16 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "L"

Lama_Dalai Lama é um monge budista Tibetano. O atual Dalai Lama é Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama e é ao mesmo tempo líder temporal e espiritual do povo tibetano. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1989.
Nasceu em 6 de julho de 1935, numa família de camponeses da pequena vila de Taktser, na província de Amdo, situada no nordeste do Tibet.
Seu nome era Lhamo Dhondup até o momento em que, com dois anos de idade, foi reconhecido como sendo a reencarnação de seu predecessor, o 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso.
O Dalai Lama é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.


Leis de Magia_O funcionamento da magia depende da nossa capacidade de compreensão sobre o mecanismo de funcionamento dos poderes que estamos invocando. As Leis Herméticas definem bem estes poderes.
Essas leis são baseadas na física do Universo e a sua principal base se constitui a partir do movimento circular e infinito, que atua sobre as outras leis.
Veja a seguir, as definições de cada lei:
1- Lei da Causa e Efeito. Nada deste mundo acontece por acaso, tudo tem a sua causa e essa causa é o efeito de uma outra causa, e assim por diante. É uma cadeia circular e infinita de causas e conseqüências.
2- Lei da Correspondência. Assim como é em cima, é embaixo. Como é embaixo, assim é em cima. A característica de um corresponde, de certa forma, com a característica do outro, ou vice-versa.
3- Lei do Gênero. Tudo e todos têm o seu lado feminino e o seu lado masculino. É assim que o Universo é formado. O masculino possui o feminino e vice-versa. O termo chinês yin-yang considera essa idéia a base para o equilíbrio, tanto em sua característica criativa como objetiva. O nosso anima (poder feminino) e o animus (poder masculino) devem estar sempre em harmonia.
4- Lei do Mentalismo. Tudo e todos que existem de visível ou oculto funcionam porque fazem parte de um “todo”. Tudo faz parte da criação de uma mente onipresente, tudo faz parte de um poder total. Essa é a mente da Deusa, lembrando que a Deusa está no interior de cada pessoa.
5- Lei da Polaridade. Tudo tem o seu pólo oposto para o perfeito equilíbrio e funcionamento contínuo do ciclo do Universo. Somente os lados opostos uns aos outros conseguem se unir, transformando-se em uma parte do conjunto do Universo.
6- Lei do Ritmo. As coisas estão sempre em constante movimento e esta lei explica o ritmo desses movimentos. É através da seqüência circular e repetida de um mesmo movimento ou caminho que se compõe o resultado da transformação.
7- Lei da Vibração. Nada neste mundo está em repouso, tudo está em constante movimento. Tudo tem a sua infinita vibração, embora algumas coisas pareçam estar em repouso, na verdade estão dentro de um Universo que não para de vibrar.

Leprechaun_Leprechauns são originários da Irlanda e, como os irlandeses, são criaturas um tanto imprevisíveis. Uma hora estão alegres, cantando e assobiando: de repente, ficam arredios e irritados sem causa aparente. Como acontece com todos esses seres, é importante que você veja o leprechaun, antes que ele o veja , pois ele se torna então mais cooperativo e talvez possa levá-lo a um de seus potes de ouro escondido. Mas ele é muito astuto e traquina, capaz de desaparecer num piscar de olhos. O ouro é um prêmio raro. Gostam de fumar seus cachimbos com toda calma e dificilmente podem ser enganados. Adoram música e dança. Mas não vivem em comunidades porque são briguentos. Preferem o isolamento e o sossego de suas pequenas casas construídas nas raízes das grandes árvores irlandesas. Após o seu trabalho diário o leprechaun gosta de se divertir à noite. Ele é conhecido como Cluricaun. Ele invade as adegas de vinho de surpresa e "curte” sua bebedeira desenfreada no lombo dos carneiros ou cães pastores noite adentro.
Se algum dia você encontrar um leprechaun escondido na floresta, prenda-o com firmeza em sua mão e não desvie os olhos dele por um só instante. Se piscar, mesmo que por fração de segundo, ele desaparecerá de sua vista. Mas, se conseguir mantê-lo aprisionado pela força de seu olhar, o leprechaun lhe revelará, em troca da liberdade, onde se esconde o pote de ouro que fica no final do arco-íris. Conta-se como Jimmy, um menino que pensava conhecer tudo sobre elementais precisou ser muito esperto para dominar um leprechaun.

Lévi, Eliphas_nome de baptismo Alphonse Louis Constant, foi um escritor francês, e ocultista. O maior ocultista do Sec. XIX, como muitos o consideram, era filho de um modesto sapateiro. Possuía uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais velha que este. Desde sua infância demonstrava um grande caráter de seu talento para o desenho, seus pais introduziram-no para o ensinamento religioso.
Depois disso, aos dez anos de idade ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis em Lille, onde aprendeu o catecismo com o seu primeiro mestre, abade Hubault, que fazia seleções dos garotos mais inteligentes. Eliphas Levi foi encaminhado por Hubault ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios. A vida familiar para ele havia acabado neste momento,. No seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos da filologia, e quando completara seus dezoito anos já era apto para ler a bíblia em seu contexto original.
No ano de 1830, foi transferido para o seminário de Issy para estudar Filosofia. Dois anos depois, ingressou em Saint-Sulpice para estudar Teologia. Foi nesse tempo que esteve em Issy que escreveu seu primeiro drama bíblico, Nemrod. No seminário de Saint-Sulpice criou seus primeiros poemas religiosos, considerados de demasiada beleza.
Eliphas Levi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835, em Maio de 1836, teria sido ordenado sarcedote, se não tivesse confessado ao seu superior o amor por Adelle Allenbach, cuja primeira comunhão ele havia realizado. Suas convicções receberam um choque tão grande, que Levi sentiu-se jogado fora da carreira eclesiástica. Por resultado de uma publicação de uns escritos de sua Bíblia da liberdade foi posto preso durante oito meses, incluindo 300 francos de multa, acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contras as bases que sustentam a sociedade, de espalhar ódio e a insubordinação. Depois de tanto constrangimento, (Eliphas concluiu seus estudos) e de tantos parênteses na sua vida, enquanto esteve preso, teve contato com os estudos de Swedenborg. Segundo Eliphas mesmo afirmava, que, tais escritos não contêm toda a verdade, mais conduz os neófitos com segurança na senda.
Deixando a prisão, realizou pequenos trabalhos, principalmente pinturas de quadros, murais nas igrejas da região e colaborações jornalísticas. Mesmo com esses contratempos da sua vida (que os considerava materiais), não deixou jamais de enriquecer seus conhecimentos e aperfeiçoar sua erudição. Em Swedenborg, encontrou os grandes magos da Idade Media que o introduziram no Adeptado, entre eles foram Guillaume Postel, Raymond Lulle e Henry Corneille Agrippa.

Levitação_é a suspensão ou deslocamento de um corpo ou objeto no ar, sem o auxílio de forças mecânicas, violando assim a lei da gravidade.
No laboratório, a levitação pode ser cientificamente produzida com a utilização de forças eletrostáticas, eletromagnéticas ou ondas acústicas. Uma aplicação industrial da tecnologia de levitação magnética são os trens Maglev que flutuam a cerca de dez centímetros acima dos trilhos num “colchão magnético”, eliminando-se as rodas convencionais e o atrito com o chão, o que aumenta bastante a velocidade de deslocamento.
Ilusionistas profissionais deliciam suas platéias fazendo suas assistentes “flutuar no ar”, sem nenhum apoio visível, porém o que nos interessa neste artigo é a denominada “levitação metafísica”, um tipo de dom paranormal atribuído a santos ou místicos, bruxas, médiuns espíritas, faquires indianos e praticantes da Meditação Transcendental.
Na história do cristianismo há registros de mais de 200 santos que teriam levitado pelo menos uma vez à vista de testemunhas. Os casos mais famosos são os de S. José de Cupertino e Santa Teresa de Ávila, e o mais recente é o da Santa Marie-Françoise des Cinq Plaies, falecida em 1791.
Na segunda metade do século 19, após o surgimento dos primeiros fenômenos espíritas demonstrados pelas irmãs Fox em Hydesville, N.Y., E.U.A., cresce o interesse do público pelos fenômenos de levitação produzidos por médiuns, tais como Daniel Douglas Home, Eusapia Palladino, Stainton Moses, Mrs. Guppy e Willy Schneider.
Daniel Douglas Home é sem dúvida tido como o expoente maior da levitação, considerando a quantidade, complexidade e qualidade das suas levitações. Um dos seus melhores casos aconteceu em 16 de dezembro de 1868 envolvendo respeitados membros da sociedade londrina: Lorde Adare, Lorde Lindsay e o capitão Charles Wynne viram D. D. Home elevar-se no ar, flutuar para fora, através de uma janela e entrar por outra, a 24 metros de altura, numa grande e elegante casa de Londres.
D. D. Home tornou-se conhecido inicialmente por levitar e por fazer certos objetos levitarem (em certa ocasião foi um grande piano). Não foi o único a possuir essa capacidade de supostamente desafiar a lei da gravidade, mas certamente foi o mais hábil de todos os levitadores; tinha extraordinária habilidade de manipular o público e sabia escolher com precisão as platéias e os momentos certos para exibir suas qualidades. E soube exatamente quando parar, antes que o público ficando mais crítico e atrevido começasse a avançar sobre os médiuns em plena atividade, revelando seus truques.
Nos tempos modernos o único caso sensacional de testes de levitação cientificamente controlados foi o de Nina Kulagina, uma paranormal russa dos anos 1960. Ela demonstrou suas habilidades a cientistas ocidentais que a observaram levitar pequenos objetos dos mais diversos tipos, tais como, copos, bolas de ping-pong e fósforos, porém nunca levitou a si própria. Contudo, é bom notar que todos esses feitos são comumente reproduzidos por ilusionistas no palco, e que mesmo os cientistas mais céticos e bem-intencionados podem ser enganados pelos truques de mágicos experientes, como James Randi provou em 1979 no seu Projeto Alfa.
Quanto às condições sob as quais Nina Kulagina operava, estavam longe do mínimo aceitável em termos de controles científicos básicos. Testes eram freqüentemente realizadas em sua casa ou em quartos de hotel e nunca nenhum controle rígido lhe foi aplicado devido ao fato de que uma demonstração sua poderia requerer várias horas de concentração prévia, e mesmo assim não havia nenhuma garantia de sucesso. Infelizmente, nenhum especialista em prestidigitação esteve presente às demonstrações de Kulagina.

Licantropia_ A crença de que alguém se transformava num animal, especialmente lobisomens. Na Europa durante a Idade Média, a licantropia era atribuída a bruxaria ou magia. Uma teoria moderna afirma que a comida dos pobres dessa época era contaminada por fungos que causavam alucinações.
O mito do Homem-Lobo se registra desde a Idade Média até nossos dias.
Na Idade Média se cometia grande quantidade de crimes sádicos e sexuais que sempre terminavam por ser atribuídos a seres sobrenaturais, devido à superstição e ao medo da gente.
Alguns trabalhos curiosos comparam esses delitos sobrenaturais antigos com os crimes sexuais seriais executados por criminais contemporâneos, identificando as violações e os assassinatos atribuídos aos temidos homens-lobo com as barbaridades e sevícias levados a cabo pelos assassinos de hoje.
Em psiquiatria, a licantropia aparece como uma enfermidade mental com tendência canibal, onde o doente se imagina estar transformado em lobo e, inclusive, imitando seus grunhidos. Em alguns casos graves esses pacientes se negam a comer outro alimento que não seja carne crua e bem sanguinolenta.
Isoladamente, tanto as tendências eminentemente sociológicas, quanto as psicológicas e orgânicas fracassaram. Hoje em dia fala-se no elemento bio-psico-social. Volta a tomar força os estudos de endocrinologia, que associam a agressividade do delinqüente à testosterona (hormônio masculino), os estudos de genética ao tentar identificar no genoma humano um possível "gene da criminalidade".
Esses transtornos, normalmente diagnosticados como severas psicoses, apresentam concomitantemente um alto grau de histerismo, cursando com idéias delirantes e mudança total da pessoalidade e, como outras psicoses, não sendo possível separar a realidade do imaginado.
Antigamente, sendo as psicoses de difícil tratamento, proliferavam psicóticos esquizofrênicos e outros doentes mentais, como os sádicos, necrófilos e psicopatas em geral, os quais ocorriam à licantropia como via de saída para seus delírios ou seus instintos mórbidos.

Lingam_Lingam de Siva possui três significados, a saber: Lingam como signo ou sinal; Lingam como falo, e Lingam como substância cósmica ou Pradhana (fundamento de tudo). o significado etimológico original da palavra "linga" é signo, uma marca que prova a existência de algo. Dentro da tradição das escrituras, o Lingam aparece no Svetashvatara Upanisah. A forma de pilar se assemelha a do Lingam, o falo ereto. Siva está presente no Lingam, o falo, e o falo é o Seu símbolo. No falo está contida a semente ou Bindu original. Assim como não se pode ver a semente enquanto está no falo, assim Siva está presente de forma invisível no Lingam. O Lingam é, portanto, a forma como Ele reside de modo invisível e pelo qual atua no mundo. Como Prakriti Ele é o corpo sutil de Siva ou Linga Sarira, que é a realidade Absoluta, o Purusha imperecível, e que ontologicamente é anterior a tudo que é perceptível. Desta substância imperceptível, procedem todas as coisas e a ela retornam.

Livro da Formação_Em hebreu, o Sefer Yetzirah, No séc. II d. E. C. surge, de autoria desconhecida, o Sefer Yetzirah ("Livro da Criação"), que trata da origem e leis do universo. Os vários planos da criação formam 10 esferas, as sephirot (plural do hebraico sephirah, "cifras"). O espírito torna-se palavra formando a primeira esfera e, por meio do sopro, a segunda esfera, que dele emana, cria, através da combinação de letras e números as demais esferas; a água é a terceira, que produz a terra, o barro, as trevas, os elementos rudes; o fogo é a quarta; as seis últimas são os quatro pontos cardeais e os dois pólos. Também diz o Sefer Yetzirah que existem 32 caminhos místicos constituídos pelas 22 letras do alfabeto hebraico e os 10 algarismos, que podem ser combinados por meio da interpretação do sentido oculto das palavras (do grego, notarikón), como também da atribuição de valores numéricos às mesmas (guematria) e da manipulação das palavras por meio de anagramas (temurah-"permuta’).

Loudun, Freiras de_No famoso caso da Freiras de Loudon, acontecido em 1633, Urbain Grandier aparece como o grande vilão. Afinal, ele era a autoridade superior daquela paróquia e andava envolvido em escândalos sexuais.
Quando as freiras do Convento de Loudun apresentaram sintomas de possessão, ou histeria, o padre foi acusado de magia negra: o povo acreditava que ele era o responsável pelos fenômenos e o inquérito apurou que Grandier estaria associado a dois demônios, Asmodeus e Zabulon, para produzir os ataques.
Sessenta testemunhas fizeram acusações de adultérios, sacrilégios e outros crimes cometidos mesmo em recintos sagrados, dentro da Igreja.
O processo de Urbain Grandier foi marcado por contradições. Várias religiosas retiraram as denúncias e revelaram terem sido "instruídas" por superiores.
O réu afirmou sua inocência, mesmo submetido a torturas, e manteve esta posição até o momento final, na fogueira.
Nos meses seguintes à morte de Grandier, vários de seus acusadores morreram vitimados por doenças misteriosas e as freiras continuaram a padecer de convulsões. No processo jurídico-eclesiástico contra Urbain Grandier, acusado de enfeitiçar as freiras de Loudun, consta que uma cópia do pacto, um documento escrito foi encontrado entre os papéis do réu, devassados depois de sua prisão.
O costume de formalizar tais pactos por escrito foi instituído a partir do século XII (anos 1.100); até então, a maioria dos "acertos" com o Diabo era feita oralmente, na base da confiança mútua na palavra. O trato mais comum garantia que riquezas e honras seriam providenciados pelo Demo que, em paga, receberia a alma do feiticeiro depois de sua morte.
O contrato estipulava um prazo para o desfrute das benesses; findo o prazo, o cobrador infalivelmente apareceria para cobrar o preço acertado.
O "contrato" de Grandier ainda existe. Foi redigido em latim, da esquerda para direita, assinado com sangue, por mais de um demônio, e se encontra na Bibliothèque Nationale, em Paris.

Lug_Deus do Sol celta (o seu nome significa cintilante), aparece por vezes como filho de Belenos (Beli) e de Danu. No entanto, outra versão conta que ele é filho de Cian (pertencente aos Tuatha de Danaan) e de Ethlinn, filha de Balor (rei dos Fomorianos, rivais dos Tuatha de Danaan e deus do mundo subterrâneo). Este cruel deus tinha encarcerado a filha numa torre de cristal (chamada Tór Mor, na ilha Tory) para evitar que ela tivesse um filho, pois lhe foi profetizado que seria morto pelo seu neto. Mas a druida Birog ajudou Cian (que se queria vingar de uma partida que Balor lhe pregara) a entrar na torre, nascendo por conseqüência o belo Lug. Este deus foi salvo das águas, para onde o avô o atirou à nascença, pela druida Birog, que o entregou aos cuidados de Manannan mac Lir. A ama que lhe foi dada chamava-se Tailtiu e foi adotado como filho por Manannan.
Uma variante conta que Ethlinn deu à luz três filhos, tendo um conseguido escapar do lençol onde foram envoltos pelo encarregado por Balor de afogar os bebês. Lug foi então levado por Birog a seu pai, que o mandou para casa do seu irmão, que era ferreiro e lhe ensinou o ofício. Posteriormente passou a estar sob a tutela de Duach (deus do sítio para onde iam os mortos), a quem o entregaram os Tuatha de Danaan.
A profecia cumpriu-se quando, na segunda batalha de Mag Tuireadh contra os Fomorianos, Lug esteve à frente das tropas dos Tuatha de Danaan. Balor matou o rei Nuada com o olhar mortífero que possuía, que foi imediatamente arremessado de volta por Lug ao avô, matando-o.
Podia também ser chamado de Lugos (sendo protetor na Gália da cidade de Lugodunum, hoje denominada Lyon) e Lamfahda (braço comprido, devido à sua habilidade em atirar a lança a longa distância), e era casado com Rosmerta. No entanto teve um filho com Dechtine, chamado Cu Chulainn.
As festas propiciatórias de Lughnasa (nome que em gaélico significa Agosto), foram inspiradas por este deus, como se pode verificar pelo nome.
Lug era o deus da vida por excelência, eternamente jovem e talentoso (dominava diversos campos, desde a História à magia). Uma história conta como se serviu dos seus inúmeros talentos para entrar numa festa da corte em Tara; como só podia entrar que possuísse um talento que não houvesse lá dentro, o deus socorreu-se do estratagema de dizer que tinha muitos dons numa só pessoa, pois na festa haviam apenas pessoas que tinham cada uma habilidade para uma só arte.
Os diversos títulos que lhe foram dados refletem a sua importância, entre os quais se encontram Maicnia (jovem guerreiro) e Samildanach (possuindo muitas habilidades).
Enquanto deus solar e guerreiro, o seu atributo é a lança mágica (representando o fogo), sendo esta lança um dos quatro tesouros dos Tuatha de Danaan. O lince e o corvo foram-lhe associados.

Lughnasadh_Este é o primeiro dos três Sabbaths da colheita. O Deus já dominou o mundo das trevas e agora passará por leves mudanças, seu poder está declinando com o passar dos dias. Por isso, o honramos e agradecemos pela energia dispensada sobre as colheitas. O dia é comumente associado a Lugh, Deus Celta do Sol. Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução. O outro nome do Sabá é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os membros do Coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida. O Altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época. (01 de Agosto) H. Norte / (01 de Fevereiro) H. Sul.

Lully, Raymond_Poeta, filósofo e teólogo espanhol nascido em Palma de Maiorca, então pertencente ao reino de Aragão, considerado o maior pensador hispânico da Idade Média e considerado o fundador do orientalismo do Ocidente. De origem aristocrática e de juventude dispersiva, mudou radicalmente de comportamento após ter uma visão mística (1265).
Depois de longa peregrinação, que o levou ao norte da África e a Jerusalém, regressou a Maiorca para se dedicar ao estudo da filosofia e da teologia cristãs e da língua e do pensamento árabes. Além de numerosos tratados científicos sobre medicina, geometria e astronomia, destacou-se, sobretudo pela produção literária de inspiração mística.
Após nova experiência mística (1272) no monte Randa de Maiorca, passou a escrever sua principal obra, Ars magna, coletânea de tratados, entre os quais Arbor scientiae ou A árvore da ciência, no qual postulou a existência de princípios científicos gerais nos quais se englobavam os saberes particulares.

Dedicando-se totalmente ao trabalho missionário de pregação de sua Ars Magna para converter infiéis pela via da razão, foi apedrejado em Bugia, Tunísia, e morreu em conseqüência dos ferimentos na viagem de regresso à cidade natal. Sua obra foi decisiva no desenvolvimento da literatura catalã e da mística cristã e influenciou fundamentalmente o racionalista alemão Leibniz, na elaboração de sua teoria metafísica.

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