28 agosto, 2006

Caça às bruxas




A caça às bruxas foi uma perseguição religiosa e social que começou no final da Idade Média e atingiu seu apogeu na Idade Moderna.


Antigas religiões pagãs e matriarcais eram tidas como satânicas.


Mulheres eram queimadas em fogueiras sem o menor pretexto. Um tipo de paranóia social. O mais famoso manual de caça às bruxas é o Malleus Maleficarum, ou "martelo das feiticeiras", de 1486.


Num sentido mais amplo, a expressão "caça-às-bruxas" costuma ser utilizada em diversas outras ocasiões.


Como exemplo temos que, durante a Guerra Fria, os EUA perseguiam toda e qualquer pessoa que julgassem ser Comunista, seja por causa fundamentada ou não.
Dessa forma, temos a caça às bruxas comunistas dos EUA.


Aspectos importantes


O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil e certamente não mais que 100 mil. No passado chegou-se a dizer que teriam sido 9 milhões e até hoje alguns propagam esse número totalmente equivocado.
Embora tenha começado no fim da Idade Média, a caça às bruxas européia foi bem mais um fenômeno da Idade Moderna, período em que a taxa de mortalidade foi bem maior.


Embora supostas bruxas tenham sido queimadas ou enforcadas num intervalo de cinco séculos -- do século XIV ao século XVIII - a maioria foi julgada e morta entre 1550 e 1650, nos 100 anos mais histéricos do movimento.
O número de julgamentos e execuções tinha fortes variações no tempo e no espaço.
Seria fácil encontrar localidades que, em determinado período, estavam sendo verdadeiros matadouros logo ao lado de regiões praticamente sem julgamentos por bruxaria.


A maior parte das mortes na Europa ocidental ocorreram nos períodos e também nos locais onde havia intenso conflito entre o Catolicismo e o Protestantismo, com conseqüente desordem social.
Ocorriam mais mortes em regiões de fronteira ou locais onde estivesse enfraquecido um poder central, com a ausência da Igreja ou do Estado. Fatores regionais tiveram papel decisivo nos modos e na intensidade dos julgamentos.


Muitos países da Europa quase não participaram da caça às bruxas e 3/4 do território europeu não viu um julgamento sequer. A Islândia executou quatro "bruxas"; a Rússia, dez. A histeria foi mais forte na Suíça, Alemanha e França.


Numa média, 25% das vítimas foram homens, mas a proporção entre homens e mulheres condenados podia variar consideravelmente de um local para o outro. Mulheres estiveram mais presentes que os homens também enquanto denunciantes e não apenas como vítimas.
Até onde se sabe, algumas vítimas adoravam entidades pagãs e, por isso, poderiam ser vistas como estando indiretamente ligadas aos "neopagãos" atuais, mas esses casos eram uma minoria.
Também é verdade que algumas das vítimas eram parteiras ou curandeiros, mas eram uma minoria.
Cronologia


Os períodos de fome e peste do século XIV disseminaram a idéia de que pessoas conspiravam contra os reinos cristãos.
No passado os historiadores consideraram a caça às bruxas européia como um ataque de histeria supersticiosa que teria sido forjada e espelhada pela Igreja Católica.
Seguindo essa lógica, era "natural" supor que a perseguição teria sido pior quando o poder da igreja era maior, ou seja: antes de a Reforma Protestante dividir a cristandade ocidental em segmentos conflitantes.
Nessa visão, embora houvesse ocorrido também julgamentos no começo do período moderno, eles teriam sido poucos se comparados aos supostos horrores medievais. Pesquisas recentes derrubaram essa teoria de forma bastante clara e, ironicamente, descobriu-se que o apogeu da histeria contra as bruxas ocorreu entre 1550 e 1650, juntamente com o nascimento da celebrada "Idade da Razão".


Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno acreditavam em magia e formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos. O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando bruxas de forma ativa e esse contexto relativamente benigno permaneceu sem grandes alterações por séculos.
As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média.
No início do século XIV, na parte central da Europa, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malignas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento, falava-se de conspirações por parte dos mulçumanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas.
Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia em meados do século XIV) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em bruxas e "propagadores de praga".


Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no século XV.
Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chega a diminuir por alguns anos.
Entretanto, em 1550 a perseguição cresce novamente, atingindo níveis alarmantes em terras católicas e protestantes.
Esse é o período mais histérico e sanguinário da histeria, que vai de 1550 a 1650. Depois desse período os julgamentos diminuem fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.

O Dia das bruxas

A comemoração do Halloween, difundida pelos EUA teve origem nas celebrações pagãs dos celtas. Eles eram um povo pagão, isto é, que viviam em harmonia com o pagus (campo, natureza).

Pagão vem do latim "paganus", que significa "do campo", em oposição ao "urbanus", da cidade.
A origem do Halloween remete às tradições desse povo que habitou a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
A história, logo, está bastante distante das abóboras ou da famosa frase Travessuras ou Gostosuras, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
Em sua origem, o Halloween não tinha relação com bruxas.
Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, que ia de 30 de outubro a 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa "fim do verão" na língua celta).
O fim do verão era o ano-novo dos celtas, uma data sagrada e, nesse período, o véu entre nosso mundo e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) fica mais tênue.
Por isso, o Samhain era comemorado por volta do dia 1.º de novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
Com a cristianização, essa celebração se dividiu em duas: o Dia de Finados e o Dia de Todos os Santos.

O primeiro, comemorado no dia 2, surgiu para homenagear os ancestrais, os mortos. O Dia de Todos os Santos surgiu das homenagens aos deuses do Samhain. As entidades pagãs viraram santos católicos. Foi o que aconteceu com a deusa Brighid, que virou Santa Brígida.
Entre o pôr-do-sol do dia 31 de Outubro e 1.º de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês) que deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening - Hallowe'en - Halloween.

A relação da data com as bruxas começou na Idade Média, na Inquisição, quando a Igreja condenava curandeiras e pagãos. Todos eram designados bruxos.
Essa distorção se perpetuou e o Halloween, levado aos Estados Unidos pelos irlandeses (povo de etinia e cultura celta) no século 19, ficou conhecido como Dia das Bruxas.
Atualmente, além das práticas de pedir doces e de se fantasiar que se popularizaram inclusive no Brasil, podemos encontrar pessoas que celebram à moda celta, como os praticantes do druidismo (druida, o sacerdote dos celtas) ou da wicca, também aqui mesmo no Brasil.

Um ritual simples para a noite de 31/10 é o de acender uma vela numa janela de casa, em homenagem a seus ancestrais, para que eles te inspirem e protejam.
Muitos grupos se reúnem e meditam em volta de fogueiras para honrar seus mortos e seus deuses, com oferendas como frutas e flores, e terminam a festa compartilhando comida e bebida, música e dança. Uma boa bebida para essa época é o leite quente com mel, servido com pedaços de maçã e polvilhado com canela. Pode-se acrescentar o chocolate, que na época dos celtas não existia, mas que hoje é muito bem vindo!


27 agosto, 2006

Equívocos mais comuns relacionados à Bruxaria


As Bruxas não são anticristãs

Nem querem acabar com o Cristianismo. As Bruxas, acima de tudo, respeitam as demais religiões, assim como exigem o mesmo respeito pela religiosidade delas. É claro que há muitas mágoas guardadas por tudo o que foi feito na história da humanidade, mas não nos prendemos a isso, e sim a atos do presente. Queremos simplesmente viver e praticar a nossa religião. As Bruxas têm crenças que remontam aos primórdios da humanidade, muito anteriores ao Cristianismo. O Cristianismo tentou suprimir tais sistemas, mas nós não queremos fazer o mesmo.

A Bruxaria não é um culto

Um culto é, originalmente, um grupo de pessoas que segue um líder. Como na Bruxaria não há a existência de líderes (muitas vezes, as bruxas praticam sozinhas em suas casas, sem pertencerem a um grupo), não pode ser considerada como um culto.

As Bruxas não cultuam o diabo

Buscamos reviver as crenças de um período que remonta aos primórdios da humanidade, um período muito anterior ao Cristianismo. O diabo foi uma criação do Cristianismo e não tem absolutamente nada a ver com as crenças pagãs. Obviamente atribuir as práticas das bruxas ao diabo era conveniente, visto que as religiões cristãs recriminam qualquer ato não-cristão como um ato "do diabo". Há cultos ao diabo por todas as partes do mundo, mas estes nada têm a ver com a Bruxaria, tratando-se apenas de pessoas que praticam uma inversão do Cristianismo. Cada um tem as suas crenças, mas felizmente esta não é a nossa. Repetindo, com todas as letras: AS BRUXAS NÃO CULTUAM O DIABO. Celebramos os deuses antigos na Natureza.

Os deuses antigos não são demônios

Alguns cristãos fundamentalistas afirmam que qualquer pessoa que não pratique a forma de Cristianismo deles é satanista por definição, e incluem sob essa denominação judeus, muçulmanos, kardecistas, budistas, hinduístas, metodistas, prebisterianos, entre muitos outros. As bruxas celebram a Natureza, só isso.

As Bruxas não assassinam pessoas

Diversos atos maléficos de pessoas perturbadas são atribuídos à Bruxaria. Diversas vezes, vemos no noticiário coisas como "Ritual de Bruxaria leva à morte três pessoas" ou "Bruxa em Pernambuco afirma comer carne humana". Isso é ridículo. Essas pessoas não são, nem de perto, praticantes da Bruxaria. São doentes mentais, criminosas, e devem ser presas.

Não existem "ex-bruxas”

Cansamos de ver em programas televisivos evangélicos pessoas que se intitulam "ex-bruxas". Em tais programas, essas pessoas contam ao pastor-apresentador como faziam "trabalhos" para acabar com a vida das pessoas. Isso não existe. O que essas pessoas faziam (se chegaram a fazer alguma coisa) não tem absolutamente nada a ver com Bruxaria. A regra de ouro das bruxas é: "Sem prejudicar ninguém, faça o que quiser", pois sabemos que tudo o que fizermos voltará para a gente - é a lei do eterno retorno, que é vista em tudo na Natureza. As bruxas sabem que, se fizerem o mal, tudo voltará para elas de forma muito maior, assim como se fizerem o bem. Por isso, é claro que ninguém vai desejar o mal de ninguém, nem querer prejudicar ninguém. Pessoas com má índole existem em todos lugares, independente de sua religião. E, se uma pessoa é assim, isso significa que ela é uma pobre coitada que um dia pagará por seus atos, e não uma pessoa que pode ser considerada bruxa.

As Bruxas não praticam "magia negra”

Magia Branca e Magia Negra são termos errôneos e causam muita confusão.

As Bruxas não são proselitistas

Você jamais encontrará uma bruxa distribuindo folhetos sobre Bruxaria nas esquinas da sua cidade, simplesmente porque acreditamos que a religiosidade de cada pessoa é absolutamente pessoal e só ela pode saber o que é bom para ela. A Bruxaria é uma opção pessoal, como qualquer outra religião, e os interessados devem correr atrás do aprendizado, se assim desejarem de coração.

A Bruxaria não é um ato de rebeldia

Pelo menos àqueles que a praticam de modo sério. Há certamente muitos jovens (e até adultos, por que não?) que buscam um meio de escape para fugir da sociedade opressora que os cerca, e dizem-se bruxos ou buscam a Bruxaria apenas para colocarem-se contrários ao sistema. Infelizmente, esta é uma realidade, mas uma realidade que tentamos mudar através de sites como este. A Bruxaria não é um sistema de auto-ajuda e seus praticantes são pessoas sérias e idôneas, e não um bando de malucos.

Não usamos "símbolos satânicos”

O pentagrama ao contrário do que dizem, não é um símbolo satanista. Ele é um símbolo muito antigo usado até por Pitágoras; seus seguidores o usavam para simbolizar o seu respeito pela beleza matemática do universo. Em muitos lugares e épocas, ele foi utilizado como um símbolo geométrico sagrado. O fato de satanistas usarem o pentagrama não significa que eles são bruxos (da mesma forma como usam o crucifixo e não são cristãos).
As Bruxas não usam drogas em seus rituais
Muito pelo contrário: querendo estar cada vez mais próximas à Natureza, a maioria das bruxas busca uma alimentação e hábitos saudáveis, o que descarta imediatamente o uso de drogas. Além disso, realizar um ritual torna-se praticamente impossível sem a pessoa estar consciente de seus atos. Drogas: estamos fora!

As Bruxas não praticam orgias

Também não somos pedófilos, comedores de carne humana e outros absurdos que são ditos por aí. As bruxas celebram a fertilidade da Natureza e consideramos o ato de fazer amor um ato totalmente sagrado. Algumas bruxas gostam de realizar seus ritos nuas porque acreditam que, desta forma, sua energia flui melhor. Porém, trata-se de uma escolha pessoal e não há abusos ou sequer malícia. Viemos nus ao mundo e o pecado foi colocado na mentalidade humana com o decorrer dos tempos. As bruxas trabalharem nuas em seus rituais não significa que elas sejam “pecadoras" ou que estejam praticando sexo; só estão nuas.

O certo e o errado na Bruxaria




Como definir o que é certo e o que é errado na Bruxaria?
Como definir o que é certo e o que é errado em nossas vidas?

Temos algo chamado consciência.
Outra coisa chamada responsabilidade.
Respeitar o livre-arbítrio não é uma "lei" da Bruxaria, mas é um código ético que a maioria das Bruxas respeita. Não há de fato como saber exatamente o que é certo e o que pode ser errado, mas temos certos parâmetros pessoais que moldam nossas atitudes.
Certamente você deve estar achando a atitude de Marianinha errada, quando ela faz um feitiço para conquistar Zezinho.
De alguma forma, você sabe que interferir no livre-arbítrio das pessoas pode não ser o mais correto.
Entremos então em outro caso.
Suponhamos que a avó de uma Bruxa esteja muito doente.
A velhinha já está quase no fim da vida, mas sua neta a ama muito e quer o seu bem. Dessa forma, ela (a bruxa) realiza um ritual de cura com o objetivo de fazer a sua avó sobreviver ao seu tratamento. Consegue. Porém, alguns dias depois a sua avó vem em sonho e pede-lhe que a deixe morrer, pois já está cansada demais da vida e deseja descansar.
Esse é apenas um dos infinitos exemplos de como a Magia usada de forma "certa" pode acabar sendo "errada". A bruxa queria apenas o bem para a sua avó, mas interferiu em seu livre-arbítrio para escolher se era isso mesmo o que ela queria. De toda essa discussão, a única conclusão que podemos tirar é que o conceito de bem ou mal é relativo e que o respeito ao livre-arbítrio é uma das ferramentas mais importantes da ética das bruxas.



Como saber que atitude tomar?

Você pode estar passando por uma situação semelhante.
Se não passou ou está passando, provavelmente ainda irá passar muitas vezes. As indecisões com relação à intervenção (ou não) na vida das pessoas sempre nos fazem pensar.
E está certo.
Devemos realmente ponderar muito antes de realizar um feitiço, pois este só será realizado se as intenções forem verdadeiramente fortes.
Há diversas maneiras de se tomar uma decisão a esse respeito. O mais óbvio, claro é confiar na intuição.
Mas muitas vezes acabamos nos envolvendo tanto no problema que já não sabemos se a nossa intuição está sendo influenciada por nossos sentimentos. De qualquer forma, é sempre preferível confiar nela que em qualquer outra coisa.
Outra atitude que você pode tomar é a consulta aos oráculos. Se você costuma lidar com eles, podem ser de grande ajuda nessa hora. Deite as cartas, lance as runas, pergunte ao pêndulo, observe a água e o fogo. Cada um tem o seu oráculo preferido, que se dá melhor.
Jamais se esquecendo de que a intuição não está nunca separada da interpretação dos mesmos.

Bruxaria Tradicional


O que chamamos de Bruxaria Tradicional tem uma história muito mais antiga que a da Wicca, porém bem menos definida.
A Bruxaria esteve presente desde o começo do gênero humano, muito antes que as pessoas pudessem escrever sobre ela.
Nossos antepassados deixaram algumas pistas, como estátuas da deusa e desenhos, mas não muita coisa pode ser aprendida sobre a natureza das suas crenças e práticas.
Os antropólogos supõem que as culturas primitivas dos tempos modernos têm uma semelhança de transcurso às culturas mortas do passado, e quase tudo tem alguma forma de bruxaria ou magia. Porém, a bruxaria praticada pela maioria dos neopagãos hoje é claramente de origem européia, e até mesmo as bruxas tradicionalmente atentas raramente tentam traçar a origem de suas práticas para além da Idade Média.


Sabemos algumas coisas sobre esta época: As pessoas nativas ao longo da Europa acreditavam em espíritos ou deuses, normalmente associados com a Terra, Sol, e Lua, e eles viam as suas vidas e as vidas dos deuses como possuidoras de um padrão cíclico, seguindo o ciclo anual de estações. A parte final é típica dos povos nativos está em todos os lugares.
Enquanto o povo vivia pela agricultura, caça e coleta, o conhecimento dos processos cíclicos tornou possível o controle das forças sazonais da Natureza, vitais à existência. Assim, o desenvolvimento de uma religião na qual as estações eram reconhecidas e celebradas - pela qual poderiam tentar controlar os aspectos mais violentos e destrutivos da Natureza - é bastante compreensível.
A maioria do nosso conhecimento sobre Bruxaria Européia vem dos escritos de conquistadores cristãos e padres. De fato, foram os cristãos que primeiramente deram o nome a pratica de ‘magia’ como ‘bruxaria’. Antes da invasão não havia nenhuma necessidade de se dar um nome para a religião.
Simplesmente era o que todas as pessoas eram levadas a acreditar. Alguns papéis especializados existiram com nomes especiais, entretanto os nomes refletem o idioma da região em lugar de um sistema comum de crenças.
Os cristãos suprimiram a religião nativa, em parte, adotando muitos dos seus rituais e costumes.
Yule se tornou o Natal e Eoster tornou-se a Páscoa, e tudo se tornou parte da tradição cristã. Porém, nem todos os pagãos abandonaram as suas crenças quando eles "se tornaram" os cristãos.
Muitas das práticas eram simplesmente subterrâneas e foram passadas de geração a geração em famílias. Considerando que a maioria das pessoas não podia ler e nem escrever, estas tradições orais eram os únicos meios para manter o conhecimento vivo.
Sem registros escritos, nós sabemos muito pouco destas tradições antigas.
Os registros que temos são distorcidos, tendo sido escritos por padres da Inquisição ou sidos tomados dos registros das Inquisições.
Isso não quer dizer que não conhecemos nada da Bruxaria Tradicional.
Um pequeno conhecimento gotejou e os estudiosos preservaram as mitologias dos povos conquistados. Evidências arqueológicas ajudam um pouco também.
A revivificação neopagã tentou recapturar o espírito da religião antiga, se não suas práticas atuais.
É recomendável que se seja um pouco cético com aqueles que professam a ‘Maneira Antiga’, a menos que eles reconheçam que eles estão repaginando esses modos em lugar de reavivando.

Crenças




Há algumas diferenças fundamentais nas crenças das Bruxas Tradicionais e dos Wiccans.

É vital que qualquer estudante da Arte entenda estas diferenças, especialmente se o estudante ainda está buscando um caminho a seguir.
Como pode você saber se seu caminho é ser Wiccan ou o da Bruxaria Tradicional se você não tem nenhum conhecimento acerca das crenças associadas a eles?
Talvez seja uma boa hora para fazer um comentário sobre a Bruxa Eclética.


Todo recém-chegado à Arte muitas vezes apropria-se daquela etiqueta porque parece significar que eles podem acreditar e fazer tudo que eles querem, sem ter que aderir a qualquer crença particular ou sistema ritualístico. Isso simplesmente não é o caso.
Dizer que algo é eclético significa que está composto de elementos advindos de várias fontes. Porém, deve haver fontes para tal ecletismo na Arte.
Não significa que você pode compor seu próprio modo de fazer tudo, seu próprio modo de pensamento, e ainda chamar a isto de a Arte.
Não significa que você possa incorporar toda idéia da Nova Era, embora atraente possa parecer ao indivíduo, e então reivindicar que o que você faz é a Arte.
Uma Bruxa Eclética escolhe cuidadosamente um caminho que possui elementos de Tradições de Bruxaria diferentes, tendo a certeza que não há nenhuma contradição ou conflitos entre os elementos escolhidos, e que cada um é bem compreendido.
Existem alguns limites.
O caminho não pode ser completamente idiossincrático, mas claro ao pagão.
Alguns argumentarão contra isto, mas em minha opinião, é impossível ser simultaneamente cristão e uma Bruxa sem sacrificar componentes importantes de um ou o outro.
Conflitos entre os dois sistemas de crença são imediatamente aparentes, e alguns são impossíveis solucionar. Bruxas de qualquer Tradição não são monoteístas e nem seguem qualquer escritura revelada (torah, evangelhos, quran, livro de mórmon, etc.).
Há muitos outros elementos contraditórios, mas isso deve ser apartado para outro artigo.
É importante registrar novamente que nem a Wicca e nem a Bruxaria Tradicional é tradicional no sentido de aderir estritamente às crenças e práticas de nossos antepassados.
Semelhante a isto ou não, este é o neopaganismo, porque simplesmente não temos nenhuma escolha.


É provável que a religião dos pagãos europeus originais fosse bastante diferente, mas chegamos ao ponto onde precisamos olhar as tradições que são praticadas hoje em dia, no lugar dos "modos antigos", entretanto com referências ao passado tanto quanto possível.
A primeira, e acredito, a mais importante diferença entre Wicca e Bruxaria Tradicional é o relacionamento com Deidade ou deidades.
Wiccans adoram uma Deusa e às vezes um Deus, respeitando-os como seres supremos.
Bruxos Tradicionais não adoram nenhuma entidade como o superior a eles, entretanto eles reconhecem a existência de outras entidades.
Eles acreditam na igualdade de todos os seres no Universo, vendo-os como diferentes e separados, mas nunca como superiores ou inferiores.
Esta diferença é freqüentemente uma fonte de confusão.
Uma Bruxo Tradicional pode falar do Deus e a Deusa e normalmente se referir aos aspectos femininos e masculinos da Natureza, e enquanto veneram e respeitam Natureza, não a cultuam ou aos seus representantes.


Um Wiccan pode falar em condições semelhantes, mas rituais Wiccans tornam claro que a Deusa e o Deus são vistos como seres superiores que devem ser adorados.
Este dualismo forma a fundação básica da teologia Wiccan - os componentes femininos e masculinos necessários à energia criativa.
No entanto a Bruxaria tradicional é politeísta e animista, incorporando vários espíritos/deidades em um todo significativo.
Explicando, através de um exemplo.
Quando um Wiccan chama a Deusa e o Deus em ritual, ele/ela pretende exatamente que "a" Deusa e "o" Deus, aqueles que aparecem assim de forma destacada nas mitologias que sugerem esta crença e os rituais associados com a ela.
A Deusa é uma Deusa Tripla e pode ser chamada através de nomes diferentes em circunstâncias diferentes, mas a maioria do Wiccans acredita que estes nomes diferentes e personalidades são aspectos de uma Deusa em lugar de entidades diferentes.
Bruxas Tradicionais podem chamar a Deusa e o Deus como representantes da força criativa do Universo, não obstante, bem como normalmente invocarão outros espíritos, cada um sendo visto como uma entidade separada e igual.
Na Bruxaria Tradicional há um Mundo de Espírito ou Mundo Exterior onde estas outras entidades residem. A maioria não o vê como realmente separado deste mundo, mas sim, como uma parte que normalmente não é vista. Assim, os espíritos que são contatados durante o ritual já estão lá, mas podem ser conjurados ou podem ser evocados para facilitar a comunicação.
Este um ponto importante no que as Bruxas Tradicionais vêem na interação entre este mundo e o Mundo Exterior como constante e não completamente dependente de um ritual.
Wiccans confiam mais no ritual extático para obter contato com a Deusa e dinamizar sua espiritualidade. Há alguns que dizem que bruxaria tradicional não é uma religião, porque nenhuma deidade é cultuada. De um ponto de vista estritamente antropológico esta poderia ser uma declaração justa, uma vez que religião deva ser definida como um sistema de crenças que inclui a adoração de um ser superior ou seres.
Porém, dizer que na prática da Bruxaria existe a falta de espiritualidade é simplesmente um equivoco, ao menos entre Bruxas Modernas.
Para muitas Bruxas hoje, é o esclarecimento espiritual oferecido pela prática da Bruxaria que as leva a ela, até mesmo se a sua aproximação às deidades seja um pouco diferente daquela encontrada em outras religiões, inclusive na Wicca.

Ritual


Qualquer discussão sobre os Deuses conduz inevitavelmente às considerações de Rituais executados com relação a eles.
Na Wicca, Rituais tendem a ser compulsório ou pelo menos é aconselhado que assim seja. A pessoa tem que celebrar a Roda do Ano com seus oito dias santos que representam partes do ciclo mítico.
As Bruxas Tradicionais observam freqüentemente os mesmos dias que correspondem a Solstícios e Equinócios, mas não os relaciona com uma mitologia específica.
Na Bruxaria Tradicional são as mudanças sazonais que são honradas e não as vidas de Deuses e Deusas associados a elas.


Wiccans e Bruxas Tradicionais observam fases de Lua e outros fenômenos naturais.
O Círculo Sagrado é a prática central Wiccan. Wiccans geralmente criam espaço sagrado para os seus rituais ao traçarem um círculo, usam técnicas de visualização e dinamização energética. Colocando mais significado no ritual e cerimônia, Wiccans criam e executam rituais bonitos, repletos de simbolismo, marcam as estações da Terra e as estações da vida.
Na Bruxaria Tradicional, todo o espaço é sagrado e toda a vida é uma cerimônia. Quando um ritual ou magia é executada, é provável que o Bruxo Tradicional vá para um lugar que tem qualidades especiais como um fluxo de águas ou montanha, mas os praticantes também reconhecem que o parque local ou o quintal de alguém é igualmente sagrado.

Não estou dizendo que Wiccans não vêem a Terra como sagrada; sim, eles vêem. Porém, a maioria dos Wiccans ainda traça um círculo (definindo um espaço sagrado) antes de executar um ritual. Estas diferenças são freqüentemente uma questão de grau e ênfase. É freqüentemente difícil para as Bruxas urbanas ganhar qualquer experiência prática sobre a zona rural. Talvez a ausência destas oportunidades diárias de se estar em contato direto com a Natureza os atraia tanto aos rituais mais formais e simbólicos da Wicca.
A separação dos ambientes naturais também pode tê-los conduzida à intensa preocupação com assuntos ambientais.
Nenhuma consideração acerca do Ritual na Bruxaria estaria completa sem alguma discussão sobre Magia.

Magia é fundamento da Bruxaria Tradicional, considerando que muitos Wiccans não praticam as artes mágicas. Porém, há um sentido no qual todas as religiões usam magia, quando definida como qualquer tentativa para efetuar o resultado de uma determinada situação através de meios sobrenaturais (entretanto em Bruxaria Tradicional estes meios são vistos como naturais).


Oração, por exemplo, é uma forma de magia.
Quando praticada, a magia Wicca tende a ser mais cerimonial, considerando que a Bruxaria Tradicional é mais pragmática.
Por exemplo, cura herbária é uma prática Tradicional que pode ou não ser parte de um costume Wiccan, outro exemplo é de que a magia da Bruxaria Tradicional pode incluir feitiços e maldições sem uma regra específica para prevenir tal ato (veja o tópico de Ética Wiccan e Bruxaria Tradicional).
A diferença mais importante, porém, concerne à presença ou ausência de espiritualidade na magia. Alguns dizem que magia nunca é espiritual. Desde que há freqüentemente espíritos ou deidades envolvidas, um melhor modo para encarar isto poderia ser pela consideração da relação entre a bruxa e os espíritos executando a magia.
A idéia apontada acima em relação à definição de religião também é aplicada à magia, desde que as Bruxas trabalham com espíritos executando magia, não seria espiritual a menos que os mesmos fossem adorados. Observar os espíritos como uma parte natural do ambiente da Bruxa e como seres iguais no Universo negaria qualquer espiritualidade à magia da Bruxaria Tradicional.
Por outro lado, Wiccans executam magia na qual uma Deusa ou Deus é atraído para auxílio e homenagem durante o ato mágico. Pela prévia definição, isto seria encarado como espiritual.
Não estou de todo convencido que encarar espíritos como naturais e procurar as suas ajudas sem adorá-los reduziria a magia da Bruxaria Tradicional para algo que é meramente prático e sem um componente espiritual.



Ritos de passagem também são uma parte importante da estrutura ritual dos Wiccans e das Bruxas Tradicionais.
Ritos Iniciáticos de passagem são fundamentais para a Wicca, pelo menos como praticado em covens. Dentro de cada coven há uma hierarquia entre os membros baseado nos níveis ou graus que cada um atingiu, com o Alto Sacerdote e Sacerdotisa ao pentáculo.
Assim que um membro passa pelos níveis, aprende os Mistérios com alguém autorizado. Os graus são principalmente determinados pelo o que a bruxa estudou e por quanto tempo, de forma que a hierarquia é, pelo menos teoricamente, de conhecimento.



Na Bruxaria Tradicional, há normalmente ritos de passagem de algum tipo, entretanto grupos tendem a ser menos hierárquicos do que covens Wiccan.
Em alguns casos, são executados rituais em fases diferentes da vida de uma pessoa, enquanto em outros casos, os ritos podem refletir a escolha do indivíduo em se dedicar a algum aspecto da Arte.
A única coisa que pode ser dita com certeza sobre ritos de passagem na Bruxaria Tradicional é que eles são variáveis, e são determinados mais pelo grupo específico ou individual do que por uma estrutura convencional.

Éticas Wiccanas e Bruxaria Tradicional




Éticas Wiccanas são principalmente baseadas em uma regra: a Wiccan Rede, "faça o que tu queres desde que não prejudique a nada nem a ninguém".

Um verdadeiro seguidor do caminho Wiccan saberá que isto não se traduz em "faça o que queres".
O "desejo" é o caminho escolhido após reflexão cuidadosa, e não somente pelo capricho da hora. O descobrimento de sua verdadeira vontade é parte do caminho que o leva ao esclarecimento espiritual, tolerância, o servir ao Universo, e em última instância, uma vida de realizações.
A segunda característica muito importante é em relação à ética Wiccan, que está na Lei de Tríplice, que diz que o que você faz voltará a multiplicado por três (com três vezes a energia).
Isto é um princípio de karma que tem origem em religiões orientais e substitui o conceito de pecado e retribuição encontrado no cristianismo.
Em outras palavras, se você machuca alguém, você será punido em retribuição - e isto, multiplicado por três.

Na Bruxaria Tradicional não há nem a Wiccan Rede nem a Lei Tríplice. Não há nenhum teste de moralidade, apenas de responsabilidade pessoal e honra. Também não há nem bem ou mal, só intento.
Humanos têm a habilidade para tomar decisões e atuar por elas, e podem escolher e agir com boas ou más intenções.
A Bruxaria Tradicional não delimita leis sobre quais as ações ou intenções que são más, mas os seguidores deste caminho são responsáveis por elas.
Em condições práticas, significa que o uso de maldições, feitiços e semelhantes não reage ao princípio.
Se provocada ou ameaçada, a Bruxa Tradicional pode agir para a autopreservação ou a proteção da família e da casa. Estes são considerados atos honrados. E mesmo que haja conseqüências negativas, a Bruxa Tradicional está disposta a sofrê-las.

25 agosto, 2006

Metas da Bruxaria




Conhecer a si mesmo
Saber sua arte
Aprender
Usar o que você aprendeu
Manter o balanço de todas as coisas
Manter suas palavras verdadeiras
Manter seus pensamentos verdadeiros
Celebrar a vida
Alinhar você mesmo com os ciclos da Terra
Manter seu corpo correto
Exercitar seu corpo e sua mente Meditar Honrar a Deusa e o Deus
Essas são as metas que devem ser seguidas pelos praticantes da Bruxaria. Existe também um princípio que deve ser seguido, mesmo que não seja considerado como uma Lei. É chamado de “as quatro palavras do Mago”. Primeiro tente entendê-las, pois sem que você as entenda, não há como ser um bom praticante.



Saber;
Ousar;
Querer;
Calar.


Para ousar, precisamos saber. Para querer, precisamos ousar. Precisamos querer para possuir um império. Para reinar, precisamos manter o silêncio.

Preceito Diário


Eu me levanto hoje
Pela força dos Céus
Luz do Sol
Brilho da Lua
Resplendor do Fogo
Presteza do vento
Profundidade do Mar
Estabilidade da Terra
Firmeza da Rocha.




O perfil das Bruxas




É difícil reconhecer uma bruxa somente pelo físico.
Algumas pessoas fazem questão de mostrar que são "bruxas": aquelas que se vestem constantemente de preto utilizam uma corrente com o pentagrama ou algum pingente de cristal, outras têm cabelos compridos repartidos ao meio e unhas compridas, às vezes pintadas de preto.
Mas nem sempre elas são os que dizem ser, muitas vezes até porque não sabem como devem ser.



Ser bruxa não é utilizar feitiços quando as nossas possibilidades para resolver um problema estão esgotadas.
Não é também conhecendo o nome das ervas e decorando as jogadas de tarô que nos tornamos bruxas.
Ser bruxa não é manipular o mundo através dos poderes sobre-humanos.
A autêntica bruxa mora no interior da pessoa.
É aquela mulher que aparenta ser o que é de verdade, satisfeita com o que é e não se preocupando com a opinião alheia em demasiado.
A bruxa sempre traz em qualquer ambiente, um clima de força e alto astral.
Elas estão por todas as partes, destacando-se pela sua sensibilidade, beleza indescritível e energia contagiante.
Para a maioria das bruxas, o senso de humor é indispensável.
É sempre importante estar de bem com a vida, semeando força e alegria.
No instante em que nos tornamos bruxas, nos tornamos muito mais sensível, pois começamos a prestar atenção nas coisas que até então passaram despercebidas.
Quando uma bruxa entra numa floresta, por exemplo, sente toda a intensidade das vibrações das árvores e plantas, se emociona com o delicado desabrochar das flores, se deleita com o barulho das águas se encanta com o canto e o movimento de qualquer pássaro ou animal.
A bruxa assume sempre o seu papel como mensageira e guardiã da Grande Mãe.
Ela não se gaba como uma criatura que possui poderes sobrenaturais, capaz de conseguir tudo num estalar de dedos.
A bruxa possui a consciência de que é alguém como qualquer outro, assumindo a sua condição com simplicidade e naturalidade.
Ser bruxa é saber que não estamos limitados apenas a simples indivíduos de uma sociedade: somos habitantes de um Universo imenso e infinito, não de uma cidade apenas.
Devemos saber também que o tempo não está apenas limitado a um simples calendário, onde o passado, o presente e o futuro se encontram em ordens distintas.
Na verdade, o tempo é dividido em várias dimensões diferentes e seu andamento não é paralelo e, sim, circular.
É exato, porém, estranho de admitir que todo futuro vira presente, que todo presente vira passado, todo passado é feito de presente e que um dia já foi futuro.
E como explicamos as previsões do dos clarividentes, as pequenas premonições que temos no dia-a-dia e as revelações de grandes profetas que realmente acertaram suas profecias?
Essa noção de espaço e tempo adquirimos sempre parcialmente, pois o segredo do Universo não está ao alcance de ser entendido pela mente humana.
Sabemos apenas que sua força é grandiosa, complexa, infinita e perfeita.

O segredo das Bruxas


A Bruxaria é um dos caminhos entre o mundo visível e o mundo oculto, que esta além do alcance dos cinco sentidos dos seres humanos.
Para entrar nesse caminho, precisamos aprender a desenvolver o dom, do sexto sentido que nada mais é do que a força da nossa mente subconsciente.
Primeiro devemos entender que todas as pessoas possuem o dom do sexto sentido, só que a maioria não sabe como controlá-lo de acordo com a própria vontade.
Esse poder funciona constantemente, controlando os movimentos involuntários do nosso corpo, gravando todos os nossos pensamentos, registrando todas as nossas experiências e, realizando, todos os nossos desejos, sejam eles de conseqüências negativas ou positivas.
A força do subconsciente pode tanto abençoar como destruir a vida de um indivíduo.
Essa força constrói o nosso caminho incansavelmente de acordo com nosso pensamentos e palavras diárias.
É a força mais poderosa e também a mais misteriosa do ser humano.

Quando uma bruxa termina de fazer um feitiço, deve sempre encerrar com a seguinte frase: "Que o feitiço funcione sem prejudicar ninguém. Que assim seja".

Se não refletirmos essa idéia, o nosso desejo poderá se realizar sim, porém poderá afetar qualquer pessoa, inclusive nós mesmas.
A Bruxaria inclui práticas de meditações, rituais e feitiços bem elaborados que, através de poderosos simbolismos permeiam pelas profundezas do nosso subconsciente, dominando-o de uma forma correta, sadia e agradável.
Além disso, extraímos a nossa sabedoria, através do respeito a todas as manifestações de vida, da harmonia com a natureza que nos cerca, da crença que atribuímos aos povos antigos e da fé que atribuímos em relação ao nosso próprio poder.
É preciso redescobrir, aceitar, gosta e controlar o nosso próprio poder.