04 novembro, 2006

Tarô Egípcio

Em egípcio antigo, TARÔ significa TAR = estrada e RO = nobreza, realeza, sabedoria. As origens do Tarô são incertas e existem uma infinidade de hipóteses. O certo é que o jogo se difundiu na Europa através dos ciganos. A tradição esotérica assegura que estas cartas datam do tempo do Egito Antigo e que elas expressam conceitos da Ciência Hermética, importantes nos rituais de iniciação de Osíris. Um antigo manuscrito revela o ritual de iniciação de um sacerdote egípcio que desejava ser doutrinado nos mistérios de Osíris: "O neófito é vendado e levado até a Grande Esfinge de Giza. Ele atravessa uma porta secreta, situada entre as patas da Esfinge, e entra num labirinto subterrâneo que conduz ao Templo Secreto de Osíris. Nestas passagens, ele tem que suportar testes que visam determinar sua intuição, inteligência e força moral. Se sobreviver, o neófito emergirá em uma longa galeria adornada com 22 afrescos simbólicos. Lá o Magi cumprimentará o neófito e o instruirá sobre o significado dos afrescos. Se o noviço revelar estes segredos, sua pena será a morte." Estes 22 afrescos são os arcanos maiores do Tarô, livro sagrado egípcio que, hermeticamente, mantém seus segredos guardados até hoje. Dentro da mitologia egípcia, conta-se que o deus da sabedoria (Thoth) resolveu dividir seus conhecimentos com os humanos e escolheu o Egito como sua morada. Acompanhado de seus discípulos, ele colocou toda sua sabedoria divina em um livro feito de ouro que continha 78 imagens, assim divididas: 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Este livro foi chamado de TARÔ. Para que estes segredos não fossem usados de forma errada, Thoth lançou o Tarô no Rio Nilo, ficando perdido por séculos. Segundo crenças esotéricas, este livro foi encontrado pelos Hebreus que criaram, a partir dele, a CABALA.

Íbis
O Tarô é a chave para todos os nossos mistérios e dúvidas, atuando sempre num nível inconsciente. Devido ao seu simbolismo, nem sempre suas respostas são prontamente entendidas. Medite sobre as respostas que o Tarô lhe dá. Você compreenderá a mensagem na proporção direta de sua evolução. Somente os merecedores terão acesso aos segredos de Thoth. O destino pessoal não é inevitável e tão pouco as cartas do Tarô servem para predizer o futuro. Elas mostram como o seu futuro, uma situação, um problema, etc., se desenvolverá se você continuar agindo como vem fazendo. O Tarô é uma indicação de caminho e um sábio conselheiro que, se seguido, poderá modificar o transcorrer dos acontecimentos.

O Louco - Arcano 0
O Louco, ou o Bobo é imprevisível e cheio de surpresas. Ele nos faz lembrar do potencial ilimitado de espontaneidade inerente a nós em todos os momentos. O Louco traz o inesperado e o pouco conhecido a uma situação. Ele também representa a fé completa de que a vida é boa e merecedora de confiança. Alguns poderiam chamar o Louco de inocente, mas a sua inocência sustenta-o e o faz feliz. O arcano 0 pode sinalizar um novo começo ou uma mudança de direção - que o guiará para um caminho de aventuras e de crescimento pessoal. Ele também lembra que precisamos manter a fé e confiar em nossa intuição. Se você estiver enfrentando uma decisão ou momento de dúvida, o Louco lhe diz para acreditar em seu potencial e seguir seu coração, não importando quão louco ou tolo seus impulsos possam parecer.

O Mago - Arcano I
Este arcano simboliza o domínio humano tanto no espírito quanto na matéria. Sou o que sou. A lâmina dá indicações sobre o futuro. O Mago é o mestre da realidade e senhor de seu destino. O Mágico é o arquétipo do princípio ativo masculino. O que faz o Mágico tão poderoso? Primeiro, ele não tem nenhum medo de agir; ele acredita em si e está disposto a lutar por suas convicções. Esta carta é um sinal para a ação, desde que você saiba o que deseja.

A Sacerdotisa - Arcano II
Sentada entre duas colunas que simbolizam as forças positivas e negativas, ela é a eterna deusa do mundo remoto. Ela aceita seu destino com compreensão e sabedoria, bem como, possibilita a ligação entre o consciente e o inconsciente. Está vestida com uma túnica longa e bela, da cor do Céu e segura sobre o colo um livro, símbolo de toda a sua sabedoria. Logo, a Sacerdotisa é a protetora do conhecimento eterno. É capaz de transmitir mensagens ou revelações em silêncio, sem abrir os lábios. A Sacerdotisa lhe desafia a se aprofundar mais - olhar além o óbvio e da superficialidade. Ela também lhe pede para recordar o imenso potencial que possui dentro de si.

A Rainha - Arcano III
Sentada em seu trono, ostenta uma coroa com gemas estreladas, seu rosto expressa austeridade e, às vezes, parece que exprime dor, porém cheia de felicidade, como acontece com a mulher que está dando à luz. Na mão empunha o cetro do poder e da glória. A Rainha é determinação e firmeza. A geração, o princípio da vida cósmica e telúrica. Energia presente na alma e no corpo da humanidade. A águia estampada em seu escudo representa a força do espírito e do conhecimento intuitivo. Tem ambição porque não aceita as privações nem o que é parco ou exíguo. A pobreza é vista como uma doença.

O Faraó - Arcano IV
Um homem poderoso e magnífico, sentado num trono, sustentando na mão direita a cruz ansata egípcia, a cruz da vida e dos faraós. É aquele que triunfou sobre as limitações físicas empregando inteligentemente os seus próprios recursos. O Faraó representa a estrutura, a ordem e o regulamento - forças necessárias para equilibrar a abundância pródiga da Rainha. Em situações caóticas, este arcano pode indicar a necessidade de organização.

O Sacerdote - Arcano V
O Sacerdote está sentado num trono onde há dois pilares às suas costas que representam a Lei e a Liberdade. As chaves simbólicas do reino de Amon-Rá estão sob seus pés e ele abençoa dois discípulos. Representa os ensinamentos hierárquicos das religiões antigas, o amor convencional e a aprovação de seus atos. Ele representa o poder espiritual aqui na terra. Convida a que se ouça a voz do Céu, a voz interior, em local silencioso e recolhido.

Os Enamorados - Arcano VI
Simboliza o Amor Universal, sob todos os aspectos. A eterna dúvida, a escolha entre o bem e o mal, bem como, a consciência de que uma escolha representa, necessariamente, um ganho e uma perda são estampados neste arcano. Esta carta mostra que não existem problemas em sua vida, mas sim, indecisões. Suas decisões são corretas na medida em que você as mantém. Os Enamorados podem representar a força atraente que reúne duas entidades em uma relação - pessoas, idéias, eventos, movimentos ou grupos. Os Enamorados podem indicar uma encruzilhada moral ou ética - um ponto de decisão onde você tem que escolher entre a estrada certa ou a errada. Este arcano também representa suas convicções pessoais, porque, para tomar uma decisão você tem que saber as suas condições presentes.

O Carro - Arcano VII
O homem dominador está dirigindo uma biga. Atrás dele há quatro colunas, que correspondem aos quatros elementos: ar, terra, água e fogo. As esfinges, dominadas pelo homem, representam as paixões e as ambições pessoais. Ao controlar seus defeitos, ele adquire o direito de escolher a estrada que quer seguir. As esfinges não correm, elas caminham, passo a passo, na mesma direção, revelando que conhecem o caminho escolhido. A carta 7, portanto, representa as vitórias que são possíveis pela força de vontade e do domínio do ego. Pode significar autocontrole ou controle do ambiente.

A Justiça - Arcano VIII
Todos nós teremos que ser pesados na balança da Justiça. No prato chamado de Luz prevalece o peso das grandes e boas obras, e no outro chamado Trevas se pesam as más ações. A Justiça Divina não possui vendas nem é cega, ao contrário da Justiça dos homens. Ela representa o equilíbrio e a lei (espada) universal. A imagem sóbria e nobre da figura da carta mostra que, apesar dos fatos, nunca escapamos da Justiça.

O Eremita - Arcano IX
O eremita carrega a lanterna contendo a luz indicadora do caminho; a chama da vida, da sabedoria. Simboliza a sabedoria conseguida através do sacrifício, solidão, prudência e moderação. Auxilia no encontro da chama interior que existe em cada um de nós. É o revelador de segredos. Ele busca respostas dentro de si e sabe que elas só virão com quietude e solidão. O Ermitão nos faz lembrar de Diógenes, o asceta grego que saiu pelo mundo com uma lanterna na mão para procurar um homem honesto. Diógenes é o símbolo da procura pela verdade que o Ermitão espera descobrir eliminando todas as futilidades da vida mundana.

A Roda da Fortuna - Arcano X
A roda da vida, que faz com que depois da chuva saia o sol e depois do verão venha o inverno. Quanto mais exterior a posição do homem nos contornos da roda, tanto mais violento é o movimento. Observa-se na roda Anúbis, o deus egípcio com cabeça de chacal e que pesa a alma dos mortos e Tífon, a criatura semelhante ao macaco, o deus da perturbação, da confusão. É a mudança, o movimento perpétuo do Universo e da própria vida. É à roda do destino e da fatalidade, que roda e roda sem parar, como as inúmeras facetas da vida com os altos e baixos, dependendo do carma de cada um. É o ciclo das reencarnações.

A Força - Arcano XI
Normalmente nós pensamos em força como sendo uma condição física; , mas também há a força interna. A força interna vem de um exercitar contínuo do coração. É perseverança, coragem, resolução e compostura - qualidade que nos ajudam a suportar os momentos difíceis. Considera-se comumente que uma pessoa com força interior tenha tido um caráter forte no passado. O arcano 11 representa esta determinação que repousa quieta em nosso ser. Nós precisamos dessa determinação para moldar as situações adversas suavemente. Enquanto o arcano 7, o Carro, domina uma situação com autoridade, a Força exerce seu poder de forma mais sutil e branda. Note como o leão (símbolo da força) está sendo guiado e domesticado pelas mãos suaves de uma mulher e não, pela força bruta de um homem. A carta 11 aparece em uma consulta de tarô quando suas qualidades são necessárias. Ela é um lembrete para lutarmos sempre e nunca deixar-nos dominar pelo desespero. Você tem a força interna para suportar e triunfar. Se você estiver passando por uma situação muito difícil, seja paciente e espere melhores momentos.

O Enforcado - Arcano XII
O Enforcado é um dos arcanos mais misteriosos do tarô. Ele simboliza a ação dos paradoxos em nossas vidas. Um paradoxo é algo que, apesar de aparentemente contraditório, é uma verdade muito importante. O Enforcado mostra para nós certas verdades, mas elas estão escondidas, ocultas de nosso consciente. O Enforcado nos lembra que a melhor solução para um problema nem sempre é a mais óbvia. "Quando você quiser forçar seu ponto de vista a alguém, saiba que este é o momento de amenizar; quando você quiser colocar o individualismo acima de tudo, saiba que esta é a hora do sacrifício; quando você achar que é hora de agir, saiba que esta é a hora de esperar”. Enfim, o Enforcado nos mostra as contradições que nem sempre "queremos ver".

A Morte - Arcano XIII
Morte! Uma energia poderosa. Aqui nos vemos face a face com o nosso maior medo. Nós recusamos a Morte porque pensamos nela como uma aniquilação e não como uma transformação necessária. A Morte não é um fim permanente, mas uma transição para um estado novo; a vida é eterna em sua essência, apesar de não o ser em sua forma. Para crescer, desenvolver e viver, nós temos que morrer. A Morte representa freqüentemente um fim importante que desencadeará o início de uma grande mudança. Sinaliza o fim de uma era; o momento em que uma porta está se fechando. Nestas ocasiões, pode haver tristeza e relutância, mas também alívio e um senso de conclusão.

A Temperança - Arcano XIV
A energia da Temperança pode aparentar uma quietude superficial, mas é a calma do olho de um furacão. Ao seu redor o vento está em um turbilhão, mas no centro, está um ponto imóvel e em equilíbrio. A Temperança pode representar uma necessidade de moderação e equilíbrio. Em situações de conflito, a Temperança sugere que se chegue a um acordo e a cooperação. Temperança é uma carta que representa uma boa saúde em todas as áreas - físico, mental e emocional. Quando uma doença ou uma dificuldade torna-se preocupante, a Temperança oferece a promessa de vitalidade e bem-estar.

O Diabo - Arcano XV
Seth, Lúcifer, Mefistófeles, Satanás ou O Príncipe de Escuridão. Não importa como o chamamos, o Diabo é o nosso símbolo para tudo que é de ruim e indesejável. De nossa perspectiva humana, nós vemos o mundo como uma luta entre a luz (bem) e a escuridão (mal). Nós queremos derrotar o ruim para que o bem possa prevalecer. Na realidade, o bem e o mal não indicam a ausência de luz simplesmente, mas sim uma dualidade causada por erros que escondem a verdade. O arcano 15 nos mostra estes erros. A ignorância é um destes erros - não sabemos a verdade e não percebemos que nós a desconhecemos. O segundo erro é o materialismo - a convicção de que nada mais existe além do plano físico. Tradicionalmente o Diabo representa o mal, e ele mostra que você está apegado a uma situação improdutiva ou pode estar cego e ignorante para a verdade dos fatos. Portanto, você pode estar obcecado por uma pessoa, idéia, substância ou padrão que sabe ser ruim para você e nada faz para sair desta situação. Nós somos propensos a muitos erros na vida. O arcano 15 nos mostra quando esses erros são sérios o bastante para requererem nossa atenção.

A Torre - Arcano XVI
A Torre é uma carta que indica instabilização e dificuldades. O arcano 16 não dá boas-vindas para aqueles que rejeitam as mudanças. Normalmente as mudanças são graduais, dando tempo para adaptação, mas às vezes são rápidas e explosivas; esta é a ação da Torre. Crises súbitas são a forma da vida lhe dizer que você necessita mudar. Algo de errado está acontecendo, e você não está respondendo. A maneira como você responde às mudanças previstas pela Torre mostra quão incômoda a experiência será; você deve reconhecer que as mudanças que acontecerem são necessárias - tente achar o lado positivo de qualquer situação. Na realidade, você pode sentir uma grande liberdade ao ser forçado em uma nova direção.

A Estrela - Arcano XVII
As estrelas sempre foram uma fonte de inspiração e esperança para as pessoas. Há algo místico em sua luz brilhante que nos transporta para o alto, para mais perto de Deus; quando olhamos para o céu, nós já não sentimos a angústia terrestre. Há algo de sobrenatural nas estrelas. Em leituras, a Estrela é muito bem-vinda quando a aflição e o desespero nos subjugou. Nos momentos mais densos e escuros, precisamos saber que há esperança, que há uma luz no final do túnel. A Estrela é o oposto do Diabo que nos tira a fé no futuro. A Estrela também lembra para abrirmos nosso coração e libertar todos os medos e dúvidas que temos em relação ao mundo. É importante lembrarmos que a Estrela é uma carta de inspiração e não de soluções práticas e respostas concretas para nossos problemas. Verdadeiramente, sem esperança nós não podemos realizar nada, mas a esperança é só um começo. Use a luz das Estrelas para guiá-lo em suas buscas.

A Lua - Arcano XVIII
Se você der uma olhada agora mesmo ao seu redor, vai, provavelmente, ver pessoas e objetos que lhes são familiares. Tudo é exatamente como você espera ser. Você sabe que se fechar os olhos e os abrir, o seu mundo será o mesmo. Mas, ao ficar preso ao seu mundo familiar, um mundo cheio de experiências extraordinárias está sendo perdido! Esta é a experiência da Lua. A maioria do tempo nós vivemos em um minúsculo quarto, onde as coisas acontecem de forma rotineira e dentro de uma normalidade tal, que dão uma segurança muito grande para nós. Devemos sair e procurar a vastidão de experiências que nos aguardam além da porta deste quarto. Entretanto, não podemos ser pegos desprevenidos nesta viagem, pois podemos ser presas fáceis para as drogas, intensas loucuras ou batalhas existenciais. A Lua é a luz deste mundo - o reino da sombra e da noite. Embora este novo lugar seja temerário, você não pode ficar amedrontando. A Lua guia-o ao desconhecido, permitindo o incomum em sua vida. Infelizmente, temos medo da Lua; esta carta representa medos, ansiedades e ilusões. A luz fraca e tênue da Lua, em oposição à luz forte e revigorante do Sol, pode enganá-lo e fazer com que você se perca nas estradas de sua vida. Tenha cuidado para não deixar decepções e falsas idéias te desviarem de teu rumo. Às vezes, a Lua é um sinal de que você é um viajante desinteressado e perdido neste mundo. Procure encontrar um propósito maior para a sua vida, senão, você pode não enxergar a luz do Sol ao alvorecer.

O Sol - Arcano XIX
Quando ligarmos uma luz em um quarto, iluminaremos todos os cantos escuros, de tal forma que, tudo passa a ser visível. Quando nos aproximarmos da luz divina, todos os nossos problemas e ignorância serão visíveis. Eis a mensagem do Sol. Ao longo de história, pessoas honraram o Sol como uma fonte de luz e calor. Nos mitos de muitas culturas antigas, o Sol é um deus proeminente - cheio de vigor e coragem. Ele é um centro de energia vital que faz a vida na terra possível. No tarô o Sol simboliza também vitalidade e o esplendor. O Sol, definitivamente, não é uma carta submissa e apática. Em leituras, o Sol representa um profundo poder pessoal. Você tem energia ilimitada e cheia de saúde. Quando esta carta aparecer, saiba que terás êxito em todos os seus empreendimentos. É o tempo de deixar seu Sol interior brilhar.

O Julgamento - Arcano XX
No arcano 20, nós vemos pessoas sendo chamada por um anjo. O Julgamento pode ser uma lembrança que julgamos necessária ou uma tomada de decisão. Em tais momentos, é melhor considerar o assunto cuidadosamente e então agir sem medo. Se você está sendo se julgado, aprenda com o processo. A carta 20 também representa os sentimentos que vêm junto com a salvação. Quando o anjo te chamar, você é renascido - limpou todas as suas culpas e fardos. O passado e seus enganos estão atrás de você, e agora está pronto para começar novamente.

O Mundo - Arcano XXI
O principal elemento da felicidade é a totalidade - o senso de que tudo está trabalhando em harmonia; não de uma forma estática, mas com um equilíbrio dinâmico. Para estarmos contentes, nós temos que sentir conectado - comprometido com o que está ao redor de nós. O Mundo representa este momento e é um sinal muito positivo de que você deve seguir o desejo de seu coração. Lembre-se, entretanto, que a carta 21 é um símbolo de contribuição ativa e serviços. Para segurar o Mundo nas mãos, nós temos que dar a nossa contribuição. Eis a fonte de verdadeira felicidade.

Mito Egípcio

Como em todas as civilizações antigas, a cosmogonia ocupa a primeira parte dos textos sagrados egípcios, tentando explicar com a fantasia e o relato milagroso tudo quanto se escapa do reduzido âmbito do conhecimento humano. Para os egípcios, como para o resto das grandes religiões, a criação do Universo faz-se de um único ato da vontade suprema, a partir do nada, da escuridão, do caos original.

O seu criador chama-se Nun e era o espírito primigênio, o indefinido ser que tinha tomado o aspecto do barro. Este barro que aparece com tanta freqüência em todas as mitologias junto dos parágrafos das criações de deuses e de homens, a matéria-prima por excelência dos oleiros e (por assimilação) a matéria lógica para os deuses criadores, não era senão a terra e a água próximas dos antigos povoadores do mundo. Por isso o barro Nun foi o berço espiritual, a primeira força em que ia tomando forma o novo espírito da luz, Ra, o disco solar, pai de tudo o que habita sob os seus raios. Da vontade de Ra vão nascer os dois primeiros filhos diferenciados da divindade: são Tefnet e Chu.

Ela é a deusa das águas que caem na terra e ele é o deus do ar, e os dois filhos estarão com o grande pai Ra no firmamento, compartilhando a sua glória e o seu poder e ajudando-o na longa e eterna viagem. Mas também Chu e Tefnet vão continuar a obra iniciada por Ra, criando da sua união outros dois novos filhos, os dois sucessores da última geração celestial: o deus da terra Geb, e a sua irmã e esposa, a deusa do céu Nut, para que eles relevem à primeira geração e criem a terceira, a que vai estar na terra do Egito.

Os Filhos do Céu e da Terra


Os filhos de Geb e Nut, os quatro filhos do Céu e da Terra, dois homens e duas mulheres (embora haja versões que dão um quinto filho, chamado Horoeris), formam a primeira geração de seres que vivem no solo do Egito, os quatro primeiros deuses que se ocupam dessa terra escolhida e que velam por ela, ou que entram no mundo egípcio para completar o binômio do bem e do mal, da vida e da morte. O primeiro dos homens e o mais velho dos quatro, Osíris, é o deus da fecundidade, a divindade que representa e sustenta a continuidade da natureza; ele é quem faz nascer à semente, quem a amadurece e quem agosta os campos; Osíris é o princípio da própria vida.


Ísis, a sua irmã e esposa reinam em igualdade sobre o extenso domínio do Nilo, em perfeita harmonia com o seu irmão, formando o casal positivo do binômio. Se Osíris se encarrega de proporcionar a vida aos humanos, Ísis está sempre à frente, após a invenção de todas as artes necessárias para desenvolver a vida, desde a moagem do grão até as complexas regras e leis da vida familiar.


Neftis, a segunda irmã e a menor de todos, não podia ter a sorte de Ísis, a sorte de ser esposa do bom e belo Osíris; por isso Neftis ficou à margem da felicidade; também por isso era a representação do resto do país útil, Neftis era a deusa das terras menos felizes, as terras secas junto dos campos de cultivo; as parcelas de sequeiro que não tinham a sorte de ser regularmente inundadas pela água e pelo limo do rio nas suas cheias anuais.


Seth, o segundo homem e o terceiro dos filhos, é a criatura que pressagiou o seu destino ao nascer prematuramente, dado que abriu o ventre da sua mãe Nut, fazendo-a sofrer cruelmente; Seth é o deus da maldade, o espírito negativo e o representante do deserto sem vida, a personificação da morte.
A Luta Entre o Bem e o Mal
Naturalmente, Seth odeia desde a infância o primogênito Osíris; esta é a fábula constante do bom irmão diante do mau; é a lenda exemplificadora do mau assassinando o bom, tentando evitar a sua clara superioridade, tentando apagar com a morte a distância entre ambos.


Mas continuemos com a história dos quatro filhos de Geb e Nut, e digamos que Seth casou com a sua irmã Neftis, mantendo a tradição iniciada pelos seus antecessores divinos. Mas Neftis foi esposa do malvado Seth também mau grado seu, porque ela amava Osíris, e deste casamento não surgiu nenhum filho, porque Seth tinha que ser forçosamente estéril pela sua maldade.


Mas não sucedeu a mesma coisa com Neftis, dado que ela sim, conseguiu ter um filho e, precisamente um filho de Osíris. Para conseguí-lo, embebedou o seu irmão e deitou-se com ele. Esse filho nasceria mais tarde e seria conhecido com o nome de Anúbis. Neftis amava tanto Osíris e tanto desprezava o seu marido que, quando se produziu o seu assassínio, a boa e infeliz Neftis fugiu do seu perverso marido, para poder estar ao lado do amado, junto da sua irmã Ísis, ajudando-a no embalsamamento.


Após aquele momento, Ísis e Neftis permaneceriam sempre unidas à morte, acompanhando o piedoso defunto na sua sepultura, para proporcionar-lhe a ajuda que necessitasse no outro lado da morte.


Ao assassinar Osíris, Seth só conseguiu divinizar ainda mais o seu odiado irmão, porque o Osíris triunfante sobre a morte ia estabelecer-se como a personificação divina do ciclo, e voltaria a nascer e morrer eternamente, reinando na vida eterna do céu e deitando sobre o seu traidor irmão na terra, ao ficar com as suas posses e ser a figura amada pelas duas irmãs Ísis e Neftis, a figura adorada e homenageada por todos os egípcios, a divindade bondosa que governava as estações e o benéfico Nilo em proveito dos homens.


A Traição de Seth


Não foi demasiado difícil a Seth terminar com a vida do seu bom irmão, o grande rei Osíris, apesar da constante vigilância que Ísis mantinha sobre as suas idas e vindas, dado que ela sim conhecia bem o seu malvado irmão e não confiava de maneira nenhuma nas suas artes.


Depois de tentar uma e outra vez assassiná-lo sem êxito, finalmente Seth tramou um plano que lhe permitia iludir Ísis e assim mandou construir uma caixa muito rica e bela, com o tamanho exato do seu irmão. Com a caixa em seu poder, Seth organizou uma grande festa, à qual convidou Ísis e Osíris, junto com outras setenta e duas personagens, que não eram outras senão os seus aliados no sinistro plano.


Terminada a festa, Seth comentou que tinha idealizado um jogo, que consistia em ver quem de todos os presentes cabia melhor naquela magnífica arca, e para o feliz tinha reservado um grandioso prêmio. Os convidados provaram sorte, mas nenhum dava o tamanho adequado, de maneira que chegou a vez de Osíris e ele sim, enchia completamente o buraco da caixa. Mas não havia tal prêmio; os presentes lançaram-se em tropel e encerraram o rei dentro dela; depois lançaram-na ao Nilo e o rio arrastou a caixa e a sua carga para o mar.


Ísis saiu em perseguição do baú e Neftis uniu-se ela rapidamente na procura, enquanto Seth e as suas seis dúzias de cúmplices celebravam precipitadamente a suposta vitória do usurpador. As duas irmãs, entretanto, encontraram a caixa onde Osíris tinha sido encerrado e comprovavam que já era simplesmente um cadáver. Com os seus tristes lamentos e prantos, as irmãs comoveram os deuses e estes decidiram trazer de novo à vida ao infeliz Osíris, mandando-as que amortalhassem o seu corpo embalsamado em ligaduras, dando assim a pauta para o posterior rito funerário, ou que reunissem os seus restos para poder insuflar de novo a vida no seu destroçado corpo, segundo a versão correspondente.
Hórus, Filho de Ísis e Osíris
Também se conta, em outros relatos sagrados, que a arca tinha saído para o mar quando Ísis chegou à foz do Nilo, e só terminou a sua viagem na muito longínqua costa da Fenícia, indo de encontro a um tronco que crescia à beira do Mediterrâneo, muito próximo da cidade de Biblos.


A árvore, milagrosamente, cresceu num instante, englobando o féretro flutuante no seu tronco para dar-lhe o último abrigo. Movido pelo destino, o rei de Biblos viu aquela gigantesca árvore e mandou cortar o seu tronco e com ele ordenou construir uma coluna para o seu palácio. Mas Ísis soube também do portentoso fato e empreendeu a viagem até chegar à cidade de Biblos, onde pediu ser recebida pelo rei, para fazer-lhe saber a razão da sua penosa expedição. O rei ouviu o relato da rainha e ordenou imediatamente que lhe fosse devolvido o caixão onde repousavam os restos mortais do bom Osíris.


Concedido o seu desejo e com o caixão em seu poder, regressou sigilosamente para o Egito, não sem antes tentar ocultar o cadáver do infeliz esposo da maldade de Seth. Mas Seth, senhor da noite e das trevas, deu com ele e voltou a tentar terminar com a ameaça que Osíris representava, fazendo com que os seus restos fossem dispersos por todo o imenso e intransitável delta do grande rio. De novo Ísis empreendeu a procura dos restos de Osíris nos pântanos do Nilo e, um a um, reuniu outra vez o cadáver. Quando os conseguiu, tomou a forma de uma grande ave de presa e pousou-se sobre os despojos, batendo as suas asas até que com o seu ar benfeitor insuflou uma vida renovada em Osíris. O esposo ressuscitado tomou-a e a boa Ísis ficou grávida de Hórus, o filho que teria de vingar o pai assassinado e restauraria a ordem divina no Egito. Mas, enquanto chegava o momento do nascimento de Hórus, Ísis ocultou-se de Seth nos pantanosos terrenos do delta do Nilo.


A Vingança de Hórus
Osíris retornou ao reino dos mortos, mas já tinha deixado a sua semente em Ísis e dela nasceu felizmente Hórus em Jenis. Com a presença devota da sua mãe foi educado no maior dos segredos, preparando-se com esmero e paciência o sucessor do rei assassinado no seu esconderijo do Delta, enquanto a mágica Ísis o cobria com a impenetrável couraça dos seus conjuros, esperando até que chegasse a hora da vingança definitiva.


E esta hora chegou, mas a luta entre Seth e Hórus seria longa e angustiosa; uma briga que parecia não ter fim, na qual um e outro infringiam tanto mal como o que recebiam do seu adversário. Tão penoso era o combate que Toth, o deus da Lua e a divindade da ordem e a inteligência, se apiedou dos combatentes e interveio para mediar a disputa, levando ambos perante o tribunal dos deuses e fazendo comparecer também Osíris, para que todos pudessem ouvir as razões de um e dos outros.


O tribunal sentencia que, na causa entre Seth e Osíris, seja Osíris quem recupere o reino que teve em vida, e acrescenta à sua coroa a parte do país que originalmente correspondeu ao seu irmão e assassino. Na longa e controversa vista da briga entre Seth e Hórus, que durou nada menos que oitenta anos, os juizes celestiais terminaram por sentenciar o pleito sobre os direitos sucessórios a favor de Hórus. O filho póstumo de Osíris recuperava o que correspondia pela sua linhagem: a sucessão no trono de Egito. Assim, o filho era reconhecido pela divindade como soberano indiscutível, dentro da tradição clássica que adjudicava.

Calendário egípcio



O sábio Imhotep inventou o calendário egípcio, no ano 2769 antes de cristo, que era parecido com o que usamos hoje. O ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de julho.
A partir do calendário de Imhotep, os astrólogos egípcios criaram um Zodíaco divido em 12 signos, correspondentes aos doze meses do ano.
Cada signo é representado por um deus; cada divindade regendo durante um tempo e vibrando suas características próprias sobre as pessoas nascidas sob um determinado signo.


DATA.....................................................SIGNO
16 de Julho a 15 de Agosto............................Rã - O Deus do Sol
16 de Agosto a 15 de Setembro.......................Neit - A Deusa da Caça
16 de Setembro a 15 de Outubro.....................Maat - A Deusa da Verdade
16 de Outubro a 15 de Novembro....................Osíris - A Deusa da Renovação
16 de Novembro a 15 de Dezembro.................Hathor - Deusa do Amor e da Adivinhação
16 de Dezembro a 15 de Janeiro.....................Anúbis - O Guardião dos Mortos
16 de Janeiro a 15 de Fevereiro.....................Bastet - A Deusa Gata
16 de Fevereiro a 15 de Março.......................Tuéris - A Deusa da Fertilidade
16 de Março a 15 de Abril.............................Sekemet - A Deusa Leoa
16 de Abril a 15 de Maio...............................Ptah - O Criador Universal
16 de Maio a 15 de Junho.............................Toth - O Inventor da Escrita
16 de Junho a 15 de Julho............................Ísis - A Mãe Cósmica


Rá - O Deus do Sol
Signo ocidental correspondente: Leão
Período: 16 de julho a 15 de agosto
Força, vitalidade e ação fazem parte das qualidades dos protegidos de Rá. São vaidosos, falantes, adoram aplausos. Nos palcos, da vida gostam de representar papéis de destaque. Veja bem, desde pequenos são irreverentes, brigões e autoritários. É importante paz e tranqüilidade, dos pais, para acalmar esses nativos, nos momentos de ira. Educá-los com carinho e compreensão é o caminho. Não gostam de ser contrariados e repreendidos na presença de estranhos.
São sensuais, generosos e sinceros. São instáveis nas amizades quando se sentem desvalorizados pelo outro. Precisam ser o centro das atenções.
Criatividade, humor e intuição não faltam. Transforma do nada, alguma coisa inusitada. Geralmente vencem na vida porque são ambiciosos.
Inteligentes, indagadores e estudiosos podem exercer carreiras de destaques como: artistas, escritores, músicos, médicos, engenheiros, banqueiros e tendência para a política.
Os nativos de Rá se apaixonam de forma rápida e com intensidade. Adoram carinhos nas costas, na região da coluna e as coxas são pontos erógenos.
Na saúde o ponto fraco é o coração, podendo ter problemas cardíacos se abusarem no ritmo de vida. Outros pontos vulneráveis são dores na coluna e no estômago, devido ao nervosismo. *DICAS*
Dia da semana: Domingo
Número favorável: 1
Cores: amarelo e dourado.
Flores: rosa amarela e girassóis.
Metal: ouro
Pedra preciosa: crisólita amarela.
Neit - A Deusa da Caça
Signo ocidental correspondente: Virgem
Período: 16 de agosto a 15 de setembro
Os protegidos da Deusa Neit têm uma grande agilidade mental, são simpáticos e sinceros nas críticas. Na infância, são precoces, sensíveis e inteligentes. Gostam de estudar, mas não gostam de ser cobrados ou pressionados.
Alguns nativos ficam tímidos e inseguros quando testados. Os regidos por Neit têm tendência a relembrar fatos que não levam a nada. Pensam muito antes de tomar decisões.
Não gostam de intrigas, invejas ou fofocas no trabalho, na família ou no relacionamento pessoal.
Geralmente, os nativos são disciplinados e organizados quando desenvolvem qualquer tipo de trabalho. São carentes e necessitam atenção. Não costumam esquecer ofensas.
No amor são honestos amigos e de confiança; só depois de muita intimidade se soltam nas relações. Neit é uma Deusa que gosta de liberdade, tem dificuldade de se adaptar à rotina do casamento.
Profissionalmente, pode ser bom médico, professor, analista de sistema ou artista.
Para despertar a sensualidade, nos nativos da deusa Neit, é importante uma relação alegre e espontânea. Isso os ajuda a relaxar porque, na maioria, das vezes, são tensos e nervosos. Suas áreas sensíveis são a parte interna das coxas, atrás dos joelhos e no próprio sexo.
Na saúde estão sujeitos a esgotamento nervoso e períodos de depressão. Pontos sensíveis: estômago e intestinos. Têm vida longa.
*DICAS*
Dia da Semana: Terça-feira
Número favorável: 5
Cores: coral e o prateado
Flores: lírio branco e lírio amarelo
Metal: a prata
Pedras preciosas: coral e esmeralda
Maat - A Deusa da Verdade
Signo ocidental correspondente:
Libra

Período: 16 de setembro a 15 de outubro
Harmonia, beleza, elegância são qualidades dos regidos pela Deusa Maat. A nobreza de espírito e o senso inato de justiça fazem parte da personalidade do nativo.
São diplomatas e não gostam de ser indelicados ou tratados com grosserias. São avessos a violência, teimosos e firmes em suas opiniões.
Comunicam-se bem com o público. Gostam de leitura, de artes, de bons restaurantes, de dançar, namorar ou paquerar sem compromisso.
São sensíveis ao meio ambiente. Sabem viver de forma simples e adaptam-se as situações difíceis se for necessário.
Os que nascem sob a proteção de Maat são calmos e tranqüilos. São místicos, gostam de natureza, da poesia e música. Sabem fazer amizades e procuram conservá-las. Em geral, casam cedo. Tanto os homens e as mulheres desse signo são muito sensuais. Suas paixões são violentas e curtas. Adoram carinhos nas regiões das coxas e os órgãos genitais. Gostam de jogos amorosos.
Nem sempre a situação financeira dos nativos de Maat é estável. Devem tomar cuidado com contratos, empréstimos, sociedades ou casamentos.
Os órgãos que exigem maior atenção são os rins, a coluna e o sistema nervoso. Cuidado com diabete.
*DICAS*
Dia da Semana: Sexta-feira
Número favorável: 6
Cor: azul.
Flor: rosa
Pedras preciosas: diamante e o lápis-lazúli
Osíris - O Deus da Renovação
Signo ocidental correspondente: Escorpião
Período: 16 de outubro a 15 de novembro
Existe um ar de mistério e sedução nos nativos do signo de Osíris. Sensíveis e intuitivos, bem orientados internamente, podem adquirir a sabedoria dos magos. Desde pequenos são ciumentos e possessivos. Estas crianças são autoritárias e impacientes.
Possuem a virtude da coragem, estabelecem metas de conquistas, tanto profissionais como afetivas. São investigadores e curiosos, querem estar sempre por dentro dos fatos. Se traídos são vingativos. Os protegidos de Osíris têm poder de decisão e amor à liberdade. É um amigo forte, mas quando ferido torna-se um inimigo implacável.
No amor são sensuais e ciumentos, gostam de aventuras rápidas e sexualmente são intensas.
As zonas de prazer são a boca e os órgãos genitais. Na saúde, os homens devem tomar cuidado com inflamações na próstata e, as mulheres, com problemas no útero e no ovário. A garganta é um órgão sensível para os nativos. Podem trabalhar como engenheiros, arquitetos, médicos ou cirurgiões e ocultistas.
*DICAS*
Dia da Semana: Quinta-feira
Número favorável: 9
Cor: violeta
Flor: cravo branco
Pedra preciosa: esmeralda
Hathor - Deusa do Amor e da Adivinhação
Signo ocidental correspondente:
Sagitário

Período: 16 de novembro a 15 de dezembro
A deusa Hathor influencia seus filhos a serem ambiciosos, espertos e audaciosos. Muito inteligentes, são dinâmicos no trabalho, francos e diretos na comunicação com as pessoas. Adoram conforto e viajam sempre quando podem. Gostam de ter animais de estimação em casa.
No amor são atirados e conquistadores, às vezes prometem muito e não cumprem as promessas. Geralmente, se apaixonam por pessoas, com estilo de ser diferente ou que têm presença marcante. Adoram serem tocados em todas as partes do corpo.
Os homens deste signo sofrem altos e baixos na vida. Têm uma boa intuição nos negócios, escapando de problemas financeiros.
Na saúde, os pulmões são pontos frágeis; costumam sentir dores na coluna dorsal e cervical.
*DICAS*
Dia da semana: Quarta-feira
Número: 3
Cor: azul
Flor: rosa amarela e lírio.
Perfume: sândalo.
Pedras preciosas: quartzo rosa e quartzo verde
Anúbis - O Guardião dos Mortos
Signo ocidental correspondente:
Capricórnio

Período: 16 de dezembro a 15 de janeiro
Força de vontade, persistência e teimosia são características dos filhos de Anúbis. São exigentes, confiáveis e ambiciosos. A expressão, muitas vezes séria, mostra um temperamento reservado. Gostam de privacidade e, às vezes, se distraem com os próprios pensamentos. Muitos dos nativos não abrem o jogo do que realmente pensam.
Alcançam suas metas através de muito trabalho. A estabilidade financeira chega após os 40 anos, a não ser que recebam uma herança.
Os protegidos de Anúbis são inteligentes, sagazes e, profissionalmente, se adaptam bem a área de medicina, jornalismo e engenharia.
No amor são companheiros, inquietos, sedutores e volúveis. As mulheres ou os homens desse signo podem ter a oportunidade de casar duas vezes. Gostam de se vestir com elegância. Praticam esportes e ginástica. São bem informados, lêem sobre todos os assuntos.
Na saúde, os resfriados e infecções devem ser cuidados com cautela. Alimentação deve ser sempre sadia, pois o nativo pode ter problemas de digestão. Os joelhos e as pernas são pontos sensíveis.
*DICAS*
Dia da Semana: Sábado
Número: 8
Cores: cinza, verde-claro e marrom.
Flor: crisântemo
Pedra preciosa: ônix
Bastet - A Deusa Gata
Signo ocidental correspondente:
Aquário

Período: 16 de janeiro a 15 de fevereiro
Esses nativos são intelectualmente ativos, assimilam e entendem sobre todos os assuntos com facilidade. São independentes, emotivos e instáveis nos sentimentos, sofrendo algumas depressões.
Os filhos de Bastet são estranhos e traiçoeiros quando não estão resolvidos internamente.
São excêntricos e apaixonados por aventuras perigosas. Têm uma imaginação surrealista. Podem ser atores, escritores, médicos, professores e advogados. Sabem conduzir uma conversa em grupo, despertando admiração à atenção de todos.
No amor são criativos, dotados de mistério e misticismo, costumando sentir o parceiro de forma aguçada. Os jovens preferem “ficar”, em vez, de assumir compromissos. Sexualmente, são fogosos e gostam de carícias diferentes. Seus pontos são os lábios e os tornozelos.
Na saúde, os nativos podem ter problemas digestivos ou nas vias respiratórias. Tendência ainda à artrite, dores na coluna e alguma disfunção glandular.
*DICAS*
Dia da semana: Segunda-feira
Número: 9
Cor: azul
Flor: margarida
Pedra preciosa: quartzo branco
Tuéris - A Deusa da Fertilidade
Signo ocidental correspondente: Peixes
Período: 16 de fevereiro a 15 de março
Os nativos que recebem influências da deusa Tuéris têm grande sensibilidade. Aparentam tranqüilidade e timidez. São super-intuitivas, têm fortes premonições e inspirações misteriosas. Os nativos são afetuosos, sinceros, compreensivos e justos. Quando exercem o lado negativo da personalidade são mentirosos, preguiçosos e agressivos. O filho de Tuéris deve escolher bem as amizades para não se decepcionar mais tarde. Adoram brincar, imitar, criar. São divertidos, quando, bem humorados.
Podem seguir as seguintes profissões: ator, médico, enfermeiro, professor e de economista.
A vida afetiva é de altos e baixos, pois idealizam demais os parceiros. São sedutores e podem ter vários casamentos.
A saúde dos nativos é delicada. Propensão a problemas na vesícula, males do estômago, problemas nos pés e na coluna. As crianças regidas pelo signo de Tuéris são tranqüilas de serem educadas. Na infância, precisam de afeto e atenção, para que, mais tarde, não fiquem complexadas.
*DICAS*
Dia da Semana: Quinta-feira
Número: 5
Perfume: sândalo
Flor: rosa
Metal: prata e estanho
Pedra preciosa: ametista
Sekhemet - A Deusa Leoa
Signo ocidental correspondente: Peixes e Áries
Período: 16 de março a 15 de abril
São líderes natos, otimistas, idealistas e persistentes. Têm vitalidade, força de caráter. Mente ágil, tendência à agressividade, mas sabem controlar-se.
Estes nativos são magnéticos, atraindo com facilidades amigos e amores. Podem exercer qualquer cargo de chefia e profissões esportistas. Têm espírito competitivo. Apaixonam-se com facilidade. Adoram ser acariciados na nuca e na cabeça. As mulheres são práticas, sinceras e sujeitas a crises de ira, que passam rapidamente.
Os homens são atraentes, o temperamento aventureiro e, em alguns nativos, a infidelidade é uma constante.
Na saúde, costumam sofrer dores de cabeça, seu aparelho digestivo é delicado, bem como o aparelho respiratório, sendo sujeitos a asma, enfisema pulmonar e bronquite.
Na infância, são crianças arteiras, alegres e indóceis. Têm uma intuição maravilhosa. Não gostam de receber ordens, entrando em conflitos com os pais.
*DICAS*
Dia da semana: Terça-feira
Números: 1 e 5
Cor: vermelho
Flor: violeta
Metal: ferro
Perfume: alfazema
Ptah - O Criador Universal
Signo ocidental correspondente: Áries e Touro
Período: 16 de abril a 15 de maio
Como existe uma combinação de Áries e Touro no zodíaco Egípcio temos uma dupla influência no protegido por Ptah. Os nativos são corajosos, impulsivos e temidos. São persistentes, teimosos e materialistas. Adoram conforto, objetos com designer moderno e, quando podem, compram os últimos lançamentos na área de informática. Viagens a trabalho ou lazer fazem parte da vida do nativo.
Possuem boa resistência física, e oscilam entre a calma e a impaciência.
No amor, são sensuais, de sexualidade intensa; o contato com a pele é fundamental para os nativos. Terão muitos amores e uniões durante a vida.
As mulheres são independentes, ativas, femininas e vaidosas. Gostam de crianças e preservam a ligação com a família. Atraem homens com facilidade. Os homens desse signo são comodistas, bem informados, amam o conforto. São bons pais e bons maridos. Quando felizes no casamento serão fiéis, amigos e protetores.
Na infância são fortes, tenazes e sensuais desde cedo. São gulosas e, para educá-las bem, é preciso pulso forte, pois, os filhos de Ptah são teimosos.
Na saúde, têm boa recuperação física e uma leve tendência à obesidade, pois gostam de comer bem e são um pouco preguiçosos para fazer ginástica.
Devem tomar cuidado com acidentes na cabeça, amidalites, dores na coluna cervical, insuficiência renal e hepática.
*DICAS*
Dia da semana:
Terça-feira e a Sexta-feira

Números: 1 e 8
Cores: vermelho-claro e o azul em todos os tons.
Flor: girassol
Perfume: sândalo e a verbena.
Pedra preciosa: olho de tigre
Toth - O Inventor da Escrita
Signo ocidental correspondente: Touro e Gêmeos
Período: 16 de maio a 15 de junho
Como a flor de lótus, os filhos de Toth são sensíveis, sensitivos e intelectuais. São firmes nas decisões, determinados a vencer obstáculos. Não gostam de ser pressionados tanto no trabalho como no amor. Adoram novidades, são bem informados alguns são escritores, jornalistas ou radialistas. Sabem lidar com a terra, as flores, os frutos. Alguns conquistam bons amigos, outros sãos bruscos e francos demais, afastando os contatos. São possessivos, têm medo de perder seus bens ou não se aventuram em novas oportunidades quando não sentem segurança.
Excelentes colaboradores enfrentam a vida com coragem. Este tipo misto, que nasce sob a proteção do deus Toth, é aberto a opiniões e sabe reconhecer os próprios erros. Sua atitude é calorosa e alegre ao reencontrar um amigo. O seu nervosismo o impede de ocupar-se por muito tempo no mesmo assunto.
Não fazem diferença entre uma relação afetiva e uma atração física. Esta última constitui para os nativos uma importante motivação. Não se ligam com facilidade a outras pessoas, mas quando isso acontece são capazes de fazer sacrifícios pelo parceiro.
Na saúde têm o sistema nervoso frágil e precisam de esporte para aliviar a pressão do dia a dia. Há tendências a terem problemas nos rins, nos órgãos genitais, garganta e boca. A coluna vertebral será sempre um ponto delicado.
As crianças são quietas, tímidas, pensativas, gostam de brincar sozinhas. Amam a natureza, os animais a liberdade.
*DICAS*
Dia da semana:
Quarta-feira

Números favoráveis: 5 e 6
Cores: verde-claro e o azul em todos os tons
Perfume: verbena
Pedras preciosas: turquesa ou esmeralda
Ísis - A Mãe Cósmica
Signo ocidental correspondente: Gêmeos e Câncer
Período: 16 de junho a 15 de julho
Quem nasce sob o signo de Ísis é sensível e tem dons telepáticos. Adoram desafios; são simpáticos, de espírito maternal e são espertos nos negócios. Manipulam as pessoas com seu jeito de criança e fala mansa conseguindo atingir os seus objetivos. São ambiciosos, criativos e divertidos. Têm diplomacia e sabem acalmar situações tensas. São instáveis, especialmente na Lua Cheia e no Quarto Crescente, mudando de opinião ou ideais. O passado é sempre presente nas lembranças dos nativos. Não gostam de ser criticados.
Alguns filhos de Ísis costumam viver longe de seus pais e irmãos e formam uma família com pessoas estranhas, a quem amam e se integram com elas. Adoram os filhos. São românticos, gostam de arte e música.
São carentes e precisam alguém mais forte que os proteja. No amor, são apaixonados e desconfiados, exigindo atenção o tempo todo. Sua imaginação os faz muito teatrais e vivem os seus próprios dramas interiores. São reservados, ciumentos e possessivos. São muito carinhosos e atenciosos com os filhos.
Na saúde a parte mais sensível é o estômago e os intestinos. Quando estão muito nervosos, suas mãos tremem. As filhas de Ísis são férteis e devem tomar cuidado com o aparelho reprodutor. Homens e mulheres deste signo são sujeitos a terem hemorróidas internas e externas.
*DICAS*
Dia da semana: Segunda-feira e Quarta-feira
Número: 5
Cor: o branco, o prateado e o lilás.
Perfume: rosa e lírio
Metal: a prata

Egito


A história do Egito e de sua cultura ainda fascina arqueólogos, historiadores e ocultistas, que pesquisam e se esforçam em descobrir os mistérios dessa antiga civilização.
A religião sempre desempenhou papel importante entre os antigos egípcios. A escrita hieroglífica (caracteres sagrados) era usada pelos sacerdotes e os escribas que redigiam as crônicas e inscrições.
Somente no início do século passado é que um francês, Jean-François Champollion, grande conhecedor do grego e das línguas orientais, conseguiu decifrar os hieróglifos. Isto permitiu que fossem lidas as inscrições que nos contam a história egípcia. Os antigos egípcios adotaram uma religião politeísta.

Havia deuses de Estados, adorados pelos soberanos das diversas dinastias, e deuses locais, cultuados pela população. Entre essas divindades predominavam os animais. O gato, o escaravelho, o crocodilo, o íbis, o falcão, o boi eram animais sagrados.
O Sol, a Lua, a Terra, o rio Nilo, elementos criadores, ganharam templos, para os quais foram estabelecidos ritos. Criaram-se colégios de sacerdotes: Hórus, Osíris, Ísis, Amon, Ra, que predominaram nos grandes centros egípcios. Estas divindades eram representadas sob a forma humana.
A terceira categoria de deuses representava uma determinada atividade ou função: Anúbis, o deus dos mortos; Thot, inventor da escrita; Hekat, a rã, que presidia aos partos; Hathor, a vaca, deusa da alegria e do amor, e muitos outros.


Ísis, a Deusa Universal




A histórico do culto à Ísis é longa e complexa: esta rápida visão geral fornecerá uma indicação de seu alcance até os últimos séculos.

Antiga e amada, Ísis nutriu sua terra natal – o Egito – como Deusa do Trono, do Amor e da Magia, A Grande Feiticeira que Cura. Sempre presente, Seu culto sob o nome de Ísis é documentado nos textos da Pirâmide da Quarta Dinastia (por volta de 2600 a.C.) e provavelmente remonta a um tempo anterior às dinastias. Venerada sozinha, com Seu marido Osíris ou com outros supostos consortes, os ritos de Ísis foram mantidos por todo o Egito, desde pequenos santuários em casas de fazenda até os templos com sacerdotes e sacerdotisas.

Quanto os navegadores egípcios cruzaram o Mediterrâneo, e estrangeiros chegaram ao Egito, o custo à Deusa se expandiu pelo mundo ocidental. Por ser uma deusa de natureza complexa e complicada, muitos paradoxos – alguns os chamariam de mistérios – surgiram dentro de Sua fé. Por um lado, Seu clero era admirado pela sabedoria e pureza; por outro, alguns adoradores de Ísis a recebiam como uma deusa do amor erótico e romântico.
Seus seguidores no passado foram imperadores e pessoas comuns, mulheres livres e escravas, mercadores e navegantes. No passado, como agora, todas as raças eram admitidas em Seus templos e na hierarquia de sacerdotes e sacerdotisas. Jamais recusando qualquer pessoa, Ísis foi reverenciada desde as eras clássicas como a deusa que está acima do destino, aquela que pode reescrever o que está previsto pelos astros.

Artistas e artesãos A invocavam como a musa definitiva, e os antigos cientistas sentiram Sua presença entre os alambiques e cadinhos. Textos de alquimia foram escritos em Seu nome.
Junto com Serápis, um aspecto dinâmico de Seu marido morto e ressuscitado – Osíris -, Ísis presidia sobre a magnífica Biblioteca de Alexandria e sua Escola de Medicina, que estabeleceu os padrões para a educação dos antigos médicos. Ao mesmo tempo, muitos de Seus seguidores foram curados de doenças apenas passando uma noite no templo, na esperança de receber um sonho de cura ou uma visão da Deusa.
Conforme as legiões romanas viajavam pelo mundo, também o fez o culto à Ísis. Ela foi venerada na antiga Londres e em muitos lugares na França e na Alemanha. Através do Oriente Médio e nas ilhas do Mar Egeu, é comum encontrar Seus templos, embora a maioria esteja, atualmente, reduzida a ruínas.
Quando os templos de outros deuses e deusas foram incendiados e destruídos durante o turbulento nascimento de uma outra fé, os sacerdotes e sacerdotisas pagãos de refugiaram nos santuários de Ísis, e permitiu-se que eles venerassem suas divindades caídas, dentro do santuário da Deusa, algumas vezes em conjunto com hereges cristãos que procuravam refúgio semelhante.
O templo de Ísis foi o último templo pagão a receber devotos na ilha sagrada de Philae, no alto Egito. Mas por volta do ano 595, séculos depois do banimento oficial da fé pagã pelo imperador romano Theodosio, em 392, esse último santuário foi fechado e seus sacerdotes destruídos ou dispersados.

Ísis, então, tornou-se Ísis Amenti, a Deusa Escondida, e seu culto foi disfarçado. Muitos de seus títulos foram atribuídos à Virgem Maria, cuja popularidade crescia muito, e estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus receberam outro nome e foram colocadas em igrejas – muitas das quais construídas sobre as ruínas dos antigos templos.
Mesmo depois da queda de Philae, o culto à Ísis persistiu. Por volta do ano 756, na França, um clérigo cristão lamentou o fato de que ainda havia pessoas que subiam ao monte Anzino para adorar Ísis e outras divindades. Uma parte de Seus ritos pode ter persistido até o século X, em Harran, na Arábia, e também pode ter sido praticada no oeste da China, durante a dinastia T´ang. Um manuscrito medieval preserva o nome de Ísis, mencionando-o como “Ysis, Senhora das Ervas”, mostrando que as consumadas habilidades de cura de Ísis não haviam sido esquecidas após o início da Idade das Trevas.
Em tempos mais modernos, Ísis fez sentir Sua presença nas filosofias maçônicas e teosóficas, nos ritos cerimoniais de magia, como uma Deusa de algumas tradicionais celebrações de Wicca, e como resposta às orações de uma incontável quantidade de indivíduos que se voltaram para Ela.
Há tantos caminhos para Ísis quanto há pessoas a Ela devotadas. O caminho será diferente para cada um, já que Ísis tem interesse ativo e pessoal por todos os aspectos da existência de Seus seguidores. 



Ísis no Egito

Khemi, a Terra Negra. Tamera, a Terra do Sol. Esses eram os nomes dados pelos habitantes do Egito ao país. Em um deserto embalando uma estreita faixa de solo rico nasceu o Egito, um milagre do sagrado rio Nilo.

Dramática e poderosa, onde cada ano era anunciado pelo nascimento da resplandecente estrela Sothis, essa terra antiga foi abençoada pelo resoluto ritmo do fluxo das águas e pela abundância que se seguiu a seu despertar. Submetidos à benevolente tirania do rio, parece que foi fácil para os egípcios se submeterem aos deuses, também, e a um caminho religioso que permaneceu surpreendentemente imutável por quase três mil anos.
O povo egípcio, embora unido pelo Nilo, tinha diversas crenças religiosas. Diferentes deuses e deusas, embora às vezes reconhecidos como emanações de uma única fonte de poderes divinos eram adorados em lugares distintos. Os ritos geralmente seguiam os mesmos padrões, independente da divindade que presidia o templo ou santuário. Apenas algumas dessas entidades alcançaram reverência universal por todo o Egito. Tanto Ísis quanto seu marido Osíris foram adorados por todo o país.
Ao que parece, Ísis e Osíris foram venerados separadamente antes de se tornarem um casal no panteão egípcio. São poucos os traços de Ísis ou Osíris antes da quarta dinastia. Qualquer indicação remanescente de seus cultos antes dessa época é ambígua e controversa. Em tempos remotos, o símbolo do trono de Ísis era, aparentemente, supremo e único a Ela. Ísis era a possuidora do trono, ou o próprio trono, que determinava qual faraó seria digno de sentar junto a Ela.
As origens de Osíris são ainda mais obscuras. Alguns antigos escritores acreditavam que Ísis e Osíris foram seres humanos, um rei e uma rainha do Egito que, através de seus atos de bondade e da tragédia pessoal, foram deificados pelos seguidores. O relato dos benefícios que, acreditam-se, eles trouxeram a seu povo seria razão suficiente para torná-los deuses: agricultura, literatura, medicina, o fim do canibalismo, a fundação de uma religião, a arte de tecer, de embalsamar... 
A lista inclui todos os aspectos das conquistas do ser humano.
Embora a história de Ísis e Osíris seja muito conhecida pelos estudantes de egiptologia e mitologia atuais, os próprios egípcios não lhe deram muita ênfase. A única versão ainda existente e quase completa da história é aquela que foi compilada pelo escritor grego Plutarco e apresentada a uma sacerdotisa de Ísis e Osíris, Klea. Há, também, muitas variações em fragmentos de escritos egípcios.
Deixando de lado as profundas associações religiosas e mitológicas, a história básica de Ísis e Osíris revela um casal real benevolente que foi além da origem da civilização. Enquanto Osíris viaja pelo mundo levando a cultura egípcia às nações adjacentes, Ísis reina sozinha.
Contudo, o sucesso do casal, e o amor que nutrem um pelo outro, incita o ciúme em Seth, irmão deles, que consegue assassinar Osíris e planeja a forçar Ísis a lhe conferir direito ao trono (conferido àquele que Ela tomar por esposo). Ísis descobre que está grávida de Osíris e, com a ajuda de seu conselheiro Thoth, foge para as terras pantanosas para dar à luz e criar Seu filho sozinha. Usando o conhecimento que obteve nos anos em que governou, Ela instrui Hórus nas artes da política e da guerra, de modo que ele possa vingar a morte do pai e reclamar seu direito ao trono.

Mesmo enfrentando muitos conflitos que se complicaram por causa da traição de Set e suas manobras astutas, Hórus triunfa repetidas vezes com Ísis lutando a seu lado e negociando em seu nome. Finalmente, a questão sobre a sucessão é resolvida a Seu favor, e Hórus torna-se faraó, devolvendo a harmonia e a ordem ao país. Agora, é a vez de Ísis viajar para além das fronteiras do Egito.

A histórico do culto à Ísis é longa e complexa: esta rápida visão geral fornecerá uma indicação de seu alcance até os últimos séculos.
Antiga e amada, Ísis nutriu sua terra natal – o Egito – como Deusa do Trono, do Amor e da Magia, A Grande Feiticeira que Cura. Sempre presente, Seu culto sob o nome de Ísis é documentado nos textos da Pirâmide da Quarta Dinastia (por volta de 2600 a.C.) e provavelmente remonta a um tempo anterior às dinastias. Venerada sozinha, com Seu marido Osíris ou com outros supostos consortes, os ritos de Ísis foram mantidos por todo o Egito, desde pequenos santuários em casas de fazenda até os templos com sacerdotes e sacerdotisas.

Quanto os navegadores egípcios cruzaram o Mediterrâneo, e estrangeiros chegaram ao Egito, o custo à Deusa se expandiu pelo mundo ocidental. Por ser uma deusa de natureza complexa e complicada, muitos paradoxos – alguns os chamariam de mistérios – surgiram dentro de Sua fé. Por um lado, Seu clero era admirado pela sabedoria e pureza; por outro, alguns adoradores de Ísis a recebiam como uma deusa do amor erótico e romântico.
Seus seguidores no passado foram imperadores e pessoas comuns, mulheres livres e escravas, mercadores e navegantes. No passado, como agora, todas as raças eram admitidas em Seus templos e na hierarquia de sacerdotes e sacerdotisas. Jamais recusando qualquer pessoa, Ísis foi reverenciada desde as eras clássicas como a deusa que está acima do destino, aquela que pode reescrever o que está previsto pelos astros.

Artistas e artesãos A invocavam como a musa definitiva, e os antigos cientistas sentiram Sua presença entre os alambiques e cadinhos. Textos de alquimia foram escritos em Seu nome.
Junto com Serápis, um aspecto dinâmico de Seu marido morto e ressuscitado – Osíris -, Ísis presidia sobre a magnífica Biblioteca de Alexandria e sua Escola de Medicina, que estabeleceu os padrões para a educação dos antigos médicos. Ao mesmo tempo, muitos de Seus seguidores foram curados de doenças apenas passando uma noite no templo, na esperança de receber um sonho de cura ou uma visão da Deusa.

Conforme as legiões romanas viajavam pelo mundo, também o fez o culto à Ísis. Ela foi venerada na antiga Londres e em muitos lugares na França e na Alemanha. Através do Oriente Médio e nas ilhas do Mar Egeu, é comum encontrar Seus templos, embora a maioria esteja, atualmente, reduzida a ruínas.
Quando os templos de outros deuses e deusas foram incendiados e destruídos durante o turbulento nascimento de uma outra fé, os sacerdotes e sacerdotisas pagãos de refugiaram nos santuários de Ísis, e permitiu-se que eles venerassem suas divindades caídas, dentro do santuário da Deusa, algumas vezes em conjunto com hereges cristãos que procuravam refúgio semelhante.
O templo de Ísis foi o último templo pagão a receber devotos na ilha sagrada de Philae, no alto Egito. Mas por volta do ano 595, séculos depois do banimento oficial da fé pagã pelo imperador romano Theodosio, em 392, esse último santuário foi fechado e seus sacerdotes destruídos ou dispersados.
Ísis, então, tornou-se Ísis Amenti, a Deusa Escondida, e seu culto foi disfarçado. Muitos de seus títulos foram atribuídos à Virgem Maria, cuja popularidade crescia muito, e estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus receberam outro nome e foram colocadas em igrejas – muitas das quais construídas sobre as ruínas dos antigos templos.
Mesmo depois da queda de Philae, o culto à Ísis persistiu. Por volta do ano 756, na França, um clérigo cristão lamentou o fato de que ainda havia pessoas que subiam ao monte Anzino para adorar Ísis e outras divindades. Uma parte de Seus ritos pode ter persistido até o século X, em Harran, na Arábia, e também pode ter sido praticada no oeste da China, durante a dinastia T´ang. Um manuscrito medieval preserva o nome de Ísis, mencionando-o como “Ysis, Senhora das Ervas”, mostrando que as consumadas habilidades de cura de Ísis não haviam sido esquecidas após o início da Idade das Trevas.
Em tempos mais modernos, Ísis fez sentir Sua presença nas filosofias maçônicas e teosóficas, nos ritos cerimoniais de magia, como uma Deusa de algumas tradicionais celebrações de Wicca, e como resposta às orações de uma incontável quantidade de indivíduos que se voltaram para Ela.

Há tantos caminhos para Ísis quanto há pessoas a Ela devotadas. O caminho será diferente para cada um, já que Ísis tem interesse ativo e pessoal por todos os aspectos da existência de Seus seguidores.