem os condritos carbonosos.

Estes contêm compostos orgânicos de origem extraterrestre e água, os quais poderiam ter contribuído para o aparecimento da vida no nosso planeta.


Agrippa Von Nettesheim_Heinrich Cornelius Agrippa Von Nettesheim foi um mago, escritor de ocultismo, astrólogo e alquimista. Considerado também o primeiro feminista e o mais influente escritor esotérico na renascença. Esteve a serviço de Maximiliano I, e devotou seu tempo principalmente ao estudo das ciências ocultas. Foi citado por Mary Shelley em Frankenstein, e no conto O Mortal Imortal surge como uma das personagens.


Akasha_O Akasha é o princípio original, espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto elemento cósmico (quintessência), a quinta ponta do pentagrama.
É o substrato espiritual primordial, aquele que pode se diferenciar. Segundo a teosofia relaciona-se com uma força chamada Kundalini.
No paganismo, o Akasha, também chamado de Princípio Etérico, corresponde ao espírito, à força dos Deuses. É representado no Hermetismo, segundo Franz Bardon, pelo Ovo negro, sendo um dos cinco Tattwas constituintes do Universo.
É um lugar, o elemento éter. Também significa energia universal.
Designa o espaço sutil onde estão armazenados todos os conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios. É a memória da humanidade. Corresponde ao inconsciente coletivo de Carl Gustav Jung.
Segundo a crença de algumas religiões pagãs, como a Wicca, todo o universo foi criado a partir dos Cinco Elementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra e Akasha (espírito).
Todo os demais elementos foram originados do Akasha (o princípio original). Correlacionando os Akasha com o pentagrama, ele seria a 5º ponta do pentagrama (a ponta apontada para cima), aquela que representa o espírito divino, a chamada quintessência e representada pelo ovo (símbolo da origem) negro (símbolo do mistério).
Por isso ele é considerado o mais elevado dos cinco elementos, o mais poderoso e inimaginável; é a base de todas as coisas da criação. Assim, o Akasha é isento de espaço e de tempo. O não-criado: incompreensível e indefinível. Segundo Franz Bardon, é o que as religiões chamam de DEUS.
Ele é o que contém tudo o que foi criado e é ele que mantém TUDO em equilíbrio. É o espaço (onde se originam todos os pensamentos e idéias) e matéria (na qual se mantém tudo o que foi criado).


Akáshico – A Memória da nossa Alma_O registro akáshico é onde estão guardadas as memórias dos acontecimentos de todas as nossas vidas, sejam as do passado, as do presente ou das que ainda iremos viver no futuro, conforme as ações e as escolhas que fizermos na vida atual. No fundo, é onde estão registrados todos os passos da caminhada evolutiva do nosso verdadeiro Ser Espiritual.
No registro akáshico, ou akásha (sânscrito), está guardadas as nossas ações, desejos, esperanças, sonhos e, sobretudo emoções e sensações (gustativas, auditivas, tácteis, visuais ou olfativas), que podem ou ser acompanhadas de imagens. Daí a importância de dar valor a todos os detalhes que possam surgir numa regressão, mesmo quando são apenas pensamentos.
Conforme o tipo de energia que colocamos, seja a um nível mais profundo ou mais superficial, nos nossos gestos, pensamentos ou ações, ao longo de todas as nossas vidas, há um registro dessas memórias e uma densidade emocional que só é libertada quando tomamos consciência dela, a compreendemos e a equilibramos.
Como tudo no Universo, estes registros são mutáveis, pois são continuamente afetados por tudo o que fazemos, sentimos e aprendemos. Assim, quando acedemos a uma vida passada através de uma regressão e a compreendemos, bem como às emoções que finalmente aprendemos a resolver, podemos mudar os registros akáshicos (incluindo os do futuro).
E tudo poderá mudar. Ao compreendermos uma das nossas vidas podemos alterar as nossas emoções, pensamentos, atitudes e intenções sobre o presente e o passado, e a partir daí sobre o futuro também. Podemos mudar a nossa vibração, que afeta também a vibração de quem nos rodeia, que por sua vez afeta a vibração de quem as rodeia a elas…e assim entrar num ciclo positivo de mudança à escala global.
Como acender?
Podemos acender espontaneamente aos nossos registros akáshicos, durante os sonhos ou quando a nossa mente está relaxada e nos surge uma determinada imagem ou memória. O mesmo acontece com um som, odor, sensação local, ou uma pessoa ou situação que nos desperte uma sensação de dejá vu. É uma oportunidade que não deveríamos deixar escapar para resolver um determinado tipo de problema da nossa vida atual. Mas a forma mais terapêutica de aceder as estas memórias emocionais, e sobretudo limpar a densidade que elas nos provocam, é recorrer a uma Regressão.
O objetivo principal de uma Regressão é levar a pessoa aos momentos críticos ou traumáticos das suas vidas passadas, em que alguma emoção mal resolvida provocou um bloqueio emocional. Ao identificar esse “nó”, a pessoa irá colocar consciência nessa ferida e a partir daí aprender a libertar-se da dor. No fundo, é levar a pessoa a entender o motivo porque atraiu essa situação numa vida passada, para que possa resolvê-la no presente, e assim desatar esse nó kármico. Caso contrário, se esse nó não for resolvido, irá simplesmente arrastar-se ao longo de encarnações futuras… até ao momento em que a pessoa finalmente se espiritualize e se decida começar a limpar o seu karma.


Albigenses_Movimento herético, originário de Albi, no Sul de França. Adotam o catarismo. Entre 1229 e 1229, surge a guerra contra os albigenses que devasta o Languedoc e leva à destruição da cultura provençal. Por causa desta heresia tento se instituiu a ordem dos dominicanos, como a Inquisição, colocada desde Gregório IX na dependência diretas do papa.


All Hallow’s Eve (Halloween)_A comemoração do Halloween, difundida pelos EUA teve origem nas celebrações pagãs dos celtas. Eles eram um povo pagão, isto é, que viviam em harmonia com o pagus (campo, natureza).

Pagão vem do latim "paganus", que significa "do campo", em oposição ao "urbanus", da cidade.

A origem do Halloween remete às tradições desse povo que habitou a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
A história, logo, está bastante distante das abóboras ou da famosa frase Travessuras ou Gostosuras, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
Em sua origem, o Halloween não tinha relação com bruxas.
Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, que ia de 30 de outubro a 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa "fim do verão" na língua celta).
O fim do verão era o ano-novo dos celtas, uma data sagrada e, nesse período, o véu entre nosso mundo e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) fica mais tênue.
Por isso, o Samhain era comemorado por volta do dia 1.º de novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
Com a cristianização, essa celebração se dividiu em duas: o Dia de Finados e o Dia de Todos os Santos.
O primeiro, comemorado no dia 2, surgiu para homenagear os ancestrais, os mortos. O Dia de Todos os Santos surgiu das homenagens aos deuses do Samhain. As entidades pagãs viraram santos católicos. Foi o que aconteceu com a deusa Brighid, que virou Santa Brígida.
Entre o pôr-do-sol do dia 31 de Outubro e 1.º de novembro, ocorria à noite sagrada (hallow evening, em inglês) que deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening - Hallowe'en - Halloween.
A relação da data com as bruxas começou na Idade Média, na Inquisição, quando a Igreja condenava curandeiros e pagãos. Todos eram designados bruxos.
Essa distorção se perpetuou e o Halloween, levado aos Estados Unidos pelos irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no século 19, ficou conhecido como Dia das Bruxas.
Atualmente, além das práticas de pedir doces e de se fantasiar que se popularizaram inclusive no Brasil, podemos encontrar pessoas que celebram a moda celta, como os praticantes do druidismo (druida, o sacerdote dos celtas) ou da wicca, também aqui mesmo no Brasil.
Um ritual simples para a noite de 31/10 é o de acender uma vela numa janela de casa, em homenagem a seus ancestrais, para que eles te inspirem e protejam.
Muitos grupos se reúnem e meditam em volta de fogueiras para honrar seus mortos e seus deuses, com oferendas como frutas e flores, e terminam a festa compartilhando comida e bebida, música e dança. Uma boa bebida para essa época é o leite quente com mel, servido com pedaços de maçã e polvilhado com canela. Pode-se acrescentar o chocolate, que na época dos celtas não existia, mas que hoje é muito bem vindo!


Aloé_A Aloé Vera é considerada a rainha incontestável das plantas medicinais e uma das mais antigas. O seu efeito é quase tão vasto como o de uma pequena farmácia doméstica.

A Aloé Vera, nomenclatura botânica correta "Aloé Barbadensis Miller", pertence à família das liliáceas. A popularidade desta planta medicinal não conhece limites, pois já no século V a.c. era utilizada na região do Mediterrâneo. As alusões mais antigas encontram-se em lajes de barro do tempo dos Sumérios e no "livro egípcio dos medicamentos" do século XV a.c.. A Aloé Vera tem sido usada ao longo da História como o medicamento natural para diversos casos de doenças e para o rejuvenescimento, uma vez que a sua polpa tem propriedades que fazem retardar o processo de envelhecimento das células.
Durante muitos séculos, a sua popularidade n o terapêutico e cosmético foi relevante para o desenvolvimento de uma pesquisa séria e científica sobre esta planta.
Mahatma Ghandi escreveu um dia "O segredo da força que me dá energia durante o meu longo jejum está na minha crença inabalável em Deus, no meu estilo de vida modesto e na planta Aloé, cujo efeito benéfico eu conheci logo após a minha chegada a África no final do século XIX."

Origem:Aloé Vera é extremamente resistente ao calor e à seca, mas também é muito sensível ao frio. Por isso é que apenas cresce em zonas quentes e secas com solos ricos em minerais. A Aloé Vera, também conhecida pela planta do cacto, vem das férteis plantações do vale do Rio Grande, a sul do Texas, e da República Dominicana. Pode também ser encontrada selvagem e cultivada nas ilhas do Oceano Pacífico, na Madeira, em Cabo Verde, nas Canárias, na China, na Índia, na Ásia, nos países mediterrâneos, em África, na América do Sul, em Porto Rico e na Jamaica. E ainda nas Antilhas neerlandesas, nas zonas costeiras da Venezuela e nas regiões subtropicais dos EUA e do México.


Alquimia_A predecessora da química parece ter sua origem na cidade de Alexandria, no Egito, durante o primeiro século de nossa era. Nessa época, a arte prática da metalurgia, desenvolvida pelos egípcios, fundiu-se com as especulações filosóficas dos gregos e com o misticismo das religiões do Oriente Próximo. Hermes Trismegisto é a principal figura à qual se atribui a origem da alquimia. Embora nos seus primórdios uma série de operações químicas práticas, baseadas na teoria então aceita da natureza e da matéria, a mentalidade mística dominante na época logo associou conotações divinas a elas, tais como a busca do elixir da longa vida e o segredo da imortalidade.
A alquimia atingiu seu apogeu na Idade Média, na Europa, quando homens ilustres na Europa, acreditavam na transmutação dos metais ordinários em ouro. A história recorda que mais de um impostor foi levado à morte por falhar na produção da pedra filosofal. De acordo com Titus Burckhardt, a alquimia existe provavelmente desde os tempos pré-históricos, e com certeza desde a metade do primeiro milênio depois de cristo. Modernamente, os estudiosos da alquimia afirmam que as diferentes etapas do processo alquímico correspondem, na realidade, a etapas de um processo psicológico e espiritual, destinado a levar o praticante à conquista de estados superiores de consciência. Um moderno estudioso da alquimia, o psicólogo Carl Gustav Jung, investigou a matéria desse ponto de vista, chegando a conclusões extremamente importantes, que tiveram peso essencial na estruturação final da sua célebre psicologia arquetípica.


Alquímico, Simbolismo_A visão profunda de psicólogos ocidentais, como Jung, interpreta a vasta simbologia alquímica como um processo de confirmação da existência do inconsciente coletivo. O alquimista, na sua mística procura da matéria prima aristotélica, ou a base de todas as coisas, descobre elementos escondidos de sua própria alma, elementos esses que são, de forma geral, comuns a toda a humanidade.


Alveydre, Saint Yves D’_Ocultista moderno, autor de uma obra muito famosa, O Arqueômetro, Gênero: Ocultismo & Esoterismo.
Nas páginas deste livro, Saint-Yves D´Alveydre faz uma análise profunda do Arqueômetro, um instrumento pelo qual as relações das letras e das cores são determinadas cientificamente. O Arqueômetro, como instrumento, é um círculo dividido em zonas concêntricas e em triângulos móveis, uns relativamente aos outros, no qual as letras hebraicas, árabes, sânscritas, assim como uma misteriosa, vattan, juntamente com os signos zodiacais e planetários, cores e notas musicais, formam um número infinito de combinações. Por meio desse instrumento de correspondência, arquitetos podem elaborar formas a partir de um nome, de uma cor ou de uma idéia; ao poeta é possível estabelecer relações entre as letras e as cores, exprimindo o ideal perfeito da humanidade.

Como diria o próprio autor, o Arqueômetro é uma síntese concreta de todos os conhecimentos da humanidade. A obra trata, ainda, de Sinarquia, um programa de ação e renovação política da realidade social; destaca-se, também, a referência de Saint-Yves a Agharta, a cidade escondida, na qual, desde tempos imemoriais, os iniciados da Padesa detêm e perpetuam conhecimentos extraordinários. Este é um trabalho dedicado aos estudiosos das antigas tradições.


Amanita Muscaria_ Tem sido utilizado por muitos artistas e, tradicionalmente, figurado nas ilustrações de histórias e contos infantis de autores famosos, principalmente de origem européia. Nessas histórias o cogumelo é, via de regra, associado a figuras de fadas, gnomos e duendes dos bosques e florestas. Entretanto, embora de aparência inocente e aspecto apetitoso, quando ingerido pelo homem ou animais domésticos, o cogumelo é tóxico. Dependendo da quantidade ingerida é capaz de induzir alterações no sistema nervoso, levando a alteração da percepção da realidade, descoordenação motora, alucinações, crises de euforia ou depressão intensa. Espasmos musculares, movimentos compulsivos, transpiração, salivação, lacrimejamento, tontura e vômitos são também sintomas referidos na literatura.
Esse cogumelo, originário do Hemisfério Norte, é bastante conhecido na Europa e na América do Norte.

No Brasil, foi constatado pela primeira vez na região metropolitana em Curitiba - PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do Paraná, em 1982.

Nessa ocasião, a introdução desse cogumelo no Brasil foi atribuída a importação de sementes de Pinus de regiões onde ele é nativo. Os esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas. Posteriormente, o cogumelo foi também encontrado no Rio Grande do Sul e, mais recentemente (1984) em São Paulo na região de Itararé, em associação micorrízica com Pinus pseudostrobus.


Amaranto_ O amaranto, um dos vegetais mais importantes da América pré-colombiana, cujo consumo foi proibido pelos espanhóis por estar associado a práticas religiosas, começa a ser reabilitado por cientistas brasileiros com um nobre fim: pesquisas recentes mostram que, além de ser altamente nutritivo, o amaranto é um excelente redutor dos níveis de colesterol plasmático, que provoca o entupimento dos vasos sangüíneos. O seu nome vem do grego amaranto que significa “que não morre, que não murcha” e o amaranto representou um símbolo de imortalidade.

Em 1653 a Rainha Cristina da Suécia instituiu a Ordem dos Cavaleiros do Amaranto, obviamente tendo em conta as suas implicações místicas.


Amuletos_são os objeto consagrados através da magia que devem ser usados junto ao corpo (anéis, correntes, medalhas). Imantados com uma força mágica de proteção para o usuário. O significado e poder místico estão ligados com sua forma e a simbologia gravada no mesmo.

Por exemplo: medalha - chapa metálica, geralmente redonda, com símbolos gravados, que é pendurada em uma corrente ao redor do pescoço.

Normalmente as medalhas ou medalhões representam temas religiosos. Também são usadas para vincular o usuário ao santo ou símbolo retratado, como forma de proteção.


Antipatia_Conceito referindo-se às inúmeras formas de aversões e antagonismos que certas pessoas sentem por outras.


Antropofagia_ é o ato de consumir uma parte, várias partes ou a totalidade de um ser humano. O sentido etimológico original da palavra "antropófago" foi sendo substituído pelo uso comum, que designa o caso particular de canibalismo na espécie humana.
A diferença entre antropofagia e canibalismo é que o canibal come porque necessita, porque está com fome. Já na antropofagia o homem come porque acredita que os poderes da "pessoa alimento" vão passar para ele.


Antropomancia_um método muito antigo e já quase desaparecido, era outra técnica adivinhatória, embora muito mais cruel e repulsiva. O objectivo era guardar tudo o que fosse possível, desde que tivesse a sua proveniência em sacrifícios humanos. Pretendia-se acalmar os deuses e espíritos malignos, servindo também este método para fazer ‘desaparecer’ pessoas que não interessavam aos demais. A leitura do coração da vítima era obrigatório, pois era a partir dele que se descobria o futuro.


Apolônio de Tiana_o mais famoso Filósofo Greco-romano, grande Sábio, Profeta e Renovador dos Mistérios, viveu durante o primeiro século da nossa Era e dedicou toda a sua vida a promover o melhor e mais elevado na tradição religiosa de todos os povos, ao adotar uma atitude universal. Como um verdadeiro ecumênico não só aceitou a religião de todos os povos e grupos espirituais, como também os ajudou a se tornarem melhores dentro da sua própria tradição, parâmetros culturais e religiosos.


Aritmancia_ é um método para ler a sorte em números e nomes. Ao contrário de outros métodos de predizer o futuro, a aritmancia não é baseada na interpretação de imagens nebulosas ou na atribuição de um sentido a rabiscos ou formas acidentais, mas sim em regras muito claras e em cálculos matemáticos.
A aritmancia (dos termos gregos arythmo, que significa "número", e mancia, que significa "Profecia") tem sido usada por mágicos e magos há mais de dois mil anos para ajudar as pessoas a analisar e desenvolver suas forças e seus talentos, superar obstáculos e traçar seus caminhos futuros. Também conhecida como "numerologia", a aritmancia se baseia em duas idéias muito antigas.

A primeira é que o nome de uma pessoa contém indícios importantes de seu caráter e do seu destino.

A segunda, antecipada há mais de 2.500 anos pelo sábio grego Pitágoras, é que cada número entre 1 e 9 tem um significado especial, capaz de contribuir para a compreensão de todas as coisas.

Os que acreditam em aritmancia combinaram essas duas idéias e, ao longo dos séculos, desenvolveram muitos sistemas complexos para converter nomes em números e analisar os resultados.

Segundo um dos sistemas mais usados, há três números fundamentais que podem ser extraídos do nome de uma pessoa - o Número do Caráter, o Número do Coração e o Número Social. O resultado deve ser interpretado conforme uma tabela que contém significados preestabelecidos. Esse sistema era amplamente conhecido na Idade Média e ainda é utilizado hoje em dia. Requer apenas uma pena, pergaminho e a capacidade de somar e de soletrar as palavras.


Astral, Corpo_ O corpo astral é o corpo de transição entre os corpos da "personalidade" e os corpos "celestes".
É aqui que são armazenadas as memórias cármicas, as recordações e as impressões das vidas passadas.
Estas memórias vibram a partir do corpo astral e influenciam-nos constantemente. É aquilo a que chamamos "Energias do Carma".
É a porta entre os planos celestes e os planos terrestres.


Astral, Luz_A luz astral é um agente misto, um agente natural e divino, corporal e espiritual, um mediador plástico universal, um receptáculo comum das vibrações do movimento e das imagens da forma, um fluido e uma força que se pode denominar imaginação da natureza...

A luz astral magnetiza, aquece, atrai, repele, vivifica, destrói, coagula, separa, quebra, reúne todas as coisas sob a impulsão das vontades poderosas.


Astral, Mundo_ Visto de cima, o mundo astral de matéria mais fina parece um gigantesco planeta envolvendo estreitamente a Terra. Tão estreitamente que o globo terrestre, em relação ao tamanho do mundo astral, assemelha-se a um pequeno caroço envolvido por enorme fruta.
Pode ainda ser expresso de outra maneira. A Terra encontra-se tão estreitamente cingida pelo mundo astral de matéria mais fina, que não se percebe onde um termina e o outro começa. Todo aquele que deixa a Terra ou aquele que para ela se dirige, a fim de se encarnar, tem que atravessar esse mundo astral que envolve a Terra como um segundo planeta. Representa uma espécie de estação de passagem, e simultaneamente um lugar de estada, para todas as almas humanas encarnadas na Terra, que durante o sono se desligam de seus corpos terrenos.
Do ponto de vista paisagístico o mundo astral é semelhante a Terra. Existem montanhas, mares, rios, lagos, e também cidades e aldeias, bem como navios, automóveis, aviões, etc... Nem podia ser de outra maneira, pois a Terra de matéria grosseira é apenas uma cópia dos mundos de matéria mais fina que já existiam anteriormente.
As delimitações entre a Terra e esse mundo de matéria mais fina, que a envolve, não podem ser estabelecidas, uma vez que na realidade não há limites. Para melhor compreensão, citemos um exemplo: uma senhora já meio adormecida ouve vozes. Ao mesmo tempo, percebe que no mesmo quarto, perto de si, se encontram ainda mais outras pessoas.
Aquela senhora não sabe que ela verá essas pessoas tão logo esteja completamente adormecida e sua alma possa se desprender. Tampouco pressente que está ligada a essas pessoas por fios do destino.
Portanto, essa senhora ouviu vozes no mesmo quarto onde adormeceu. Isso é perfeitamente natural, pois no mesmo lugar onde se encontra a sua morada terrena, encontra-se também uma outra casa de espécie fino-material pertencente ao mundo de matéria mais fina que envolve a Terra. Como sabemos pela Mensagem do Graal, não há uma separação entre o Aquém e Além. O ser humano chama Além, tudo aquilo que não pode ver e que se encontra fora de sua capacidade visual.
Não deixa de ser extraordinariamente difícil descrever, mesmo de maneira aproximada, para que os leitores possam ter uma impressão correta, as condições desse ambiente mais fino da Terra e que está tão estreitamente ligado à humanidade.
Preliminarmente vamos observar a vida de um médico que escolheu esta profissão baseando-se exclusivamente em motivos intelectuais, não obstante, segundo o querer intuitivo de sua alma, desejasse ser fazendeiro, comerciante, ator, aviador, artesão ou ter qualquer outra profissão. Durante a noite, sua alma, ao desligar-se do corpo terreno, procurará no mundo de matéria fina, atividades que com toda a certeza estarão em absoluto contraste com a profissão de médico.
Já outras pessoas, por exemplo, que teriam preferido estudar medicina, mas que não tiveram condições materiais de o fazer, tratando-se de criaturas humanas boas, no seu querer, influenciado pelo espírito, encontrará realização no fino mundo astral. Terão a oportunidade de aprender a arte de curar e simultaneamente auxiliar outras almas humanas.
Não obstante tratar-se, no segundo exemplo, de pessoas relativamente boas, evidencia-se, por outro lado, que faltou a essas criaturas a indispensável energia para criar para si as possibilidades de estudo. Portanto, também aqui se demonstra a discrepância existente entre a vontade intuitiva do espírito e da alma, e a vontade do raciocínio que se encontra preso a Terra. É uma discordância que acarreta insegurança e descontentamento!
Especialmente trágicas manifestam-se as condições desarmoniozadoras na vida conjugal, pois a maioria dos casamentos são uniões que foram concluídas por considerações do raciocínio. A essas considerações do raciocínio pertence também a embriaguez dos sentidos, chamada "amor", na qual a atração física mútua representa um grande papel. Tais uniões matrimoniais são trágicas por não terem sido contraídas por amor puro, faltando-lhes conseqüentemente a ligação espiritual que une ambos os contraentes de um matrimônio. Suas almas são estranhas uma a outra. Não se conhecem, quando à noite, durante o sono de seus corpos físicos, se encontram no mundo astral.
Cada qual trilha seus próprios caminhos. Sentem-se atraídos para as almas humanas que correspondem mais a sua essência intima do que aquela do seu cônjuge terreno. Procurarão e encontrarão outros companheiros. Cada um pode facilmente imaginar que tal "vida dupla", não contribui para a harmonia e o fortalecimento do casamento contraído na Terra.

Pelo contrário!

Disso resultam conflitos imprevisíveis que são devidos, essencialmente, ao fato de os casamentos terem sido contraídos sob bases falsas. Decepções, infidelidades e indiferenças constituirão o séqüito invisível de cada união errada.


Astrologia_ é a arte de compreender a conexão que há entre o macro e o microcosmo, a ligação entre os fenômenos celestes e terrestres.
Tomando como coordenadas a data, a hora e a cidade de nascimento, o astrólogo elabora o mapa astral, a fim de auxiliar indivíduos no processo de auto-conhecimento, para que utilizem positivamente seus potenciais, características, tendências, e aprendam com os desafios e dificuldades.
Cada ser é único no universo e o mapa astral é sua “identidade cósmica”, como uma impressão digital exclusiva, reflexo do propósito de sua alma na terra.
O objetivo maior da Astrologia é proporcionar autoconhecimento, a fim de estimular a evolução e transformação da sociedade e do planeta, com a contribuição das diferentes individualidades que compõem a raça humana.
Com seus inúmeros símbolos e significados, a astrologia auxilia-nos na compreensão da “sinfonia das esferas”, a “música” que rege o universo, e o tom de cada ser, instrumentos do arquiteto divino...


Atavismo_é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Decorre da não expressão de um gene em uma ou mais gerações de indivíduos.. O termo é usado correntemente para referir-se a semelhanças físicas e/ou psicológicas entre seres e seus ancestrais mais distantes.


Atlântida_ Diz à lenda que Atlântida era uma ilha provavelmente em algum lugar do Mediterrâneo, que foi destruída por um terremoto ou por um tsunami. Ela foi mencionada pela primeira vez por um filósofo grego há cerca de 2.400 anos, que disse que ela desapareceu 9.000 anos antes de sua época.
Dizem que Atlântida é uma terra de grande beleza, lar de uma civilização avançada com enormes riquezas. A imagem romântica de uma ilha fabulosa engolida pelo mar significa que sua localização foi vista antes da época de Platão apesar de ninguém ter certeza de que ela realmente existiu.
Vários locais são apontados como a sede de Atlântida, incluindo a Suécia e Nova Zelândia!

Alguns especialistas acreditam que seja a Ilha de Creta.


Aura_O corpo espiritual do homem tem uma forma idêntica à do seu corpo físico. A única diferença é a sua vestimenta espiritual que, no Ocidente, recebe o nome de aura.
O corpo espiritual irradia uma espécie de incessante vibração luminosa que forma a aura. A cor desta é geralmente branca, mas certas pessoas têm auras de tonalidade amarelas claro ou roxo claro. Sua espessura também varia. Geralmente é de três centímetros. A dos doentes, porém, é mais fina, diminuindo de acordo com a gravidade da doença. Pouco antes da morte, a aura desaparece por completo. Quando dizem que a sombra de uma pessoa é muito fraca, é por causa da pequenez de sua aura. O indivíduo saudável, ao contrário, tem a aura mais ampla. A das pessoas virtuosas, além de ser ainda maior, tem uma vibração luminosa mais forte. A dos heróis e eruditos é mais larga que a dos homens comuns, e a dos santos adquire uma grande amplitude.
A espessura da aura, porém, não é definitiva, pois se modifica continuamente, de acordo com os pensamentos e atos do indivíduo. Quem pratica atos virtuosos baseados na justiça, tem uma aura espessa, mas quem comete atos malévolos tem a aura fina. Geralmente, a aura é invisível para o homem comum, embora haja pessoas que a enxergam. Qualquer indivíduo, entretanto, pode percebê-la, até certo ponto, desde que se concentre e fixe o olhar.
A amplitude da aura está intimamente relacionada com o destino. Quanto maior, mais feliz será o indivíduo e vice-versa: quanto menor, mais infeliz. Quem tem a aura ampla emite mais calor humano e proporciona uma sensação de bem-estar àqueles com quem entra em contato, atraindo muitas pessoas, porque as envolve com sua aura.

O contato com uma pessoa de aura fina, ao contrário, produz uma sensação de frio, mal-estar e tristeza, fazendo com que não se tenha vontade de permanecer muito tempo ao seu lado. Por isso, esforçar-se por adquirir uma aura ampla é a base da felicidade.

Mas como fazer para ampliá-la?
Antes de tudo, devo esclarecer a essência da aura. Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal.

A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência.

Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.

Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz. Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam.

Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.
Esta é a razão pela qual pessoas que obtiveram um sucesso rápido, acumulando fortuna em pouco tempo, geralmente não tardam a conhecer o fracasso e a ruína. Tais pessoas, julgando que devem o êxito à sua própria capacidade, habilidade e esforço, tornam-se vaidosas e egoístas, entregando-se a uma vida luxuosa.

Assim, acumulam nuvens provocadas pelos pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes, emitidos pelas muitas pessoas as quais prejudicaram. Conseqüentemente, sua aura perde a luminosidade, diminui e o indivíduo finalmente se arruína.
Essa também é a causa da ruína de famílias que foram prósperas durante gerações. Quem ocupa uma posição social superior é beneficiado pelo país e a sociedade. Portanto, deve retribuir beneficiando amplamente a sociedade e, por meio desses gestos, apagar continuamente as próprias nuvens. A maioria, porém, só pensa em seus desejos egoístas e pratica poucos atos altruístas, aumentando a quantidade de suas nuvens.

Por isso, embora ostentem magnificência, o seu espírito é miserável. Conseqüentemente, pela lei da procedência do espírito sobre a matéria, finalmente se arruínam.
Quanto mais fina for a aura de um indivíduo, mais facilmente ele sofrerá infortúnios e acidentes, porque o seu cérebro, devido às nuvens, não funciona adequadamente. Falta-lhe o correto discernimento e o poder de decisão, além do que ele não consegue prever as coisas. Por isso, sonhando com o êxito instantâneo, apressa-se, pondo tudo a perder e acumulando mais nuvens. Esse tipo de pessoa pode ter um pequeno sucesso, mas, a longo prazo, infalivelmente malogra.
Quando a política de um país vai mal, é porque os seus políticos tem a aura fina.

Quem tem muitas nuvens está sujeito a sofrer ações purificadoras; facilmente contrai doenças ou sofre acidentes. Quem sofre um acidente de trânsito é porque tem a aura fina. Quem tem a aura espessa escapa do perigo em qualquer circunstância. Por exemplo, quando há um choque de veículos, o espírito de um bonde ou de um carro atinge aquele que tem a aura fina, mas não atinge quem tem a aura espessa. Há pessoas que, mesmo sendo atropeladas, não sofrem o menor arranhão. Isto se deve a espessura e elasticidade de sua aura.
Quando pensamos nessas coisas, vemos que o único meio para ser afortunado é praticar o bem e a virtude, ampliando a própria aura. Muitas pessoas se queixam de ter nascido sem sorte. Obviamente, é porque desconhecem esses fatos.


Austromancia_Austromancia ou Eólomancia. Adivinhação baseada na direção das nuvens e do vento.

09 maio, 2009

Suíça redime última "bruxa" morta na fogueira

 A última mulher morta na fogueira na Suíça após ter sido acusada de "bruxaria" foi reabilitada moralmente hoje pelo Grande Conselho (Parlamento cantonal) de Freiburg, que limpou a memória da condenada por meio de uma declaração solene.
Catherine Repond, conhecida como Catillon, foi executada em 1731 após ser condenada a morte por bruxaria.



Entretanto, segundo vários historiadores, a vítima confessou o "crime" sob tortura. O assassinato foi tramado pelo poder oligárquico da época para calar uma mulher que sabia demais sobre personalidades da época, como o fato de que alguns deles promoviam falsificação de moedas.


A devolução da honra a Catillon foi promovida por dois deputados cantonais, Jean-Pierre Dorand, historiador, e Daniel de la Roche, os quais tiveram que se conformar com a reparação moral para a vítima e não puderam conseguir uma reabilitação jurídica.


Do ponto de vista legal, a criação do Estado liberal de direito em 1831 representou uma ruptura definitiva com o Antigo Regime.


Por 69 votos a favor, 21 contra e 8 abstenções, os deputados cantonais adotaram a resolução, não vinculativa do ponto de vista legal, com a oposição dos partidos políticos de direita UDC e PLR, os quais consideraram que "é melhor se ocupar dos problemas de nosso tempo".


Esta reabilitação moral abrange não só à última suposta "bruxa" e a outras acusadas pelo mesmo crime, mas também a todas as vítimas do Antigo Regime, como homossexuais, minorias religiosas, presos políticos e todos aqueles que confessaram "crimes" sob tortura.


A historiadora Josiane Ferrari-Clément, autora de um livro sobre Catillon, defende a tese que de que as personalidades locais queriam se desfazer de uma pessoa incômoda, que sabia tudo sobre o tráfico de moedas falsas.


Nascida em 1663, Catillon morava no povoado de Villarvolard, onde levava uma vida boêmia e vivia principalmente de esmolas.


Relacionada com ambientes de má reputação - nos quais aparentemente entrou em contato com o grupo que falsificava moedas -, nada na vida de Catillon podia justificar, segundo a historiadora, que as testemunhas em seu julgamento por "bruxaria" a acusassem de todo tipo de mal, como azedar o leite, estragar queijos e fazer o gado adoecer.


Como exemplo do que chegava a ser dito sobre dela, o beato Nicolas de Montenach, juiz de Corbieres, a trancou em um calabouço em maio de 1731 e a acusou de ter se transformado em raposa.


Tudo isso porque Montenach tinha saído para caçar alguns meses antes e havia ferido uma raposa na pata, e Catillon tinha um de seus pés em péssimo estado.


Apesar de a mulher explicar que tinha sido vítima de um tiro disparado por uma família a qual pediu abrigo em uma noite, o juiz não mudou de ideia: o ferimento se devia ao disparo contra a raposa.


Submetida a torturas, Catherine Repond confessou tudo o que seus carrascos queriam ouvir: que assistia a ritos de magia negra, que dançava com demônios, que tinha se entregado ao diabo em várias ocasiões, até que foi estrangulada e depois queimada em setembro de 1731, com 68 anos de idade.


Os arquivos citados pela historiadora narram que, durante os interrogatórios, Catillon sempre expôs fatos que não eram levados em consideração. Ela inclusive chegou a acusar um padre de tê-la estuprado.


Durante o processo, acusou um homem chamado Jacques Bouquet, um curandeiro que era o pai de dois filhos de sua irmã, de ter construído uma instalação para fundir o metal com o qual fazia moedas falsas.


A historiadora assegura que os juízes faziam de conta que não ouviam tudo isso porque tinham medo. Eles sabiam que Catillon tinha relações na alta sociedade de Freiburg.


Alguns creem inclusive que havia personalidades envolvidas nessa rede de falsificadores, que chegaria até a França, motivo pelo qual tudo era comprometedor - e daí a acusação de bruxaria contra a mulher.


Kathrin Utz Tremp, colaboradora científica dos Arquivos do Estado suíço, estudou as atas do processo de Catherine Repond, e afirma que durante seu processo, ela foi interrogada pelo menos 13 vezes, sendo torturada desde a terceira.


Catillon chegou a ser pendurada por uma corda e depois ter os pés amarrados a pesos de entre 25 e 50 quilos, o que era um método de tortura habitual na época.


"Nessas condições, eu também confessaria que sou uma bruxa, embora nem sequer acredite em bruxaria", afirma a especialista.



24 abril, 2009

Bruxas: uma história de magia e terror

Bruxas: uma história de magia e terror
Bruxas: uma história de magia e terror


O Halloween é conhecido também como o Dia das Bruxas. Brincadeiras à parte, o mito da mulher má, que fazia pactos com o demônio, nasceu na Idade Média, quando milhares de mulheres foram presas, acusadas de bruxaria e queimadas vivas. Hoje, elas são lembradas como figuras assustadoras, voando em vassouras e fazendo feitiços malévolos na festa do Halloween. Em outras culturas, porém, as mulheres sábias, que conhecem remédios e fazem curas, são respeitadas, procuradas pelas pessoas e, em muitos lugares, representam a fonte da sabedoria, a memória da comunidade e quase sempre, o único médico.
A vida em um mundo mágico
Desde os tempos em que habitavam as cavernas, na época que chamamos de Pré-história, as pessoas dividiam seus interesses entre a batalha pela sobrevivência e seus temores e crenças. Ao mesmo tempo em que criavam instrumentos para facilitar a coleta de alimentos e a caça de animais, criavam também os seres mitológicos que serviam para explicar tudo que acontecia. Os deuses antigos eram, em sua maioria, feminina. Como era a mulher que ficava na caverna ou na tenda, cuidando dos filhos, da cozinha e, depois, das primeiras plantações, ela se encarregou também dos medicamentos, do socorro aos doentes, das rezas e dos partos. Sábias depositárias dos segredos da maternidade e da morte constituíam o eixo da descendência. As sociedades conhecidas dessa época eram, portanto, matriarcais.
Entre todas as manifestações divinas, a maternidade era a que mais maravilhava as pessoas. O poder de gerar novas vidas dava à mulher um caráter sagrado. A criação do mundo era entendida como obra de uma Grande Mãe. Com o surgimento das sociedades agrárias, o culto à Grande Mãe floresce em todo o seu esplendor. Acreditava-se que a fertilidade dotava a mulher de poderes capazes de aumentar a fertilidade da terra e dos animais.
patriarcado
Do matriarcado ao patriarcado
"No princípio era a Mãe. O verbo veio depois". A frase da pensadora feminista norte-americana Marilyn French refere-se à passagem da cultura matriarcal para a patriarcal. O nascimento da agricultura e a definição dos territórios tribais levaram ao acirramento das disputas e das guerras. As concentrações humanas cresceram organizadas em torno da produção de alimentos e das lideranças guerreiras que lhes davam proteção. Essa mudança levou à queda das deusas e à criação dos deuses – fortes, guerreiros, conquistadores. A saga de Conan, levada para o cinema, nos dá uma idéia de como eram esses tempos. Os textos bíblicos também lembram essa época: a mulher obedece e serve. É mãe, cortesã ou prostituta e não tem poder político. Nas sociedades ocidentais, os deuses acabam dando lugar a um só deus, matriz das três principais correntes religiosas do mundo atual: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. A mulher passa para um segundo plano.
A sabedoria milenar das bruxas
Muitas mulheres, porém, continuaram nos caminhos da sabedoria, passando de mãe para filha os segredos do parto, das curas, das rezas, dos caminhos para o desconhecido, que hoje chamamos de mágico. Até a queda do Império Romano, a palavra bruxo designava apenas um praticante de magia. Esses bruxos – em geral, mulheres – eram pessoas ao mesmo tempo respeitadas e temidas nas comunidades.


Segundo o folclore europeu – principalmente dos povos nórdicos e germânicos –, os bruxos sentiam-se mais à vontade durante a noite, quando tinham encontros secretos com divindades do céu e da terra. As lendas se referem a eles como sábios que cavalgavam javalis ou lobos e faziam profecias. Merlin, que na lenda do rei Arthur preparou o menino para o reinado, é uma representação desses sábios. A fada Morgana, heroína celta do livro As Brumas de Avalon, é outra. Apesar da cultura patriarcal predominante, esses povos ainda apresentavam resquícios dos milenares cultos à Deusa-Mãe, representados pela forte ligação com os elementos da natureza.


No Brasil, encontramos essas mulheres sábias nas ruas, vendendo ervas de nossas matas, aconselhando e dando receitas para as doenças do corpo e da alma. Elas conhecem cada planta, seus princípios ativos e, nos últimos tempos, tiveram sua sabedoria reconhecida pela ciência. Muitas universidades pesquisam os efeitos desses remédios populares e há laboratórios que já industrializam essas medicações.
magia celta
A magia do mundo celta
Entre os povos que habitavam a Europa no início da Idade Média, os celtas eram especialmente ligados à magia. Habitando uma terra que seria pródiga em gnomos e contos de fada, os celtas utilizavam feitiços para marcar os momentos mais significativos de suas vidas. Por exemplo: a coroação de um novo rei e o início da época do plantio ou da colheita.
As primeiras punições
Depois de um longo período de paz para as bruxas, os povos europeus da Idade Média mergulharam numa longa fase de perseguições àqueles que tinham crenças diferentes das do cristianismo. Por razões econômicas e religiosas, a igreja católica assumiu a caça às bruxas, construindo a idéia de que elas eram associadas ao diabo. Em quase toda a Europa, o tratamento era o mesmo: as leis permitiam que a família da vítima punisse a bruxa. A saga irlandesa Laxdaela, do século XII, conta à história de um casal de bruxos que foram apedrejados até a morte, acusados de ter causado, com feitiços, a morte de um garoto de 12 anos.
Já em 500 a.c., os franco-sálios – habitantes da região da atual França – afirmavam: "Se uma bruxa destruir um homem e houver provas de tal feito, ela deverá pagar à família da vítima uma multa de 200 shilings de ouro e uma soma menor caso a vítima apenas adoeça". A condenação à morte acontecia apenas nos casos em que a bruxa confessava sua culpa ou não podia pagar a multa. Mas os caçadores de bruxas aperfeiçoariam seus interrogatórios e cada vez mais mulheres acabariam confessando o crime de bruxaria.
Quando satanás entra na história
Depois da queda do Império Romano, a igreja católica foi à única instituição capaz de manter uma certa unidade cultural na Europa. E, com o passar do tempo, sua influência foi ficando mais e mais poderosa. Apesar disso, era comum que pessoas se declarassem cristãs, mas se mantivessem fiéis aos costumes pagãos de seus antepassados. Os povos nórdicos, por exemplo, mesmo depois de convertidos ao cristianismo, continuavam a fazer festas em homenagem a Thor. Acendiam fogueiras, realizavam antigos rituais, bebiam muito vinho e cerveja. Dançavam e cantavam.


Mesmo condenando essas práticas, a igreja não conseguia coibi-las totalmente. Apelou então para um expediente que se mostrou muito eficaz: incorporou as datas festivas pagãs ao calendário cristão. E, para acabar de vez com qualquer tipo de idolatria, passou a identificar os deuses pagãos à figura de satanás para se contrapor à figura de seus. E as punições foram se tornando mais cruéis. Em 787, um edital de Carlos Magno, dirigente do Império Romano (800 a 814), declarava: "Se alguém sacrificar um ser humano ao demônio e oferecer sacrifícios aos demônios obedecendo aos costumes pagãos, poderá ser levado à morte". O cenário para a caça às bruxas estava finalmente montado.
No início da Idade Média, a figura da bruxa má e feiosa assume seu lugar no imaginário popular. De antigas detentoras de conhecimentos milenares, ligadas à Deusa-Mãe, as feiticeiras passaram a ser vistas como "esposas do demônio", mulheres perversas capazes de todas as atrocidades.
A Inquisição espalha o terror
Primeiro, a igreja começou a perseguir os heréticos. Qualquer pessoa que interpretasse de maneira errônea os evangelhos era passível de punição. O primeiro grande tribunal público medieval contra as heresias – incluindo as bruxarias – foi organizado em Orléans, em 1022. Os réus eram reformistas que pregavam que o reino de deus estaria no coração dos homens e, por isso, as igrejas eram dispensáveis. O julgamento foi conduzido em segredo, sem a presença de um júri. Ninguém podia confrontar seus acusadores nem saber a identidade dos delatores. Foram todos condenados à fogueira.


Quando um acusado admitia sua culpa, era multado ou preso e todos os seus bens eram confiscados. Esses bens passavam para o controle da igreja. Daí, inclusive, o interesse de algumas autoridades nas condenações. Finalmente, a igreja católica criou, em 1233, a Inquisição. Em pouco tempo, essa terrível instituição espalhou o terror pela França, Itália e Alemanha, chegando com menos intensidade à Inglaterra, à Espanha, a Portugal e até mesmo ao Brasil.


É difícil precisar o número de pessoas condenadas à morte. Uma coisa, porém, é certa: entre todos os condenados à morte por bruxaria, mais de 85% eram mulheres. Algumas cidades realizaram mais de 600 execuções por ano, uma média de duas por dia, "exceto aos domingos".
Como interrogar uma bruxa
Em 1486, com as bênçãos do papa Inocêncio, Heirich Kramer e James Sprenger escreveram aquele que seria o livro de cabeceira dos inquisidores e torturadores dos séculos seguintes. O Malleus Maleficarum – O Martelo das Feiticeiras (Editora Rosa dos Tempos, 1991) ensinava como reconhecer uma bruxa e, principalmente, técnicas de tortura que deviam ser aplicadas para obter confissões. O livro unia as crenças folclóricas sobre feitiçaria com a doutrina da igreja sobre heresia e culto ao diabo. E consolidava definitivamente o desprezo pela figura da mulher: "O que é a mulher senão a inimiga da amizade?", escreveram os autores. "Uma inevitável punição, um mal necessário, uma tentação natural?". As mulheres seriam falsas, lascivas, mal-intencionadas e sem força de vontade. Totalmente voltadas para a convivência com o demônio "porque eva nasceu de uma costela de adão, portanto nenhuma mulher pode ser reta".


Em pleno Renascimento, época de grandes descobertas científicas e agitação cultural – às vésperas dos grandes descobrimentos –, a publicação do Malleus Maleficarum intensificou a perseguição às bruxas em toda a Europa. Em 1579, o concílio da igreja declara: "Todos os charlatães, adivinhos e outros que pratiquem necromancia, piromancia, quiromancia e hidromancia serão condenados à morte".
O fim das perseguições
Da mesma maneira como a caça às bruxas chegou, ela se foi. Fim da histeria coletiva? Ou indícios de que os interesses econômicos começavam a superar outros interesses? Afinal, se a matança indiscriminada trazia muitas riquezas para a Igreja, também causava prejuízos ao capitalismo que se formava. Eram milhares de trabalhadores em potencial mortos, cidades economicamente estagnadas pelo terror, pelos interrogatórios sem fim, pelas execuções em massa. A atuação da inquisição também era incompatível com a nova mentalidade científica que começava a despontar e que ficaria conhecida como Iluminismo. O mundo mais uma vez estava mudando e, neste novo horizonte que se delineava, não havia espaço para delírios espirituais.
Na Inglaterra, três velhas sofridas foram as últimas acusadas de bruxaria. Morreram enforcadas em 1682. Na França, curiosamente, a última vítima da caça às bruxas foi um homem. O frade Louis Debaraz foi queimado vivo em 1745, acusado de rezar missas para o demônio. Na Alemanha, o terror terminou em 1775, depois da execução de mais uma bruxa confessa: Anna Maria Schwagel.
Nenhuma delas voava em vassouras ou tinha verrugas no nariz, usava chapéu preto ou cozinhava aranhas, mas é assim que, infelizmente, teimamos em lembrar delas no Dia das Bruxas.

07 abril, 2009

CD Cellebranddo


Único do gênero no Brasil, Cellebranddo é um disco de músicas dedicadas à Deusa e seu Consorte. Vale a pena ter porque é imperdível.

O Cellebranddo, lançado em 1999, foi um trabalho pioneiro, por ter sido o primeiro disco de música ritual wiccan gravado no Brasil.

Suas 13 faixas são, em sua maioria, versões em português de músicas tradicionais, feitas por Márcia Bianchi e Myria do Egito.

Os arranjos e a instrumentação, bem como algumas vozes, são de Jan Duarte.


Mãe Antiga (versão M. Bianchi)

Ela espera por nós (Lisa Thiel - versão M. do Egito)

Voando como águia (versão M. Bianchi)

Espiralando (versão M. Bianchi)

O rio (versão M. Bianchi)

Callanish (M. Bianchi)

Grande Espírito (versão M. Bianchi)

Changing Woman (versão M. Bianchi)

Todos nós viemos da Deusa (Z. Budapest - versão M. Bianchi)

Deusa das águas que correm (Lisa Thiel - versão M. Bianchi)

O círculo está aberto (versão M. Bianchi)

Shanoon (versão M. Bianchi)



Obs.: Este CD não é mais comercializado.

03 abril, 2009

Os significados das Estrelas

Como uma luz brilha na escuridão, a estrela freqüentemente é considerada um símbolo de verdade, do espírito e de esperança.

Sua natureza noturna dirige as estrelas a representar a luta contra as forças da escuridão e o desconhecido, como sugerido pelo uso de Carl Jung do Mithraismo, dizendo - "sou uma estrela que vai contigo em brilhos para fora das profundezas". Enquanto a multiplicidade de estrelas pode ter as associações de desintegração, sua natureza fixa traz conotações de ordem e destino. A Estrela é o 17 dos Pontos da Viagem Interior e é um cartão de esperança e esotéricamente, o unir do espírito com a mediação da alma.



A Viagem Interior

Focalize sua consciência para o Céu,
o Céu Infinito,
cheio de estrelas,
a consciência que você é,
infinita,
onde se movimentam as galáxias,
a consciência infinita que você é.
Você é o espectador, não o espetáculo.
Nada pode atingir nem afetar você, nada.
Lembre-se, lembre-se,
você é consciente das suas roupas,
você não é suas roupas,
você é consciente do seu corpo físico,
você não é seu corpo físico, mas a consciência desse corpo físico.
Você não é o que você percebe,
você é a consciência que percebe.
Você é uma consciência sem limites, infinita, livre,
você é como o Céu, como esse vazio que contem as estrelas.
A consciência que você é
contem as galáxias, e os segredos das galáxias.
No céu do seu mundo interior gravitam as galáxias
e os conhecimentos do Universo.
Lembre-se, lembre-se
dum progresso que você deseja.
Com o fogo delicioso do desejo,
com o fogo alquímico do seu desejo
já você esta dando uma alma ao seu projeto.
É um fogo que vem do Infinito,
vem do Infinito que você é,
vem desse fogo de que as estrelas são feitas.
Com a facilidade natural do Infinito
já seu mundo profundo entra em movimento
para materializar o encanto,
materializar as circunstâncias,
materializar como é natural.
Da altura das Estrelas,
você olha sua vida atual,
você olha sua vida de agora,
deixando a inspiração,
deixando uma nova visão inspirar sua vida de agora.


Quase todas as religiões do mundo se utilizam de estrelas. Para representar a Quando uma estrela individual é empregada como um símbolo esotérico, seu significado depende do número e às vezes da orientação de seus pontos. Os significados de uma variedade de símbolos de estrela estão disponíveis abaixo.
O pentagrama é um símbolo poderoso de proteção e equilíbrio, mostrado aqui em sua forma elementar com o quinto elemento do Espírito tomando seu lugar adequado acima dos quatro elementos.
Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar.
Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.
Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino.

A estrela de Davi é um símbolo real, um selo de realeza representativo do reinado de davi. O nome davi em hebraico é composto de três letras na seguinte ordem: Dálet-Vav. Dálet. No hebraico antigo, a letra Dálet tinha a forma semelhante a um triângulo com vértice para cima.


O hexagrama é um símbolo potente da interação do espiritual com o mortal, de deus com a raça humana. O hexagrama é formado unindo-se o Triângulo da Água com o Triângulo do Fogo, formando a estrela de seis pontas, também conhecida como selo de salomão. Esse símbolo é uma imitação da Estrela de davi, o símbolo nacional de Israel. A diferença é que esse selo ocultista é formado por dois triângulos entrelaçados, enquanto que, na estrela de davi, um triângulo sobrepõe o outro.
Estrela de seis pontas formada por dois triângulos eqüiláteros, dos quais um está com a ponta para cima e o outro invertido, o hexagrama constitui um dos símbolos mais universais em todo o Mundo, tendo pertencido às tradições centro-americanas, hindus e à simbologia hebraica, cristã e muçulmana.
Os cabalistas judeus medievais terão eventualmente introduzido este símbolo por influência oriental embora haja uma tradição hebraica que tem o hexagrama como um dos símbolos inscritos na "Arca da Aliança". O hexagrama, como símbolo alquímico, tem o significado de álcool, a "água de fogo", dado que pelas suas características associava a junção dos dois elementos numa única substância. Os feiticeiros medievais acreditavam que o hexagrama era um símbolo protetor, como todos os desenhos de linhas entrelaçadas e sem intervalos ou intersecções por onde pudessem entrar más influências. Estes símbolos eram desenhados no chão para delimitar uma zona protegida onde os rituais eram executados. Como o hexagrama clássico tem dois triângulos que, embora entrelaçados, não comunicam entre si, os feiticeiros inventaram o hexagrama mágico, formado por uma única linha ininterrupta que liga os seis pontos do hexagrama.

A tradição hindu vê neste símbolo, que nesta cultura tem o nome de Iantra, a representação da união de Kali e Shiva, na junção dos dois triângulos, a fusão do masculino e do feminino e conseqüentemente dos elementos fogo e água. O hexagrama foi assim associado à fecundidade e à criação primordial, a união dos princípios feminino e masculino que deram origem ao Universo. Nas culturas pré-colombianas da América Central, a estrela de seis pontas estava associada ao Sol e aos seus raios benéficos de vida.



Na China, o hexagrama corresponde a símbolos completamente diferentes da "estrela de seis pontas" e estão reunidos no Livro das Mutações, ou I Ching. O hexagrama chinês é composto por variações de seis traços que podem ser contínuos ou descontínuos, representando, respectivamente, o elemento masculino Yang ou o elemento feminino Yin.

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O septagrama ou estrela sete pontas é um símbolo de integração e o místico devido a seus elos com o número sete.

É associado com as sete planetas da astrologia clássica e a outros sistemas de sete, tal como o chacras do Hinduismo.


O número 7 é um número integrador, o qual representa a ordem hierárquica do pensamento místico.


Sete dias da semana, sete cores do Arco-íris e as sete notas musicais distintas em uma escala diatônica.





O octagrama ou estrela oito-pontas é um símbolo de plenitude e regeneração, e é ligado a sistemas de oito pontas tal como trigramas do I Ching, a roda pagã do ano e o "Ogdoad" do Egito antigo.





Os oitos Trigramas, base do sistema de adivinhação do I-Ching, foram criados observando as quebraduras sobre uma carapaça de tartaruga e simbolizando as oito forças primordiais do Universo. Combinadas em 64 hexagramas, representam as conseqüências da interação destas forças uma com a outra.





O nonagrama ou estrela nove-pontas é um símbolo de realização e de estabilidade, embora isto seja uma estabilidade que o assunto é mudar. Também pode ser relacionado a sistemas de nove pontas, tal como o nove kanji taoísta (centros mediúnicos) que são semelhantes ao chacras do Hinduismo.


30 março, 2009

A Cruz e seus Significados


É possível detectar a presença da cruz, seja de forma religiosa, mística ou esotérica, na história de povos distintos e distantes como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índios americanos.

Seu modelo básico traz sempre a intersecção de dois eixos opostos, um vertical e outro horizontal, que representam lados diferentes como o Sol e a Lua, o masculino e o feminino e a vida e a morte, por exemplo.



É a união dessas forças antagônicas que exprime um dos principais significado da cruz, que é o do choque de universos diferentes e seu crescimento a partir de então, traduzindo-a como um símbolo de expansão.

De acordo com o estudioso Cirlot, ao situar-se no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através da qual a alma pode chegar a deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno através da experiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um ponto de intersecção e atingem a iluminação.

A cruz possui assim, como todo símbolo, múltiplos sentidos; mas a intenção não é de desenvolver todos aqui, e sim apenas alguns.

Para voltarmos ao simbolismo da cruz, diremos que ela tem vários sentidos, mais ou menos secundários e contingentes e é natural que seja assim, dada a pluralidade de sentidos que cabem em qualquer símbolo.

A cruz, pode ser encontrada em um número muito grande de variações, porém o modelo básico é sempre a interseção de dois segmentos retos, quase sempre na vertical e horizontal.

O significado do símbolo da cruz é sempre a conjunção dos opostos:


o eixo vertical (masculino) e o eixo horizontal (feminino);
o positivo e o negativo;
o homem e a mulher; o superior com o inferior; o tempo com o espaço;
o ativo com o passivo; o Sol com a Lua;
a vida com a morte,
etc., pois tudo no universo (e no homem) nasce e se desenvolve a partir do choque doloroso de forças antagônicas.





A cruz afirma assim a relação básica entre o espiritual e o terreno, e que é, através da crucificação (o conhecimento dos opostos), que se chega ao centro de si mesmo (a iluminação).






Leia a matéria completa e conheça seus significados AQUI!