15 maio, 2009

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "C"

Cabala_ A Cabala é um método simples e preciso que averigua e define a posição do ser humano no universo.
A sabedoria da Cabala nos diz por que o homem existe, por que nasce, por que vive, qual é o propósito de sua vida, de onde vem e para onde vai quando completa sua vida neste mundo.
A Cabala é um método para alcançar o mundo espiritual. Ensina-nos sobre ele, e ao estudá-lo vamos desenvolvendo um sentido adicional. Com a ajuda deste sentido podemos estabelecer contato com os mundos superiores.
A Cabala não é um estudo abstrato ou teórico, mas pelo contrário, muito prático. O homem aprende sobre si mesmo, quem é e como é. Aprende o que deve fazer agora para mudar, etapa por etapa, passo a passo. Enfoca seu estudo para seu próprio interior.
Toda a experimentação se realiza sobre si mesmo, em si mesmo. É por isso que a Cabala se denomina “A Sabedoria Oculta”. Através dela, a pessoa experimenta mudanças internas, que só esta sente ou sabe que estão acontecendo. É uma atividade, própria, específica e peculiar, ocorre no interior do ser humano.
A palavra “Cabala” se deriva do verbo em hebreu “lekabbel”, isto é, receber. A Cabala descreve os motivos das ações como “o desejo de receber”. Este desejo se refere à recepção de diversas classes de influências. Para isso, cada um está disposto, em geral, a investir um grande esforço. A questão é: Como alcançar o máximo de influências pagando o preço mínimo? Cada um tenta responder a esta pergunta a sua maneira.
Este desejo de receber se desenvolve e cresce de acordo a uma ordem determinada. No início, procura o prazer dos sentidos, depois vai atrás do dinheiro e a honra. Um desejo ainda mais poderoso retorna sedento de poder.
Talvez depois desenvolva a busca da espiritualidade, a qual representa a cúspide da pirâmide. Quem reconhece quão grande é esta meta, começa a buscar os meios para alcançá-la. Ao passar pelos períodos do desejo, a pessoa se familiariza com suas habilidades e limitações.
A Cabala se ocupa do que não podemos capturar nem controlar. Não sabemos como são criados os sentimentos. Maravilhamos-nos ante as experiências do doce, o amargo, o agradável, o áspero, etc. Não conseguimos construir instrumentos científicos para examinar nossos sentimentos, nem sequer no campo da Psicologia, da Psiquiatria e demais ciências humanas. Os fatores da conduta permanecem ocultos a nosso entendimento.
A Cabala é como a matemática dos sentimentos; toma todos nossos sentimentos e desejos, os divide e dá uma fórmula matemática exata para cada fenômeno, a cada nível, para cada tipo de compreensão e de sentimento. É um trabalho de sentimentos combinados com intelecto.
Para os principiantes, a cabala utiliza geometria, matrizes e diagramas. Os que avançam encontrarão uma ciência exata que examina os sentimentos. Ao estudar, sentirão cada sentimento, e ao mesmo tempo o compreenderão. Saberão que nome lhe dar, segundo seu poder, direção e caráter.
A sabedoria da Cabala é um método antigo e provado, mediante o qual o ser humano pode receber uma consciência superior, alcançando a espiritualidade. Este é seu objetivo real no mundo. Se alguém sente um desejo e um anelo de espiritualidade, poderá dar-lhe leito mediante a sabedoria da Cabala, outorgada pelo Criador.
A palavra “Cabala” descreve a meta do cabalista: alcançar tudo aquilo do que o ser humano seja capaz, como ser pensante, a mais elevada de todas as criaturas.
A Astrologia Cabalística emprega o arquétipo da ARVORE DA VIDA para dar luz sobre as tendências mais importantes da personalidade de um ser humano concreto e assim ajudar-lhe a se conhecer para potencializar as boas tendências e metamorfosear as más.
Em nosso caso trabalhamos com a Cabala hebréia cristianizada por considerar que o MISTÉRIO DO GOLGOTA produz uma nova situação no planeta e novas possibilidades para o gênero humano.
Para aqueles que sua ARVORE DA VIDA lhes mostra um THIFERET muito ativo a eleição de um caminho espiritual avaliado pela Tradição ou a eleição de um caminho iniciativo será da maior importância. Mas, muitos caminhos iniciativos - os genuínos- também costumam ter um fundamento na Cabala.

Cabiros_Os cabiros (kábeiroi, em grego), são deuses ctônicos, propiciadores da fertilidade e das riquezas. Costumam ser representados com martelos e tenazes, como auxiliares de Hefesto e deuses do fogo e da metalurgia e usando barretes pontudos.
Seu nome pode estar relacionado ao do deus indiano Kubera, ao grego kóbalos (espécie de pequenos dáimones), ao eslavo antigo kobi ("espírito protetor"), ao alemão Kobold, ao francês gobelin e ao inglês goblin, palavras aproximadamente equivalentes a "duende".
Seu santuário mais famoso se localizava na Samotrácia, embora seu culto se ramificasse por várias regiões, chegando até mesmo a Mênfis, segundo Heródoto. Embora a origem e a natureza dessas divindades menores sejam interpretadas de maneiras diversas pelos mitógrafos antigos, os Cabiros, segundo a tradição mais comum, eram quatro.
Passavam por filhos de Hefesto e Cabiro ou, segundo outras versões, Hefesto, unindo-se a Cabiro, foi pai de Casmilo, tendo este gerado os outros três: Axiero, Axioquersa e Axioquerso, identificados respectivamente com Hermes, Deméter, Perséfone e Hades. Seus locais de culto, além da Samotrácia, encontravam-se em Lemnos, Imbros e nas vizinhanças de Tebas.
Como divindades de mistérios, não podiam ser invocados impunemente, a não ser por iniciados. Integravam normalmente o cortejo de Hera, a protetora dos amores legítimos, já que o ápice de uma iniciação, télos ho gámos, é exatamente o casamento.
Após a época clássica, os Cabiros se tornaram, como os Dióscuros, Cástor e Pólux, os protetores da navegação, daí o conselho de Orfeu para que os argonautas se iniciassem nos mistérios da Samotrácia.

Cacto_grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regiões secas, entre os quais estão os cactos – plantas da Família das Cactáceas. Mesmo atravessando longos períodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos.

Suas formas são variadas, a maioria tem espinhos e alguns dão flores muito vistosas, atraindo insetos, pássaros e até morcegos!

Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com dois centímetros de altura, por exemplo) ou ter até dez metros de altura. Algumas espécies dão frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.

Cagliostro, Alessandro_uma das mais contraditórias e expressivas personalidade dos bastidores espiritualistas do "século das luzes". Nascido em 1748, sua curta e intensa existência encerrou a transição de um longo ciclo de obscurantismo e o alvorecer de novas e sublimes luzes espirituais. Suas curas eram extraordinárias. Oferecer de graça o que de graça recebera, era o seu lema, jamais aceitando qualquer tipo de pagamento pelos benefícios prestados, ao contrário, distribuindo os próprios bens aos necessitados que o cercavam. Críticos historiadores infensos ao novo espiritualismo nascente, o próprio processo inquisitorial que Roma cuidadosa e paciente preparou contra Cagliostro para poder matá-lo, atestam o seu grande poder metapsíquico.

"Ele e seus companheiros foram acusados de ter preparado com sortilégios essa revolução, a queda da Bastilha, a perseguição do clero, etc. Mas o certo, que ressalta da própria sentença do Papa, é que Cagliostro foi apenas clarividente como Gazzotte e a senhora Lille, que no mesmo período profetizaram os diversos acontecimentos que se iam dar".

Em 26 de agosto de 1795, a Revolução Francesa, prevista por ele, encontra-o agonizante, em coma, encarcerado no Castelo de Sant´Angelo, em Roma, pelo crime de ser médium.

Caldéia_A Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica. A região da Caldéia é uma vasta planície formada por depósitos do Eufrates e do Tigre, estendendo-se a cerca de 250 quilômetros ao longo do curso de ambos os rios, e cerca de 60 quilômetros em largura. Os Caldeus foram uma tribo que viveu no litoral do Golfo Pérsico e se tornou parte do Império da Babilônia.

Câmara Ardente (Chambre Ardente)_ Tribunal estabelecido pelo rei Luis XIV, para investigar casos de envenenamento ocorridos entre a nobreza francesa, no período de 1679 a 1682. Esses assassinatos estariam relacionados à bruxaria. A expressão “câmara ardente” foi também usada para designar vários outros tribunais que, posteriormente, julgaram casos de feitiçaria e bruxaria.

Campanella, Tomaso_Nascido em Stilo, na Calábria, em 05/09/1568 (faleceu maio 1639), Campanella foi batizado Giovano Domenico Campanella, e depois tomou o nome de Frei Tommaso Campanella, ao receber o hábito dominicano, aos 15 anos (1583), foi a Nápoles em 1589, sem permissão da sua congregação, publicar Philosophia Sensibus Demonstrata (Filosofia Demonstrada pelos Sentidos), em defesa de Telésio. Neste seu trabalho, Campanella reflete a preocupação de Telésio de uma aproximação empírica dos problemas filosóficos. Atitude semelhante Campanella terá mais tarde para com Galileu. A partir de então os escritos de Campanella salientam a necessidade da experiência humana como uma base para a filosofia. O sujeito sensciente (consciência pela via do sentir) sente primeiro a si mesmo e depois o calor, isto é, sente o calor através de si mesmo mudado pelo calor. O livro motivou sua prisão e julgamento por heresia. A audácia de suas idéias e expressões provoca suspeitas e acusações contra ele. Seus pensamentos haviam se afastado tanto da ortodoxia Dominicana que ele foi denunciado à inquisição. Primeiro processo em 1591 e em 1592. É preso sob suspeita de obter conhecimentos de fonte diabólica.

Cassandra_Filha de Príamo e de Hércuba. Recebeu de Apolo o dom de vaticinar o futuro tendo, porém, faltado a uma promessa ao deus, este, para vingar-se, fê-la passar por doida, de modo que, ninguém acreditava nas suas predições. Após a guerra de Tróia, Agamenon levou-a como escrava para a Grécia, onde Clitemnestra a mandou matar.

Castañeda, Carlos_Antropólogo e escritor norte-americano, Carlos César Araña Castañeda nasceu em 1925, em Cajamarca, no Peru. Embora o autor tenha afirmado que nasceu em São Paulo, no Brasil, no seio de uma família abastada de origem italiana, dez anos antes, registros de imigração publicados pela revista norte-americana Time contradizem as suas pretensões.
Não obstante, perduram duas versões quanto ao seu percurso de vida. Enquanto que algumas fontes indicam que em 1948 acompanhou a família na sua mudança para Lima, dando ingresso no Colegio Nacional de Nuestra Señora de Guadalupe e estudando depois Pintura e Escultura na Escola Nacional de Belas Artes, outras dizem ter sido criado pelos avós no interior do Brasil, levado para um colégio interno em Buenos Aires, entrando nos Estados Unidos da América aos quinze anos de idade.
De 1955 a 1959, estudou Parapsicologia na City College de Los Angeles, passando depois à Universidade da Califórnia como estudante de Antropologia e tomando a cidadania norte-americana.
No Verão de 1960 terá conhecido um tal Don Juan Matus, um velho índio pertencente à tribo yaqui, numa estação de camionagem em Nogales, no estado do Arizona. Começando a uma longa amizade, Castañeda veio a descobrir que Don Juan era um feiticeiro, um diablero , pelo que decidiu tornar-se seu discípulo. No curso da sua iniciação, foi-lhe apresentado Don Genaro Flores, um índio mazateca que teria participado no seu processo de aprendizagem. A aprendizagem dependeu particularmente da utilização de alucinógenos, tais como o cacto peyotl e cogumelos psilocibos , como meios para despertar a consciência e alargar a percepção. Temendo um esgotamento nervoso, Castañeda decidiu parar com as experiências em 1965.
Em 1968 publicou The Teachings of Don Juan: a Yaqui Way of Knowledge (Os Ensinamentos de Don Juan), um relato das suas vivências junto dos índios mexicanos. A obra foi apresentada como tese de licenciatura e aceite pela Universidade da Califórnia, que a publicou pela primeira vez, detendo sobre ela os direitos de autor.
Nesse mesmo ano, regressou ao México, dando início a uma segunda fase de aprendizagem que durou até 1971, e da qual resultaria A Separate Reality: Further Conversations With Don Juan (1971). Seguiu-se, em 1972, Journey To Ixtlan: The Lessons of Don Juan , que seria aceite pela sua universidade como tese de doutoramento.
Não obstante o fato de ter visto a sua obra reconhecida a nível acadêmico, têm sido levantadas dúvidas quanto à credibilidade científica de Castañeda, quer pelo fato de nunca ninguém ter visto Don Juan, quer pela ausência de expressões do idioma yaqui. Castañeda publicou onze livros, todos eles dedicados ao onirismo xamânico, que marcaram fortemente a direção do movimento New Age .

Catarina de Médicis_Rainha francesa de origem italiana. Nasce em Florença, filha de Lorenzo de Médici, duque de Urbino. Casa-se aos 14 anos com Henrique, filho do rei Francisco I da França. Mãe de dez filhos tenta influir no reinado do marido, que assume o trono como Henrique II entre 1547 e 1559.
No entanto, é preterida em favor da amante do rei, Diana de Poitiers. Após a morte de Henrique II e de seu filho mais velho, Francisco II, Catarina obriga Diana a devolver as jóias da coroa, com as quais fora presenteada, e a se retirar da corte.
Sobe ao trono Carlos XI, ainda menor de idade, em 1560, e Catarina torna-se regente da França. Esforça-se por conter os conflitos religiosos que dividem o país, procurando manter imparcialidade em relação aos protestantes (ou huguenotes), liderados por Gaspar de Coligny, e aos católicos, liderados pela casa de Guise.
Durante as guerras civis, contudo, que começam em 1562, fica contra os huguenotes. Os confrontos entre os dois grupos são abrandados em 1570 com a instituição da liberdade de culto, mas dois anos mais tarde, no dia 24 de agosto, Coligny é executado e as tropas dos Guise matam 300 mil huguenotes, no episódio conhecido como Noite de São Bartolomeu.
Durante o período em que permanece no poder, até 1574, amplia o palácio do Louvre, constrói o palácio das Tulherias e aumenta o acervo da biblioteca de Paris. Morre em Blois em 15.


Cátaros_O mesmo século XII que assistiu ao zelo religioso expressado nas cruzadas, foi também, paradoxalmente, uma época de crescente desilusão com a Igreja católica e com as maneiras terrenas do clero. Desde suas origens humildes como uma entre as muitas seitas do Império romano, a Igreja tornara-se uma instituição de riqueza e privilégio. Com freqüência, padres e bispos viviam no luxo, ao mesmo tempo em que se entregavam a práticas espúrias tais como perdoar pecados em troca de dinheiro. Em grande parte, foi como reação contra o fausto e o esplendor indecoroso da Igreja que o catarismo se enraizou, primeiramente no norte da Itália, e depois por todo o sul da França.
Com medo da repressão da Igreja, os primeiros cátaros mantiveram sua fé em segredo. Em pouco tempo, porém, a seita atraiu tantos seguidores, que pôde passar a agir abertamente sob a proteção de senhores feudais poderosos, capazes de desafiar o papa. No sul da França, o catarismo e outro movimento vagamente semelhante, conhecido como waldensianismo, tornaram-se, na prática, as religiões oficiais.
As teologias cátara e católica estavam em nítido conflito. Do ponto de vista católico, a salvação vinha através do sofrimento físico de Jesus, um ser espiritual que havia ingressado na carne de modo a redimir a humanidade morrendo na cruz. Segundo os cátaros, a redenção da humanidade não vinha da morte de Cristo, e sim do exemplo de vida que levou a terra. Os cátaros negavam também que o mundo físico imperfeito pudesse ter sido criado por um Deus perfeito; tal como os gnósticos e maniqueístas antes deles, os cátaros rejeitavam a visão bíblica da criação e, com efeito, todo o Antigo Testamento. Um cátaro alcançava a salvação mediante o conhecimento da verdadeira origem e destino da humanidade e através da renúncia ao mundo satânico da carne, de uma vida de abstinência e pobreza.
Ao contrário dos católicos, os cátaros acreditam na reencarnação; se uma pessoa fracassasse em uma vida, alegavam, teria a oportunidade de ter sucesso em outra. Rejeitavam o batismo, a cruz como símbolo, a confissão individual e todos os ornamentos religiosos. Os serviços eclesiásticos eram simples e podiam ser realizados em qualquer parte. Consistiam de uma leitura do evangelho, um sermão breve, uma bênção e a Oração do Senhor. A abordagem “de volta ao básico” da liturgia feita pelos cátaros antecipou a simplicidade de algumas das seitas protestantes de épocas posteriores.
O catarismo tinha duas classes, ou graus. Os leigos eram conhecidos como crentes. Não se exigia que seguissem as rígidas regras de abstinência reservadas para os perfecti, ou bonhommes (homens bons) eleitos, que formavam a hierarquia da igreja cátara. Qualquer pessoa que desejasse juntar-se aos perfecti, homem ou mulher, teria que enfrentar um período de prova nunca inferior a dois anos. Durante esse tempo, a pessoa renunciava a todos os bens terrenos, vivia comunalmente com outros perfecti e se abstinha de vinho e carne. Para evitar as tentações da carne, os iniciados não podiam ter qualquer contato com o sexo oposto e faziam um voto de jamais dormir nus. No final do período de prova, o noviço recebia o consolamentum, um rito que combinava características de batismo, confirmação e ordenação, conduzido em público diante de uma grande congregação. Nesse rito, o iniciando respondia a uma série de perguntas feitas por um veterano da igreja, e depois prometia viver uma vida de pobreza, abstinência e obediência a Deus e aos evangelhos.
A igreja católica fez o que pôde para combater a expansão da heresia cátara. Em primeiro lugar, tentou atrair os cátaros de volta ao rebanho despachando missões de catequese formadas por monges cistercianos, lideradas pelo chefe da ordem, o futuro São Bernardo de Clairvaux. Os monges fizeram poucas conversões, e a recalcitrância dos hereges desanimou Bernardo, cujos esforços para alcançá-los foram respondidos por vaias e apupos pelas ruas de Toulouse.
As regiões cátaras do sul da França estavam sob o controle político do conde Raymond VI de Toulouse, também seguidor da fé cátara. O diálogo entre as autoridades cátaras e as católicas interrompeu-se quando um escudeiro do conde assassinou um enviado especial do papa Inocêncio III a Toulouse. O assassinato deixou o papa tão enraivecido que ele, literalmente, não conseguiu falar durante dois dias. Então, ele declarou que os cátaros eram “piores que o próprio sarraceno” (termo cristão para os mulçumanos) e convocou uma cruzada para varrer a heresia de uma vez por todas. Seu apelo foi respondido com presteza por muitos cavaleiros franceses, levados a agir por diversas razões. Tratava-se da primeira cruzada dirigida contra o inimigo na Europa, de modo que não exigia nem o tempo, nem as despesas necessárias para uma cruzada na Terra Santa. Também, além da salvação prometida a todos os que se unissem à cruzada por quarenta dias pelo menos, os recrutas podiam contar com a posse dos despojos materiais do território conquistado.
A cruzada (Albigense) foi lançada em 1209, com vinte mil cavaleiros montados à frente de um enorme exército. Em sua primeira grande vitória, os cruzados tomaram a cidade de Beziers e massacraram quase todos os habitantes, entre eles muitos que se consideravam católicos leais.


Quando perguntaram ao legado papal como distinguir entre hereges e católicos, dizem que ele respondeu:

“Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus”.
Contudo, a fé cátara era forte e as legiões papais enfrentaram um a longa luta. Quase quarenta anos se passaram antes que os cruzados esmagassem a última resistência armada e células secretas de fiéis cátaros sobreviveram por mais meio século. Uma medida do peso do catarismo sobre seus seguidores pode ser vista na disposição destes para o martírio. Milhares de pessoas, diante da opção entre a morte e a conversão ao catolicismo, negaram-se a renunciar a sua fé. Morreram, às vezes de fome, acorrentados às paredes de calabouços, mas em geral queimados publicamente em grandes piras. Diante da perseguição e da tortura, alguns optaram pelo rito cátaro da Endura, uma forma santificada de suicídio pelo jejum.
Assim, por mais um quarto de século se estenderia esta guerra e em 1243 o arremedo de resistência da região havia cessado quase que completamente. Dentre os pontos que ainda resistiam, o mais importante foi Montségur.

Sitiada durante dez meses e resistindo bravamente, capitulou em março de 1244.
Mesmo parecendo exterminado, o catarismo não morreu. Grupos isolados continuaram a exercê-lo influenciando vários outros grupos que depois chegaram ao Languedoc: valdenses, hussitas, adamitas, anabatistas e os camitas, que depois se refugiaram em Londres no início do século XVIII.
Os intelectuais modernos têm por hábito considerar os cátaros como sendo sábios, místicos ou "iniciados" detentores de segredos cósmicos. Isto fortalece o poder de uma lenda que diz respeito a um TESOURO CÁTARO.

Entretanto, esta lenda parece ter foros de realidade.
Naquela época corria a notícia de que os cátaros possuíam um fabuloso tesouro místico, muito mais importante do que a riqueza material. No cerco de Montségur, isto é fato, se tem a notícia de que dois fugitivos, dois perfecti, desceram o monte na calada da noite, arriscando as suas vidas para salvarem um precioso tesouro. Foram bem sucedidos!
Presumia-se que este fabuloso tesouro estava escondido em Montségur e depois de salvo nunca mais se ouviu comentários a seu respeito. O fato é que pelo menos vinte, dos que vigiavam Montségur e que pertenciam à milícia invasora, tornaram-se perfecti, devido à impressão neles provocada por algo que presenciaram num festival organizado pelos cátaros, numa trégua que lhes foi concedida devido ao seu fornecimento de reféns , para que pudessem comemorar um certo dia 14 de março.

Celtas_Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a provocar medo nos inimigos.
Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa Brígida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. As cerimônias e os rituais ficavam sob responsabilidade dos druidas, o sacerdote dos celtas.

Os belgas foram à última tribo de celtas que chegou na região da Britânia. Os belgas estabeleceram-se na área onde hoje é a Inglaterra. Foram habitar nas florestas e nas clareiras da região, ao contrário dos outros povos celtas que preferiram morar nas regiões montanhosas.

O príncipe belga mais conhecido deste período foi Cimbelino. Com sua capacidade de conquistas, tornou-se senhor de quase toda região sudeste da Inglaterra. Fundou nesta área a cidade de Camulodunum, próxima a cidade inglesa atual de Colchester.


Ceromancia_ A ceromancia é a leitura da sorte por meio da interpretação da chama e da cera da vela. A palavra vem da junção de cero (cera) e mancia (forma de adivinhação).
A leitura pode feita de duas formas: queimar uma vela e lançar a cera sobre uma superfície lisa, seca e preferencialmente de madeira. Devem ser feitas perguntas diretas e objetivas. Depois que a cera esfriar na superfície, deve observar as figuras formadas. São elas que representam os problemas e as possíveis soluções para a pergunta feita.
Para utilizar essa técnica é preciso estar em um lugar calmo e silencioso.


Chacras_Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital. Antes de mais, é necessário saber que não somos apenas um corpo físico.
Tal como todos os sistemas do Universo, o Ser Humano é um ser energético e, mais do que isso, ele é um verdadeiro transformador de energia.
O ser humano é composto por vários corpos, desde o mais denso (Físico) ao mais subtil (Causal), por Centros Energéticos (Chacras), por Canais (Nadis), Meridianos, Órgãos, Glândulas, Músculos, Plexos de Nervos, etc.
Todo este composto energético é resultante da dinâmica entre a energia Yin (feminina, receptiva) e de energia Yang (masculina, ativa).


Os quatro Corpos:
Corpo Físico (formado pelo Corpo Físico Denso e pelo Corpo Físico Etéreo) e que todos sabemos o que é, porque o vemos;
Corpo Emocional (corpo subtil, de maior vibração energética, onde se alojam as emoções);
Corpo Mental (corpo ainda mais subtil e de maior vibração energética, onde se alojam os pensamentos, as idéias, etc.);
Corpo Causal (corpo mais subtil ainda e de maior vibração energética que faz a ligação às Energias de Planos Superiores e mais subtis).

Em Sânscrito, Chacra significa "roda". Os chacras são vórtices, centros energéticos, por onde entra e sai à energia vital.
Os chacras estão alojados no nosso Corpo Físico Etérico que é um corpo energético com uma vibração mais elevada e subtil que a do Corpo Físico Denso e que envolve este completamente; ambos estão ligados por correntes de energia, tal como os outros corpos; o Corpo Físico Etéreo absorve do ambiente níveis subtis de energia e conduz esta energia para o Corpo Físico Denso, através das glândulas endócrinas; o sistema endócrino controla o equilíbrio hormonal do Corpo Físico Denso; desse equilíbrio depende o equilíbrio das nossas emoções; do equilíbrio das nossas emoções depende o equilíbrio da nossa atividade mental... e, por conseguinte, da nossa saúde.
Cada chacra está associado a uma parte de nós mesmos, a uma parte da nossa consciência, a um dos nossos corpos subtis, a uma cor, a uma nota musical, determinados órgãos, funções e sistemas físicos, glândulas, plexo de nervos, a um dos nossos sentidos,
a um dos elementos (Terra, Fogo, Água, Ar, Éter).
Quando um chacra, mesmo que dos menores, está em desequilíbrio, todo o sistema de chacras fica desequilibrado, pois eles estão todos inter-relacionados. Todos os chacras são igualmente importantes e necessários.
Um chacra é determinado pela intersecção de dois ou mais nadis (canais por onde circula a energia). Sabemos que existem mais de 72.000 nadis, portanto, é fácil ter uma idéia de quantos chacras existem no corpo humano. Alguns muito pequenos, e cada um com uma função muito específica correspondendo diretamente a certos órgãos, glândulas e tipos de emoções.
Os chacras estão todos interligados e ficam desequilibrados tanto por "excesso", como por "defeito", ou seja, por hiper atividade ou atividade reduzida. A maior parte das vezes os desequilíbrios são provocados por bloqueios que têm origem nas emoções; porém, é preciso compreender que o processo também é inverso. Este processo está intimamente relacionado com a nossa consciência, e é por isso muito importante realçar que não são os exercícios "exaustivos" para alinhar chacras que fazem aumentar o nosso nível de consciência, mas é exatamente o inverso: quanto maior é o nosso nível de consciência, mais harmoniosamente funcionam os nossos chacras .
Existem sete chacras principais, alojados ao longo da coluna vertebral,

três inferiores:(assim chamados porque localizados abaixo do coração)Chacra Raiz , Chacra do Hara e Chacra do Plexo Solar;

três superiores (porque localizados acima do coração): Chacra Laríngeo, Chacra Frontal e Chacra da Coroa;

e um ao centro, o Chacra Cardíaco que é o ponto de encontro dos dois tipos de energia: Espírito e Matéria.

Circe_Circe, figura legendária da mitologia grega, é retratada como filha de Hélio, deus-sol e da ninfa Pérsia. Por ter envenenado seu marido, o rei dos sármatas, que habitava o Cáucaso, foi obrigada a exilar-se na ilha de Eana, localizada no litoral oeste da Itália.
O nome da ilha “Eana" se traduz como "prantear" e dela emanava uma luz tênue e fúnebre. Esta luz identificava Circe, como a "Deusa da Morte". Era também associada aos vôos mortais dos falcões, pois assim como estes, ela circundava suas vítimas para depois enfeitiçá-las.
O grito do falcão é "circ-circ" e é considerado a canção mágica de Circe que controla tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma.
Antigos escritores gregos citavam-na como "Circe das Madeixas Trançadas", pois podia manipular as forças da criação e destruição através de nós e tranças em seus cabelos. Como o círculo, ela era também a tecelã dos destinos.
Circe era considerada a Deusa da Lua Nova, do amor físico, feitiçaria, encantamentos, sonhos precognitivos, maldições, vinganças, magia negra, bruxaria, caldeirões.
O arquétipo de Circe é, antes de tudo, a figura de uma mulher independente, consciente de seus desejos e sua feminilidade. Circe representa o amor, a paixão irracional e um poder incrível. Ela nos traz à luz da nossa força interior, que não só representa a sexualidade, mas também os tesouros do inconsciente.
A grande mensagem contida no mito Circe reside no fato de nos permitir ver e aceitar os desafios que nossa jornada nos propõe e de assumirmos a responsabilidade de nossas escolhas. Circe nos encoraja a fazermos bom uso de nosso poder interior, para ditarmos o caminho de nosso próprio destino.

Circe nos diz que:
Depois da dor, vem o saber
Do saber, surge o crescimento
O crescimento nos leva a transformação
Da transformação emana o poder.

Círculo_Quem deseja realizar práticas meditativas, relaxamento, limpeza espiritual ou rituais variados deverá escolher um lugar especial que será seu Centro de Poder ou Círculo Sagrado.
Escolha-o com calma, e uma vez que o encontre saiba que deverá nutrir este espaço todos os dias, mantendo-o limpo, organizado e livre de qualquer forma de energia negativa, pois é neste lugar que se darão as tuas comunicações com o Universo. Quando o tenha definido, senta-te por um momento no chão, toca cada lugar com tuas mãos, caminha ou deita-te onde sente que seja o teu Círculo Sagrado. É importante que marques este lugar de alguma maneira como teu espaço. A seguir inunda este lugar com tua energia inspirando e expirando pela boca como se estivesse enviando um vento de luz brilhante ou chamas douradas que queimam todos os detritos presentes no ambiente, estas chamas movem-se em todas as direções. Em certo momento notarás que o lugar está limpo, pois ele adquire um aspecto brilhante, onde se pode perceber luzes que cintilam ao teu redor; então será a hora de realizar respirações mais pausadas e longas, para que desta forma possas expandir tua consciência e tua aura. Poderás notar que existe uma aquietação, ou um aumento de temperatura, mas certamente em poucos dias sentirás diferença entre fazer um exercício dentro de teu Círculo Sagrado ou realizar a mesma prática sem nenhum tipo de cuidado ou sem delimitar um lugar adequado.
Uma das funções do Círculo De Poder é conter, fortalecer e intensificar as energias criadas e invocadas no ritual. Também serve para proteger de influências hostis ou distrações externas.
O perímetro onde se realiza o ritual deve ser adequado em tamanho e funcionalidade, pois depois que se cria o círculo para realizar um exercício não se deve abandonar o lugar, pois tal procedimento poderá desfazer a função protetora de um espaço sagrado e permitir que energias contrárias entrem para perturbar ou causar algum problema no decorrer do ritual.
O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o mundo dos Deuses. Dentro dele atuamos além de tempo, limite e espaço.

Clariaudiência_Clariaudiência segundo a Doutrina Espírita é a faculdade mediante a qual o médium ouve vozes, sons, palavras, ruídos, sem a utilização do sentido da audição física, que estão além da percepção normal de nossa audição física comum.

Clarividência_A clarividência é a capacidade de ver com clareza. É a visão da própria alma, que percebe a realidade num nível mais amplo e elevado. Seu surgimento é conseqüência natural do desenvolvimento espiritual humano na medida em que a pessoa devota-se ao crescimento interior e aproxima-se de estados de consciência sutis.

Concentração_A concentração é o uso da mente focada em um determinado objeto; é a capacidade de abstrair-se num ponto, focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar. Por isso é uma tarefa difícil que exige muito controle mental. Ao tentar a concentração vai notar que não conseguirá por muito tempo, pois divagará em outros pensamentos que invadirão sua mente sem serem convidados. A mente não pára nunca de produzir pensamentos, por isso é tão difícil controlá-la. Aprender a se concentrar exige, em muitos casos, uma mudança de paradigmas.

Condores, Cidade dos_Em 1965 foi descoberta na região de Payatea , no versante oriental dos Andes , uma imensa cidade de 42 quilômetros quadrados (Do Bulletin mensuel de la Religion do Soleil Inca , Soleil Inca , 25 Passage des Princes , Paris .) É conhecida como a Cidade dos Condores por causa das numerosas esculturas dessas aves de rapina encontradas nos muros.
Também foram encontradas figuras que representam criaturas com grandes auréolas sextavadas e raios solares em volta da cabeça. A arquitetura da Cidade de Condores é de estilo muito diferente de todos os outros encontrados no Peru, e suas origens parecem se perder no tempo , ou pelo menos ter a mesma idade da Tiahuanaco antiga , que era antediluviana. Em certos meios circula a opinião de que essa misteriosa cidade , desconhecida do rei Pachacutec em 1450 e dos chachepoyas que moram naquela região da Amazônia peruana , foi possivelmente uma colônia muito progressiva da Atlântida.

Cone de poder_As bruxas e bruxos trabalham com energias. Esse cone de poder nada mais é do que você trabalhar a energia de forma a direcioná-la para seu objetivo. Você foca a sua intenção dentro do ritual.

Conjuro_Imprecação mágica na qual se evocam os Deuses ou as energias do outro mundo.

Consciência_A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.
Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência. Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".

Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.

Corpus-Hermeticum_O conjunto de textos denominado Corpus Hermeticum escrito entre 100 e 300 d.C. no Egito, resulta de um complexo sincretismo religioso, de múltiplas influências. Ocorreu no período da Pax Romana (Paz Romana), que colocou o Egito em contato com o restante do Império. Escrito na primeira pessoa por Toth ou Hermes Trismegisto (três vezes sagrado), contando as coisas que lhe revelou seu contato com o nous, espécie de divindade absoluta. Durante os séculos seguintes, atribuiu-se erroneamente a esses textos uma exagerada antigüidade, situando-o na época das grandes pirâmides. Tal atributo lhe valeu uma leitura reverente e atenta que teve importante influência na ciência do Renascimento, quando quase tudo o que fora escrito na Antigüidade era lido como revelação fundamental.

Correspondências_O Bruxo usa a correspondência para controlar as forças sobrenaturais. A lógica atrás dessas associações é obvia. Mercúrio, o mais rápido planeta que órbita ao redor do Sol, corresponde a mercúrio, o mais móvel dos metais. Vênus, sob o nome grego de Afrodite, pode ter sido identificada com o cobre porque a ilha de Chipre, o maior produtor de cobre da Antiguidade, era lugar consagrado a essa deusa. Marte está associado ao cavalo, ao ferro, à guerra e à cor vermelha (sangue). É sabido também que a cor vermelha está associada, até hoje, à paixão, à rebelião, à sexualidade, etc.

Cósmica, Consciência_Consciência, conhecimento, de que, como ser vivo, cada pessoa se encontra ligada a todos os seres do Universo.

Coven_Coventículo ou Conciliábulo é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo, dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais nada, uma família. Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas. Quando esse número excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de qualquer membro é facilmente sentida. Um Coven mantém encontros periódicos para o treinamento, exercícios, troca de experiências, comemoração dos Sabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora. Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.
Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de estudo e "carisma mágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém sempre respeitando a individualidade de cada membro. Mais que tudo, um Coven é um organismo vivo, pulsante, que responde segundo seus membros. Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A união é uma simbiose mágica. O que um sente é notado por todos, o que um passa é sentido por todos.

Reza o ditado: "Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue" .

Cristalomancia_é o uso dos cristais ou pedras semipreciosas para supostamente prever o futuro; podendo ser por meio da uma bola de cristal ou de jogos com pequenas pedras.A bola de cristal é um instrumento das artes adivinhatórias, muito popular entre os videntes. A cristalomancia é também muito praticada pelas bruxas, mais com um propósito filosofico.

Cristianismo_Ao contrário do que se pensa, o
cristianismo não foi imediatamente adotado pelo povo europeu ao ser declarado religião oficial do Império Romano. Esta conversão dos Romanos ao catolicismo teve motivos políticos, e não teve grande penetração fora dos centros urbanos. A grande massa da população permaneceu fiel a seus deuses antigos. Os cultos antigos, então, receberam a denominação pejorativa de "pagãos" (pagani, plural de paganu, "morador do campo"), por ter como foco de resistência à nova religião o povo dos campos, longe das cidades e das zonas de comércio e ensino.

Os
missionários cristãos, com o tempo, passaram a ter mais aceitação nas cidades, mas continuavam sendo repelidos no campo, nas montanhas e nas regiões distantes, verdadeiros enclaves da Antiga Religião. Houve ainda uma tentativa de reativar o paganismo e o culto aos Deuses antigos como religião oficial do Império Romano. Esta última esperança deveu-se ao Imperador Juliano (conhecido como "O Apóstata"), que reinou no século IV AC. Mas, como sabemos, essa tentativa não foi frutífera, derrubada pela própria conjuntura da época, onde já se pressentia o poder de manipulação, domínio e intriga do cristianismo, evidenciado nos séculos seguintes.

Um dos ardis utilizados pelos cristãos era o de apropriar-se de festividades pagãs como orações religiosas de sua própria religião. Assim, por exemplo, o festival do solstício de inverno, onde se comemorava o nascimento do Deus-Sol, transformou-se no Natal cristão. Também o festival de Samhain, comemorado em intenção dos mortos, recebeu o nome de Dia de Todos os Santos, logo seguido pelo dia de Finados. A despeito destas tentativas, as tradições pagãs continuaram mantendo sua força. A partir de um decreto do Papa Gregório, os cristãos também se apossaram dos locais sagrados da Antiga Religião e, derrubando os templos ali existentes, erigiram suas igrejas. Os Deuses de cada santuário foram transformados em santos e santas (um exemplo é Santa Brígida, da Irlanda, na verdade a Deusa Bhríd, protetora do fogo e dos partos).

Quando os cristãos deram-se conta da importância da Deusa-Mãe para as pessoas, aumentaram a proeminência da virgem maria no culto cristão. Mitos e práticas pagãs foram, sistematicamente, absorvidas, distorcidas e transformadas em ritos cristãos. Esculturas de temas pagãos foram incluídos em igrejas e capelas.

O maior exemplo de sincretismo entre costumes pagãos e cristãos é o cristianismo irlandês, que ainda hoje conserva hábitos célticos mesclados a liturgias cristãs. Os padres tinham a seu favor o tempo, o poder e a força. Os pagãos tinham que lutar sozinhos contra a profanação de seus templos, crenças e costumes. Desta maneira, o povo simples dos campos foi acostumando-se à nova religião, e gradualmente, foi sendo convertido. Mas os sacerdotes restantes da Antiga Religião não se renderam à nova ordem. Juntamente com pessoas ainda fiéis às antigas crenças, mantiveram o culto ao Deus de Chifres e à Deusa Mãe.

As
crenças pagãs, enfatizando a adoração aos Deuses e a realização dos festivais de fertilidade, foram amalgamando-se à magia popular, criando a Bruxaria Européia. A magia popular consistia em um conjunto de feitiços feitos com o uso de ervas, bonecos e diversos outros meios. Estes feitiços tinham como objetivo a cura, a boa sorte, atrair amores, e fins menos nobres, como a morte de algum inimigo. São práticas desenvolvidas a partir do que restara da magia simpática pré-histórica, unidas ao conhecimento xamânico dos povos bárbaros.

Os teólogos cristãos passaram então a sustentar que a
Bruxaria não existia. Assim, pretendiam terminar com a credibilidade dos bruxos e anular sua influência. Foi um período de relativa paz para a Arte. Mas logo os cristãos perceberam que seus esforços para exterminar completamente o paganismo não haviam dado resultado. Fizeram então mais uma tentativa: transformaram o Deus de Chifres na personificação do Mal, do Antideus, do Inimigo.

A natureza dos Deuses pagãos é completamente diferente da do todo-poderoso "senhor de bondade" dos cristãos. Nossos Deuses são quase "humanos", pois têm características tanto "boas" quanto "más". A teologia cristã já pressupunha a existência de um antagonista a seu jeová (o "Satan" hebraico do Antigo Testamento e o "diabolos" do Novo): um Inimigo. Ele ainda não possuía forma definida e, quando era representado, o era em forma de serpente, como a que persuadiu Adão a comer a fruta da árvore da Sabedoria. Dando a seu satã a forma do Deus de Chifres (notadamente de deuses agropastoris como Pã e Sileno, dotados de cascos de bode e pequenos cornos), os cristãos conseguiram iniciar um clima de terror e medo em relação aos praticantes da Antiga Religião, o que os forçou a praticarem seus ritos em segredo.

Mas a era mais triste da Arte ainda estava por vir: a
Era das Fogueiras. A situação da igreja até o século XIII era caótica. Facções adversárias lutavam entre si, cada uma degladiando-se em favor de um dogma. Nos numerosos concílios realizados, ora uma das facções impunham sua visão, ora outra. Isso favorecia um desmoralizante "entra-e-sai" de dogmas, o que desacreditava a Igreja. Algumas destas facções também criticavam a corrupção e o jogo de poder dentro da classe sacerdotal, e levantavam dúvidas sobre o poder espiritual do papado. Foi então criado um instrumento de repressão: o Tribunal de Santa Inquisição consistia em um corpo investigatório ignorante, brutal e preconceituoso, dirigido pela ordem dos Dominicanos.

Sua função primordial era a de acabar com as facções que se opunham a Igreja (denominadas "heréticas"), através do extermínio sistemático de seus membros. Exemplos destas facções "heréticas" eram os cátaros, os gnósticos e os templários. Com o tempo, os cristãos perceberam outro uso para seu Tribunal. Ainda persistiam Cultos aos Deuses Antigos, e, graças a transformação do Deus de Chifres no Demônio dos Cristãos, eram acusados de delitos absurdos, como o canibalismo, a destruição de lavouras (acusar de tal crime uma Religião dedicada à manutenção da fertilidade das colheitas é, no mínimo, ridículo) e muitos outros. Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII.

Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do "crime de feitiçaria". Em 1486 foi publicado o Malleus Malleficarum ("Martelo das Feiticeiras"), escrito pelos dominicanos Kramer e Sprenger. O livro, absurdo e misógino, era um manual de reconhecimento e caça aos bruxos, e, principalmente, às bruxas (o livro trazia afirmações surpreendentes, como: "quando uma mulher pensa sozinha, pensa em malefícios"). A partir daí, a Igreja abandonou completamente a postura de ignorar a Bruxaria: pelo contrário, não acreditar na sua existência era considerada a maior das heresias. Iniciou-se então um período de duzentos anos de terror, conhecido entre os bruxos como "Era das Fogueiras".

Mas os bruxos (e também os hereges e inocentes: doentes mentais, homossexuais, pessoas invejadas por poderosos, mulheres velhas e/ou solitárias) não pereciam só em fogueiras: eram também enforcados e esmagados sob pedras. Isso quando não pereciam nas torturas, as quais são tão cruéis e sádicas que não merecem nem ser mencionadas. A
Inquisição tornou-se uma válvula de escape para as neuroses da época: em época de forte repressão sexual, condenavam-se mulheres jovens, que eram despidas em frente a um grupo de "investigadores", tinham todo seu corpo revistado diversas vezes, a procura de uma suposta "marca do diabo" e, por fim, eram açoitadas, marcadas a ferro e violentadas. Terminavam condenadas e executadas como bruxas. Seu crime: serem mulheres jovens, belas e invejadas. Anciãs que moravam sozinhas, geralmente em companhia de alguns animais, como gatos (daí a lenda da ligação dos gatos com as bruxas), eram alvo de desconfiança e logo declaradas "feiticeiras", e assim, assassinadas. A maioria das vítimas dos tribunais de Inquisição não eram verdadeiros praticantes da Arte, mas muitos bruxos pereceram na mão dos cristãos. Aproximadamente nove milhões de crimes como este foram cometidos durante a Inquisição, ironicamente em nome de uma religião que se dizia "de amor". Nunca uma religião demonstrou tanta necessidade de exterminar seus antagonistas como o cristianismo.

A perseguição aos bruxos não se resumiu apenas aos países católicos: espalhou-se pela Europa protestante. Os protestantes não se guiavam pelo Malleus Malleficarum, mas davam razão à sua paranóia através do uso de uma citação do Antigo Testamento: "não deixarás que nenhum bruxo viva". Na
Era das Fogueiras, os praticantes da Antiga Religião adotaram o único comportamento que lhes possibilitaria a sobrevivência: "foram para o subterrâneo", ou seja, mantiveram o máximo de discrição e segredo possível. A sabedoria pagã só era passada por tradição oral, e somente entre membros da mesma família ou vizinhos da mesma aldeia. Como técnica de proteção, os próprios bruxos ajudaram a desacreditar sua imagem, sustentando que a Bruxaria não passava de lenda, ou disseminando idéias de bruxos como figuras cômicas e caricatas, dignas de pena e riso. Por volta do final do século XVII, a perseguição aos bruxos foi diminuindo gradativamente, estando virtualmente extinta no século XVIII. A Bruxaria parecia, finalmente, ter morrido. Mas os grupos de bruxos ("covens") resistiam, escondidos nas sombras. Algo que surgiu nos primórdios da humanidade não morreria assim tão facilmente.

Crowley, Aleister_ Crowley nasceu em 1875, filho de um pastor de uma seita fundamentalista protestante, que também era dono de uma fábrica de cerveja. Seu pai morreu cedo, deixando boas lembranças no menino, mas sua mãe, segundo ele, era uma "estúpida criatura", e as brigas da adolescência logo fizeram com que sua mãe o chamasse de "Besta", apelido que adotou posteriormente e que lhe trouxe boa parte da fama. Na escola se mostrou brilhante e obediente, até que foi culpado injustamente de um pequeno delito e foi posto de castigo, a pão e água, o que piorou sua já fraca saúde. Decidiu ser um homem santo, e cometer o maior pecado, como em uma lenda dos Plymouth Brothers (culto de seu pai) que afirmava que o maior santo cometeria o maior pecado. Na Universidade Crowley finalmente se encontrou. Com muito dinheiro e livre da repressão da família, exerceu todas as atividades pelas quais ficou conhecido: alpinismo, poesia, enxadrismo, sexo e magia, e, dizem, foi excepcional em cada uma delas. Crowley travou contato com a Golden Dawn, uma ordem maçônica de prática ritualística e iniciatória que esteve em seu auge no fim do século passado, quando Crowley a freqüentou. Subiu rapidamente pelos graus da ordem, mas foi barrado por um grupo de pessoas que chegaram a afirmar que a "ordem não era um reformatório". Crowley era desconsiderado pelos intelectuais e desprezado pela burguesia, fato que o pode ter levado a suas inúmeras viagens e expedições de alpinismo.
Crowley pode parecer extremamente arrogante e narcisista em seus escritos, mas isso não parece ser verdade, se examinamos sua vida a fundo. Ele sempre buscou o reconhecimento e aprovação das pessoas, e quando notou que isso não era possível, mantendo sua crítica atroz aos absurdos do puritanismo inglês, ele resolveu aparecer fazendo escândalos, reais ou falsificados, ao estilo do estereotipo "falem mal, mas falem". A Golden Dawn recusou iniciação a Crowley, mas seu chefe, McGreggor Mathers não.
Seus trabalhos mágicos e estudos místicos o levaram as mais diversas partes do mundo, experimentando com todas as formas de catarse e intoxicação, que considerava como bases da religião.
A crença de que existe um grupo de iniciados secretos que carregam o conhecimento humano e são os verdadeiros "chefes" da terra é compartilhada no sentido estritamente literal por muitas pessoas e seitas. Crowley aceitou essa idéia de uma forma ou de outra até o fim da vida, mas empregou diversas interpretações para estas entidades, algumas baseadas na psicologia.
Mas, desiludido com a Golden Dawn, passou alguns meses afastado da magia, e pouco a pouco se reaproximou, trabalhando sozinho. Então numa viagem ao Cairo em 1904, recém casado, sua esposa começou a falar algumas coisas estranhas das quais ela não poderia ter conhecimento. Ela o mandou invocar o deus Hórus.

Dessa invocação surgiu um texto pequeno, de três capítulos, intenso e esquisito, ditado por um dos "ministros" da forma de Hórus conhecida por "Hoor-Paar-Kraat", Harpócrates, Hórus, a criança. Aiwass era o nome dessa entidade, depois reconhecida como o Sagrado Anjo Guardião do próprio Crowley. Com isso três coisas estão subentendidas: Aiwass era um dos "mestres" que regiam o presente Éon, dedicado ao Deus Hórus, seu mentor; era também uma entidade não totalmente separada de Crowley, embora devesse ser tratado como tal alguns poderiam dizer que ele era o self junguiano de Crowley, outros, maldosamente, que era sua Sombra; Crowley demorou cerca de 5 anos para acatar o que o texto dizia. Uma das profecias previa a morte de seu filho, que acabou por morrer mesmo, de doença desconhecida.
Quando finalmente aceitou o Livro da Lei estava em contato com um corpo germânico de iniciados, que em outro livro dele ("The Book of Lies") encontraram um segredo de magia sexual que pensavam ter o monopólio no ocidente. Nem Crowley havia entendido o que tinha escrito, mas aceitou mesmo assim um alta posição hierárquica na Ordem. Era a Ordo Templi Orientis, que até hoje detém os direitos sobre os textos de Crowley posteriores a 1910.
A O.T.O. existe até hoje. Além da O.T.O. que tinha bases maçônicas, Crowley criou um corpo próprio, designado como A.:.A.:.., esse corpo, muito mais velado, deveria servir como que "escola de treinamento" para os "mestres" da humanidade.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "B"

Babilônia_ antigo reino da Mesopotâmia, conhecido originalmente como Sumer e depois como Sumer e Acad, entre os rios Tigre e Eufrates, ao sul da atual Bagdá, Iraque.
A civilização babilônica, que existiu do século XVIII ao VI a.c., era, como a suméria que a precedeu, de caráter urbano, embora baseada mais na agricultura do que na indústria. O país era constituído por 12 cidades, cercadas de povoados e aldeias. No alto da estrutura política estava o rei, monarca absoluto que exercia os poderes legislativos, judiciais e executivos. Abaixo dele havia um grupo de governadores e administradores selecionados. Os prefeitos e conselhos de anciãos da cidade eram encarregados da administração local.
Os babilônios modificaram e transformaram sua herança suméria para adequá-la a sua própria cultura e maneira de ser e influenciaram os países vizinhos, especialmente o reino da Assíria, que adotou praticamente por completo a cultura babilônica.
As escavações arqueológicas realizadas permitiram que fossem encontradas importantes obras de literatura. Uma das mais valiosas é a magnífica coleção de leis (século XVIII a.C.) denominada Código de Hamurabi, que, junto com outros documentos e cartas pertencentes a diferentes períodos, proporcionam um amplo quadro da estrutura social e da organização econômica do império da Babilônia.
Mais de 1200 anos se passaram desde o glorioso reinado de Hamurabi até a conquista da Babilônia pelos persas. Durante esse longo período, a estrutura social e a organização econômica, a arte e a arquitetura, a ciência e a literatura, o sistema judicial e as crenças religiosas babilônicas, sofreram considerável mudança. Baseados na cultura do Sumer, os feitos culturais da Babilônia deixaram uma profunda impressão no mundo antigo e particularmente nos hebreus e grego. A influência babilônica é evidente nas obras de poetas gregos como Homero e Hesíodo, na geometria do matemático grego Euclides, na astronomia, astrologia, heráldica e na Bíblia.
Uma das primeiras cidades construídas no mundo é mencionada em documentos escritos há mais de 5000 anos a.c.
Foi edificada numa parte do mundo onde nasceram as mais velhas civilizações, nas margens do rio Eufrates, no Iraque, no Vale da Mesopotâmia.
Cresceu em importância há 4.000 anos, quando um grande rei, Hamurabi, governou-a. Conquistou ele todas as cidades e tribos ao redor e dirigiu sabiamente o seu reino. Suas leis, escritas em caracteres cuneiformes, em blocos de barro, foram descobertas por arqueólogos. Outros desses blocos demonstraram que a Babilônia devia ter sido, então, uma cidade com muitas casas confortáveis e templos magnificentes.
Os sacerdotes desses templos administravam todas as finanças de toda a Babilônia.
Depois da morte de Hamurabi, a Babilônia foi conquistada sucessivamente por muitas tribos; seu segundo período de grandeza não foi atingido senão no ano de 600 a.C. Pouco antes disso, os assírios (que dominaram com crueldade grande parte da região) foram derrotados por uma tribo de caldeus, cujo chefe se tornou rei da Babilônia. seu filho, Nabucodonosor, conquistou gradualmente outras tribos e determinou, então, transformar Babilônia na mais bela cidade do seu tempo. Construiu enormes muralhas e torres para protegê-la contra os inimigos. Edificou templos e palácios que foram enfeitados com lindos mosaicos coloridos e transparentes.
De mais fama foram os jardins suspensos, que ele construiu para satisfazer sua esposa. As vegetações desse jardim cresciam em terraços construídas uns acima dos outros, sendo que podiam ser vistos de qualquer ponto da cidade.

Bacon, Roger_A grande cadeia de pensadores britânicos que se propuseram a encontrar na prática experimental a base do conhecimento tem seu primeiro elo em Roger Bacon, o Doctor Mirabilis (Admirável doutor).
Roger Bacon nasceu por volta de 1220, perto de Ilchester, Somerset, numa família de posses. Pôde estudar em Paris e mais tarde em Oxford, com Robert Grosseteste, um dos gênios da época. Mais tarde ingressou na ordem franciscana, com cujas autoridades teria constantes problemas ao longo da vida.
Embora Bacon aceitasse que o saber era produto da revelação, considerava que o homem devia utilizar, para a busca do conhecimento, as faculdades racionais que Deus lhe concedera. Contra a escolástica, defendia o papel prioritário da investigação científica, aceitando o método aristotélico indutivo-dedutivo e insistindo em que seu êxito dependia do conhecimento exato e extenso dos fatos. Como se dedicar à ciência era aproximar-se da alquimia e, de certo modo, da magia, teve vários de seus textos científicos proibidos de circular.
Em 1251, comentou, na Universidade de Paris, o tratado pseudo-aristotélico De plantis (Sobre as árvores), e escreveu brilhantes observações sobre a física e a metafísica de Aristóteles, enquanto se aprofundava nos autores árabes que introduziram na Europa os pensadores gregos. Escreveu uma gramática do grego e começou outra do hebraico. Provou ainda que vários textos da Bíblia estavam adulterados e muitos traduções de Aristóteles erradas.
Em 1257, o ministro geral dos franciscanos, são Boaventura, o colocou sob vigilância em Paris e proibiu a publicação de seus escritos. Bacon, porém, se fez amigo do núncio apostólico na Inglaterra (o futuro papa Clemente IV), que o apoiou. Escreveu então Opus majus (Obra maior), que, como Communia naturalium (A natureza do dia-a-dia), sumarizava os conhecimentos da época. Seguiram-se Opus minus (Obra menor) e Opus tertius (Obra terceira), a primeira com observações e experiências sobre a multiplicação das espécies, a segunda um tratado de alquimia. Com a morte de Clemente IV, suas obras foram novamente condenadas e Bacon encarcerado durante 14 anos, por determinação da ordem.
A audácia e a novidade da pesquisa científica valeram a Bacon o cognome de Doctor Mirabilis. Propôs a reforma do calendário, fez experiências de óptica e de propagação da força, anteviu as propriedades das lentes convexas, que poderiam se transformar em telescópio ou microscópio, as conseqüências práticas do uso da pólvora, os navios de propulsão mecânica e a possibilidade de vôo de engenhos mais pesados que o ar. Tratou ainda dos problemas de uma viagem de circunavegação.

Bamberg_De 1623 a 1632, o estado de Bamberg – mais tarde descrito como o “templo do terror” – foi governado pelo fanático príncipe-bispo Gottfried Von Dornheim. Conhecido como o “bispo feiticeiro”, ele estabeleceu uma organização de caça a feiticeiras extremamente eficientes, sob o comando do bispo assistente Friedrich Förner, assessorado por um conselho de advogados. Prisões especiais foram erguidas, ficando famosa a chamada Hexenhaus, ou a “Casa das feiticeiras”. No mínimo 600 pessoas foram queimadas nessa década, sob a acusação de feitiçaria.
Era considerado essencial que o acusado confessasse a prática de feitiçaria e, nesse sentido, nenhum esforço era poupado. Os meios empregados incluíam: tostar a vítima numa caldeira de ferro incandescente, beliscar-lhes a pele com pinças quentes, esmagar suas pernas, deslocar as clavículas e esmagar os dedos.
Era extremamente perigoso expressar qualquer dúvida quanto à culpa dos acusados ou à ação da corte e os métodos usados, para obter a confissão. As autoridades estavam determinadas a não deixar que o acusado, um vez preso, escapasse à sua sorte.
Isso foi provado pelo próprio vice-chanceler de Bamberg, Dr. Ham, que tinha mostrado sinais de liberalidade para com os acusados: ele próprio foi acusado de feitiçaria, admitiu sua culpa sob torturas e denunciou outro cinco burgos-mestres do estado. Isso não o salvou: em 1628, o Dr. Ham, sua esposa e sua filha foram queimados, sob a acusação de serem uma súcia de feiticeiros.
A caça às feiticeiras, em Bamberg, envolvia uma indústria inteira, que ia desde os juízes até os fornecedores de lenha para queimar os acusados. Todas as despesas eram pagas com o patrimônio do próprio acusado. Se alguém demorasse em confessar, os métodos de tortura atingiam requintes de perversidade: penas em chamas, com ácido sulfúrico, passadas pelas axilas ou pelos órgãos genitais, ou ainda banhos com água fervente, na qual o ácido era adicionado.
Muitas vezes a riqueza do acusado é que provocava a denúncia, prisão, tortura e execução do mesmo. Por isso, a traição entre amigos era coisa comum.
Tudo terminou quando refugiados foram relatar ao imperador os detalhes do simulacro da justiça em Bamberg: leis mais amenas foram baixadas, dando oportunidade de defesa ao acusado. Mas isso não era obra apenas da Contra-reforma: o luterano Benedict Carpzov admitiu ter determinado a execução de, pelo menos, 20 mil pessoas, na Saxônia. Com o gradual declínio da crença na existência do diabo, o medo às feiticeiras abrandou. E, com isso, não houve mais necessidade de mandar queimar, para salvar a alma do acusado.
Em 1630 morreu o bispo Förner e, dois anos depois, foi seguido por seu mestre, o príncipe-bispo Dornheim. Também, a invasão da Alemanha por Gustavo Adolfo, da Suécia, contribuiu para alterar a situação: o réu sueco era protestante. Foi necessária a presença de um herege em solo católico para que cessassem as atrocidades que estavam sendo cometidas em nome da religião. Só assim, colocou-se um ponto final em uma das mais negras páginas da intolerância e da ignorância humana.

Bardo Thödol_ O Bardo Thödol é uma obra que fala da concepção budista-tibetana sobre o post mortem. Foi escrito no século VII, compilado por mestres budistas. Seu conteúdo, porém, muito mais antigo, reúne crenças tibetanas sobre o que acontece depois da morte do corpo físico humano. Também chamado de O Livro dos Mortos Tibetano, a expressão "Bardo Thödol" é mais apropriadamente traduzida como "A Libertação Pelo Entendimento na Vida após a Morte". "Bardo" é uma palavra composta: BAR significa "Entre" ― DO, significa "Dois". O Bardo Thödol é um livro de instruções que objetiva fornecer as informações necessárias para que o espírito obtenha a Libertação alcançando o "estado de Buda", de Iluminado, habitando "Terras Búdicas", livre da reencarnação inevitável, porém ainda capaz de voltar a viver em um dos cinco mundos de seres animados, por vontade própria, se desejar auxiliar os encarnados em seu processo de evolução.

De certa forma, o Bardo Thödol é a ciência de que permite ao espírito transcender a lei do carma pelo entendimento do fenômeno da vida em sua TOTALIDADE CONTÍNUA.
Um entendimento que permite superar a forte cadeia que prende o SER humano a uma existência de sofrimento: a cadeia formada pelo binômio DESEJO-CULPA.

Belomancia_Sistema de adivinhação através de flechas lançadas no ar. Foi utilizado pelos caldeus, gregos e árabes.

Berosus_250 a. c., Berosus, astrólogo babilônico, impressionou o mundo clássico com os seus escritos, conseguindo fundar uma escola para astrólogos na ilha de Cos. Nos quatrocentos anos que se seguiram, os gregos adaptaram a astrologia caldeia às suas próprias tradições, tornando-a cada vez mais formal e complicada. Divulgaram um sistema de diagnóstico pela astrologia, reservado até esse momento aos soberanos e desenharam um método para calcular o destino individual baseando-se no momento do nascimento.

Blake, Willian_foi o primeiro dos grandes poetas Românticos ingleses, como também pintor, impressor, e um dos maiores gravadores da história inglesa. Suas imagens incluem o poeta do século 17, John Milton, descendo dos céus na forma de um cometa e caindo sobre o teto do pintor. Blake freqüentemente é chamado de místico, mas isto não é realmente preciso. Ele escreveu deliberadamente no estilo dos profetas hebreus e escritores apocalípticos. Ele pressentiu que seus trabalhos eram como expressões de profecias, enquanto seguia nos passos de Milton. Na realidade, ele acreditou claramente que foi a incorporação viva do espírito de Milton. Aos 67 anos começou os desenhos para o "Inferno” da Divina Comédia de Dante, e foi tão dedicado que aprendeu o italiano para aprofundar melhor no universo de Dante; trabalhando nestes desenhos até os últimos dias de sua vida.

Blavatsky, Helena Petrova_Helena Patrovna Hahn Fadéef nasceu em Ekaterinoslav, Rússia; em 30 de julho de 1831. Era filha de Pedro Hahn da família Macklenburg e de Helena Fadéef, família nobre que lhe concedeu uma educação completa: pianista e conhecimento profundo em idiomas e literatura.
Em sua infância, alguns presságios atribuíam a Helena um aspecto misterioso e catastrófico. Em seu batizado, acidentalmente a túnica do sacerdote foi incendiada, ferindo e assustando alguns que estavam presentes na cerimônia. Anos mais tarde, Helena brigou com um colega e ameaçou enviar-lhe um diabo que lhe faria cócegas até a morte. O garoto aterrorizado correu, escorregou e caiu num rio morrendo afogado.
Após a morte de sua mãe, foi enviada para a companhia de seu avó, o governador de Saratov, que vivia num castelo que diziam ser encantado. Aos cinco anos era capaz de hipnotizar; e aos quinze utilizava-se da clarividência.
Esteve na França e Inglaterra em 1845 e em 1848. Contra sua vontade, casou-se aos 17 anos com o general Nicephore V. Blavatsky, 51 anos, governador de Etivan. Porém, seu matrimônio durou apenas três meses. Helena fugiu de casa e foi para Constantinopla, onde permaneceu o tempo necessário para legalizar o processo de separação.
No Egito conviveu com um mestre Copta que a iniciou em ciências ocultas. Através desse mestre, tomou conhecimento das Estâncias de Dzyan; um livro guardado num mosteiro tibetano que continha ensinamentos ocultos da sabedoria Oriental antiga. No ano de 1851 em Londres, recebeu a missão de um mestre hindu de fundar uma sociedade espiritualista transcendental.
A partir deste momento, deu início a sua peregrinação pelo mundo, passando por Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Índia, Ceilão e Nepal. Conheceu as colônias holandesas e Cingapura em 1853, sempre bancada por seu pai e a herança de uma tia. Sua volta ao mundo se estendeu até 1867, chegando a residir em Cáucaso e Ucrânia. Helena ainda permaneceu alguns meses no Tibet, onde recebeu a Iniciação. Seguiu para o Cairo, Palestina e Grécia, onde foi ferida na Batalha de Mentana. De volta a Londres, conhece Kout Houmi Lal Singh, um misterioso personagem com quem passou a se corresponder.
Helena recebeu As Estâncias de Dzyan de um grupo ocultista indiano. Porém, em uma viagem a Calcutá, passou a ser pressionada para devolvê-lo; caso contrário, sua vida seria abalada por diversas infelicidades. Helena adoeceu, mas ainda perambulou pela Europa. No decorrer dos anos, fatos estranhos a atormentaram: o navio que viajava explodiu em 1871 e ainda foi vítima de uma tentativa de assassinato. Assustada com essas ocorrências decide ceder as pressões e entregar o livro.
No ano de 1872 em Paris, Madame Blavatsky, como também era conhecida, tentou pela primeira vez fundar uma sociedade ocultista. Nessa longa peregrinação, Helena desenvolveu suas habilidades psíquicas através de treinamentos e experiências ritualísticas. No mesmo ano foi residir em Nova York, entrando em contato com o movimento espírita Irmão Eddy, com os Mórmons e estudou Vodu.
Depois de breves viagens pela Europa Oriental em 1873, retornou para Nova York. No ano seguinte, conheceu o norte americano Cel. Henry Steel Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica em 1875. Dois anos mais tarde, lançou Isis sem Véu, que contêm mais de 1.300 páginas e esgotou-se no primeiro dia de lançamento; deu continuidade aos primeiros conceitos sólidos da Sociedade. Helena também lançou a revista The Theosophist; e a sede da Sociedade foi transferida para Madras, Índia. Por todo este período, sofreu pressão de grupos indianos para que nada fosse revelado sobre As Estâncias de Dzyan.
No ano seguinte, viajou para a Europa, mas se estabeleceu na Índia. Em 1885, adoeceu e foi para a Alemanha, onde deu início ao trabalho de A Doutrina Secreta. Em maio de 1887, foi morar em Londres, e lançou a segunda revista Lúcifer (Lúcifer significa literalmente Portador da Luz). Publicou A Doutrina Secreta e fundou a Escola Esotérica em 1888. Em 1889 publicou A Chave para a Teosofia e A Voz do Silêncio. Finalmente em 1890, estabeleceu definitivamente a sede da Sociedade Teosófica em Londres; aonde veio a falecer em 8 de maio de 1891, sendo cremada no Working Crematorium.
Helena Blavatsky foi um dos principais ícones da ciência e ocultismo do século XIX. Seus Mestres a chamavam de Upasika. Na Rússia era conhecida pelo seu pseudônimo literário, Radha Bai, e considerada a reencarnação de Paracelso.
Blavatsky é a responsável pela introdução do conhecimento oriental do Ocidente, incluindo os conceitos de Karma e Reencarnação; além de expor ao mundo a idéia de que todas as religiões partem de uma única base primitiva.
Suas obras A Doutrina Secreta, Isis sem Véu, A Voz do Silêncio e O Simbolismo Arcaico das Religiões, teriam sido inspiradas através da leitura por clarividência de As Estâncias de Dzyan. O crítico inglês William Emmett Coleman, calculou que para escrever Isis sem Véu, Blavatsky precisaria ter estudado 1400 livros por ela desconhecidos.
Mas sua grande contribuição é, sem dúvida alguma, a Sociedade Teosófica. Após mais de cem de sua fundação, possui adeptos em toda parte do mundo e permanece estabelecida como uma das principais bases de conhecimento da atualidade.

Bosch, Hieronymus_Conhecido e admirado - Jheronimus (ou Jeroen) Anthonissen van Aken — o Hieronymus Bosch — nasceu por volta de 1450 na província holandesa do Brabante Setentrional, muito provavelmente na pequena cidade de 's-Hertogenbosch, da qual é quase certo que derivou seu sobrenome artístico.
Acredita-se que a família era originária de Aachen, na Alemanha, conforme sugere o sobrenome, e estabelecera-se na Holanda ainda no início do século XV. A hipótese muito mais viável é a de que Bosch tenha participado da Irmandade da Vida Comum, uma das muitas confrarias religiosas que proliferavam em 's-Hertogenbosch. Criada no século XIV por Gerhard Grote, discípulo do grande místico e eremita flamengo Jan van Ruysbroeck, e levada para a cidade de Bosch na primeira metade do século XV, esta Irmandade pregava um novo espírito de vida religiosa, combatia ao mesmo tempo as seitas heréticas e a corrupção do clero. A firme devoção de seus adeptos levava-os a renunciar aos apelos do mundo e a partilhar tudo que possuíam. As idéias da Vida Comum provavelmente exerceram forte influência sobre a religiosidade e a arte de Bosch, que as teria apreendido tanto nas reuniões a que provavelmente comparecia como nas obras de místicos flamengos contemporâneos que também as adotavam.

Bozzano, Ernesto_Nascido em Gênova, a 9 de janeiro de 1862, quarto filho de um total de cinco irmãos de uma família abastada.
Em 1948, escreveu Bozzano ao médico Dr. Humberto Torres, havendo nascido numa família espírita tive, à minha disposição, os numerosos livros que meu pai adquiriu e além disto, durante toda a minha vida, a ventura de presenciar vários dos interessantes fatos neles relatados.
Sua primeira abordagem no estudo do Espiritismo foi a da negação do fenômeno. O estudo pormenorizado dos mesmos levou-o a tornar-se mais tarde um de seus mais importantes escritores. Era um pensador positivista.

Suas primeiras incursões nos estudos do fenômeno espírita, através dos trabalhos de Alexandre Aksakov em “Animismo e Espiritismo“ e “Os Fantasmas da Sala de Estar (Phantasms of the Living)“ de Gurnes Myers, converteram-no definitivamente em um pesquisador psíquico.
Bozzano começou a escrever artigos sobre mediunidade a partir de 1900.
Em 1920 ele conheceu Gastone De Boni que, após a morte de Bozzano, herdou todo o seu material científico.
Foi Presidente de Honra do 5° Congresso Espírita Internacional, realizado de 1 a 10 de setembro de 1934, em Barcelona, Espanha. Por sua atuação e obra recebeu uma belíssima medalha de ouro dos espíritas ingleses, que continha a seguinte frase “Ao grande Mestre da Alma, Ernesto Bozzano, que abriu novos horizontes radiosos à humanidade sofredora, de seus amigos e admiradores“.
Ernesto Bozzano produziu mais de sessenta obras em toda a sua vida, estas obras estão disponíveis em português, na chamada “Obras completas de Bozzano“, suas monografias foram colecionadas no livro “Seleções“ da mesma série, Ed. Livraria Allan Kardec Editora, 1949. Traduções de Francisco Klors Wernek.
As suas obras mais importantes são “Animismo ou Espiritismo“, “Metapsíquica Humana“, “Enigmas da Psicometria“, “Fenômenos Psíquicos“ entre outros. Foi ele também um dos primeiros a estudar os fenômenos Metapsíquicos produzidos por animais onde se destacam o caso dos cavalos de Elberfeld, onde um fazendeiro ensinou aos seus animais a fazerem operações matemáticas. Ainda hoje existem dúvidas quanto a estes feitos, porém àquela época os fatos foram estudados e considerados reais.
Ernesto Bozzano morreu em 24 de junho de 1943, em Savona, Itália. Ele nunca negligenciou nas suas pesquisas, tendo participado de inúmeras sessões com Eusapia Palladino, um dos maiores médiuns de efeitos físicos que se tem notícias até os dias de hoje.

Brighid_também conhecida por Brigit, Bríde, Briget, Briid é uma Deusa muito popular na Irlanda, cultuada em todos os territórios onde os celtas se instalaram.
A palavra "Brig", em irlandês arcaico, significa força, poder. Segundo alguns filósofos, tal correlação pode estar por detrás da existência da existência de guerreiros chamados Brigands ou "soldados de Brighid".
Os brigantes, uma confederação de tribos celtas que se instalou em pontos tão diversos quanto a Armórica (França), a Grã-Bretanha e o sul da Irlanda, derivam seu nome da Deusa Brigantia, aparentemente mais uma variação de Brighid. Na Gália, a Deusa Brigindo é outra faceta desta deidade, enquanto que Brigantia é o nome original das cidades de Bragança em Portugal e de La Coruña na Galícia (Espanha). Mas é na Irlanda que encontraremos os elementos dessa Deusa melhor preservados.
Brighid, que significa "luminosa” é uma Deusa tríplice do fogo da inspiração, da ferraria, da poesia, da cura e da adivinhação. Isto é, as funções que lhe atribuem são triplas, correspondentes às três classes da sociedade indo-européia:

- Deusa da inspiração e da poesia - Classe Sacerdotal.

- Protetora dos reis e dos guerreiros - Classe Guerreira

- Deusa das técnicas - Classe de artesãos, pastores e agricultores.

Brighid é filha de Dagda,o Bom Deus, pertencendo assim, aos Tuatha De Danann. Dagda é o líder e o Grande Pai conhecido como o Poderoso do Conhecimento. Um rei da sabedoria Dagda é a Boa Mão, um mestre da vida e da morte, e aquele que traz prosperidade e abundância. Gêmeo de Sucellos como o regente da luz durante a metade do ano. O poder e o conhecimento de Dagda é dado por um sopro, chamado "AWEN" através de um beijo no escolhido como sucessor para Chefe Trovador dos Druidas. O "AWEN" é o sopro de Deus (Dagda) que guia e instrui, tornando um trovador diferente dos outros.

Há lendas que alegam ser ela a esposa de Tuireann, com quem teve três filhos (Brian, Iuchar e Iucharba), que posteriormente matam Cían, o pai de Lugh.

Uma outra versão nos diz que Brighid tinha como marido Bres, o malfadado líder dos Tuatha De Danann. Dessa união nasce Rúadan, o qual morre em combate na Segunda Batalha de Moytura. Ao encontrá-lo sem vida, lamenta sua morte em uma tradição que viria a ser conhecida como “(keening) (irlandês-caoineach), e que ainda hoje é preservada nas áreas rurais da Irlanda. os” keenings' eram lamentos emitidos por mulheres face ao falecimento de um membro da família ou da comunidade. Se constituíam em choros pungentes, quase bestiais, descritos por observadores como o som de "um grande número de demônios infernais".

Como Deusa, Brighid, é uma entidade fortemente vinculada com a inspiração e a criatividade, tanto que na tradição Britânica dos Druidas foi assimilada como a "Deusa dos Bardos", por ser a "musa" que inspirava àqueles grandes sacerdotes similares aos Brahamanes da Índia. Atualmente se diz que Brighid é o veículo e guardiã do "Awen", o sopro de seu pai (Dagda), ou a "consciência da inspiração", um estado muito variado de magnitude e cujos mistérios mais profundos parecem indicar um estado elevadíssimo de consciência, parecido ao Shamadi ou transe Yóguico.
"AWEN" é a força mental que inspira à criatividade.
Brigit também foi uma Deusa muito vinculada à curas com ervas e lhe eram atribuídos mágicos conhecimentos das propriedades curativas das plantas. Como conhecedora desses mistérios é uma Divindade vinculada à Bruxaria, já que as bruxas sempre foram, na antiguidade, mulheres de avançada idade que possuíam um vasto conhecimento sobre as propriedades naturais e intrínsecas das plantas para todo o tipo de uso medicinal.

A Deusa era ainda uma grande guerreira que afugentava as tropas inimigas de qualquer exército quando era invocada, e também, infundia valor ao exército que apadrinhava. Brighid apareci freqüentemente de maneira imensa e feroz lançando gritos de raiva frente aos exércitos que pretendia afugentar. Desse mesmo modo, os Celtas antes das batalhas lançavam gritos selvagens e ininteligíveis com o único propósito de amedrontar à seus adversários.

Algumas vezes, Brighid é identificada com Danann (Deusa principal, Mãe dos Deuses da Tradição Celta) e é considerada como a Mãe de todas as coisas.
Lady Gregogy, em "Gods an Fighting Men", diz dela:

“Brigit...era uma poetisa, e os poetas a adoravam, pois seu domínio era muito grande e muito nobre. E, era assim mesmo, uma curadora, e realiza trabalhos de ferreiro, fui ela quem deu o primeiro assobio para chamar-se uns aos outros no meio da noite. E, um lado de seu rosto era feio, porém o outro muito belo. E, o significado de seu nome era Breo-saighit, flecha de fogo".
Brighid assumiu inúmeros aspectos e atributos através dos tempos. Suas cores sagradas são o vermelho, o laranja e o verde. Cada uma dessas cores representa um atributo de Brighid. O vermelho simboliza o fogo da forja, da lareira que aquece e alimenta. O laranja representa a luz solar, pois antes da ascensão patriarcal de Deuses como Bel e Lugh o patamar de Deuses solares, era a Brighid que o Sol era consagrado. O verde representa as fontes e ervas que curam, no papel de Brigit como Curandeira.

Bruno, Giordano_ Sempre contestador, não tarda a atrair contra si próprio opiniões contrárias e perseguições. Em 1576 abandona o hábito ao ser acusado de heresia por duvidar da Santíssima Trindade. Inicia, então, uma peregrinação que marcou sua vida. Defensor do humanismo, corrente filosófica do Renascimento defendia o infinito cósmico e uma nova visão do homem. Embora a filosofia da sua época estivesse baseada nos clássicos antigos, dentre os quais principalmente Aristóteles, Bruno teorizou veementemente contra eles. Sua forma e conteúdo são muito semelhantes às de Platão, escrevendo na forma de diálogos e com a mesma visão.
Nômade por natureza e modo de vida, Bruno baseou sua filosofia apoiado nas suas intuições e vivências fora do comum. Defendeu teorias filosóficas que misturavam um neo-platonismo místico e panteísmo. Acreditava que o Universo é infinito, que Deus é a alma universal do mundo e que todas as coisas materiais são manifestações deste principio infinito. Por tudo isso, Bruno é considerado um pioneiro da filosofia moderna. Ao contrário do que se pensa comumente, Giordano Bruno não foi queimado na fogueira por defender o heliocentrismo de Copérnico.
Um dos pontos chaves de sua teoria é a cosmologia, segundo a qual o universo seria infinito, povoado por milhares de sistemas solares, e interligado com outros planetas contendo vida inteligente. John Gribbin, em seu livro "Science: A History 1543-2001" explica que Bruno participava de um movimento chamado Hermetismo, que se baseava em escrituras que, de acordo com o que era dito, teriam se originado no Egito. Entre outras referências, esse movimento utilizava os ensinamentos do deus egípcio Thoth, cujo equivalente grego era Hermes, conhecido pelos seguidores como Hermes Trimegistus. Bruno teria abraçado a teoria de Copérnico porque ela se encaixava bem na idéia egípcia de um universo centrado no Sol. Deus seria a força criadora perfeita que forma o mundo e que seria imanente a ele. Bruno coaduna com os poderes humanos extraordinários, mas enfrentou abertamente a Igreja Católica e seus preceitos.

Bruxa_ É ser uma pessoa sensível, às vezes, muito mais do que se gostaria de ser. Não é ser paranormal, nem ter superpoderes, nem ser adivinho, ou sequer lidar com oráculos, como o tarô, as runas ou qualquer outro.
Ser bruxo é amar o feminino em harmonia com o masculino. É potencializar o melhor dessas duas polaridades e compreender que são interdependentes e complementares.
Às vezes é ser meio "bicho esquisito", sim. Não acredito que se interessem por Bruxaria, e, menos ainda que sejam bruxas, pessoas muito convencionais, muito adaptadas ao padrão social. Até porque, a Bruxaria é uma religião mais solta, menos dogmática, não hierarquizada, que responsabiliza a nós mesmos pela nossa vida, que nos ensina a buscar o contato direto com os Deuses, e não delegar poder a outros sacerdotes que não sejam nós mesmos, e a maioria das pessoas não querem isso.
Os verdadeiros bruxos e bruxas não precisam que nenhuma organização lhes outorgue o título, lhes reconheça como tal. Até por que isso é a maneira patriarcal, cartesiana de se organizar e de agir, que nada tem a ver com esse novo-velho modo de agir que tentamos resgatar, que é uma visão de mundo e uma atitude mais ligada à Deusa, ao feminino e ao masculino adulto, e não ao masculino infantil representado pelo patriarcado.
Os que ainda se prendem a tais bobagens não são os verdadeiros bruxos; podem até ser os que se encontra com mais facilidade, mas isso é bem diferente.

A Bruxaria está para ocultismo como o punk está para o rock. Faz parte dele, mas diferencia-se pela rebeldia, pelo "faça você mesmo", em oposição a métodos rígidos, ao virtuosismo, ao racionalismo, ao modo de pensar patriarcal que se baseia em conhecimento teórico em detrimento ao conhecimento emocional, visceral. Ou seja, saia da platéia e vá para o palco, ainda que você só saiba três acordes.

Ser bruxo é respeitar que muitos pensam de forma diferente disso, e nem assim devem ser inimigos, pois a tolerância religiosa e o respeito à diversidade são cruciais para todos nós, seres humanos. O nosso ponto de vista é o melhor apenas para nós; o do outro é, certamente o melhor para ele e tudo bem se continuar sendo, pois não podemos nem tencionamos fazer proselitismo. Apenas todos devem poder se expressar livremente e ser respeitados.
Hoje sei que ser bruxo não é para qualquer um, não. Já pensei que quem quisesse poderia se tornar um, descobri que não. Precisa de um dom, sim. Mas não quero dizer com isso que sejamos só melhores por termos esse dom, podemos ser piores, em muitos aspectos, pois sofrem mais as pessoas mais sensíveis. Preocupo-me com as pessoas que querem ser bruxas por achar que todos os seus problemas se resolverão, ou que isso lhes dará um motivo para empinar os narizes e se acharem melhores que outros... E preocupo-me também pelos que se deixam iniciar por outrem, apenas por acharem que isso é o correto, que suas iniciações precisam ser reconhecidas por tal organização. Eu, já tendo passado por ambas, não acredito em outra forma de iniciação mais poderosa do que a auto iniciação.
A experiência é muito mais forte se você estiver sozinho. O que precisamos ter é pelas pessoas que, na vida real, nos orientaram e transmitiram seus conhecimentos a nós; nossos professores sempre devem ser lembrados com carinho e muito respeito. Não importando se eles foram homens ou mulheres, dessa ou daquela nacionalidade, tradição ou nível de instrução. E mesmo que eles não sejam mais nossos amigos, pelos desvios de percursos naturais, jamais devemos negá-los. Ninguém aprende nada totalmente sozinho, precisamos sempre do outro para alguma coisa. Ainda assim, paradoxalmente, a nossa única preocupação deve ser criar sua própria tradição e ser o seu único seguidor.

Dicionário do Nosso Mundo Inexplicável_Letra "A"

Aurora Dourada _Fundada em 1888 com o objetivo de atualizar a linguagem da magia medieval, a célebre Ordem do Golden Dawn (Aurora Dourada) surgiu a partir da iniciativa de Dr. Wynn Wetcoot, McGregor Mathers, Dr. Willian Woodman e de outros membros da intelectualidade da época, entre eles o poeta irlandês W. B. Yeats, que recebeu o prêmio Nobel em 1923. Dilacerada por disputas de poder, a Ordem terminou já em 1917. Entretanto, vários magos iniciados pela Ordem - entre eles, Aleister Crowley e A. E. Waite, criador do Tarô Rider - herdaram seu legado e, poucos anos após sua desintegração, a Ordem ressurgiu no mundo inteiro, dando continuidade a essa tradição.
No Brasil, as práticas e conhecimentos mágicos da Ordem do Golden Dawn desembarcaram em 1975 através do Uruguai, instalando-se em Porto Alegre, onde fica sua sede brasileira desde então.
Para Ibis, grão-mestre da Ordem da Golden Dawn, o encontro com a magia modifica completamente a vida das pessoas, "é quase uma terapia".
"Elas se desvencilham de muitos medos. Dá um significado transcendente que deixa as pessoas tranqüilas e felizes. Essa felicidade faz parte da magia", diz.
"Magia nada mais é do que o encontro como a gente mesmo. Nossa alma fica mais tranqüila quando fazemos aquilo que temos vocação", diz Shan, 41 anos, também grã-mestre da Ordem.
Eles explicam que, em geral, o encontro com a magia e a busca pela iniciação surge quando as pessoas não se satisfazem com o que as religiões tradicionais oferecem. "A saudade de alguma coisa é o que conduz as pessoas para a busca. É como se as pessoas tivessem uma amnésia. Então elas têm um reencontro com algo do qual elas já fizeram parte. Esse reencontro é o que chamamos de iniciação". Para eles, todos os que buscam o conhecimento da tradição já tiveram suas vidas marcadas por ela em vidas passadas.


Abadie, Jeanette_Feiticeira francesa que viveu no povoado de Sibourre, na Gasconha francesa. Jeanette salvou-se da fogueira após renunciar a feitiçaria.


Abaris_Feiticeiro e alto sacerdote de Apolo, que o presenteou com um flecha de ouro com a qual Abaris podia viajar pelos ares como pássaro. Por isso, os gregos o chamavam de Aeróbata, Segundo uma lenda, Pitágoras foi seu aluno e roubou-lhe a seta de ouro. Abaris era capaz de controlar o tempo, predizer o futuro, afastar as doenças e viver sem comer nem beber. Ele vendeu para os troianos seu famoso talismã, o paládio (um atributo da deusa Palas Atena), que protegeria a cidade onde ele fosse colocado. Ocultistas modernos consideram Abaris um dos grandes iniciados da humanidade.


Abracadabra_Hoje a palavra é normalmente usada como encantamento por mágicos de palco, principalmente por ilusionistas. Antigamente, porém, acreditava-se no poder de tal palavra para a cura de febres e inflamações. A primeira menção conhecida à mesma foi feita no segundo século depois de cristo, durante o governo de Septimo Severus, num poema chamado De Medicina Praecepta (em um tratado médico escrito em versos), pelo médico Serenus Sammonicus, ao imperador de Roma Caracala, que prescreveu que o imperador usasse um amuleto com a palavra escrita num cone vertical para curar sua doença.
De acordo com Godfrey Higgins, tinha origem em "Abra" ou "Abar", o deus Celta, e "Cad", que significa Santo. Era usado como um talismã, com a palavra gravada sobre um Kameas (Amuleto quadrado), transformando-se em um amuleto. Segundo Helena Petrovna Blavatsky, Higgins estava quase certo, o termo era uma corruptela da palavra gnóstica "Abrasax" e essa, por sua vez, era uma corruptela de uma palavra antiga sagrada copta ou egípcia, uma fórmula mágica que significava “não me fira", sendo que seus hieróglifos se referiam à divindade como "Pai". Era comumente utilizado sobre o peito sob as vestimentas.
Etimologia: A origem da palavra "abracadabra" ainda não foi totalmente esclarecida, havendo diversas teorias sobre a mesma: "Eu crio ao falar"
Uma possível origem seria do Aramaico: אברא כדברא avra kedabra que significa "Eu irei criar ao falar"
Maldição e pestilência: Aqui há o ponto de vista de que a palavra deriva do Hebraico, ha-brachah, que significa bênção, e dabra, uma forma em Aramaico palavra em Hebraico dever, que significa pestilência.
Abraxas: É também dito que a palavra provém de Abraxas, uma palavra gnóstica para deus. Ela também é atribuída a Abracalan (ou Aracalan), que diziam ser tanto um deus sírio quando símbolo mágico judaico.
Outras teorias: Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavras hebraicas abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra (Deus) - cad (Santo). Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas as línguas.


Abred_Na religião celta, um dos círculos existenciais, onde todas as coisas têm a sua fonte, que eram os seguintes:

1 - GWINFID - A Morada de Deus, plano superior e inacessível;

2 - ABRED - O Círculo da Reencarnação, que é a Terra;

3 - ANUNF - A região das trevas, infernal.


Abstinência_Um Ritual requer cuidadosa preparação e é através da abstinência, de bebidas ou alguns alimentos que uma Bruxa busca purificação em seu corpo e alma para um melhor resultado no Ritual.


Acônito_veneno de ação potente e rápida. O uso interno somente deve ser feito com receita médica, em doses homeopáticas e com preparações farmacêutica com determinação do conteúdo de alcalóides. É muito venenosa não tocá-la quando efetuar a colheita, muito usada em ungüentos.

Propriedades medicinais: analgésico, anticongestiva, antiinflamatória, antipirético, antitussígeno, cardiotônica, descongestionante, diurética, sedativa, sudorífera.


Adivinhação_é a tentativa de predizer o futuro ou descobrir conhecimentos ocultos interpretando sinais. A lista de variedades usadas é extraordinária. Entre os ramos da adivinhação estão:
Amniomancia -- Observação do crânio de uma criança ao nascer.
Antropomancia -- Consulta dos intestinos e órgãos internos de crianças sacrificadas. Apantomancia -- Observação de objetos que aparecem repentinamente.
Armomancia -- Observação dos ombros e costas de um animal que foi sacrificado com esse propósito.
Aspidomancia -- Adivinhação colocando-se no interior de um círculo mágico e caindo-se num estado de transe provocado pela recitação de fórmulas mágicas.
Belomancia -- Adivinhação pela observação da trajetória de flechas.
Bibliomancia -- Consulta de uma passagem ou linha de um livro, escolhida ao acaso.
Botanomancia -- Adivinhação que queima os pequenos ramos de verbena ou outro vegetal, colocando-se no fogo, inscritas em papel, as perguntas que deverão ser respondidas.
Catoptromancia -- Adivinhação por meio de lentes ou de espelhos mágicos. Esta prática esteve em voga na Roma antiga, e é mencionado por Apuleo, o filósofo e novelista romano, bem como por Pausanias, o viajador grego, e por Santo Agostinho.
Causimomancia -- Adivinhação pelo fogo.
Dafomancia -- Observação da maneira pela qual um ramo de louro, jogado ao fogo, queimava.
Empiromancia -- Observação de objetos jogados ao fogo sacrifical
Gastromancia -- Adivinhação por meio de ventriloquismo.
Geloscopia -- Adivinhação pela interpretação do riso de uma pessoa.
Hepatoscopia -- Observação do fígado de um animal morto.
Hipomancia -- Observação do caminhar de um cavalo.
Ictiomancia -- Observação das entranhas de um peixe.
Lampadomancia --Adivinhação por meio da chama de uma lâmpada ou vela.
Libanomancia -- Observação das volutas da fumaça do incenso.
Mararitomancia -- Adivinhação por meio de pérolas.
Oeniática -- Observação do vôo dos pássaros.
Ovomancia --Adivinhação por meio de jogarem-se ovos ao fogo e observar-se de que forma rebentavam.
Quiromancia -- Observação das linhas da mão.
Xilomancia -- Observação da posição dos gravetos no chão.


Métodos de adivinhação são extremamente freqüentes nas sociedades tribais em todos os continentes. São constituintes importantes na cosmologia destes povos e, portanto seu estudo torna-se uma das maneiras mais eficientes de apreensão do universo cultural a que pertencem.
O adivinho lida diretamente com o espírito dos ancestrais, principalmente o dos grandes chefes fundadores dos grupos. Estes espíritos são venerados de diversas maneiras sendo a mais característica o exercício de uma atividade profissional, ou seja, um indivíduo consagrado a um espírito deverá exercer a atividade profissional que o espírito exercia. O adivinho é um dos maiores exemplos disso: exerce esta atividade em honra do espírito ancestral a que é consagrado e o exercício mesmo desta atividade é seu maior ato de veneração.


Aerólito_Os aerólitos ou pétreos possuem na sua composição uma elevada percentagem de minerais silicatados e uma reduzida percentagem da liga ferro-níquel.

Dentro destes termos:
Os acondritos são meteoritos pétreos de textura homogênea, ou seja, sem o desenvolvimento de côndrulos, apresentando grande semelhança com as rochas da superfície terrestre, em composição e textura.
Os condritos possuem côndrulos, que são pequenos agregados esféricos, com cerca de 1 mm de diâmetro, de minerais de alta temperatura, tais como a olivina e a piroxena.

Além dos condritos ordinários, também existem os condritos carbonosos.

Estes contêm compostos orgânicos de origem extraterrestre e água, os quais poderiam ter contribuído para o aparecimento da vida no nosso planeta.


Agrippa Von Nettesheim_Heinrich Cornelius Agrippa Von Nettesheim foi um mago, escritor de ocultismo, astrólogo e alquimista. Considerado também o primeiro feminista e o mais influente escritor esotérico na renascença. Esteve a serviço de Maximiliano I, e devotou seu tempo principalmente ao estudo das ciências ocultas. Foi citado por Mary Shelley em Frankenstein, e no conto O Mortal Imortal surge como uma das personagens.


Akasha_O Akasha é o princípio original, espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto elemento cósmico (quintessência), a quinta ponta do pentagrama.
É o substrato espiritual primordial, aquele que pode se diferenciar. Segundo a teosofia relaciona-se com uma força chamada Kundalini.
No paganismo, o Akasha, também chamado de Princípio Etérico, corresponde ao espírito, à força dos Deuses. É representado no Hermetismo, segundo Franz Bardon, pelo Ovo negro, sendo um dos cinco Tattwas constituintes do Universo.
É um lugar, o elemento éter. Também significa energia universal.
Designa o espaço sutil onde estão armazenados todos os conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios. É a memória da humanidade. Corresponde ao inconsciente coletivo de Carl Gustav Jung.
Segundo a crença de algumas religiões pagãs, como a Wicca, todo o universo foi criado a partir dos Cinco Elementos da Natureza: Ar, Fogo, Água, Terra e Akasha (espírito).
Todo os demais elementos foram originados do Akasha (o princípio original). Correlacionando os Akasha com o pentagrama, ele seria a 5º ponta do pentagrama (a ponta apontada para cima), aquela que representa o espírito divino, a chamada quintessência e representada pelo ovo (símbolo da origem) negro (símbolo do mistério).
Por isso ele é considerado o mais elevado dos cinco elementos, o mais poderoso e inimaginável; é a base de todas as coisas da criação. Assim, o Akasha é isento de espaço e de tempo. O não-criado: incompreensível e indefinível. Segundo Franz Bardon, é o que as religiões chamam de DEUS.
Ele é o que contém tudo o que foi criado e é ele que mantém TUDO em equilíbrio. É o espaço (onde se originam todos os pensamentos e idéias) e matéria (na qual se mantém tudo o que foi criado).


Akáshico – A Memória da nossa Alma_O registro akáshico é onde estão guardadas as memórias dos acontecimentos de todas as nossas vidas, sejam as do passado, as do presente ou das que ainda iremos viver no futuro, conforme as ações e as escolhas que fizermos na vida atual. No fundo, é onde estão registrados todos os passos da caminhada evolutiva do nosso verdadeiro Ser Espiritual.
No registro akáshico, ou akásha (sânscrito), está guardadas as nossas ações, desejos, esperanças, sonhos e, sobretudo emoções e sensações (gustativas, auditivas, tácteis, visuais ou olfativas), que podem ou ser acompanhadas de imagens. Daí a importância de dar valor a todos os detalhes que possam surgir numa regressão, mesmo quando são apenas pensamentos.
Conforme o tipo de energia que colocamos, seja a um nível mais profundo ou mais superficial, nos nossos gestos, pensamentos ou ações, ao longo de todas as nossas vidas, há um registro dessas memórias e uma densidade emocional que só é libertada quando tomamos consciência dela, a compreendemos e a equilibramos.
Como tudo no Universo, estes registros são mutáveis, pois são continuamente afetados por tudo o que fazemos, sentimos e aprendemos. Assim, quando acedemos a uma vida passada através de uma regressão e a compreendemos, bem como às emoções que finalmente aprendemos a resolver, podemos mudar os registros akáshicos (incluindo os do futuro).
E tudo poderá mudar. Ao compreendermos uma das nossas vidas podemos alterar as nossas emoções, pensamentos, atitudes e intenções sobre o presente e o passado, e a partir daí sobre o futuro também. Podemos mudar a nossa vibração, que afeta também a vibração de quem nos rodeia, que por sua vez afeta a vibração de quem as rodeia a elas…e assim entrar num ciclo positivo de mudança à escala global.
Como acender?
Podemos acender espontaneamente aos nossos registros akáshicos, durante os sonhos ou quando a nossa mente está relaxada e nos surge uma determinada imagem ou memória. O mesmo acontece com um som, odor, sensação local, ou uma pessoa ou situação que nos desperte uma sensação de dejá vu. É uma oportunidade que não deveríamos deixar escapar para resolver um determinado tipo de problema da nossa vida atual. Mas a forma mais terapêutica de aceder as estas memórias emocionais, e sobretudo limpar a densidade que elas nos provocam, é recorrer a uma Regressão.
O objetivo principal de uma Regressão é levar a pessoa aos momentos críticos ou traumáticos das suas vidas passadas, em que alguma emoção mal resolvida provocou um bloqueio emocional. Ao identificar esse “nó”, a pessoa irá colocar consciência nessa ferida e a partir daí aprender a libertar-se da dor. No fundo, é levar a pessoa a entender o motivo porque atraiu essa situação numa vida passada, para que possa resolvê-la no presente, e assim desatar esse nó kármico. Caso contrário, se esse nó não for resolvido, irá simplesmente arrastar-se ao longo de encarnações futuras… até ao momento em que a pessoa finalmente se espiritualize e se decida começar a limpar o seu karma.


Albigenses_Movimento herético, originário de Albi, no Sul de França. Adotam o catarismo. Entre 1229 e 1229, surge a guerra contra os albigenses que devasta o Languedoc e leva à destruição da cultura provençal. Por causa desta heresia tento se instituiu a ordem dos dominicanos, como a Inquisição, colocada desde Gregório IX na dependência diretas do papa.


All Hallow’s Eve (Halloween)_A comemoração do Halloween, difundida pelos EUA teve origem nas celebrações pagãs dos celtas. Eles eram um povo pagão, isto é, que viviam em harmonia com o pagus (campo, natureza).

Pagão vem do latim "paganus", que significa "do campo", em oposição ao "urbanus", da cidade.

A origem do Halloween remete às tradições desse povo que habitou a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
A história, logo, está bastante distante das abóboras ou da famosa frase Travessuras ou Gostosuras, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
Em sua origem, o Halloween não tinha relação com bruxas.
Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, que ia de 30 de outubro a 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa "fim do verão" na língua celta).
O fim do verão era o ano-novo dos celtas, uma data sagrada e, nesse período, o véu entre nosso mundo e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) fica mais tênue.
Por isso, o Samhain era comemorado por volta do dia 1.º de novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
Com a cristianização, essa celebração se dividiu em duas: o Dia de Finados e o Dia de Todos os Santos.
O primeiro, comemorado no dia 2, surgiu para homenagear os ancestrais, os mortos. O Dia de Todos os Santos surgiu das homenagens aos deuses do Samhain. As entidades pagãs viraram santos católicos. Foi o que aconteceu com a deusa Brighid, que virou Santa Brígida.
Entre o pôr-do-sol do dia 31 de Outubro e 1.º de novembro, ocorria à noite sagrada (hallow evening, em inglês) que deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening - Hallowe'en - Halloween.
A relação da data com as bruxas começou na Idade Média, na Inquisição, quando a Igreja condenava curandeiros e pagãos. Todos eram designados bruxos.
Essa distorção se perpetuou e o Halloween, levado aos Estados Unidos pelos irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no século 19, ficou conhecido como Dia das Bruxas.
Atualmente, além das práticas de pedir doces e de se fantasiar que se popularizaram inclusive no Brasil, podemos encontrar pessoas que celebram a moda celta, como os praticantes do druidismo (druida, o sacerdote dos celtas) ou da wicca, também aqui mesmo no Brasil.
Um ritual simples para a noite de 31/10 é o de acender uma vela numa janela de casa, em homenagem a seus ancestrais, para que eles te inspirem e protejam.
Muitos grupos se reúnem e meditam em volta de fogueiras para honrar seus mortos e seus deuses, com oferendas como frutas e flores, e terminam a festa compartilhando comida e bebida, música e dança. Uma boa bebida para essa época é o leite quente com mel, servido com pedaços de maçã e polvilhado com canela. Pode-se acrescentar o chocolate, que na época dos celtas não existia, mas que hoje é muito bem vindo!


Aloé_A Aloé Vera é considerada a rainha incontestável das plantas medicinais e uma das mais antigas. O seu efeito é quase tão vasto como o de uma pequena farmácia doméstica.

A Aloé Vera, nomenclatura botânica correta "Aloé Barbadensis Miller", pertence à família das liliáceas. A popularidade desta planta medicinal não conhece limites, pois já no século V a.c. era utilizada na região do Mediterrâneo. As alusões mais antigas encontram-se em lajes de barro do tempo dos Sumérios e no "livro egípcio dos medicamentos" do século XV a.c.. A Aloé Vera tem sido usada ao longo da História como o medicamento natural para diversos casos de doenças e para o rejuvenescimento, uma vez que a sua polpa tem propriedades que fazem retardar o processo de envelhecimento das células.
Durante muitos séculos, a sua popularidade n o terapêutico e cosmético foi relevante para o desenvolvimento de uma pesquisa séria e científica sobre esta planta.
Mahatma Ghandi escreveu um dia "O segredo da força que me dá energia durante o meu longo jejum está na minha crença inabalável em Deus, no meu estilo de vida modesto e na planta Aloé, cujo efeito benéfico eu conheci logo após a minha chegada a África no final do século XIX."

Origem:Aloé Vera é extremamente resistente ao calor e à seca, mas também é muito sensível ao frio. Por isso é que apenas cresce em zonas quentes e secas com solos ricos em minerais. A Aloé Vera, também conhecida pela planta do cacto, vem das férteis plantações do vale do Rio Grande, a sul do Texas, e da República Dominicana. Pode também ser encontrada selvagem e cultivada nas ilhas do Oceano Pacífico, na Madeira, em Cabo Verde, nas Canárias, na China, na Índia, na Ásia, nos países mediterrâneos, em África, na América do Sul, em Porto Rico e na Jamaica. E ainda nas Antilhas neerlandesas, nas zonas costeiras da Venezuela e nas regiões subtropicais dos EUA e do México.


Alquimia_A predecessora da química parece ter sua origem na cidade de Alexandria, no Egito, durante o primeiro século de nossa era. Nessa época, a arte prática da metalurgia, desenvolvida pelos egípcios, fundiu-se com as especulações filosóficas dos gregos e com o misticismo das religiões do Oriente Próximo. Hermes Trismegisto é a principal figura à qual se atribui a origem da alquimia. Embora nos seus primórdios uma série de operações químicas práticas, baseadas na teoria então aceita da natureza e da matéria, a mentalidade mística dominante na época logo associou conotações divinas a elas, tais como a busca do elixir da longa vida e o segredo da imortalidade.
A alquimia atingiu seu apogeu na Idade Média, na Europa, quando homens ilustres na Europa, acreditavam na transmutação dos metais ordinários em ouro. A história recorda que mais de um impostor foi levado à morte por falhar na produção da pedra filosofal. De acordo com Titus Burckhardt, a alquimia existe provavelmente desde os tempos pré-históricos, e com certeza desde a metade do primeiro milênio depois de cristo. Modernamente, os estudiosos da alquimia afirmam que as diferentes etapas do processo alquímico correspondem, na realidade, a etapas de um processo psicológico e espiritual, destinado a levar o praticante à conquista de estados superiores de consciência. Um moderno estudioso da alquimia, o psicólogo Carl Gustav Jung, investigou a matéria desse ponto de vista, chegando a conclusões extremamente importantes, que tiveram peso essencial na estruturação final da sua célebre psicologia arquetípica.


Alquímico, Simbolismo_A visão profunda de psicólogos ocidentais, como Jung, interpreta a vasta simbologia alquímica como um processo de confirmação da existência do inconsciente coletivo. O alquimista, na sua mística procura da matéria prima aristotélica, ou a base de todas as coisas, descobre elementos escondidos de sua própria alma, elementos esses que são, de forma geral, comuns a toda a humanidade.


Alveydre, Saint Yves D’_Ocultista moderno, autor de uma obra muito famosa, O Arqueômetro, Gênero: Ocultismo & Esoterismo.
Nas páginas deste livro, Saint-Yves D´Alveydre faz uma análise profunda do Arqueômetro, um instrumento pelo qual as relações das letras e das cores são determinadas cientificamente. O Arqueômetro, como instrumento, é um círculo dividido em zonas concêntricas e em triângulos móveis, uns relativamente aos outros, no qual as letras hebraicas, árabes, sânscritas, assim como uma misteriosa, vattan, juntamente com os signos zodiacais e planetários, cores e notas musicais, formam um número infinito de combinações. Por meio desse instrumento de correspondência, arquitetos podem elaborar formas a partir de um nome, de uma cor ou de uma idéia; ao poeta é possível estabelecer relações entre as letras e as cores, exprimindo o ideal perfeito da humanidade.

Como diria o próprio autor, o Arqueômetro é uma síntese concreta de todos os conhecimentos da humanidade. A obra trata, ainda, de Sinarquia, um programa de ação e renovação política da realidade social; destaca-se, também, a referência de Saint-Yves a Agharta, a cidade escondida, na qual, desde tempos imemoriais, os iniciados da Padesa detêm e perpetuam conhecimentos extraordinários. Este é um trabalho dedicado aos estudiosos das antigas tradições.


Amanita Muscaria_ Tem sido utilizado por muitos artistas e, tradicionalmente, figurado nas ilustrações de histórias e contos infantis de autores famosos, principalmente de origem européia. Nessas histórias o cogumelo é, via de regra, associado a figuras de fadas, gnomos e duendes dos bosques e florestas. Entretanto, embora de aparência inocente e aspecto apetitoso, quando ingerido pelo homem ou animais domésticos, o cogumelo é tóxico. Dependendo da quantidade ingerida é capaz de induzir alterações no sistema nervoso, levando a alteração da percepção da realidade, descoordenação motora, alucinações, crises de euforia ou depressão intensa. Espasmos musculares, movimentos compulsivos, transpiração, salivação, lacrimejamento, tontura e vômitos são também sintomas referidos na literatura.
Esse cogumelo, originário do Hemisfério Norte, é bastante conhecido na Europa e na América do Norte.

No Brasil, foi constatado pela primeira vez na região metropolitana em Curitiba - PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do Paraná, em 1982.

Nessa ocasião, a introdução desse cogumelo no Brasil foi atribuída a importação de sementes de Pinus de regiões onde ele é nativo. Os esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas. Posteriormente, o cogumelo foi também encontrado no Rio Grande do Sul e, mais recentemente (1984) em São Paulo na região de Itararé, em associação micorrízica com Pinus pseudostrobus.


Amaranto_ O amaranto, um dos vegetais mais importantes da América pré-colombiana, cujo consumo foi proibido pelos espanhóis por estar associado a práticas religiosas, começa a ser reabilitado por cientistas brasileiros com um nobre fim: pesquisas recentes mostram que, além de ser altamente nutritivo, o amaranto é um excelente redutor dos níveis de colesterol plasmático, que provoca o entupimento dos vasos sangüíneos. O seu nome vem do grego amaranto que significa “que não morre, que não murcha” e o amaranto representou um símbolo de imortalidade.

Em 1653 a Rainha Cristina da Suécia instituiu a Ordem dos Cavaleiros do Amaranto, obviamente tendo em conta as suas implicações místicas.


Amuletos_são os objeto consagrados através da magia que devem ser usados junto ao corpo (anéis, correntes, medalhas). Imantados com uma força mágica de proteção para o usuário. O significado e poder místico estão ligados com sua forma e a simbologia gravada no mesmo.

Por exemplo: medalha - chapa metálica, geralmente redonda, com símbolos gravados, que é pendurada em uma corrente ao redor do pescoço.

Normalmente as medalhas ou medalhões representam temas religiosos. Também são usadas para vincular o usuário ao santo ou símbolo retratado, como forma de proteção.


Antipatia_Conceito referindo-se às inúmeras formas de aversões e antagonismos que certas pessoas sentem por outras.


Antropofagia_ é o ato de consumir uma parte, várias partes ou a totalidade de um ser humano. O sentido etimológico original da palavra "antropófago" foi sendo substituído pelo uso comum, que designa o caso particular de canibalismo na espécie humana.
A diferença entre antropofagia e canibalismo é que o canibal come porque necessita, porque está com fome. Já na antropofagia o homem come porque acredita que os poderes da "pessoa alimento" vão passar para ele.


Antropomancia_um método muito antigo e já quase desaparecido, era outra técnica adivinhatória, embora muito mais cruel e repulsiva. O objectivo era guardar tudo o que fosse possível, desde que tivesse a sua proveniência em sacrifícios humanos. Pretendia-se acalmar os deuses e espíritos malignos, servindo também este método para fazer ‘desaparecer’ pessoas que não interessavam aos demais. A leitura do coração da vítima era obrigatório, pois era a partir dele que se descobria o futuro.


Apolônio de Tiana_o mais famoso Filósofo Greco-romano, grande Sábio, Profeta e Renovador dos Mistérios, viveu durante o primeiro século da nossa Era e dedicou toda a sua vida a promover o melhor e mais elevado na tradição religiosa de todos os povos, ao adotar uma atitude universal. Como um verdadeiro ecumênico não só aceitou a religião de todos os povos e grupos espirituais, como também os ajudou a se tornarem melhores dentro da sua própria tradição, parâmetros culturais e religiosos.


Aritmancia_ é um método para ler a sorte em números e nomes. Ao contrário de outros métodos de predizer o futuro, a aritmancia não é baseada na interpretação de imagens nebulosas ou na atribuição de um sentido a rabiscos ou formas acidentais, mas sim em regras muito claras e em cálculos matemáticos.
A aritmancia (dos termos gregos arythmo, que significa "número", e mancia, que significa "Profecia") tem sido usada por mágicos e magos há mais de dois mil anos para ajudar as pessoas a analisar e desenvolver suas forças e seus talentos, superar obstáculos e traçar seus caminhos futuros. Também conhecida como "numerologia", a aritmancia se baseia em duas idéias muito antigas.

A primeira é que o nome de uma pessoa contém indícios importantes de seu caráter e do seu destino.

A segunda, antecipada há mais de 2.500 anos pelo sábio grego Pitágoras, é que cada número entre 1 e 9 tem um significado especial, capaz de contribuir para a compreensão de todas as coisas.

Os que acreditam em aritmancia combinaram essas duas idéias e, ao longo dos séculos, desenvolveram muitos sistemas complexos para converter nomes em números e analisar os resultados.

Segundo um dos sistemas mais usados, há três números fundamentais que podem ser extraídos do nome de uma pessoa - o Número do Caráter, o Número do Coração e o Número Social. O resultado deve ser interpretado conforme uma tabela que contém significados preestabelecidos. Esse sistema era amplamente conhecido na Idade Média e ainda é utilizado hoje em dia. Requer apenas uma pena, pergaminho e a capacidade de somar e de soletrar as palavras.


Astral, Corpo_ O corpo astral é o corpo de transição entre os corpos da "personalidade" e os corpos "celestes".
É aqui que são armazenadas as memórias cármicas, as recordações e as impressões das vidas passadas.
Estas memórias vibram a partir do corpo astral e influenciam-nos constantemente. É aquilo a que chamamos "Energias do Carma".
É a porta entre os planos celestes e os planos terrestres.


Astral, Luz_A luz astral é um agente misto, um agente natural e divino, corporal e espiritual, um mediador plástico universal, um receptáculo comum das vibrações do movimento e das imagens da forma, um fluido e uma força que se pode denominar imaginação da natureza...

A luz astral magnetiza, aquece, atrai, repele, vivifica, destrói, coagula, separa, quebra, reúne todas as coisas sob a impulsão das vontades poderosas.


Astral, Mundo_ Visto de cima, o mundo astral de matéria mais fina parece um gigantesco planeta envolvendo estreitamente a Terra. Tão estreitamente que o globo terrestre, em relação ao tamanho do mundo astral, assemelha-se a um pequeno caroço envolvido por enorme fruta.
Pode ainda ser expresso de outra maneira. A Terra encontra-se tão estreitamente cingida pelo mundo astral de matéria mais fina, que não se percebe onde um termina e o outro começa. Todo aquele que deixa a Terra ou aquele que para ela se dirige, a fim de se encarnar, tem que atravessar esse mundo astral que envolve a Terra como um segundo planeta. Representa uma espécie de estação de passagem, e simultaneamente um lugar de estada, para todas as almas humanas encarnadas na Terra, que durante o sono se desligam de seus corpos terrenos.
Do ponto de vista paisagístico o mundo astral é semelhante a Terra. Existem montanhas, mares, rios, lagos, e também cidades e aldeias, bem como navios, automóveis, aviões, etc... Nem podia ser de outra maneira, pois a Terra de matéria grosseira é apenas uma cópia dos mundos de matéria mais fina que já existiam anteriormente.
As delimitações entre a Terra e esse mundo de matéria mais fina, que a envolve, não podem ser estabelecidas, uma vez que na realidade não há limites. Para melhor compreensão, citemos um exemplo: uma senhora já meio adormecida ouve vozes. Ao mesmo tempo, percebe que no mesmo quarto, perto de si, se encontram ainda mais outras pessoas.
Aquela senhora não sabe que ela verá essas pessoas tão logo esteja completamente adormecida e sua alma possa se desprender. Tampouco pressente que está ligada a essas pessoas por fios do destino.
Portanto, essa senhora ouviu vozes no mesmo quarto onde adormeceu. Isso é perfeitamente natural, pois no mesmo lugar onde se encontra a sua morada terrena, encontra-se também uma outra casa de espécie fino-material pertencente ao mundo de matéria mais fina que envolve a Terra. Como sabemos pela Mensagem do Graal, não há uma separação entre o Aquém e Além. O ser humano chama Além, tudo aquilo que não pode ver e que se encontra fora de sua capacidade visual.
Não deixa de ser extraordinariamente difícil descrever, mesmo de maneira aproximada, para que os leitores possam ter uma impressão correta, as condições desse ambiente mais fino da Terra e que está tão estreitamente ligado à humanidade.
Preliminarmente vamos observar a vida de um médico que escolheu esta profissão baseando-se exclusivamente em motivos intelectuais, não obstante, segundo o querer intuitivo de sua alma, desejasse ser fazendeiro, comerciante, ator, aviador, artesão ou ter qualquer outra profissão. Durante a noite, sua alma, ao desligar-se do corpo terreno, procurará no mundo de matéria fina, atividades que com toda a certeza estarão em absoluto contraste com a profissão de médico.
Já outras pessoas, por exemplo, que teriam preferido estudar medicina, mas que não tiveram condições materiais de o fazer, tratando-se de criaturas humanas boas, no seu querer, influenciado pelo espírito, encontrará realização no fino mundo astral. Terão a oportunidade de aprender a arte de curar e simultaneamente auxiliar outras almas humanas.
Não obstante tratar-se, no segundo exemplo, de pessoas relativamente boas, evidencia-se, por outro lado, que faltou a essas criaturas a indispensável energia para criar para si as possibilidades de estudo. Portanto, também aqui se demonstra a discrepância existente entre a vontade intuitiva do espírito e da alma, e a vontade do raciocínio que se encontra preso a Terra. É uma discordância que acarreta insegurança e descontentamento!
Especialmente trágicas manifestam-se as condições desarmoniozadoras na vida conjugal, pois a maioria dos casamentos são uniões que foram concluídas por considerações do raciocínio. A essas considerações do raciocínio pertence também a embriaguez dos sentidos, chamada "amor", na qual a atração física mútua representa um grande papel. Tais uniões matrimoniais são trágicas por não terem sido contraídas por amor puro, faltando-lhes conseqüentemente a ligação espiritual que une ambos os contraentes de um matrimônio. Suas almas são estranhas uma a outra. Não se conhecem, quando à noite, durante o sono de seus corpos físicos, se encontram no mundo astral.
Cada qual trilha seus próprios caminhos. Sentem-se atraídos para as almas humanas que correspondem mais a sua essência intima do que aquela do seu cônjuge terreno. Procurarão e encontrarão outros companheiros. Cada um pode facilmente imaginar que tal "vida dupla", não contribui para a harmonia e o fortalecimento do casamento contraído na Terra.

Pelo contrário!

Disso resultam conflitos imprevisíveis que são devidos, essencialmente, ao fato de os casamentos terem sido contraídos sob bases falsas. Decepções, infidelidades e indiferenças constituirão o séqüito invisível de cada união errada.


Astrologia_ é a arte de compreender a conexão que há entre o macro e o microcosmo, a ligação entre os fenômenos celestes e terrestres.
Tomando como coordenadas a data, a hora e a cidade de nascimento, o astrólogo elabora o mapa astral, a fim de auxiliar indivíduos no processo de auto-conhecimento, para que utilizem positivamente seus potenciais, características, tendências, e aprendam com os desafios e dificuldades.
Cada ser é único no universo e o mapa astral é sua “identidade cósmica”, como uma impressão digital exclusiva, reflexo do propósito de sua alma na terra.
O objetivo maior da Astrologia é proporcionar autoconhecimento, a fim de estimular a evolução e transformação da sociedade e do planeta, com a contribuição das diferentes individualidades que compõem a raça humana.
Com seus inúmeros símbolos e significados, a astrologia auxilia-nos na compreensão da “sinfonia das esferas”, a “música” que rege o universo, e o tom de cada ser, instrumentos do arquiteto divino...


Atavismo_é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Decorre da não expressão de um gene em uma ou mais gerações de indivíduos.. O termo é usado correntemente para referir-se a semelhanças físicas e/ou psicológicas entre seres e seus ancestrais mais distantes.


Atlântida_ Diz à lenda que Atlântida era uma ilha provavelmente em algum lugar do Mediterrâneo, que foi destruída por um terremoto ou por um tsunami. Ela foi mencionada pela primeira vez por um filósofo grego há cerca de 2.400 anos, que disse que ela desapareceu 9.000 anos antes de sua época.
Dizem que Atlântida é uma terra de grande beleza, lar de uma civilização avançada com enormes riquezas. A imagem romântica de uma ilha fabulosa engolida pelo mar significa que sua localização foi vista antes da época de Platão apesar de ninguém ter certeza de que ela realmente existiu.
Vários locais são apontados como a sede de Atlântida, incluindo a Suécia e Nova Zelândia!

Alguns especialistas acreditam que seja a Ilha de Creta.


Aura_O corpo espiritual do homem tem uma forma idêntica à do seu corpo físico. A única diferença é a sua vestimenta espiritual que, no Ocidente, recebe o nome de aura.
O corpo espiritual irradia uma espécie de incessante vibração luminosa que forma a aura. A cor desta é geralmente branca, mas certas pessoas têm auras de tonalidade amarelas claro ou roxo claro. Sua espessura também varia. Geralmente é de três centímetros. A dos doentes, porém, é mais fina, diminuindo de acordo com a gravidade da doença. Pouco antes da morte, a aura desaparece por completo. Quando dizem que a sombra de uma pessoa é muito fraca, é por causa da pequenez de sua aura. O indivíduo saudável, ao contrário, tem a aura mais ampla. A das pessoas virtuosas, além de ser ainda maior, tem uma vibração luminosa mais forte. A dos heróis e eruditos é mais larga que a dos homens comuns, e a dos santos adquire uma grande amplitude.
A espessura da aura, porém, não é definitiva, pois se modifica continuamente, de acordo com os pensamentos e atos do indivíduo. Quem pratica atos virtuosos baseados na justiça, tem uma aura espessa, mas quem comete atos malévolos tem a aura fina. Geralmente, a aura é invisível para o homem comum, embora haja pessoas que a enxergam. Qualquer indivíduo, entretanto, pode percebê-la, até certo ponto, desde que se concentre e fixe o olhar.
A amplitude da aura está intimamente relacionada com o destino. Quanto maior, mais feliz será o indivíduo e vice-versa: quanto menor, mais infeliz. Quem tem a aura ampla emite mais calor humano e proporciona uma sensação de bem-estar àqueles com quem entra em contato, atraindo muitas pessoas, porque as envolve com sua aura.

O contato com uma pessoa de aura fina, ao contrário, produz uma sensação de frio, mal-estar e tristeza, fazendo com que não se tenha vontade de permanecer muito tempo ao seu lado. Por isso, esforçar-se por adquirir uma aura ampla é a base da felicidade.

Mas como fazer para ampliá-la?
Antes de tudo, devo esclarecer a essência da aura. Todos os pensamentos e atos humanos pertencem ao bem e ao mal.

A espessura da aura é proporcional à quantidade de pensamentos bons e maus. Internamente, quando uma pessoa pratica o bem, sente uma satisfação na consciência.

Esses pensamentos se convertem em luz, somando-se a luz do corpo espiritual. Quando, ao contrário, os pensamentos e atos sãos maus, estes se convertem em nuvens do corpo espiritual.

Externamente, quando se faz o bem aos outros, os pensamentos de gratidão das pessoas beneficiadas também se convertem em luz. Transmitidos através do fio espiritual para a pessoa que praticou o bem, aumentam a luz desta. Quando, ao contrário, a pessoa recebe transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme ou inveja, suas nuvens aumentam.

Por isso, é preciso praticar o bem e proporcionar alegria aos outros, evitando provocar pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes.
Esta é a razão pela qual pessoas que obtiveram um sucesso rápido, acumulando fortuna em pouco tempo, geralmente não tardam a conhecer o fracasso e a ruína. Tais pessoas, julgando que devem o êxito à sua própria capacidade, habilidade e esforço, tornam-se vaidosas e egoístas, entregando-se a uma vida luxuosa.

Assim, acumulam nuvens provocadas pelos pensamentos de vingança, ódio ou ciúmes, emitidos pelas muitas pessoas as quais prejudicaram. Conseqüentemente, sua aura perde a luminosidade, diminui e o indivíduo finalmente se arruína.
Essa também é a causa da ruína de famílias que foram prósperas durante gerações. Quem ocupa uma posição social superior é beneficiado pelo país e a sociedade. Portanto, deve retribuir beneficiando amplamente a sociedade e, por meio desses gestos, apagar continuamente as próprias nuvens. A maioria, porém, só pensa em seus desejos egoístas e pratica poucos atos altruístas, aumentando a quantidade de suas nuvens.

Por isso, embora ostentem magnificência, o seu espírito é miserável. Conseqüentemente, pela lei da procedência do espírito sobre a matéria, finalmente se arruínam.
Quanto mais fina for a aura de um indivíduo, mais facilmente ele sofrerá infortúnios e acidentes, porque o seu cérebro, devido às nuvens, não funciona adequadamente. Falta-lhe o correto discernimento e o poder de decisão, além do que ele não consegue prever as coisas. Por isso, sonhando com o êxito instantâneo, apressa-se, pondo tudo a perder e acumulando mais nuvens. Esse tipo de pessoa pode ter um pequeno sucesso, mas, a longo prazo, infalivelmente malogra.
Quando a política de um país vai mal, é porque os seus políticos tem a aura fina.

Quem tem muitas nuvens está sujeito a sofrer ações purificadoras; facilmente contrai doenças ou sofre acidentes. Quem sofre um acidente de trânsito é porque tem a aura fina. Quem tem a aura espessa escapa do perigo em qualquer circunstância. Por exemplo, quando há um choque de veículos, o espírito de um bonde ou de um carro atinge aquele que tem a aura fina, mas não atinge quem tem a aura espessa. Há pessoas que, mesmo sendo atropeladas, não sofrem o menor arranhão. Isto se deve a espessura e elasticidade de sua aura.
Quando pensamos nessas coisas, vemos que o único meio para ser afortunado é praticar o bem e a virtude, ampliando a própria aura. Muitas pessoas se queixam de ter nascido sem sorte. Obviamente, é porque desconhecem esses fatos.


Austromancia_Austromancia ou Eólomancia. Adivinhação baseada na direção das nuvens e do vento.

09 maio, 2009

Suíça redime última "bruxa" morta na fogueira

 A última mulher morta na fogueira na Suíça após ter sido acusada de "bruxaria" foi reabilitada moralmente hoje pelo Grande Conselho (Parlamento cantonal) de Freiburg, que limpou a memória da condenada por meio de uma declaração solene.
Catherine Repond, conhecida como Catillon, foi executada em 1731 após ser condenada a morte por bruxaria.



Entretanto, segundo vários historiadores, a vítima confessou o "crime" sob tortura. O assassinato foi tramado pelo poder oligárquico da época para calar uma mulher que sabia demais sobre personalidades da época, como o fato de que alguns deles promoviam falsificação de moedas.


A devolução da honra a Catillon foi promovida por dois deputados cantonais, Jean-Pierre Dorand, historiador, e Daniel de la Roche, os quais tiveram que se conformar com a reparação moral para a vítima e não puderam conseguir uma reabilitação jurídica.


Do ponto de vista legal, a criação do Estado liberal de direito em 1831 representou uma ruptura definitiva com o Antigo Regime.


Por 69 votos a favor, 21 contra e 8 abstenções, os deputados cantonais adotaram a resolução, não vinculativa do ponto de vista legal, com a oposição dos partidos políticos de direita UDC e PLR, os quais consideraram que "é melhor se ocupar dos problemas de nosso tempo".


Esta reabilitação moral abrange não só à última suposta "bruxa" e a outras acusadas pelo mesmo crime, mas também a todas as vítimas do Antigo Regime, como homossexuais, minorias religiosas, presos políticos e todos aqueles que confessaram "crimes" sob tortura.


A historiadora Josiane Ferrari-Clément, autora de um livro sobre Catillon, defende a tese que de que as personalidades locais queriam se desfazer de uma pessoa incômoda, que sabia tudo sobre o tráfico de moedas falsas.


Nascida em 1663, Catillon morava no povoado de Villarvolard, onde levava uma vida boêmia e vivia principalmente de esmolas.


Relacionada com ambientes de má reputação - nos quais aparentemente entrou em contato com o grupo que falsificava moedas -, nada na vida de Catillon podia justificar, segundo a historiadora, que as testemunhas em seu julgamento por "bruxaria" a acusassem de todo tipo de mal, como azedar o leite, estragar queijos e fazer o gado adoecer.


Como exemplo do que chegava a ser dito sobre dela, o beato Nicolas de Montenach, juiz de Corbieres, a trancou em um calabouço em maio de 1731 e a acusou de ter se transformado em raposa.


Tudo isso porque Montenach tinha saído para caçar alguns meses antes e havia ferido uma raposa na pata, e Catillon tinha um de seus pés em péssimo estado.


Apesar de a mulher explicar que tinha sido vítima de um tiro disparado por uma família a qual pediu abrigo em uma noite, o juiz não mudou de ideia: o ferimento se devia ao disparo contra a raposa.


Submetida a torturas, Catherine Repond confessou tudo o que seus carrascos queriam ouvir: que assistia a ritos de magia negra, que dançava com demônios, que tinha se entregado ao diabo em várias ocasiões, até que foi estrangulada e depois queimada em setembro de 1731, com 68 anos de idade.


Os arquivos citados pela historiadora narram que, durante os interrogatórios, Catillon sempre expôs fatos que não eram levados em consideração. Ela inclusive chegou a acusar um padre de tê-la estuprado.


Durante o processo, acusou um homem chamado Jacques Bouquet, um curandeiro que era o pai de dois filhos de sua irmã, de ter construído uma instalação para fundir o metal com o qual fazia moedas falsas.


A historiadora assegura que os juízes faziam de conta que não ouviam tudo isso porque tinham medo. Eles sabiam que Catillon tinha relações na alta sociedade de Freiburg.


Alguns creem inclusive que havia personalidades envolvidas nessa rede de falsificadores, que chegaria até a França, motivo pelo qual tudo era comprometedor - e daí a acusação de bruxaria contra a mulher.


Kathrin Utz Tremp, colaboradora científica dos Arquivos do Estado suíço, estudou as atas do processo de Catherine Repond, e afirma que durante seu processo, ela foi interrogada pelo menos 13 vezes, sendo torturada desde a terceira.


Catillon chegou a ser pendurada por uma corda e depois ter os pés amarrados a pesos de entre 25 e 50 quilos, o que era um método de tortura habitual na época.


"Nessas condições, eu também confessaria que sou uma bruxa, embora nem sequer acredite em bruxaria", afirma a especialista.