Milhares de filipinos saíram às ruas nesta segunda-feira
(21) para ver o eclipse solar, que também pôde ser visto em outros países como
China, Japão, Rússia e, ao longo do dia de hoje, será avistável na costa oeste
dos Estados Unidos e do Canadá.
O eclipse, conhecido como anular, atinge seu ápice quando
forma um "anel de fogo" visível no céu, momento em que a Lua fica
entre a Terra e o Sol.
Os chineses foram os primeiros a presenciar o primeiro
eclipse solar de 2012, que teve início no domingo. A sombra da Lua sobre o Sol
pode ser de até 96% e, dependendo da região onde é visto, sua duração pode
variar. Em alguns locais, durou até cinco minutos.
No Japão, um eclipse como esse não era visto desde 1839. Por
conta do "intervalo", as emissoras de TVs transmitiram o evento ao
vivo e uma delas enviou uma equipe ao topo do monte Fuji.
Como olhar diretamente para o eclipse causa problemas
médicos, a população foi orientada previamente, inclusive o ministro da
Educação japonês, Hirofumi Hirano, foi à TV mostrar como usar óculos especiais.
Uma outra reportagem aguardou registrar, em um zoológico no
sul de Tóquio, a reação dos chimpanzés, mas os animais não tiveram nenhuma
mudança no comportamento, para decepção da equipe.
No Centro de Macacos do Japão, um grupo de 20 lêmures pulou
o café da manhã e escalou e pulou entre as árvores, um comportamento noturno
típico. Finalizado o eclipse, os animais voltaram às atividades diurnas
normais. "Eles devem ter reagido ao eclipse", comentou o diretor do
local, Akira Kato, à rede de TV NHK.
Índios navajos, que vivem na América do Norte, seguiram a
tradição de seus antepassados, permanecendo em casa. Segundo um deles, eles
evitarão comer, beber ou dormir enquanto durar o eclipse.
O eclipse anular do Sol ocorrido em 20 de maio não foi visto
apenas por observadores aqui na Terra. Do espaço, o telescópio solar HINODE
registrou imagens espetaculares, captadas de um ponto de vista único e se da
Terra o eclipse foi do tipo anular, visto do Hinode o eclipse foi do tipo
parcial.
Diferente dos telescópios solares que ficam estacionados em
locais de equilíbrio gravitacional, conhecidos como Pontos de Lagrange, Hinode
orbita a Terra a 630 km de altitude, em um tipo de órbita conhecida como
helio-síncrona. Isso permite que o satélite observe o Sol 24 horas por dias a
partir de uma perspectiva praticamente igual a dos observadores terrestres.
No entanto, o ângulo de observação do satélite com relação à
Lua é ligeiramente diferente daquele visto da Terra, o que aumenta
consideravelmente a paralaxe.
Em astronomia, paralaxe é a diferença na posição aparente de
um objeto visto por observadores em locais distintos. Se aqui da Terra a Lua
pareceu encaixada exatamente no centro Sol dando a ilusão de um eclipse anular,
do ponto de vista do Hinode essa precisão não aconteceu e o evento teve a
aparência de um eclipse parcial, com a Lua transitando parte o disco solar.
Devido ao tipo de órbita, o satélite Hinode registrou o
eclipse durante quatro orbitas seguidas e produziu a bela sequência de imagens
mostradas no vídeo.
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