26 janeiro, 2008

SÍMBOLOS MÁGICOS


Os símbolos mágicos são o coração da espiritualidade. Eles são gráficos, que condensam uma informação em comum. O símbolo quando percebido pelos sentidos, evoca o eco de uma experiência. Quanto mais profunda e mais significante a experiência, mais poderoso é o símbolo. Ele pode tomar a forma de uma imagem, um som, uma palavra, uma ação, um objeto, tudo o que tem uma existência física, concreta no mundo. É importante notar a fisicalidade dos símbolos. Idéias e conceitos podem surgir através de símbolos, mas não podem ser chamadas de símbolos por si só.
A experiência evocada através do símbolo pode ficar somente na memória daquele que experiência a situação e ter um significado puramente pessoal. Ou pode ser verbalizado e transmitido, se tornando propriedade de muitos, possuindo significado espiritual para indivíduos de acordo com o entendimento de cada um.
Um símbolo possui poder, tanto pessoal quanto histórico. Pessoal pela virtude de suas habilidades em evocar profundos sentimentos em uma pessoa e histórico por permitir que muitos o interpretem. Em ambos os casos, o símbolo físico é a experiência original, a mensagem esclarecedora e direta, a mais profunda e compelidora voz. Através dos tempos o símbolo pode sofrer alterações em seus significados, pois quanto mais remota e inacessível é a mensagem pertencente a um símbolo, mas mutável e misterioso é seu entendimento. Qualquer símbolo faz parte dos processos da vida que são mutáveis e inevitáveis.
Os símbolos precisam ser entendidos e interpretados. Eles geralmente trazem consigo um pouco da energia do renascimento, pois são veículos de uma compreensão posterior, mesmo quando não estamos mais trabalhando especificamente com eles. Um exemplo disso ocorre no mundo oculto que utiliza largamente símbolos reconstituídos. Hoje eles são utilizados em modernas agendas que carregam pouca ou nenhuma relação com a experiência original que deu nascimento a tais símbolos, provando assim que existe algo, muito além do nosso entendimento, que chama o homem a fazer uso de seus símbolos novamente.
Para a magia fazer da experiência do símbolo uma verdade, não importa se ele é velho ou novo, pois em ambos os casos ele é investido com a verdade experimental. A natureza tem o poder de conversar diretamente com a alma. Exatamente por este motivo uma centelha de reconhecimento irá passar através de alguém quando este se estender entre as pedras de um templo em ruínas ou quando tocar em algum manuscrito de eras longínquas e esquecidas. Nenhum símbolo pode nascer ou permanecer vivo sem esta centelha de contato entre um ser vivo e o universo vivo. Nenhuma construção intelectual, nenhuma antiga fórmula pode existir sem isso.
Por isso a construção de novos símbolos re-expressam constantemente verdades perenes que são constantemente esquecidas. O símbolo é um progresso da criação que dá a magia outra interpretação simbólica de vitalidade e poder.
Simbologia, como feitiços, são muito individuais e pessoais. No entanto, existem muitos símbolos em comum usados na Bruxaria. Símbolos quando carregados com nossa vontade e desejo, podem se tornar um talismã poderoso. Os símbolos mais comuns utilizados estão listados aqui, mas é necessário salientar que os símbolos mais poderosos são aqueles relevantes ao seu usuário.






Claudiney Pietro

16 janeiro, 2008

Aprovado uso de símbolos wicca em lápides de veteranos



WASHINGTON – Para chegar a um acordo em um processo, o departamento de Assuntos de Veteranos concordou em adicionar o pentagrama wicca em uma lista de símbolos religiosos aprovados que irão ser gravados nas lápides dos veteranos. O acordo, que foi alcançado nesta sexta-feira, foi anunciado segunda-feira pela organização Americanos Unidos pela Separação da Igreja e Estado, que representou os queixosos no caso.



Embora tenha muitas formas, wicca é um tipo de crença pré-cristã que reverencia a natureza e seus ciclos. Seu símbolo, um pentagrama, é uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo.
Até agora, o departamento de Assuntos de Veteranos aprovou 38 símbolos que indicam a fé dos oficiais falecidos em serviço nos memoriais. Normalmente demora alguns meses para uma petição feita por um grupo de fé ganhe a aprovação do departamento, mas os esforços em nome do símbolo wicca demoraram quase 10 anos e um processo, disse Richard B. Katskee, diretor legal da Americanos Unidos.
O grupo atribuiu o atraso à descriminação religiosa. Muitos americanos não consideram wicca como uma religião, ou tem a idéia errada de que os seguidores são adoradores do diabo.
“As famílias wicca que representamos não estavam pedindo por um tratamento especial”, disse o reverendo Barry W. Lynn, diretor executivo da Americanos Unidos, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira. “Eles queriam exatamente o mesmo tratamento que dezenas de outras religiões já receberam do departamento, um reconhecimento que suas crenças espirituais estavam junto com a de todos os outros”.
Um porta-voz do departamento, Matt Burns, confirmou que o departamento “irá adicionar o pentagrama à sua lista de símbolos aprovados de crenças que serão marcados nas lápides fornecidas pelo governo. O governo fez o acordo para o interesse das famílias envolvidas e para poupar os pagadores de impostos de maiores litígios”.
Existem 1.800 wiccas nas forças armadas, de acordo com a pesquisa do Pentágono citada no processo, e eles mencionaram sua fé em livros oficiais para os capelães militares e anotaram em suas correntes de identificação.
Ao menos 11 famílias serão afetadas imediatamente pela decisão do departamento, comentou o reverendo Selena Fox, ministro do Circle Sanctuary, uma igreja wicca em Wisconsin.
Ao revisar as 30 mil páginas de documentos do departamento, a Americanos Unidos disse que achou e-mails e memorandos se referindo à comentários negativos do presidente Bush sobre wicca em uma entrevista feita em 1999 pelo “Good Morning América”. “Eu não acredito que bruxaria seja uma religião”, Bush disse na época, segundo a transcrição.



06 janeiro, 2008

Quem são as Bruxas hoje em dia? O que elas fazem e onde se escondem?


Quem são as Bruxas hoje em dia? 
O que elas fazem e onde se escondem?
Não, elas não se escondem.
Quando as pessoas ouvem a palavra Bruxa, logo se lembram daquela velha imagem da senhora verde com nariz grande e uma verruga, mexendo em um caldeirão.


Sinceramente: alguém acredita mesmo que um ser assim possa ter existido?

As Bruxas são pessoas normais, como você.
Trabalham, têm filhos, obrigações, dívidas, problemas financeiros e amorosos. Antigamente, quando as bruxas eram perseguidas, é óbvio que elas viviam escondidas, para evitar a morte.
Hoje em dia, ainda há o preconceito com relação às bruxas, mas é muito menor do que antigamente.
Isso se dá principalmente pelo fato de as bruxas irem a público se defender das mais freqüentes acusações, como as de fazer pactos com o demônio ou comer criancinhas.
Pura superstição popular.
As pessoas costumam temer o que não conhecem bem, e é isso o que acontece com relação à Bruxaria.
O que as Bruxas NÃO fazem:


- Bruxas não fazem pacto com o diabo.
- Bruxas não reverenciam, adoram ou celebram a entidade conhecida como diabo ou satã.
- Bruxas não usam fetos abortados em rituais.
- Bruxas não renunciam ao Deus cristão, apenas acreditam em outra forma de divindade.
- Bruxas não são sexualmente anticonvencionais.
- Bruxas não fazem uso de drogas rituais.
- Bruxas não forçam ninguém a fazer algo que não queiram.
- Bruxas não querem converter o mundo para a sua religião.
- Bruxas não profanam igrejas.
- Bruxas não realizam "missas negras".
- Bruxas não cometem crimes em nome de sua religião.
- Bruxas não comem criancinhas.
- Bruxas não voam em vassouras.
- Bruxas não são verdes.
- Bruxas não acreditam que sexo seja pecado.
- Bruxas não realizam orgias rituais, pois o sexo é visto como sagrado.


O que as Bruxas fazem:


- Plantam ervas em seu quintal para fins curativos e culinários.
- Conversam e se comunicam com as plantas e animais.
- Celebram a virada das estações do ano.
- Celebram as fases da Lua.
- Relacionam a sua menstruação às fases lunares.
- Honram todos os alimentos, de carnes a vegetais.
- Têm seu corpo como sagrado.
- Sexo por amor e por prazer, por ser algo natural.
- Bruxas acreditam em reencarnação.
- Bruxas honram deuses e deusas.
- Bruxas respeitam todos os seres vivos em igual importância.
- Bruxas repudiam o proselitismo.
- Bruxas servem a Terra.
- Bruxas repudiam qualquer forma de preconceito.
- Bruxas são cidadãs.


Rumo ao futuro


"Bruxaria é coisa do passado". 
Você já ouviu essa frase?
Provavelmente sim.
Diariamente, nós lidamos com situações que nos fazem pensar o que será do Paganismo daqui a diante.
E há perspectivas boas e ruins.


- As pessoas estão cada vez mais desenvolvendo uma consciência ecológica e de preservação do planeta. Sabem que a Terra não é uma fonte de riquezas inesgotáveis e que precisamos cuidar dela para que não seja destruída de uma vez. Assim, cada vez mais novas ONGs (Organizações Não-Governamentais) são criadas e apoiadas por voluntários numa busca desenfreada pela preservação da Natureza. Esse tipo de conscientização está cada vez mais aumentando.


- Estamos vivendo um momento onde todos estão buscando uma nova conscientização e aperfeiçoamento interior. A palavra-chave é EQUILÍBRIO. Religiões orientais e técnicas como o Feng Shui são popularizadas, visando uma harmonia global. Da mesma forma, a Wicca e o paganismo, ligados a Terra, aparecem como uma "nova" alternativa.


- O despertar de uma espiritualidade maior nos remete aos conceitos de Mãe-Terra e Mãe-Natureza - o resgate do sagrado feminino. Tal resgate também auxilia o movimento de respeito à mulher em todo o planeta. A existência das tradições diânicas são um bom exemplo disso. Assim, a humanidade tende a se tornar mais sensível e preocupada com tudo ao seu redor.


- O preconceito com a Bruxaria está cada vez mais diminuindo.. No mundo todo, pessoas se intitulam "bruxas" e são aceitas com maior facilidade em locais públicos. Não há mais o perigo latente de perseguições e mortes, apesar de haver ainda muito preconceito religioso. No entanto, tal preconceito está sendo cada vez mais visto com repúdio e tende a desaparecer.
Alguns acreditam que o Paganismo ter se popularizado não foi algo tão bom assim, pois existe muita deturpação. Mas acredito que, se quem realmente vive o paganismo de modo sério, saber fazer a sua parte, não haverá maiores problemas.

29 dezembro, 2007

Os adolescentes e a Bruxaria


A Bruxaria tem se popularizado nos últimos anos, e apesar de muitas pessoas realmente estarem nesse caminho por seriedade, ainda há muitas que não sabem o que estão fazendo.
Influenciados pela moda de Harry Potter e Senhor dos Anéis, muitos adolescentes e até crianças começam a se interessar pela Bruxaria sem saber com o que estão lidando, e sem a menor consciência de que se tratam de crenças sérias.
Surge então o que é popularmente chamado de pink Wicca, ou "Wicca cor-de-rosa". E é mero engano pensarmos que apenas os adolescentes estão nessa onda. A sociedade costuma mesmo culpar os adolescentes por tudo. Mas vamos analisar as causas, não as conseqüências.



Harry Potter e a Bruxaria

Muitas crianças, adolescentes e adultos começam a se interessar pela Bruxaria a partir dos livros do bruxinho. Os livros são realmente muito bons, mas vale lembrar que são obras de ficção. Assim, como tudo o que há ali, não corresponde à verdade. Não existem escolas de bruxaria, não existem feitiços como aqueles do livro, entre muitas outras "viagens" que são ótimas para a leitura, mas absolutamente inviáveis para a verdadeira bruxaria.
Muitas vezes lemos: "Adoro os livros do Harry Potter e conheci a Wicca" ou "Sou um bruxo; já li todos os livros do Harry Potter". Isso é fantasia. Harry Potter é ficção.
Vale lembrar que, é claro, uma pessoa pode começar a se interessar pela Bruxaria a partir da leitura de seus livros, mas achar que o que está escrito ali é Bruxaria de verdade é abusar demais da boa vontade dos pagãos.


As religiões convencionais

Muitos adolescentes que procuram o caminho da Bruxaria o fazem porque se identificam pelo seu ideal de liberdade com relação às outras religiões.
O que mais ouvimos são coisas como: "Era católica, mas não praticante" ou "Minha família é evangélica, mas aquele não era o meu caminho".
Muitas pessoas buscam a Bruxaria como a religião que mais se identificaram.
O fato é que as coisas não andam apenas por esse lado.
Se você está passando por um momento ruim, você pode ser budista, evangélico, bruxo, católico, que não fará diferença. A sua religião não é a fonte de alegrias ou tristezas, mas um canal para o autoconhecimento. Muitos buscam a Bruxaria como se fosse uma terapia de auto-ajuda, ou mesmo outras religiões.
Já ouvimos diversas vezes: "Já fui espírita, evangélica, wiccana, católica, umbandista... E até hoje não me achei". É claro que não; você pode procurar em qualquer lugar, mas só vai encontrar a resposta dentro de si mesmo.
A religião é uma opção extremamente pessoal, por isso as Bruxas não acham certo tentar converter quem tem outras crenças.
Todas as religiões oferecem um método para chegar ao mesmo lugar: o autoconhecimento. A religião é algo que deve complementar a sua vida, e não tomá-la.
Sim, as religiões são verdadeiros modos de vida, ainda mais as religiões pagãs, que têm muitas preocupações com a Terra e com os outros seres, mas todo fanatismo faz mal.
Quando abraçamos uma religião, o fazemos porque nos identificamos com o que ela é, não com o que gostaríamos que ela fosse. É nesse momento que ocorre o que chamamos de deturpação da bruxaria, porque muitas pessoas gostam da Bruxaria "até certo ponto". Deste ponto em diante, elas preferem fazer o que elas acham melhor. E isso rende longas discussões, que não serão abordadas neste texto, especificamente.


Por que há tantos adolescentes atraídos pela Bruxaria?

Por ser uma religião de aparente liberdade, de busca pelo autoconhecimento e onde a Natureza é celebrada e respeitada. Eles abandonam a religião de seus parentes e partem para uma busca espiritual mais pessoal, mais condizente com o que querem para si. Isso poderia acontecer com o interesse por qualquer religião, mas como estamos falando da Bruxaria, apresentamos algumas razões possíveis para este fato:

1. Respeito e igualdade. Uma das crenças é que homens e mulheres têm a mesma importância e um não existe sem o outro. Assim, não há preconceito ou discriminação. E isso vale tanto para os seres humanos quanto para qualquer outro ser vivo.

2. Honra a Natureza. O Paganismo é um conjunto de crenças de pessoas que têm estreita ligação com a terra onde vivem. Como a consciência ecológica cresce cada vez mais no mundo, é natural que as pessoas se identifiquem com religiões que têm entre suas principais crenças esse aspecto natural.

3. O interesse pelo oculto. A humanidade sempre se interessou pelo desconhecido e buscou respostas para as mais diversas dúvidas a respeito da vida. Na bruxaria, nós motivamos essa busca pelo conhecimento. O conhecimento, neste caso, não é inimigo da fé. Não há nada que a ciência tenha dito que nós não tenhamos visto como bruxas.

4. Conceito de mal-nenhum. O dogma é: "Se a ninguém prejudicar, faça o que quiser", e muitos se identificam com isso.

5. A bruxaria pode ser praticada por você sozinho, sem ter que ir a templos regularmente. Você pode meditar no seu próprio quarto, e isso confere uma liberdade de culto para todos.

Existem muitos outros fatores que podemos abordar, mas a verdade é que se trata de uma escolha absolutamente pessoal e cada um tem as suas razões.
Problemas com a família

No Brasil, menores de 18 anos são dependentes de todas as formas de seus responsáveis, geralmente os pais. E os pais têm direitos sobre seus filhos, por causa disso.
Isso significa que, apesar de a criança ou o adolescente ser livre para escolher a sua religião, ele deve obter a permissão de seus pais para participar de cultos ou reuniões religiosas. Qualquer organização religiosa séria pedirá aos seus membros (menores de 18 anos) uma autorização expressa e assinada pelos pais.

É claro que isso limita uma série de atitudes que poderiam ser tomadas pelos jovens pagãos, tais como:

- Jovens que querem montar seu próprio grupo de estudos podem não ter permissão dos pais para sair de casa no dia.

- Muitos pais não permitem que seus filhos leiam determinados tipos de livros.
- Muitas instituições educacionais não permitem o uso de símbolos religiosos que não sejam uma cruz, por exemplo.


11 dezembro, 2007

Inquisição, um Reino de Medo


Inquisição - O Reino do Medo lança uma nova luz sobre aquela que foi uma das instituições religiosas mais obscuras e devastadoras da história da humanidade ao adotar uma abordagem muito viva que elege os relatos de casos individuais como ponto de partida para a análise de mais de três séculos de história da Inquisição.

E são justamente as histórias desses indivíduos - bruxas no México, bígamos no Brasil, marinheiros sodomitas, padres pouco castos, maçons, hindus, judeus, muçulmanos e protestantes - que o autor resgata dos arquivos de Espanha, de Portugal e do Vaticano, para compor um fresco inédito, de grande complexidade e riqueza. 

Silio Boccanera entrevistou o historiador britânico, Toby Green que pesquisou nos arquivos de Portugal e Espanha para escrever o livro 'Inquisição, um Reino de Medo'.

A entrevista estaria nesse link abaixo, mas a emissora tirou do ar.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM762197-7823-TOBY+GREEN,00.html








04 dezembro, 2007

Paganismo e Cristianismo


Na Bruxaria Moderna, o calendário religioso possui treze celebrações de lua cheia e oito dias de poder (sabás). Quatro desses dias são determinados pelos solstícios e equinócios, que são o início astronômico das estações. Os outros quatros rituais baseiam-se em antigos festivais folclóricos.
Muitas datas das comemorações pagãs coincidem com as das cristãs. Entretanto, o paganismo é muito anterior ao cristianismo; ou seja, foram os cristãos que incorporaram elementos da cultura pagã e adequaram-nos às suas tradições, depois perseguindo e condenando os praticantes de rituais pagãos, exterminando, quase que completamente, sua cultura.

E por que eles fizeram isso?


Porque eles eram de uma religião nova e precisavam se estabelecer de alguma maneira. Assim, não é de uma hora para a outra que as pessoas largam suas crenças e passam a seguir uma nova; muitas vezes, isso nem acontece. Foi o caso. As pessoas que tinham suas crenças baseadas na sacralidade da Terra, por mais que fossem obrigadas a freqüentar igrejas e templos cristãos, acabavam fazendo uma "mistura" que foi o que manteve o paganismo até hoje.
Vamos dar uma olhada na Roda do Ano e comprovar tais fatos, lembrando que no hemisfério sul as datas são invertidas com relação ao hemisfério norte.

Solstício de Inverno: No Brasil,o solstício, de inverno ocorre no final de junho, mas no hemisfério norte, ocorre no final de dezembro. Foi desta antiga data que se originou o natal cristão. Temos diversas lendas folclóricas e mitológicas milenares envolvendo deuses que nasciam no solstício de inverno, e crenças assim tão fortes não são largadas pelo povo tão facilmente. Tanto que, na história "oficial" de jesus cristo, diz-se que ele nasceu no 25º dia, mas não é dito de qual mês. Há alguns estudiosos que afirmam que esse mês seja maio, outros afirmam outras datas. Mas o fato é que a igreja católica ter estabelecido a data do nascimento de jesus na mesma época que o nascimento de deuses pagãos não foi uma coincidência de maneira alguma. Fazendo isso, era muito mais fácil convencer os pagãos dizendo: "olha, nossa religião é praticamente igual à sua, temos até um deus que nasce na mesma época que o seu" etc.

Imbolc: Celebrado oficialmente no início de fevereiro, esta é uma festa consagrada à deusa celta Brigit. No entanto, "coincidentemente", na mesma época é celebrada na Irlanda uma festa de honra à Santa Brígida de Kildare, a santa mais reverenciada no local.

Equinócio de Primavera: Por volta de 22 de setembro no Brasil, mas 21 de março no hemisfério norte. Foi desse antigo festival que teve origem a páscoa. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no altar. Eles simbolizam a fecundidade e a renovação. Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos. Os ovos eram decorados com símbolos mágicos e os pedidos eram voltados à "fertilidade" em todas as áreas. Isso porque, nessa época, era celebrada uma deusa chamada Eostre, cujo animal-símbolo era um coelho...

Beltane: Conhecido popularmente como "Festa de Maio", era um sabá que celebrava a fertilidade da Terra, dos animais, das pessoas, de toda a Natureza, enfim. As pessoas realizavam um ritual de união nessa época, também dedicada à união sagrada dos deuses. Será simples acaso o mês de maio ser considerado, pela igreja católica, o mês dos casamentos?

Solstício de Verão: Em dezembro no hemisfério sul, em junho no hemisfério norte. Tempo de celebrar o ápice do poder do sol com fogueiras, alegria e muita abundância. Será muita coincidência o dia de são joão e as festas juninas, com suas fogueiras e festas alegres, serem comemorados na mesma época?

Lammas: Celebrado no início de agosto no hemisfério norte e no início de fevereiro no hemisfério sul. Representa a chegada do ano, um período para prepararmo-nos ao recolhimento e agradecer às graças recebidas no último ano: Dia de Ação de Graças?

Equinócio de Outono: Celebrado em setembro no hemisfério norte representa a confirmação dos votos de agradecimento pelas graças que tivemos no último ano.

Samhaim: Conhecido como Halloween, é a festa mais conhecida das bruxas. É a época quando honramos nossos ancestrais e temos um véu mais fino entre os mundos, o que facilita a comunicação com nossos entes queridos que já se foram. É época de honrá-los e agradecer-lhes por sermos o que somos hoje. Geralmente of estival dura três dias, do dia 31 de outubro até o dia 2 de novembro. É interessante notar o fato de que o dia 1º de novembro foi conclamado como o dia de todos os santos, enquanto que o dia 2 se tornou o dia de finados.

Mais uma vez, coincidência? São semelhanças demais para serem chamadas de coincidências.

Fizemos uma comparação do Paganismo com o Cristianismo tendo em vista apenas a Roda do Ano, mas existem milhões de comparações, de crenças e práticas que foram incorporadas pelo Cristianismo a fim de converter os pagãos. Se pegarmos livros sobre a Igreja no período medieval, veremos infinitos relatos de práticas consideradas pagãs, porém amplamente difundidas por padres cristãos na época.
A própria virgem maria só foi incorporada ao cristianismo 400 anos depois do "nascimento" de cristo. Será que eles perceberam que o culto a uma Deusa Mãe jamais iria morrer, então resolveram adotar isso também?
Não é à toa que as santas católicas são mais adoradas do que seu próprio Deus (vide exemplo nacional mesmo, como a sra. aparecida ou senhora de fátima, entre tantas outras).
A Igreja Católica sempre mentiu, e o Cristianismo sempre quis acabar com o Paganismo desde os primórdios. Chegaram em uma terra que não era deles (como sempre fizeram - vide as invasões, as cruzadas, as histórias dos jesuítas) e queriam converter todos os povos à sua religião. Isso não é nem um pouco louvável. Como se não bastasse, no auge da sua loucura, torturaram, queimaram e enforcaram milhões de pessoas inocentes da época da "Santa" Inquisição, tudo porque não seguiam o que eles chamavam de "religião verdadeira".

Até hoje, o preconceito é enorme. Se você não é cristão, para eles automaticamente você é anticristão, e logo eles partem para agressões psicológicas e tentam lhe convencer de que você "só conseguirá se salvar se for para jesus".

É patético.

Tais pessoas deveriam estudar muito história antes de sequer vir conversar com pagãos ou qualquer pessoa de qualquer outra religião.

E, mesmo que sejam estudadas, deveriam recomeçar do zero e estudar tudo de novo, para aprenderem a ter respeito pelos seus semelhantes, como eles tanto pregam, mas poucos fazem.

23 novembro, 2007

Liberdade de Culto e Religião



Dia 7 de janeiro: Dia da Liberdade de Culto
Dia 22 de setembro: Dia do Orgulho Pagão




No Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos está escrito: "Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".


E também, no Artigo II, podemos ler: "Todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição".

Percebe-se, no texto, lendo-o atentamente, que são apontadas nele quatro tipos de liberdade:


- liberdade religiosa
- liberdade de pensamento
- liberdade civil
- liberdade política


Podemos afirmar que liberdade religiosa (ou de culto) estaria inserida também na liberdade de pensamento e, portanto, na civil e, portanto, na política e vice-versa em cada ponto citado. Liberdade, na verdade, trata-se de uma única e simples palavra: sinônimo de respeito com a individualidade do próximo, do irmão, do estrangeiro. Quando a concedemos a alguém, ganhamos nosso próprio direito de usufruí-la.


Em tempo: no Brasil, o primeiro político a se preocupar com a liberdade religiosa do cidadão brasileiro foi o escritor Jorge Amado. Eleito deputado federal, em 1945, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) de São Paulo, Jorge Amado participou da Assembléia Constituinte, em 1946, tendo sido autor da Lei da Liberdade de Culto Religioso.


Fique por dentro dos seus direitos religiosos, assegurados por Lei, garantidos pela Constituição Federal!


Denuncie abusos, opressões e violências a quaisquer tipo de cultos ou representantes religiosos.Respeitar o próximo é o primeiro passo ao respeito mútuo!
________________________________________________________________________________
LEI DO CÓDIGO PENAL
TÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO




Ultraje a culto
Art. 208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; vilipendiar, publicamente, ato ou objeto de culto religioso:
Pena - Detenção, de um a nove meses, ou multa.


Impedimento ou perturbação de culto
Art. 209. Impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso:
Pena - Detenção, de um a nove meses, ou multa.


Aumento de pena
Parágrafo único -
A pena é aumentada até a metade, se o crime é praticado mediante violência ou grave ameaça, além da correspondente à violência.


CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS


Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária
Art. 210. Impedir ou perturbar enterro; ou cerimônia de cremação ou funerária:
Pena - Detenção, de um a nove meses, ou multa.


Aumento de pena
Parágrafo único -
A pena é aumentada até a metade, se o crime é praticado mediante violência ou grave ameaça, sem prejuízo da correspondente à violência.



Violação de sepultura
Art. 211. Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:
Pena - Detenção, de um a três anos.


Aumento de pena
Parágrafo único -
A pena é aumentada até um terço, cumulada com a de multa, se o crime é cometido com o fim de lucro.



Destruição, subtração, ou ocultação de cadáver
Art. 212. Destruir, subtrair ou ocultar cadáver, parte dele ou suas cinzas:
Pena - Detenção, de dois a quatro anos.


CONSTITUIÇÃO FEDERAL


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:


Inciso VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;


Inciso VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;


Inciso VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;


Inciso XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;


Inciso XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;


Inciso XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;


Inciso XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.


O tempo das fogueiras




A caça às Bruxas 1450 - 1750... 
Milhares mortos em nome de deus. 
Nunca será esquecido... 
Não pode ser esquecido... 
Nunca mais...


Após a Igreja Católica ter sido formada e haver adquirido poder, os costumes dos Pagãos foram vistos como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido e a adoração dos Deuses da religião Antiga, foi banida.
Os antigos festivais foram superados pelos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos Deuses da Natureza e da Fertilidade, transformados em terríveis e maléficos demônios e diabos.
A igreja patriarcal chegou até a transformar várias Deusas pagãs em diabos masculinos e maus, não somente para corromper deidades da Religião Antiga, como, também para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido objeto de adoração.
No ano de 1233, o Papa Gregório IX, instituiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como Inquisição, numa tentativa de terminar com a heresia. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXIII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos Pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo. Os bruxos tornaram-se heréticos e a perseguição contra todos os Pagãos, espalhou-se como fogo selvagem por toda a Europa.
É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos.

Eles sempre foram Pagãos.


Os Bruxos (junto com um número incalculável de homens, mulheres e crianças inocentes, que não eram Bruxos), foram perseguidos, brutalmente torturados, por vezes violados sexualmente ou molestados, e, então, executados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que seu Deus era um Deus de amor e compaixão.
A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541, e, em 1604, foi adotada uma Lei que decretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos.
Quarenta anos mais tarde, as 13 colônias na América do Norte, decretaram também a pena de morte para o "crime de bruxaria".
No final do século XVII, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga, viviam escondidos, e a Bruxaria tornou-se uma Religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levados à morte na Europa e mais de trinta condenados em Salem, Massachusetts, em nome do cristianismo.
Embora os infames julgamentos das Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem documentados na história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connecticut, em 1647, 45 anos antes que a história contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem.



Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1622.
O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa, a fogueira. Outros métodos incluíam a prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.
Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo e, somente após as Leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que os Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.