22 julho, 2009

Dois bilhões de pessoas viram eclipse solar total

O eclipse foi o mais longo do século 21, e tomou toda Ásia passando por Índia e China













21 julho, 2009

Eclipse Solar - China e Índia ficam na escuridão




O eclipse solar total mais longo do século 21 ocorre na próxima quarta-feira, e mergulhará em completa escuridão a China e a Índia, os dois países mais povoados do planeta, onde contos e mitologias evocam o fenômeno.
O astrofísico americano Fred Espenak definiu este eclipse do Sol como um fenômeno gigante, que poderá ser observado por 2 bilhões de pessoas, um recorde na história da humanidade.

A partir das 06h23 na Índia (21h55 em Brasília), a noite voltará a cair um pouco depois do amanhecer no estado de Gujarat.
Depois, a escuridão se irradiará por um corredor de 15 mil km de extensão e 200 km de largura, atravessando a Índia, o Nepal, o Butão, Bangladesh, Mianmar e China, e alcançando também as ilhas japonesas de Ryukyu.
"Será o eclipse mais longo do século. Nenhum de nós viverá o suficiente para ver outro igual", afirmou Federico Borgmeyer, diretor da agência de viagens alemã Eclipse City.
O Sol ficará bloqueado pela Lua durante seis minutos e 39 segundos em uma zona pouco habitada do Pacífico, um recorde de duração para um eclipse que só será quebrado em
2132.
A escuridão, no entanto, durará 3 ou 4 minutos na Índia e 5 minutos em Xangai.
O sexto eclipse total do século tomou conta da atividade comercial e turística no Extremo Oriente, a região geográfica ideal para aproveitar este fenômeno astronômico.
O Parque das Esculturas de Xangai, o melhor lugar de observação da cidade, anunciou que vendeu 2.000 entradas para 22 de julho, com óculos especiais incluídos e camisetas comemorativas. Os hotéis estão lotados.
Na Índia, a agência Cox and Kings fretou um Boeing 737-700 que decolará de Nova Déli antes do amanhecer, "interceptará" o eclipse total a uma altitude de 41 mil pés (12,5 mil metros) e voará para o leste, até o Estado de Bihar.
Os 21 lugares do avião do lado do Sol foram vendidos por 1.200 euros.
Enquanto isso, na cidade santa de Kurukshetra, norte da Índia, espera-se a chegada de um milhão e meio de de peregrinos para se banharem durante o eclipse.
Na Índia e na China, os contos e mitologias evocam nos eclipses o anúncio de boas fortunas, mas também de maus presságios.
O eclipse dessa quarta é "um momento muito perigoso no Universo", adverte Raj Kumar Sharma, um astrólogo de Mumbai. "Se o Sol, o senhor das estrelas, está doente, então acontecerá algo de grave no mundo", prevê.
Astrônomos e meteorologistas temem principalmente que as nuvens desta época de chuvas de monção no subcontinente indiano atrapalhem o espetáculo.
A antiga mitologia chinesa diz que os eclipses são causados por um cão ou um dragão celestial devorando o sol, e as pessoas batem em panelas e tambores para tentar afugentar os supostos animais.

15 julho, 2009

Ritual do Renascimento

Fênix

Ovídio nos fala da seguinte maneira sobre a Fênix: "A maior parte dos seres nasce de outros indivíduos, mas há uma certa espécie que se reproduz sozinha. Os assírios chamam-na de fênix. Não vive de frutos ou de flores, mas de incenso e raízes odoríferas. Depois de ter vivido quinhentos anos, faz os ninhos nos ramos de um carvalho ou no alto de uma palmeira. Nele ajunta cinamomo, nardo e mirra, e com essas essências constrói uma pira sobre a qual se coloca, e morre, exalando o último suspiro entre os aromas. Do corpo da ave surge uma jovem fênix, destinada a viver tanto quanto a sua antecessora. Depois de crescer e adquirir forças suficientes, ela tira da árvore o ninho e leva-o para a cidade de Heliópolis, no Egito, depositando-o no templo do "Sol".
Tal é a narrativa de um poeta. Vejamos a de um narrador filosófico.

"No consulado de Paulo Fábio, a milagrosa ave conhecida no mundo pelo nome de fênix, que havia desaparecido há longo tempo, tornou a visitar o Egito" - diz Tácito. "Era esperada em seu vôo por um grupo de diversas aves, todas atraídas pela novidade e contemplando maravilhadas tão bela aparição".
Depois de uma descrição da ave, que não difere muito da antecedente, embora acrescente alguns pormenores, Tácito continua: "O primeiro cuidado da jovem ave, logo que se empluma e pode confiar em suas asas, é realizar os funerais do pai. Esse dever, porém, não é executado precipitadamente. A ave ajunta uma certa quantidade de mirra, e, para experimentar suas forças, faz freqüentes excursões, carregando-a nas costas. Quando adquire confiança suficiente em seu próprio vigor, leva o corpo do pai e voa com ele até o altar do Sol, onde o deixa, para ser consumido pelas chamas odoríferas.”
Outros escritores acrescentam alguns pormenores. A mirra é compacta, em forma de um ovo, dentro do qual é encerrada a fênix morta. Da carne da morta nasce um verme, que quando cresce se transforma em ave.
Heródoto descreve a ave, embora observe: "Eu mesmo não a vi, exceto pintada. Parte de sua plumagem é de ouro e parte carmesim; quanto a seu formato e tamanho são muito semelhantes aos de uma águia."
O primeiro escritor que duvidou da crença na existência da fênix foi Thomas Brown, em seus "Erros Vulgares", em 1646. Suas dúvidas foram repelidas, alguns anos depois, por Alexander Ross, que diz, em resposta à alegação de que a fênix aparecia tão raramente: "Seu instinto lhe ensina a manter-se afastada do tirano da criação, o homem, pois se fosse apanhada por ele, seria sem dúvida devorada por algum ricaço glutão, até que não houvesse nenhuma delas no mundo”.
Este ser encantado traz consigo um ensinamento valioso: O de renascer das cinzas.

Quem já esteve em uma situação de cogitar toda sua existência e chegou a duvidar da utilidade de sua vida pode buscar o poder deste ser fabuloso para encontrar um novo modo de viver.
Particularmente, as bruxas são geralmente pessoas que já foram muito machucadas.
Quer seja por um grande golpe em sua alma extremamente sensível, por um amor que não soube merecer o coração puro e verdadeiro dos filhos da Deusa ou por um mundo onde o poder dominador do patriarcado, ou de toda forma de opressão, tolheu o direito de viver plenamente sua religiosidade, sexualidade e cidadania, encontrando na Bruxaria um abrigo onde pode se desenvolver e compartilhar suas experiências.


Dançando com a Fênix:
Ervas e incensos: Angélica; cânfora; Aniz.
Cores: amarelo e dourado
Material:
2 velas amarelas ou douradas
1 vela azul claro
1 vela marrom
Incenso de cânfora
Caldeirão com 3 dedos de água e 13 folhinhas de hortelã
Bastão de amora
Óleo de mirra
Óleo de rosas
Óleo de patchouli
O efeito esperado:
Resgatar a dignidade e o amor próprio

O Trato
Prepare antes os objetos.
Prenda a vela marrom no fundo do caldeirão. Adicione a água até uns 3 dedos de altura e espalhe as folhas de hortelã. Reserve.
Procure um local fechado e protegido de curiosos. Dispa-se e trace o círculo como de costume. Esse encantamento deve ser feito em nudez, pois ninguém nasce ou renasce com roupas. Sente-se de frente para o norte e unte a vela marrom com o óleo de mirra.
Acenda a vela marrom . De olhos fechados, comece uma busca pelos fatores que te feriram tanto. Visualize e sinta este poder nas mãos. Traga-o para suas mãos até que elas se fechem e se crispem voluntariamente. É preciso que sinta este poder bem vivo tentando te dominar, mas sem permitir que te turve o raciocínio e a percepção. Mantenha a calma.
Após conseguir capturar esta força destrutiva, jogue-a com as mãos dentro do caldeirão. Como se estivesse se livrando de melecas que grudaram em seus dedos.
Respire fundo. Acalme-se e prepare-se para entrar em contato com seu espírito.
Vire-se para o oeste e a vela azul com óleo de rosas.
Acenda a vela azul. Visualize um lago calmo onde você nada como uma sereia. Não se preocupe, pois agora você está em casa. Revire cada recife, cada planta, pedra ou habitante deste lugar. Descubra cada canto deste paraíso. Cada cor, cada nuance. A água morna em sua pele. Quando estiver satisfeita, volte para a margem e se despeça do povo das águas. Abra os olhos.
Agora, vamos reconstruir seus caminhos. Fitando a chama da vela azul, busque soluções para suas dores, por mais absurdas que possam parecer. Imagine como seria sua vida se você pudesse contornar ou resolver este problema. Assim será!
Com esta sensação de poder construtivo invadindo seu ser, vire-se para o sul.
Agora você está plena. Unte a vela dourada e acenda. Você fará um compromisso com este poder que emana do fogo e com você mesma. Comprometa-se a ser diferente a partir daquele instante. Você renasceu das próprias cinzas. Sua dor, ao invés de te matar, te fez mais forte. Mentalize seu espírito emanando fogo etéreo pelos poros. Um fogo que não queima, mas que ilumina tudo ao seu redor.
Volte-se novamente para o norte e encare a vela marrom com firmeza. O poder que antes te fazia sofrer agora nada mais é que uma fagulha comparada ao seu poder pessoal. Com respeito, mas firme, determine que nunca mais será abalada por essas energias. Diga que você aprendeu com elas, que cumpriram seu papel e que não são mais necessárias em sua vida. Com a varinha mágica, mexa o caldeirão em sentido anti-horário enquanto mentaliza as energias se desintegrando e voltando para o seio da Mãe Terra. Permita que a vela queime até que a água apague a chama. Então mastigue algumas folhinhas de hortelã, que agora é um antídoto contra os venenos que te consumiam antes de seu renascimento.

Desfaça o círculo mágico como de costume. Guarde os restos das velas. Quando tiver oportunidade, desprograme as velas para que possam ser novamente utilizadas a serviço da Deusa.

Seja bem-vinda a nova vida!